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O macho latino segundo Maria Filomena Mónica

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Mensagem por BUFFA General Aladeen Seg Out 05, 2009 4:49 am

O macho latino segundo Maria Filomena Mónica




A sociologia treinou-a a espreitar para dentro do mundo dos outros. E Maria Filomena Mónica gosta de ouvir conversas entre homens... ainda que pasme com tamanha infantilidade.

Há vinte anos, a magistratura portuguesa veio explicar-nos que o sul de Portugal era "uma coutada do chamado macho latino". As duas turistas jugoslavas, que andavam a pedir boleia pela estrada nacional nº 125, estariam a "pedi-las", ou seja, disponíveis para a foda. Shocked Shocked Shocked

A fim de que os leitores fiquem cientes de que não invento, eis um extracto da sentença: "É impossível que não tenham previsto o risco que corriam; pois aqui, tal como no seu país natal, a atracção pelo sexo oposto é um dado indesmentível e, por vezes, não é fácil dominá-la. Assim, ao meterem-se as duas num automóvel, justamente com dois rapazes, fizeram-no, a nosso ver, conscientes do perigo que corriam, até mesmo por estarem numa zona de turismo de fama internacional, onde abundam as turistas estrangeiras habitualmente com comportamento sexual muito mais liberal e descontraído do que a maioria das nativos".

Depois de violadas, as raparigas fizeram o que deviam: queixaram-se à Polícia. Do primeiro julgamento, houve recurso. A 18 de Outubro de 1989, o Supremo Tribunal de Justiça dava razão aos juízes algarvios. Bonita sentença!

É difícil generalizar

É difícil generalizar sobre o tema, até porque as reacções dos machos têm vindo a alterar-se. Concentro-me nos homens da minha geração - nascidos na década de 1940 - sobretudo na espécie, supostamente civilizada, do homo academicus.

Curiosa desde a infância e, para mais, treinada numa disciplina, a Sociologia, que nos ensina a espreitar para dentro do mundo dos outros, gosto ouvir as chamadas conversas de homens. Tendo em conta as minhas características biológicas, não me é fácil penetrar nas casas de banho masculinas ou em clubes exclusivamente destinados ao outro sexo, mas, ao longo dos anos, tenho tido oportunidade de escutar o que dizem.

Às vezes, em júris de doutoramentos, em conselho científicos e até no Gambrinus, os homens falam como se eu me tivesse tornado invisível. É então que me familiarizei com expressões como "Ela é boa como o milho" (come-se de bom grado) ou "É de atar e pôr ao fumeiro (consome-me, mas não é nada de especial).

Por detrás deste tipo de frase jaz a concepção de que as mulheres apenas têm dois destinos, o de mães (menos importante do que já foi) ou o de putas (em obvio crescendo). Muitas destas conversas masculinas são tão infantis que custa a crer que indivíduos que, noutras áreas, são capazes de explicar como se enviam satélites para o espaço, alberguem tais ideias.

A divisão qualitativa

Há ainda outra divisão, esta qualitativa. Para a maioria dos homens, as mulheres dividir-se-iam entre as que, na cama, são boas e as que são más. Segundo eles, haveria um critério objectivo - o tamanho das mamas? as nádegas? outra parte do corpo? - que lhes permitiria separar umas das outras. Nunca lhes ocorreu que aquilo que é bom, para um, é mau, para outro. Aliás, raramente se interrogam sobre a sua própria competência e, quando o fazem, reduzem-na a uma coisa tão estúpida quanto a dimensão do pénis.

Embora em número mais reduzido, o macho latino ainda circula por aí. Antes de desaparecer da face da terra, o Neanderthal manteve-se activo, durante alguns séculos, na Crimeia, na Croácia e...na Península Ibérica! Quando nasci, é verdade que já fora substituído pelo homo sapiens, embora, por vezes, ainda consiga detectar, nos meus contemporâneos, traços daquele habitante das cavernas.

Mas, se quisermos encontrar um verdadeiro macho latino, teremos de ir a Itália, a fim de observar Berlusconi, um homem que domina o seu país através da televisão, onde quotidianamente apresenta dezenas de veline (termo usado para designar as raparigas sem talento, mas aspirando a ser famosas, via TV).

Não sei quantos leitores têm o hábito de ver, através do cabo, o canal estatal RAI, também por ele dominado, mas quem o tenha feito é impossível não ter ficado atónito com a quantidade de "boazonas", serpenteando-se entre os políticos de fato e gravata. Provindo, como a sua mulher, Verónica Lario, de meios pobres, as veline fazem tudo o que Berlusconi lhes pede, até porque o Presidente deu em convidá-las, não só para deputadas do Parlamento Europeu, mas para governantes, como aconteceu com a belíssima ex-modelo, Mara Carfagna, agora Ministra das Oportunidades Iguais.

