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Conferência "Portugal em Exame - Reflexões sobre o futuro de Portugal" (Museu do Oriente, em Lisboa)

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Conferência "Portugal em Exame - Reflexões sobre o futuro de Portugal" (Museu do Oriente, em Lisboa) Empty Conferência "Portugal em Exame - Reflexões sobre o futuro de Portugal" (Museu do Oriente, em Lisboa)

Mensagem por BUFFA General Aladeen Qua Set 23, 2009 2:50 am

Conferência "Portugal em Exame - Reflexões sobre o futuro de Portugal" (Museu do Oriente, em Lisboa) Paf2193-83e2




Campos e Cunha: Portugal pode ser a Califórnia da Europa

22 de Set de 2009

Para o antigo ministro das Finanças, Portugal pode transformar-se na Califórnia da Europa no campo da investigação e desenvolvimento (I&D) se investir bem na área.

O primeiro painel da manhã debateu a importância da educação e da investigação científica

"Não é preciso mais dinheiro do Estado para investigação, o problema é como é distribuído e se a tecnologia não é aplicada", afirmou Luís Campos e Cunha na conferência "Portugal em Exame: Reflexões sobre o futuro de Portugal", que decorre no Museu do Oriente, em Lisboa.

Segundo o ex-ministro das Finanças, a questão tem que ver com as regras e o contexto da investigação e desenvolvimento (I&D) em Portugal. "A política na ciência tem que ser pensada como se Portugal fosse uma região e não um país. Dependendo disso, Portugal pode transformar-se na Califórnia da Europa, mas também pode degenerar num Alabama", acrescentou.

Campos e Cunha defendeu ainda que a investigação em Portugal necessita de ser avaliada e de atrair os talentos, que escapam cada vez mais para o estrangeiro.

"Os melhores talentos nunca ficam cá e por um lado até é positivo sermos reconhecidos lá fora, mas é necessário também reter alguns no país. Portugal tem que ser uma região dentro de um contexto que é a União Europeia ou mesmo a OCDE," defendeu, sublinhando que essa é a chave da competitividade.

Relativamente às legislativas, Luís Campos e Cunha mostrou-se com pouca esperança no resultado, sublinhando que a governabilidade não depende de uma maioria. A prioridade, defende, é conseguir um Estado forte: "Temos um Estado fraco e só os poderosos podem viver num Estado assim. O que precisamos é de um Estado forte".

Exemplo de empreendedorismo

Nuno Arantes de Oliveira, presidente da Alfama, empresa de I&D em farmácia, defendeu a necessidade de arriscar e inovar. "No meu caso, estou preocupado em singrar naquilo que faço e não com as promessas dos políticos", afirmou.

O responsável explicou o seu caso de sucesso, um negócio que aposta na biotecnologia com propriedade protegida por patentes. "Quando desenvolvemos um produto, vai ganhando valor acrescentado e depois o retorno do investimento de alto risco torna-se altamente superior", referiu o presidente da Alfama.

Já Carlos Alves Duarte, engenheiro administrador da Portugal Telecom preferiu destacar a expansão de inovação em Portugal. " Portugal não tem paciência para esperar, mas vale a pena, há que encontrar o focus da actividade e concentrar o talento", afirmou.

A iliteracia tecnológica é outro problema a ser resolvido, defendeu o responsável da PT. " Não há dúvida de que o conhecimento e a inovação no futuro vão crescer através do networking e sem educação tecnológica é impossível. Essa mudança vai trazer resultados a médio prazo", concluiu.


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Mensagem por BUFFA General Aladeen Qua Set 23, 2009 2:54 am

Conferência "Portugal em Exame - Reflexões sobre o futuro de Portugal" (Museu do Oriente, em Lisboa) Paf2096-412e
Francisco Balsemão considera que não é altura para optimismos excessivos



Balsemão defende educação e investigação na escola e na empresa


No discurso de boas-vindas da "Conferência Portugal em Exame 2009 - reflexões sobre o futuro de Portugal", que se realiza hoje no Museu do Oriente, o presidente da Impresa falou sobre os próximos desafios económicos.

Decorre hoje a "Conferência Portugal em Exame 2009 - reflexões sobre o futuro de Portugal", promovida pela revista Exame, e que se realiza no Museu do Oriente.

