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Uma aventura com quatro gémeas e mais uma irmã

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Mensagem por Joao Ruiz Dom Set 27, 2009 8:25 am

Uma aventura com quatro gémeas e mais uma irmã


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Uma aventura com quatro gémeas e mais uma irmã Ng1196848

Há três meses, Sara deu à luz duas gémeas verdadeiras e duas falsas, que se juntaram à irmã Miriam, de quatro anos. Um caso de gestação natural raríssimo, que pode ocorrer uma vez em 500 mil gestações. De dia, as cinco ficam a cargo da mãe, que, descontraída, diz que a tarefa se faz bem

"Há o livro de Os Cinco e o de Uma Aventura . Nós temos tudo. Somos cinco e é uma aventura!" É em tom de brincadeira, e citando a literatura infantil, que Sara Melo, 33 anos, resume o que vai lá por casa. Desde que o espaço passou a ser curto e os seus dois braços deixaram de chegar para dar colo a tantas bebés. Foi há três meses que começou a aventura, quando, de uma filha, Sara e Edgar passaram para cinco.

Zaida, Cíntia, Alícia e Dânia nasceram a 26 de Junho, na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, às 33 semanas e três dias de uma gravidez natural e sem qualquer tratamento de fertilidade. Um fenómeno raríssimo, que pode acontecer uma vez entre meio milhão de gestações, e que decorreu sem qualquer problema. Ao fim de 20 dias, mãe e quatro filhas já estavam em casa, no Pinhal Novo, após uma breve passagem pela incubadora.

"É difícil, trabalhoso. É um dia- -a-dia complicado. Mas são mais os dias bons do que os maus", diz a mãe das meninas, com um sorriso na cara e um ar descontraído. À primeira vista, as gémeas parecem todas iguais. Mas Zaida é loira, Alícia morena, Cíntia e Dânia, as verdadeiras, distinguem- -se apenas por um pormenor na orelha. O que não deixa de causar uma certa confusão.

No início, relembra, tinha de apontar tudo, para não se baralhar: a hora dos biberões, quem tinha feito cocó, dormido, mudado a fralda, etc. Agora, diz Sara, com um ar embevecido com as suas meninas, já é mais fácil dar conta do recado.

"Quando estou sozinha até é mais fácil, não me baralho. Controlo tudo. Agora quando está outra pessoa a ajudar, a gestão acaba por ser mais complicada", explica Sara, que hoje conta com a ajuda do pai. Habitualmente, a mãe, agora desempregada, fica em casa com as quatros meninas e com Miriam, a filha mais velha. Ao quatro anos, a criança ainda não vai à escola mas já pega nas irmãs ao colo e dá uma ajuda preciosa à mãe, quando esta está mais ocupada.

O pai, operário da construção civil, trabalha o dia todo fora mas Sara garante que a gestão até se faz bem sem ele. "É raro estarem as quatro acordadas ao mesmo tempo. Para que isso não aconteça, vou desfasando os biberões", conta, satisfeita por, agora, duas das bebés, até já dormirem a noite toda. "Com seis horas por noite, eu fico bem. Além disso, dar-lhes de comer e mudar a fralda também não cansa assim tanto. Durante o dia, quando todas adormecem, acabo por me deitar um bocadinho."

Mas para que não se instale o caos, e a mãe chegue para todas as solicitações a tempo e horas, foram estabelecidas regras de ouro. A seguir a um choro não vem um colo imediato, e as meninas adormecem na cama e não nos braços da mãe. Quando estão na sala, deitam-se nas espreguiçadeiras, de frente para Sara. "E se uma estiver mais inquieta e eu estiver ocupada com outra, tenho aqui uma espreguiçadeira SOS, que treme e elas gostam muito", diz Sara, entre risos. À noite, quando Edgar chega, trata-se dos banhos e do jantar.

Sobre o parto, Sara guarda boas recordações. Por precaução, já estava na maternidade desde o início de Junho, e a hora das meninas foi programada. Durante a cesariana, recorda: "Só me lembro de ver bebés a passar e as lágrimas a escorrerem-me pela cara abaixo. Os médicos faziam-me um ok com a mão e eu chorava."

O futuro é ainda um pouco incerto, mas Sara acredita que antes dos dois anos não irá pô-las na creche. Como está sem emprego e tem um rendimento familiar reduzido, espera contar com o apoio da Segurança Social. Até lá, familiares e amigos vão dando uma preciosa ajuda. Financeira e operacional.

DN

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