O antigo Presidente francês, Jacques Chirac, contou recentemente que, numa visita a uma das muitas villas que possui, Berlusconi lhe mostrara uma casa de banho, tendo-lhe dito ao ouvido: "Não tens ideia de quantas nádegas este bidet já recebeu". Os machos latinos são assim: ordinários, sinceros e brutais.

Não são fortes

Ao contrário do que se pensa, não são fortes. Poucos escritores os definiram tão bem quanto A. B. Kotter, no seu mais recente livro, Bilhetes de Colares (Assírio e Alvim, 2007).

Uma vez que já toda a gente sabe tratar-se do pseudónimo do Embaixador José Cutileiro, posso atribuir-lhe a frase: "Os homens portugueses ficam meninos toda a vida e finalmente acabam com complexos de masculinidade". O facto de, antes de ser diplomata, ter sido antropólogo e de, antes disto, ter sido alentejano, ajudou Cutileiro a compreender os seus irmãos de sexo.

Voltando ao princípio, gosto da ideia de "coutada", expressa na sentença judicial, porque ela remete para um espaço fechado, onde, por estarem em vias de extinção, os animais vivem semi-protegidos. O macho latino é, na minha opinião, o nosso lince da Malcata: claro que ainda existem sinais da sua actuação, mas, no fundo, já não são o que eram.

Quem seria capaz de dizer, alto e em bom som, frases como as que Rabecaz proferiu em A Capital, de Eça de Queiroz? Conversando com Artur Corvelo numa taberna de Ovar, aquele perguntou-lhe qual a sua opinião "sobre o gado" - isto é, as mulheres - explicando-lhe que, no seu caso, o que mais apreciava no "femeaço" eram "as boas carnes".

Relembrando a vida de Lisboa, disse-lhe, com ar nostálgico: "Comi tudo, mas regalei-me". Nesse dia, o garanhão começou a morrer, mas foram precisas muitas décadas de luta, por parte das mulheres, para ser remetido para uma semi-clandestinidade. Quando agora sai de casa, prefere envergar uma "burka". O macho latino agoniza, mas ainda não morreu.


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BUFFA General Aladeen
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Mensagem por LJSMN Seg Out 05, 2009 11:14 am

BUFFA escreveu:O macho latino segundo Maria Filomena Mónica





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Há vinte anos, a magistratura portuguesa veio explicar-nos que o sul de Portugal era "uma coutada do chamado macho latino". As duas turistas jugoslavas, que andavam a pedir boleia pela estrada nacional nº 125, estariam a "pedi-las", ou seja, disponíveis para a foda. Shocked Shocked Shocked

A fim de que os leitores fiquem cientes de que não invento, eis um extracto da sentença: "É impossível que não tenham previsto o risco que corriam; pois aqui, tal como no seu país natal, a atracção pelo sexo oposto é um dado indesmentível e, por vezes, não é fácil dominá-la. Assim, ao meterem-se as duas num automóvel, justamente com dois rapazes, fizeram-no, a nosso ver, conscientes do perigo que corriam, até mesmo por estarem numa zona de turismo de fama internacional, onde abundam as turistas estrangeiras habitualmente com comportamento sexual muito mais liberal e descontraído do que a maioria das nativos".

Depois de violadas, as raparigas fizeram o que deviam: queixaram-se à Polícia. Do primeiro julgamento, houve recurso. A 18 de Outubro de 1989, o Supremo Tribunal de Justiça dava razão aos juízes algarvios. Bonita sentença!

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expresso


Preferia que Maria Filomena Mónica (MFM) não tivesse começado este artigo com este caso.

Só quando agora o li é que me apercebi que se passaram vinte anos. O ultraje que senti então, é o mesmo que sinto neste momento e esta é uma daquelas ocasiões em que, ou nos calamos, ou temos que chamar m-e-r-d-a à m-e-r-d-a.

Talvez aquela decisão tenha algo a ver com machismo. Talvez que noutro País, sem essa carga cultural, aquela decisão não tivesse acontecido. Os factos substantivos, esses, aconteceram e acontecem noutros países. O resto não.

Aquilo foi a decisão de um órgão de soberania, passou pelo calvário dos apelos e foi confirmado pelo mais alto tribunal do País. Envergonha-nos a todos, individual e colectivamente. Por extensão à "lógica" da decisão, se alguém for catado numa zona de carteiristas, "estava a pedi-las"; se alguém, nem que seja por engano, entrar num daqueles bairros da periferia de Lisboa, onde as forças policiais só vão com Full Metal Jacket, e for assaltado, agredido, quem sabe, morto, então, "estava a pedi-las"; se alguém vir a sua casa assaltada, porque não a tinha cercado com uma vedação electrificada e rodeada por um no man's land de minas antipessoais, então, "estava a pedi-las".

