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Sexo por 20 euros na berma da estrada

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Sexo por 20 euros na berma da estrada Empty Sexo por 20 euros na berma da estrada

Mensagem por Vitor mango Sáb Set 12, 2009 12:46 am

Sexo por 20 euros na berma da estrada

por SÓNIA SIMÕESHojeSexo por 20 euros na berma da estrada Icn_comentario

Sexo por 20 euros na berma da estrada Ng1190720

Apesar
de o mercado do sexo ser cada vez mais diverso, ainda há muitas
mulheres que vendem o corpo na berma da estrada. A explicação, segundo
dizem, prende-se com a segurança. Fugir de um cliente violento numa
mata é mais fácil do que gritar e pedir socorro entre quatro paredes.
Mais. Na mata o sexo é barato, rápido e menos exigente. O DN foi
descobrir as histórias de mulheres que usam o corpo como
instrumento de trabalho e descobriu portuguesas, estrangeiras,
independentes e vítimas de verdadeiras redes de tráfico humano que
operam no País.Nos dias em que os clientes faziam fila na berma
da estrada para dez minutos de sexo, Tânia, 32 anos, ponderou adoptar
um sistema de senhas. "Discutiam e tudo, para ver quem vinha primeiro",
revela, irónica, com um sorriso na cara, onde os doze anos na
prostituição não cravaram uma única ruga.Tânia é das poucas
mulheres que não se despe, nem se exibe seminua na estrada que liga
Leiria à Figueira da Foz. A carteira de clientes, mais ou menos fixos,
permite-lhe um certo recato e oferecer serviços sexuais na carrinha que
conseguiu comprar com "muito trabalho". A carrinha branca está
estacionada na mata, a metros da estrada, todos os dias das 10.00 às
18.00. E garante-lhe mais do que privacidade. Protege-a do frio, da
chuva, do sol, livra-a de clientes indesejados. E assegura, sobretudo,
que o filho, agora com 16 anos, não descubra que a profissão da mãe não
é a de uma mulher de limpeza. Mas, num termo mais antiquado, a de
rameira. Ela não se importa de ser chamada assim. Até porque
impõe regras. "Não me dispo. Estou sempre de calças e camisola e só
tiro uma perna das calças para o serviço." O serviço, entenda--se sexo,
custa 20 euros. Mas não é para todos os gostos. "Só faço vaginal. Não
gosto de anal e de oral." Tânia aprendeu a vender-se num clube
espanhol, perto de Vilar Formoso. Foi levada por um casal amigo, que
chegou a dar- -lhe trabalho como ama, antes de ela engravidar e dar à
luz um menino. Pouco faltava para completar os 19 anos. "Não me dava
com os meus pais e tinha de sustentar o meu filho", lembra.O
trabalho na casa de alterne não durou mais de três meses. Mas mudou-lhe
a vida. Foi ali que conheceu Susana, quatro anos mais velha, e
descobriu o amor. "Foi muito difícil, demorou algum tempo até aceitar
que gostava de mulheres", diz envergonhada.Não faltou muito para
que as duas amantes abandonassem o trabalho no clube para se empregarem
em casas na zona da Figueira da Foz, de onde Susana é natural.
"Conhecia um chulo, que entretanto foi preso, que me levou para
Espanha. Foi fácil arranjar depois trabalho por aqui", diz Susana, que
também já comprou uma carrinha e presta serviço na mesma estrada, a
cerca de um quilómetro de Tânia.O trabalho nos clubes, diz, é
"mau". "Temos de dar parte do dinheiro aos donos e exige maior empenho.
Depressa percebemos que era na rua que iríamos conseguir ser
independentes", lembra Tânia. Os clientes que procuram sexo na berma da
estrada sabem que se excederem os 10 minutos têm de pagar mais."Antes
tinha mais paciência. Agora já não", refere Tânia. Os exemplos para a
"paciência" necessária são diversos. "Tenho um cliente já velhinho que,
quando vem aqui, perde os dez minutos a entrar e a sair da carrinha. Já
mal se mexe, tenho de ajudá-lo. E acabo por não fazer nada e receber o
dinheiro", confessa em jeito jocoso. Há aqueles que procuram palavras
de conforto. Como um que, dias antes, parou o carro e a chamou.
