Uma mensagem que pode salvar oito vidas
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Uma mensagem que pode salvar oito vidas
Uma mensagem que pode salvar oito vidas
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Sobrevivente que estará sob os escombros de um hotel em Padang enviou mensagem de telemóvel à família dizendo que está com mais sete pessoas. Há entre três mil a quatro mil desaparecidos.
A mensagem de telemóvel chegou sexta-feira, mas a rede não tem estado boa em Padang e ninguém garante que não possa ter sido enviada logo na quarta-feira. Um empregado do Ministério das Pescas participava numa reunião no sexto andar do hotel Ambacang quando se deu o sismo. O hotel ficou reduzido a quase nada. A mensagem dizia para os socorristas; "Tirem os destroços com cuidado porque há outras sete pessoas vivas", além do próprio autor da SMS. O problema é que os cães treinados não detectam quaisquer sinais de vida.
Com as horas a passar rapidamente, a esperança de encontrar sobreviventes começa a diminuir, à medida que se espalha o cheiro a morte. O sismo de magnitude 7.6 que atingiu a ilha de Samatra na quarta-feira já fez oficialmente 777 mortos, com as Nações Unidas a estimar que mais de 1100 pessoas terão morrido. Mas segundo a Cruz Vermelha, haverá ainda entre três mil a quatro mil desaparecidos.
Só debaixo dos escombros do hotel Ambacang, a polícia pensa que possam estar cem pessoas, incluindo alguns turistas estrangeiros. Mas o gerente do hotel, citado pela AFP, diz que tal não é possível. "A minha equipa disse-me que não havia estrangeiros na altura do sismo", afirmou Sarana Aji. O gerente também não acredita na veracidade da SMS.
Em Padang, a cidade portuária com quase um milhão de habitantes, os socorristas seguem qualquer dica, tentando manter a esperança. Uma professora de 25 anos foi resgatada dos escombros de uma escola, depois de ter estado mais de 48 horas presa sob os cadáveres de três alunos. Os seus gritos alertaram as autoridades, que contam já com o apoio de equipas internacionais e esperam mais reforços nos próximos dias.
Mas nos arredores montanhosos, onde os habitantes se queixam da falta de ajuda, há outra tragédia silenciosa. O sismo causou deslizamentos de terra que soterraram localidades inteiras. "Alguns minutos depois do sismo, quando já me encontrava fora de casa, ouvi um ruído como se fosse um trovão e, de repente, vi a terra que descia da montanha e comecei a correr", disse uma mulher de 55 anos, residente em Cumanak.
Segundo os fotógrafos da AFP, Cumanak, assim como Lubuk, Lawek e Gunung Tiga, todas localidades a noroeste de Padang, desapareceram completamente debaixo de um manto de terra vermelha. Há pelo menos 600 desaparecidos.
"As casas encontram-se sob quatro metros de lama" e "para já, não temos mãos para a escavar", disse um socorrista em Topan, outra área afectada, onde 400 pessoas terão morrido. "Só encontrámos três mortos", explicou um responsável do Ministério da Saúde local. Os deslizamentos de terra cortaram várias estradas, dificultando mais o acesso às vítimas.
DN
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Sobrevivente que estará sob os escombros de um hotel em Padang enviou mensagem de telemóvel à família dizendo que está com mais sete pessoas. Há entre três mil a quatro mil desaparecidos.
A mensagem de telemóvel chegou sexta-feira, mas a rede não tem estado boa em Padang e ninguém garante que não possa ter sido enviada logo na quarta-feira. Um empregado do Ministério das Pescas participava numa reunião no sexto andar do hotel Ambacang quando se deu o sismo. O hotel ficou reduzido a quase nada. A mensagem dizia para os socorristas; "Tirem os destroços com cuidado porque há outras sete pessoas vivas", além do próprio autor da SMS. O problema é que os cães treinados não detectam quaisquer sinais de vida.
Com as horas a passar rapidamente, a esperança de encontrar sobreviventes começa a diminuir, à medida que se espalha o cheiro a morte. O sismo de magnitude 7.6 que atingiu a ilha de Samatra na quarta-feira já fez oficialmente 777 mortos, com as Nações Unidas a estimar que mais de 1100 pessoas terão morrido. Mas segundo a Cruz Vermelha, haverá ainda entre três mil a quatro mil desaparecidos.
Só debaixo dos escombros do hotel Ambacang, a polícia pensa que possam estar cem pessoas, incluindo alguns turistas estrangeiros. Mas o gerente do hotel, citado pela AFP, diz que tal não é possível. "A minha equipa disse-me que não havia estrangeiros na altura do sismo", afirmou Sarana Aji. O gerente também não acredita na veracidade da SMS.
Em Padang, a cidade portuária com quase um milhão de habitantes, os socorristas seguem qualquer dica, tentando manter a esperança. Uma professora de 25 anos foi resgatada dos escombros de uma escola, depois de ter estado mais de 48 horas presa sob os cadáveres de três alunos. Os seus gritos alertaram as autoridades, que contam já com o apoio de equipas internacionais e esperam mais reforços nos próximos dias.
Mas nos arredores montanhosos, onde os habitantes se queixam da falta de ajuda, há outra tragédia silenciosa. O sismo causou deslizamentos de terra que soterraram localidades inteiras. "Alguns minutos depois do sismo, quando já me encontrava fora de casa, ouvi um ruído como se fosse um trovão e, de repente, vi a terra que descia da montanha e comecei a correr", disse uma mulher de 55 anos, residente em Cumanak.
Segundo os fotógrafos da AFP, Cumanak, assim como Lubuk, Lawek e Gunung Tiga, todas localidades a noroeste de Padang, desapareceram completamente debaixo de um manto de terra vermelha. Há pelo menos 600 desaparecidos.
"As casas encontram-se sob quatro metros de lama" e "para já, não temos mãos para a escavar", disse um socorrista em Topan, outra área afectada, onde 400 pessoas terão morrido. "Só encontrámos três mortos", explicou um responsável do Ministério da Saúde local. Os deslizamentos de terra cortaram várias estradas, dificultando mais o acesso às vítimas.
DN
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