No discurso de boas-vindas, Francisco Pinto Balsemão realçou a importância da análise realizada no âmbito da conferência se realizar numa altura em que o país "aguarda com expectativa os resultados das eleições do próximo domingo". "Portugal encontra-se mais uma vez parado e adiado numa encruzilhada e tem de escolher o rumo a seguir, num contexto económico que começa a dar os seus primeiros sinais positivos, mas que não deve ser motivo para demasiados optimismos, pois, senhores empresários e gestores, estamos conscientes dos desafios que temos pela frente, em todos os sectores de actividade, sem excepção", afirmou o presidente do grupo Impresa Publishing.

De acordo com Pinto Balsemão, nos dias de hoje não nos devemos basear apenas na medida do valor de mercado dos bens e serviços produzidos numa economia. Isto porque existem casos em que "o PIB cresce num país e o rendimento individual médio cai". "E porquê? Porque uma parte considerável do crescimento económico acaba nas mãos de uma minoria de gente rica, à custa, portanto, de todos os outros. A asfixia democrática significa que os mais poderosos e os mais ricos, numa singular e promíscua aliança entre poder político e poder económico, tudo fazem para que esta iniquidade não seja denunciada, abafando, se necessário, a liberdade de expressão", considerou.

Por isso, continua, a "educação, na escola e na empresa, e com o seu prolongamento natural na investigação, é indispensável ponto de partida e de chegada". "Acreditamos que a democracia praticada, participada, constitui a melhor garantia do exercício quotidiano da liberdade a que todo o ser humano aspira. Acreditamos que a coesão social é o conceito onde devem assentar as obrigações e movimentações das pessoas, da sociedade civil, incluindo nesta as empresas, e do Estado em busca das condições mínimas de igualdade", concluiu o patrão da Impresa.



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Última edição por BUFFA em Qua Set 23, 2009 3:00 am, editado 2 vez(es)
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Mensagem por BUFFA General Aladeen Qua Set 23, 2009 2:57 am

Conferência "Portugal em Exame - Reflexões sobre o futuro de Portugal" (Museu do Oriente, em Lisboa) Paf2363-341f
Isabel Jonet defende que há um total desajustamento entre as medidas tomadas e o mundo real



Estado deve actuar numa perspectiva de capacitação


A presidente do Banco Alimentar contra a Fome apontou o emprego como o grande motor da coesão social e defendeu que o Estado deve actuar numa perspectiva de capacitação e não de assistencialismo.

"Há um mundo após 2008, que mostra que o modelo económico falhou", afirmou Isabel Jonet, presidente do Banco Alimentar contra a Fome, na Conferência "Portugal em Exame".

Segundo a responsável, podemos estar a viver melhor "ao nível das condições de vida e das infra-estruturas, mas estamos pior em termos de sociedade", porque o modelo económico estalou.

Isabel Jonet defendeu que há um desajustamento entre as medidas adoptadas e o mundo real, nomeadamente ao nível do emprego, dando como exemplo a questão do subsídio de desemprego e do rendimento social de inserção. Como se explica que o "Estado dá ajudas de combate ao desemprego e há cada vez mais pessoas a recorrer aos subsídios. Há uma contradição", atira a responsável.

A solução, defende, passa por haver "soluções paliativas para as causas e não para as consequências dos problemas". As ajudas devem ser pontuais no que diz respeito ao incentivo ao emprego, diz a presidente da instituição de solidariedade social.

Opinião partilhada por Diogo Simões Pereira, director-geral de Empresários para a Inclusão Social. "O Estado deve actuar numa perspectiva de capacitação e não de assistencialismo", afirmou o responsável.

Uma vez que o "Estado não é auto-regenerável: é preciso haver inputs do exterior para poder focar-se nas novas competências e na capacitação."

Já Henrique Raposo, investigador do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa, sublinhou que o Estado tornou-se demasiadamente assistencialista, sem averiguar quem precisa de ajuda social.

Além disso, defende que a justiça foi deturpada em Portugal. "O que dinamita a coesão social e o Estado de direito não é a assimetria de rendimentos, mas a assimetria legal," concluiu.



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Mensagem por BUFFA General Aladeen Qua Set 23, 2009 3:01 am

"TGV será o maior fiasco em 50 anos", diz economista



Álvaro Santos Pereira defendeu que a concretização do projecto português do TGV, no actual contexto económico, vai ser "o maior fiasco financeiro dos últimos 50 anos".