"Perguntei-lhe o que queria. Ele disse que só queria conversar." O
"cliente" tinha sido traído pela namorada e estava a precisar de
desabafar. "Não sou padre. Se quiseres pagas 20 euros pelos dez
minutos", respondeu-lhe Tânia, a quem os clientes têm faltado no último
ano.Susana sempre assumiu que tinha preferência por mulheres.
Cabelo curto e roupa masculina, quando revela o seu percurso fá-lo no
masculino. "Sou colectado, empresário em nome individual. Se não fossem
os recibos verdes não podia ter pedido o empréstimo para a minha casa",
diz do lugar do pendura da carrinha, com o braço pendurado na janela.Os
clientes não lhe assinam os recibos, que passa como se fosse uma mulher
da limpeza, mas ela encontra forma de declarar despesas "através de
pessoas conhecidas".Susana recorda bem a primeira vez que se
prostituiu. Tinha 20 anos, trabalhava numa fábrica de apliques para
calçado e todos sabiam que só gostava de mulheres. "Sabes como são os
homens. Havia um que andava sempre atrás a dizer que queria ir comigo",
recorda. O tal homem ainda chegou a dizer-lhe que em troca de umas
horas de prazer lhe pagaria a carta. Ela recusou sempre até ao
dia em que decidiu, de facto, ir tirar a carta de condução. "Andava de
mota e pensava que o preço não seria muito superior. Quando me pediram
oitenta contos (400 euros) não encontrei outra solução", diz.A
"facilidade" com que ganhou o dinheiro abriu-lhe o caminho. Pediu "a um
chulo" que a levasse para um clube em Espanha "só para experimentar" e
nunca mais deixou "esta vida". "Não consigo tanto dinheiro como aqui",
confessa.Há dez anos, Susana sentiu o apelo da maternidade. Foi
ter com um advogado para conhecer as implicações de não dar um pai à
filha. "Engravidei de propósito", assume. Aproveitou-se de um homem que
durante anos tentou investidas. "Dizia-me que no dia em que eu fosse
com ele deixava de gostar de mulheres. Aproveitei", diz sorridente.Hoje,
este homem, casado e com filhos, desconhece que a filha de Susana foi
concebida por ele. "Quando fui registá-la disse desconhecer o paradeiro
do pai, que era emigrante. A identificação da menina tem apenas o meu
nome", diz. Na escola da filha há pais que sabem como Susana ganha a
vida. Mas não lhe apontam o dedo e permitem que a criança "faça uma
vida normal".Susana não pretende guardar segredo para sempre.
"Assim que ela tiver maturidade sou eu que lhe vou contar", diz. A
companheira, Tânia, vive exactamente no mesmo dilema. Como contar ao
filho de 16 anos que é prostituta?Inês Fontinha, responsável
pela associação O Ninho que se dedica a acompanhar e reinserir
prostitutas, diz que a melhor forma de contar a um filho é "através da
psicoterapia". "Não pode ser feito de repente. Tenho visto casos de
filhos que rejeitam as mães inicialmente. Depois acabam por perdoá-las,
mas pedem que deixem a prostituição", refere.Susana e Tânia já
fizeram planos para deixar a rua. Susana gostava de formar-se em
Geriatria e dar apoio a idosos. Tânia adorava tomar conta de crianças.
