Recebi no meu e mail publico
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Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
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Recebi no meu e mail publico
Fui director de programas da RTP e depois seu
administrador. E garanto-vos que, se alguma vez algum apresentador ou
jornalista desse uma entrevista a chamar-me "estúpido", a primeira
coisa que aconteceria seria o cancelamento imediato do seu programa,
independentemente de haver ou não eleições em curso.
Por isso me parece incompreensível que, embora rios de tinta já se tenham
escrito sobre o cancelamento do jornal nacional que Manuela Moura Guedes
(MMG) apresentava na TVI,
todos os analistas e comentadores tenham
ignorado a explosiva e provocatória entrevista que MMG deu ao Diário de
Notícias dias antes de a administração da TVI lhe ter acabado com o programa.
Em meu entender
essa entrevista, realizada com antecedência para ser
publicada no dia do regresso de MMG com o seu jornal nacional, foi a
gota de água que precipitou a decisão da TVI. É que, o seu conteúdo, de tão
explosivo e provocatório que era, começou a ser divulgado dias antes. E se
chegou ao meu conhecimento, mais cedo terá chegado à administração da TVI.
Nessa entrevista MMG chama "estúpidos" aos seus superiores. Aliás,
as palavras "estúpidos" e "estupidez" aparecem várias
vezes sempre que MMG se refere à administração.
É um documento que merece ser analisado, não somente do ângulo jornalístico,
mas sobretudo do ponto de vista comportamental. É uma entrevista de uma
pessoa claramente perturbada, convicta de que é a maior ("Eu sou a
Manuela Moura Guedes"!) e que se sente perseguida por toda a gente. (Em
psiquiatria esse tipo de fenómenos são conhecidos por "ideias
delirantes", de grandeza ou de perseguição).
MMG diz-se perseguida pela administração da TVI;
afirma que os accionistas
da PRISA são "ignorantes"; considera-se "um alvo a
abater"; acusa José Alberto de Carvalho, José Rodrigues dos Santos e
Judite de Sousa de fazerem "fretes ao governo" e de serem
"cobardes"; acusa o Sindicato dos Jornalistas de pessoas que "nunca
fizeram a ponta de um corno na vida"; diz que o programa da RTP 2, Clube
de Jornalistas, é uma "porcaria"; provoca a ERC (Entidade
Reguladora da Comunicação Social); arrasa Miguel Sousa Tavares e Pacheco
Pereira, etc.
E quando o entrevistador lhe pergunta se um pivô de telejornal não deve ser
"imparcial", "equidistante", "ponderado", ela
responde: "Então metam lá uma boneca insuflável"!
Como é que a uma pessoa que assim "pensa" e assim se comporta, pode
ser dado tempo de antena em qualquer televisão minimamente responsável?
Ao contrário
do que alguns pretendem fazer crer - e como sublinhou
Mário Soares - esta questão não tem nada a ver com liberdade de imprensa ou
com a falta dela. Trata-se, simplesmente, de um acto e de uma imperativa
decisão administrativa, e de bom senso democrático.
Como é que alguém, ou algum programa,
a coberto da liberdade de imprensa,
pode impunemente acusar, sem provas, pessoas inocentes? É que a
liberdade de imprensa não é um valor absoluto, tem os seus limites, implica
também responsabilidades. E quando se pisa esse risco, está tudo
caldeirado. Há, no entanto, uma coisa que falta: uma explicação totalmente
clara e convincente por parte da administração da TVI, que ainda não foi
dada.
Vale também a pena considerar os posicionamentos político-partidários de MMG
e do seu marido.
J. E. Moniz tem, desde Mário Soares , um ódio visceral ao PS. Sei do que
falo. MMG foi deputada do CDS na AR.Até aqui, nada de especialmente especial.
O que já não está bem - e é criminoso - é que ambos se sirvam de um
telejornal para impunemente acusarem pessoas inocentes, sem quaisquer provas,
instilando insinuações e induzindo suspeições.
Ainda mais reles é o miserável aproveitamento partidário que, a começar no
PSD e em M. F. Leite , e a acabar em Louçã e no BE, está a ser feito. Estes
líderes políticos, tal como Paulo Portas e Jerónimo de Sousa, sabem muito
bem, que nem Sócrates nem o governo tiveram qualquer influência no caso TVI.
Eles sabem isto. Mas Salazar dizia: "O que parece, é"!
E eles aprenderam.
