Karadzic pode ser extraditado para Haia no fim de semana
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Karadzic pode ser extraditado para Haia no fim de semana
Karadzic pode ser extraditado para Haia no fim de semana
Acusado de genocído de 8 mil muçulmanos pretende fazer a sua própria defesa no Tribunal Internacional
Agências internacionais
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Reuters
Karadzic participa de palestra em janeiro
BELGRADO - O acusado de genocídio Radovan Karadzic, detido na segunda-feira na Sérvia, pode ser extraditado ao Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) no final desta semana ou no começo da próxima, segundo informou o porta-voz da Procuradoria sérvia de crimes de guerra, Bruno Vekaric, nesta quarta-feira, 23.
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Procurado havia mais de uma década, Karadzic, ex-presidente da autoproclamada república servo-bósnia de Srpska, é acusado de ter ordenado o massacre de 8 mil muçulmanos na cidade bósnia de Srebrenica, em 1995 - a maior atrocidade na Europa desde a 2ª Guerra. O criminoso de guerra servo-bósnio deixou crescer cabelos e barba grisalhos para esconder sua identidade, e também passou a usar óculos para incrementar seu disfarce e não levantar suspeitas enquanto caminhava pelas ruas de Belgrado. Segundo o promotor sérvio para crimes de guerra, Vladimir Vukcevic, "ele chegou até a trabalhar em um consultório médico sem que ninguém suspeitasse de sua identidade."
O porta-voz não pôde precisar a data da extradição, ao explicar que tudo dependerá do cumprimento dos prazos previstos pelas leis sérvias e da decisão de um conselho judicial. "É difícil indicar o dia em que (Karadzic) será extraditado. Sua identidade foi estabelecida. Agora, sua defesa tem o direito a recorrer da decisão de extradição, e já anunciou que fará isso", disse.
Vekaric disse ainda que depois dessa decisão de apelação haverá um prazo de três dias no qual o conselho judicial deve tomar a decisão definitiva. "É mais realista esperar que (a extradição) aconteça na segunda ou na terça-feira, mas também poderia ser antes", indicou.
Os procedimentos legais para a extradição de Karadzic ao TPII, em Haia, começaram após um interrogatório feito por um juiz de instrução. O advogado de Karadzic, Svetozar Vujacic, anunciou que na próxima sexta-feira, o último dia previsto pela lei, recorrerá da decisão sobre a extradição de seu cliente.
Segundo o advogado de Karadzic, Sveta Vujacic, o ex-presidente planeja conduzir sua própria defesa no julgamento de Haia, assim como o ex-presidente da antiga Iugoslávia Slobodan Milosevic, que morreu durante o processo. "Karadzic terá uma equipe na Sérvia que o ajudará com a sua defesa, mas ele defenderá a si mesmo", afirmou Vujacic. No entanto, o advogado ressaltou que recorrerá na próxima sexta-feira, o último dia de prazo legal previsto, da decisão do juiz de instrução de que foram cumpridas as condições para a extradição.
Protegido da Sérvia
Segundo o jornal argentino Clarín, que cita jornais locais sérvios, Karadzic foi protegido durante muitos anos pelo serviço secreto da Sérvia, segundo teria assegurado o ministro de Interior Ivica Dacic. "O serviço secreto o protegia e o serviço secreto o entregou agora", disse Dacic, que sustenta que a polícia não teve relação com a detenção.
Fontes do governo sérvio afirmaram que Karadzic ficou sob vigilância durante semanas após as forças de segurança receberem uma informação secreta de um serviço de inteligência estrangeiro. Rasim Ljajic, ministro responsável pela cooperação com o TPII, recusou-se a dar mais detalhes sobre a captura, afirmando que os movimentos de Karadzic serão analisados e mantidos em segredo até a prisão de Mladic. Para o ex-funcionário do serviço de inteligência britânico MI6 Nigel Inkster, se a Sérvia foi capaz de rastrear e prender Karadzic, também poderá fazer o mesmo com Mladic.
O fato de a captura de Karadzic ter ocorrido apenas duas semanas depois de um novo governo, pró-Ocidente, tomar posse em Belgrado sugere que a prisão foi uma decisão política. Esse era um dos pré-requisitos para vínculos mais próximos da Sérvia com a União Européia (UE) e a eventual adesão do país ao bloco. Os chanceleres da UE comemoraram a prisão, dizendo que ela põe a Sérvia no firme caminho de adesão ao bloco. "A prisão mostra que o novo governo de Belgrado está empenhado em contribuir para a paz e a estabilidade nos Bálcãs", afirmaram os chanceleres num comunicado. "Esperamos por isso por 13 anos", disse o chanceler francês, Bernard Kouchner.
http://www.estadao.com.br/internacional/not_int210561,0.htm
Acusado de genocído de 8 mil muçulmanos pretende fazer a sua própria defesa no Tribunal Internacional
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Karadzic participa de palestra em janeiro
BELGRADO - O acusado de genocídio Radovan Karadzic, detido na segunda-feira na Sérvia, pode ser extraditado ao Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) no final desta semana ou no começo da próxima, segundo informou o porta-voz da Procuradoria sérvia de crimes de guerra, Bruno Vekaric, nesta quarta-feira, 23.