"Mas é difícil entrar noutro trabalho e manter a vida estabilizada que
agora temos", confessa Susana.Uma opinião partilhada pelas duas
mulheres já vividas que, à terça-feira, fazem três horas perto de
Alenquer, no IC2. Idalina, 54 anos, e a amiga Madalena, 65, esperam por
boleia para Leiria quando são abordadas pelo DN.É difícil
perceber que estas duas mulheres, vestidas de saia travada e camisola
chegada ao pescoço, vejam na prostituição a forma de compor uma reforma
miserável. "Oh menina, acha que ia conseguir pagar as contas com pouco
mais de 100 euros por mês?", interroga Madalena, de maquilhagem sóbria
e de cabelo arranjado.Ao final da manhã, a mais velha teve três
clientes. A mais nova, que assinala o lugar na mata onde se prostitui
com uma boneca, só teve um. "Nós só fazemos sexo à antiga. Aí as novas
é que põem a boca em todo o lado", atira Madalena, de poucas conversas."Ela
é que tem sorte. Às vezes tem um cliente que a leva para um quarto e
dá-lhe cem euros", diz Idalina. "Se soubesses o trabalho que me dá",
responde. Longe vão os anos em que se faziam valer dos atributos do
corpo para cativar clientes. Hoje vale-lhes a paciência."Acha
que as mais novas perdem tempo com eles? Recebem o dinheiro e ao fim de
dez minutos mandam-nos embora. Se soubesse as dores com que fico nos
joelhos para ganhar aqueles cem euros", diz Madalena, que recusa
pormenorizar as circunstâncias que a conduziram ali. Deixa escapar que
toda a vida trabalhou em fábricas ou a tomar conta "dos filhos dos
outros". E o dinheiro não chega.Idalina, mais espevitada, não
tem problemas em dizer que quem a pôs na estrada foi o marido com quem
casou aos 20 anos. Era a única forma de lhe alimentar o vício do
álcool. "Normalmente elas têm um relacionamento com o chulo.
Vêem-no como companheiro a quem têm de ajudar. Há aqui uma relação
afectiva que é paga. Ela trabalha e ele dá-lhe segurança. Chamo-lhe a
ilusão do amor", diz Inês Fontinha.Idalina viveu nesta ilusão
durante anos, até ganhar coragem para deixar o marido. Mas o dinheiro
continuava a escassear. Por isso, vai até Alenquer apenas uma vez por
semana. O resto da semana trabalha perto de Leiria. "Agora aquilo está
mal. Desapareceu um velhote na mata e a GNR está sempre lá. Assusta os
clientes", diz. Susto apanhou Idalina no dia em que estava no
quarto com um cliente e ele sofreu um ataque antes de se deitar com
ela. "Tinha tomado dois comprimidos Viagra porque um já não lhe fazia
efeito. Deu-lhe um ataque cardíaco, mas não queria que eu chamasse o
INEM para não o verem ali comigo", diz entre gargalhadas.Madalena
e Idalina são mulheres tão bem- -dispostas que mesmo quando recordam o
mal que lhe fazem sorriem. "Bater ninguém bateu. Mas às vezes vêm aqui
assaltar-nos. O melhor é não resistir", diz Madalena.Foi o que
fez Tânia, perto da Figueira da Foz, quando ainda não tinha uma
carrinha para fugir. "Costumava ir ali para aquela casa abandonada. Um
dia entraram três ciganos, bateram no meu cliente e roubaram-nos ouro,
um relógio e dinheiro", recorda.É por isso que Paula, 32 anos,
prefere prostituir-se na mata. "Entre quatro paredes estamos sujeitas a
tudo. Podemos gritar que ninguém se mete. Aqui corremos para a estrada
e alguém nos acode", diz."De facto, as pessoas não percebem
porque as mulheres preferem estar na estrada. Mas há razões de
segurança por trás", acredita a dirigente associativa Inês Fontinha.
"Há uma colaboração entre as mulheres, uma solidariedade. E se acontece
alguma coisa, elas ajudam-se", refere Inês Fontinha.Paula está
todos os dias da semana perto de um acesso a uma das praias da Figueira
da Foz. O Verão é a altura de mais clientes. "Turistas e emigrantes que
vêm visitar a família. Depois há camionistas", conta.O vestido
de ganga justo ao corpo descobre-lhe as pernas. Os atributos físicos de
Paula permitem-lhe uma média de dez clientes por dia, "agora em tempo
de crise".Paula lembra-se perfeitamente do dia em que começou a
trabalhar como prostituta, há pouco mais de três anos. Trabalhava num
lar e estava de relações cortadas com o pai quando soube que ele estava
doente com um cancro. "Deixei o orgulho de lado e fui para perto dele.