- 1984. Eu era, então, administrador da RTP. Um dia a minha secretária
disse-me que uma das apresentadoras tinha urgência em falar comigo: -
"Venho pedir-lhe se me deixa ir para a informação, quero ser
jornalista"! Perguntei-lhe se tinha algum curso de jornalismo. Não tinha.
Perguntei-lhe se, ao menos, tinha alguma experiência jornalística, num
jornal, numa rádio... Não tinha. "O que eu quero é ser jornalista"!
Percebi que estava perante uma pessoa tão determinada quanto ignorante. E
disse-lhe: "Vá falar com o director de informação; se ele a aceitar, eu
passo-lhe a guia de marcha e deixo-a ir". A magricelas conseguiu. Dias
depois, na primeira entrevista que fez - no caso, ao presidente do Sporting,
João Rocha - a peixeirada foi tão grande que ficou de castigo e sem microfone
uma data de tempo.
P.S. - A jovem apresentadora chamava-se Manuela Moura Guedes.
E se eu soubesse o que sei hoje...
José Niza
administrador. E garanto-vos que, se alguma vez algum apresentador ou
jornalista desse uma entrevista a chamar-me "estúpido", a primeira
coisa que aconteceria seria o cancelamento imediato do seu programa,
independentemente de haver ou não eleições em curso.
Por isso me parece incompreensível que, embora rios de tinta já se tenham
escrito sobre o cancelamento do jornal nacional que Manuela Moura Guedes
(MMG) apresentava na TVI,
todos os analistas e comentadores tenham
ignorado a explosiva e provocatória entrevista que MMG deu ao Diário de
Notícias dias antes de a administração da TVI lhe ter acabado com o programa.
Em meu entender
essa entrevista, realizada com antecedência para ser
publicada no dia do regresso de MMG com o seu jornal nacional, foi a
gota de água que precipitou a decisão da TVI. É que, o seu conteúdo, de tão
explosivo e provocatório que era, começou a ser divulgado dias antes. E se
chegou ao meu conhecimento, mais cedo terá chegado à administração da TVI.
Nessa entrevista MMG chama "estúpidos" aos seus superiores. Aliás,
as palavras "estúpidos" e "estupidez" aparecem várias
vezes sempre que MMG se refere à administração.
É um documento que merece ser analisado, não somente do ângulo jornalístico,
mas sobretudo do ponto de vista comportamental. É uma entrevista de uma
pessoa claramente perturbada, convicta de que é a maior ("Eu sou a
Manuela Moura Guedes"!) e que se sente perseguida por toda a gente. (Em
psiquiatria esse tipo de fenómenos são conhecidos por "ideias
delirantes", de grandeza ou de perseguição).
MMG diz-se perseguida pela administração da TVI;
afirma que os accionistas
da PRISA são "ignorantes"; considera-se "um alvo a
abater"; acusa José Alberto de Carvalho, José Rodrigues dos Santos e
Judite de Sousa de fazerem "fretes ao governo" e de serem
"cobardes"; acusa o Sindicato dos Jornalistas de pessoas que "nunca
fizeram a ponta de um corno na vida"; diz que o programa da RTP 2, Clube
de Jornalistas, é uma "porcaria"; provoca a ERC (Entidade
Reguladora da Comunicação Social); arrasa Miguel Sousa Tavares e Pacheco
Pereira, etc.
E quando o entrevistador lhe pergunta se um pivô de telejornal não deve ser
"imparcial", "equidistante", "ponderado", ela
responde: "Então metam lá uma boneca insuflável"!
Como é que a uma pessoa que assim "pensa" e assim se comporta, pode
ser dado tempo de antena em qualquer televisão minimamente responsável?
Ao contrário
do que alguns pretendem fazer crer - e como sublinhou
Mário Soares - esta questão não tem nada a ver com liberdade de imprensa ou
com a falta dela. Trata-se, simplesmente, de um acto e de uma imperativa
decisão administrativa, e de bom senso democrático.
Como é que alguém, ou algum programa,
a coberto da liberdade de imprensa,
pode impunemente acusar, sem provas, pessoas inocentes? É que a
liberdade de imprensa não é um valor absoluto, tem os seus limites, implica
também responsabilidades. E quando se pisa esse risco, está tudo
caldeirado. Há, no entanto, uma coisa que falta: uma explicação totalmente
clara e convincente por parte da administração da TVI, que ainda não foi
dada.