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Procurado havia mais de uma década, Karadzic, ex-presidente da autoproclamada república servo-bósnia de Srpska, é acusado de ter ordenado o massacre de 8 mil muçulmanos na cidade bósnia de Srebrenica, em 1995 - a maior atrocidade na Europa desde a 2ª Guerra. O criminoso de guerra servo-bósnio deixou crescer cabelos e barba grisalhos para esconder sua identidade, e também passou a usar óculos para incrementar seu disfarce e não levantar suspeitas enquanto caminhava pelas ruas de Belgrado. Segundo o promotor sérvio para crimes de guerra, Vladimir Vukcevic, "ele chegou até a trabalhar em um consultório médico sem que ninguém suspeitasse de sua identidade."
O porta-voz não pôde precisar a data da extradição, ao explicar que tudo dependerá do cumprimento dos prazos previstos pelas leis sérvias e da decisão de um conselho judicial. "É difícil indicar o dia em que (Karadzic) será extraditado. Sua identidade foi estabelecida. Agora, sua defesa tem o direito a recorrer da decisão de extradição, e já anunciou que fará isso", disse.
Vekaric disse ainda que depois dessa decisão de apelação haverá um prazo de três dias no qual o conselho judicial deve tomar a decisão definitiva. "É mais realista esperar que (a extradição) aconteça na segunda ou na terça-feira, mas também poderia ser antes", indicou.
Os procedimentos legais para a extradição de Karadzic ao TPII, em Haia, começaram após um interrogatório feito por um juiz de instrução. O advogado de Karadzic, Svetozar Vujacic, anunciou que na próxima sexta-feira, o último dia previsto pela lei, recorrerá da decisão sobre a extradição de seu cliente.
Segundo o advogado de Karadzic, Sveta Vujacic, o ex-presidente planeja conduzir sua própria defesa no julgamento de Haia, assim como o ex-presidente da antiga Iugoslávia Slobodan Milosevic, que morreu durante o processo. "Karadzic terá uma equipe na Sérvia que o ajudará com a sua defesa, mas ele defenderá a si mesmo", afirmou Vujacic. No entanto, o advogado ressaltou que recorrerá na próxima sexta-feira, o último dia de prazo legal previsto, da decisão do juiz de instrução de que foram cumpridas as condições para a extradição.
Protegido da Sérvia
Segundo o jornal argentino Clarín, que cita jornais locais sérvios, Karadzic foi protegido durante muitos anos pelo serviço secreto da Sérvia, segundo teria assegurado o ministro de Interior Ivica Dacic. "O serviço secreto o protegia e o serviço secreto o entregou agora", disse Dacic, que sustenta que a polícia não teve relação com a detenção.
Fontes do governo sérvio afirmaram que Karadzic ficou sob vigilância durante semanas após as forças de segurança receberem uma informação secreta de um serviço de inteligência estrangeiro. Rasim Ljajic, ministro responsável pela cooperação com o TPII, recusou-se a dar mais detalhes sobre a captura, afirmando que os movimentos de Karadzic serão analisados e mantidos em segredo até a prisão de Mladic. Para o ex-funcionário do serviço de inteligência britânico MI6 Nigel Inkster, se a Sérvia foi capaz de rastrear e prender Karadzic, também poderá fazer o mesmo com Mladic.
O fato de a captura de Karadzic ter ocorrido apenas duas semanas depois de um novo governo, pró-Ocidente, tomar posse em Belgrado sugere que a prisão foi uma decisão política. Esse era um dos pré-requisitos para vínculos mais próximos da Sérvia com a União Européia (UE) e a eventual adesão do país ao bloco. Os chanceleres da UE comemoraram a prisão, dizendo que ela põe a Sérvia no firme caminho de adesão ao bloco. "A prisão mostra que o novo governo de Belgrado está empenhado em contribuir para a paz e a estabilidade nos Bálcãs", afirmaram os chanceleres num comunicado. "Esperamos por isso por 13 anos", disse o chanceler francês, Bernard Kouchner.
http://www.estadao.com.br/internacional/not_int210561,0.htm
Socialista Trotskista- Pontos : 41
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