Mas tinha de ganhar dinheiro", conta.Admite cobrar aos clientes
"o preço normal", 20 euros por sexo vaginal e anal e 15 pelo oral. Sem
beijos nem carícias. Ao final dos dias mais fracos, pondera baixar o
preço do oral em troca de uma boleia para casa. "Quando estou mais
stressada não venho. Mas obrigo-me a fazer um dia de trabalho normal,
entre as 09.00 e as 18.00", diz.Se aparece um cliente mais
bruto, ou até sujo, Paula não hesita em mostrar-se indisponível. "Vou
beber um café e às vezes pergunto às outras raparigas se querem que
lhes traga alguma coisa. É a única coisa que falo com elas", diz com um
ar altivo.Na meia hora que Paula disponibilizou para falar ao
DN, pararam pelo menos cinco clientes à procura dos seus serviços.
Apesar das mulheres que se multiplicam ao longo da estrada, os clientes
voltaram mal ela ficou disponível. "Às vezes converso com eles. Muitos
são casados, com filhos e quando discutem com eles vêm aqui", diz.A
225 quilómetros do lugar onde Paula vende o corpo, a oferta é mais
variada. A estrada de Coina, que liga Quinta do Conde a Sesimbra,
assemelha-se a uma montra humana com mulheres de várias nacionalidades.A
minissaia e o top decotado da brasileira Sirley escondem-lhe os 40
anos, mas a expressão cansada é reveladora de um percurso atribulado. Sirley
deixou o emprego como esteticista para ser um dos 106 961 brasileiros a
residirem em Portugal, segundo dados de 2008 do Serviço de Estrangeiros
e Fronteiras.Ainda regressou ao Brasil para ir buscar as duas
filhas, agora com 12 e 15 anos, e informar o marido da sua intenção de
se separar. Em Portugal casou com um português e obteve a legalização.
O vício do álcool do marido arruinou o casamento."Separei-me há
mais de três anos e foi a única forma que encontrei para ganhar os 1500
euros que preciso para viver", diz. Hoje tem uma média de seis clientes
por dia, mas em tempos chegou a ter vinte. "Cheguei a fazer 600 euros
por dia", contabiliza, em troca de sexo oral, vaginal e anal. Este
último, segundo diz, é o menos solicitado. Sirley diz que só foi
agredida uma vez. "Por um chulo a quem não sabia que tinha de pagar."Em
Coina, independentemente dos clientes que tiver, tem de pagar 55 euros
a um chulo. Mas a protecção é visível. Assim que o DN terminou a
conversa com Sirley, o condutor de um Subaru de vidros escurecidos
parou perto dela. "Era só para saber se eu estava bem", contou depois."Este
chulo é diferente de um companheiro, de um elemento afectivo e de
socialização. Este manda no espaço público, ela tem de lhe pedir e ele
ainda vai pensar. Para tornar o acesso difícil. Depois, em troca de
dinheiro, dá-lhe toda a segurança. E isso acontece", constata Inês
Fontinha. Se algum cliente ousar ser violento ou exceder o tempo da
visita, o chulo ou proxeneta não hesita em partir para a violência
física.Sirley nunca teve um cliente violento e nem pensa em ir trabalhar para um clube. Ali é mais rápido, "não tem de se envolver"."Aos
olhos dos outros, é necessário tirar as mulheres da rua e acantoná-las
em clubes. Ninguém percebe que elas preferem estar ali. E acantoná-las
é uma solução fácil para o povo. Mas o que o Estado devia fazer era
tirar estas mulheres da rua e reinseri-las na vida em sociedade,
ajudá-las com emprego", defende Inês Fontinha.Pelo menos até as
duas filhas acabarem os cursos superiores, Sirley não pensa em ganhar a
vida de nenhuma outra forma. Até gostava de abrir um salão, mas nunca
conseguiria o dinheiro que as filhas pensam resultar de trabalhos de
limpeza. Os clientes, afirma, são de todas as classes sociais. "Desde o
peão da obra, ao engenheiro e até jogador de futebol", diz. Não é
possível traçar perfis.Os clientes despertam também a atenção da
associação O Ninho, mas dificilmente se chega a eles. Aos olhos do
sexólogo Santinho Martins, a explicação mais simplista para um homem
casado procurar os serviços de uma prostituta é o facto de ele procurar
aquilo "que a parceira não dá". Nada que "não possa ser resolvido com
uma conversa sobre o assunto", refere. Menos simples é a explicação que
outros profissionais da área procuram dar: "O facto de o homem não ser
monogâmico", diz. Por outro lado, Santinho Martins diverge de
Inês Fontinha. Enquanto ela defende a reinserção social das
prostitutas, ele considera que elas têm uma verdadeira função social.