O economista e professor universitário Álvaro Santos Pereira afirmou hoje que a concretização do projecto português de alta velocidade ferroviária (TGV) no momento actual vai ser "o maior fiasco financeiro dos últimos 50 anos".

"Estamos a escolher erradamente ao apostar dogmaticamente nos grandes investimentos públicos", afirmou o professor da Universidade de Vancouver (Canadá), durante a conferência "Portugal em Exame", que decorreu hoje em Lisboa.

Salientando que leu todos os estudos sobre alta velocidade ferroviária em Portugal, Álvaro Santos Pereira disse que o projecto "só é viável se se assumir que há impactos externos abrangentes, como diminuição do ruído e das emissões de CO2".

O professor considera que a concretização deste projecto, orçado em 8,9 mil milhões de euros, "vai reduzir a margem de manobra" e não vai contribuir para a redução do endividamento externo.

O avanço da rede de alta velocidade portuguesa no momento actual "vai ser o maior fiasco financeiros dos últimos 50 anos", afirmou Álvaro Santos Pereira.

"A linha Lisboa-Porto vai custar-nos tanto como o volume de negócios anual da Sonae", disse.

O professor universitário defendeu que a "aposta no Plano Tecnológico ou nas energias renováveis faria mais sentido" do que o investimento na alta velocidade e salientou a importância de "diversificar o nosso 'portfolio', de modo a que o país "crie mais talentos".

A aposta deve ser o apoio aos "sectores estratégicos, especialmente as tecnológicas" e "não desbaratar recursos em projectos que não nos vão levar a lado algum".

Durante a sua intervenção no debate, o professor universitário sugeriu ainda que o tema da campanha eleitoral para a legislativas de domingo fosse 'não à asfixia empresarial' em vez de 'não à asfixia democrática".

"A prioridade número um deve ser acabar com esta asfixia empresarial e fazer com que Portugal crie mais talentos", afirmou, salientando que os apoios às empresas têm de ser orientados de uma forma estratégica.



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Mensagem por BUFFA General Aladeen Qua Set 23, 2009 3:07 am

...... lá vem o TGV....! Oh God....

Meninos !! Conferência onde não se discuta o TGV não é conferência.... Laughing Laughing Laughing


Eu gostava era de ver estes piquênos a debater um tema lançado, no debate em que eu estive há dias, pelo prof. fernando rosas, e que se resume mais ou menos nisto:


(peço desde já desculpa ao prof. fernando rosas, se alguma ideia ke eu aki veicular, não corresponder correctamente, ao que o Professor expôs)


Aqui vai ....

O desemprego em Portugal, na Europa, e até no mundo não é um acaso. Não é um acidente.

Corresponde a uma necessidade do modelo capitalista.

A sucessiva perda de direitos dos trabalhadores, a precariedade, a redução dos salários estão directamente relacionados com a subida do desemprego.

o Capitalismo desemprega,..... para depois, com menor preço pelo trabalho e menos direitos, voltar a empregar.

Portanto, com as condições que melhor lhe convém, para obter maiores lucros.

Em Portugal tem-se verificado isso, na verdade.

Perguntamo-nos muitas vezes, porquê que são despedidos trabalhadores e a seguir novamente contratados.... debaixo do viaduto, à jorna ...etc.


É a perversão total do mundo do trabalho.

A pergunta final:

- Onde é que está o espaço para a Esperança, na vida dos cidadãos, com um futuro tão sombrio em termos de mundo laboral .... ?

Poderão os jovens sonhar com uma casa, uma família ...?

é mais ou menos esta .... a análise do Prof Fernando Rosas.

Vale a pena ouvir ou ler gente inteligente....





Declaração de interesses -Qualquer colagem da minha pessoa ao BE, é puro erro. Por acaso fui convidado, a integrar as listas do BE, mas como estou enjoado de caviar.... Declinei o convite. Eu tanto aperto a mão ao Sócrates, como ao Louçã. Sou democrata. Acima de tudo.

Mas devo dizer que absorvo todas as ideias, venha de que partido vier, que me pareçam dignas de análise e de reflexão.
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Mensagem por Vitor mango Qua Out 31, 2012 12:11 pm

amen

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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Vitor mango
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