Vale também a pena considerar os posicionamentos político-partidários de MMG
e do seu marido.
J. E. Moniz tem, desde Mário Soares , um ódio visceral ao PS. Sei do que
falo. MMG foi deputada do CDS na AR.Até aqui, nada de especialmente especial.
O que já não está bem - e é criminoso - é que ambos se sirvam de um
telejornal para impunemente acusarem pessoas inocentes, sem quaisquer provas,
instilando insinuações e induzindo suspeições.
Ainda mais reles é o miserável aproveitamento partidário que, a começar no
PSD e em M. F. Leite , e a acabar em Louçã e no BE, está a ser feito. Estes
líderes políticos, tal como Paulo Portas e Jerónimo de Sousa, sabem muito
bem, que nem Sócrates nem o governo tiveram qualquer influência no caso TVI.
Eles sabem isto. Mas Salazar dizia: "O que parece, é"!
E eles aprenderam.
- 1984. Eu era, então, administrador da RTP. Um dia a minha secretária
disse-me que uma das apresentadoras tinha urgência em falar comigo: -
"Venho pedir-lhe se me deixa ir para a informação, quero ser
jornalista"! Perguntei-lhe se tinha algum curso de jornalismo. Não tinha.
Perguntei-lhe se, ao menos, tinha alguma experiência jornalística, num
jornal, numa rádio... Não tinha. "O que eu quero é ser jornalista"!
Percebi que estava perante uma pessoa tão determinada quanto ignorante. E
disse-lhe: "Vá falar com o director de informação; se ele a aceitar, eu
passo-lhe a guia de marcha e deixo-a ir". A magricelas conseguiu. Dias
depois, na primeira entrevista que fez - no caso, ao presidente do Sporting,
João Rocha - a peixeirada foi tão grande que ficou de castigo e sem microfone
uma data de tempo.
P.S. - A jovem apresentadora chamava-se Manuela Moura Guedes.
E se eu soubesse o que sei hoje...
José Niza
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Recebi no meu e mail publico
É um documento que merece ser analisado, não somente do ângulo jornalístico,
mas sobretudo do ponto de vista comportamental. É uma entrevista de uma
pessoa claramente perturbada, convicta de que é a maior ("Eu sou a
Manuela Moura Guedes"!) e que se sente perseguida por toda a gente. (Em
psiquiatria esse tipo de fenómenos são conhecidos por "ideias
delirantes", de grandeza ou de perseguição).
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Recebi no meu e mail publico
Vitor mango escreveu:É um documento que merece ser analisado, não somente do ângulo jornalístico,
mas sobretudo do ponto de vista comportamental. É uma entrevista de uma
pessoa claramente perturbada, convicta de que é a maior ("Eu sou a
Manuela Moura Guedes"!) e que se sente perseguida por toda a gente. (Em
psiquiatria esse tipo de fenómenos são conhecidos por "ideias
delirantes", de grandeza ou de perseguição).
Há um pormenor que o José Niza não conta, talvez por ser posterior aos tempos dele: a "jornalista" M.M.G. foi uma criação das FP-25. Da primeira vez, aconteceu por acaso ser ela a atender o telefonema em que as FP-25 anunciavam um atentado bombista. A partir daí, ela foi erigida como elo de comunicação. Nada de especial, muitos jornalistas vêem-se nessa posição.
Mas a diferença é entre aqueles que mantém o sentido das proporções e aqueles que que o perdem. A M.M.G. foi um destes últimos casos. Isto não tapa o facto de o seu afastamento ter sido, no mínimo dos mínimos, "politicamente conveniente" para o partido de governo.
Como é muito raro ver a TVI, nem sequer vou dizer "Não se perdeu nada!", mas até a TVI tem que ser defendida, num regime democrático... Se calhar até a M.M.G.
LJSMN- Pontos : 1769
Re: Recebi no meu e mail publico
o QUE E PRECISO PERGUNTAR E PORQUE E QUE TEM QUE EXISTIR A rtp?????????? Porque o POVO tem que pagar dezenas de milhoes /ANO, goela abaixo, QUEIRAM OU NAO, vejam ou nao? Porque IMITAM OS FASCISTAS? E os FRANCESES? TV PUBLICA deve ser para quem a quer PAGAR. Como nos USA e outros PAISES NORMAIS! Onde o FASCISMO-SOCIALISMO-COMUNISMO, nao estao INSTALADOS!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
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