"Grande parte dos clientes são viúvos, divorciados, jovens sem aptidões
sociais e que procuram prostitutas para satisfazer as suas apetências
sexuais." Mary é a primeira prostituta de estrada que aparece
no caminho de Setúbal para Grândola, na zona de Águas de Moura. Os
óculos graduados roubam-lhe o brilho de uns olhos verdes. Ela diz que
tem 23 anos, mas é difícil acreditar numa cara de menina e numa timidez
permanente. "Eu só cozer por 20 euros." É a única coisa que diz bem em
português, apesar de garantir que está há mais de um ano em Setúbal e
que não pensa em fazer mais nada.Um carro com dois homens no
interior aproxima-se. Ela fica inquieta e faz sinal com as mãos. "Dois
não!" E, a cada vez que lhe mandam piropos, lança palavras romenas,
irritada. As parcas palavras de uma das três jovens de cabelo comprido
louro, que atacam vestidas de igual na estrada de Grândola, dão a
entender que a prostituição é um emprego de Verão. "Na Roménia trabalho
com crianças, só venho aqui nas férias", diz Natalia, 20 anos. Dois
dedos de conversa, sem uma nota à vista, são suficientes para pôr em
alerta o proxeneta, ao volante de um Renault 4L. "Com a
abertura das fronteiras, há redes de leste que introduzem mulheres,
algumas menores, em Portugal", diz a fonte contactada pelo DN. As
famílias destas mulheres são ameaçadas e elas são obrigadas a entrar
num circuito que é difícil controlar.De regresso a Coina, perto
da brasileira Sirley, estão muitas mulheres africanas. Mas o diálogo é
quase impossível. Há seis anos em Portugal, Susy mal fala português.
Tem as sobrancelhas coloridas com roxo, as tranças vermelhas cobrem-lhe
as costas e, enquanto fala, tenta aumentar a curta saia de licra. "Não
pagar a ninguém. Só fazer sexo oral por 10 euros", diz . Uma
história que as autoridades desmontam. "A maioria das mulheres
africanas na estrada é nigeriana e vítima de tráfico humano", diz uma
fonte policial ao DN. Abandonam a família movidas "por um sonho
europeu", pensam que vão fazer limpezas ou trabalhar em restaurantes e
"ganhar muito dinheiro. Em Portugal, Espanha, França ou Itália vivem
afinal um verdadeiro pesadelo. São obrigadas a prostituir-se na
estrada ou em bares de alterne, vivem em casas onde ninguém fala a
mesma língua. "São escravas do sexo", resume a fonte. Mais. Estas
vítimas são sujeitas a cerimónias de vudu, e acreditam que se tentarem
escapar podem sofrer consequências físicas ou ficar sem família. "É
muito difícil ajudar estas mulheres a saírem destes esquemas",
reconhece Inês Fontinha. Todas elas vivem num constante medo que algo
lhes aconteça. (Os nomes usados são fictícios)
Vitor mango
Vitor mango

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