De alguma forma, o que fica é a decisão do juiz de primeira instância, o resto sendo essencialmente a cobertura do poder dos poderosos, pelos ainda mais poderosos que chafurdam na mesma gamela. Num país decente, o digno causídico não voltaria a ter encontrado outro trabalho para além da limpeza de latrinas. Neste, e dado o tempo decorrido, existe pelo menos uma chance razoável de ser, neste momento, um dos membros do Conselho Superior da Magistratura. Peço apenas que não me digam.


BUFFA escreveu:


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É difícil generalizar

É difícil generalizar sobre o tema, até porque as reacções dos machos têm vindo a alterar-se. Concentro-me nos homens da minha geração - nascidos na década de 1940 - sobretudo na espécie, supostamente civilizada, do homo academicus.

Curiosa desde a infância e, para mais, treinada numa disciplina, a Sociologia, que nos ensina a espreitar para dentro do mundo dos outros, gosto ouvir as chamadas conversas de homens. Tendo em conta as minhas características biológicas, não me é fácil penetrar nas casas de banho masculinas ou em clubes exclusivamente destinados ao outro sexo, mas, ao longo dos anos, tenho tido oportunidade de escutar o que dizem.

Às vezes, em júris de doutoramentos, em conselho científicos e até no Gambrinus, os homens falam como se eu me tivesse tornado invisível. É então que me familiarizei com expressões como "Ela é boa como o milho" (come-se de bom grado) ou "É de atar e pôr ao fumeiro (consome-me, mas não é nada de especial).

Por detrás deste tipo de frase jaz a concepção de que as mulheres apenas têm dois destinos, o de mães (menos importante do que já foi) ou o de putas (em obvio crescendo). Muitas destas conversas masculinas são tão infantis que custa a crer que indivíduos que, noutras áreas, são capazes de explicar como se enviam satélites para o espaço, alberguem tais ideias.

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Ainda bem que é difícil generalizar, mas o que se faz quando se nasceu homem, num País mais mediterrânico do que a orla do Mediterrâneo? Bem, a situação é simples: hoje ou amanhã, apanha-se sempre por tabela. A alternativa que resta é tentar fazer o máximo para que estes comportamentos não se reproduzam.

Mas, como diria o camarada Vladimir Ilitch, Que Fazer?

Bem, a primeira parte consiste em constatar que MFM, após a sua entrada de leoa, começa por ter seguimentos de sendeira: aquelas frases, ordinárias como são, não podem, de forma nenhuma ser colocados no patamar em MFM as colocou. Pela minha parte tenho que dizer que não gosto lá muito de milho, mas que adoro tudo o que se pode por ao fumeiro, e que não vejo como se pode inferir (apenas daquelas frases) que revelam "a concepção de que as mulheres apenas têm dois destinos, o de mães (menos importante do que já foi) ou o de putas (em obvio crescendo)."

Muito antes pelo contrário, a fraqueza dos exemplos de MFM, criou-me a enorme curiosidade em conhecer o teor dos comentários em júris e outros orgãos semelhantes, formados predominantemente por mulheres - que, felizmente são cada vez mais frequentes. Tenho a sensação muito nítida que a minha curiosidade tem poucas chances de ser satisfeita.



BUFFA escreveu:
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A divisão qualitativa

Há ainda outra divisão, esta qualitativa. Para a maioria dos homens, as mulheres dividir-se-iam entre as que, na cama, são boas e as que são más. Segundo eles, haveria um critério objectivo - o tamanho das mamas? as nádegas? outra parte do corpo? - que lhes permitiria separar umas das outras. Nunca lhes ocorreu que aquilo que é bom, para um, é mau, para outro. Aliás, raramente se interrogam sobre a sua própria competência e, quando o fazem, reduzem-na a uma coisa tão estúpida quanto a dimensão do pénis.

Embora em número mais reduzido, o macho latino ainda circula por aí. Antes de desaparecer da face da terra, o Neanderthal manteve-se activo, durante alguns séculos, na Crimeia, na Croácia e...na Península Ibérica! Quando nasci, é verdade que já fora substituído pelo homo sapiens, embora, por vezes, ainda consiga detectar, nos meus contemporâneos, traços daquele habitante das cavernas.

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expresso


Bem, pelo menos existe uma diferença qualitativa. Aliás, MFM deveria saber bem que não precisava do título, a sua escolha de tempo verbal encerra o núcleo semiótico das suas afirmações: "...as mulheres dividir-se-iam..." significa que MFM não tem bem a certeza, "haveria um critério objectivo - o tamanho das mamas? as nádegas? outra parte do corpo? - que lhes permitiria separar umas das outras" é apenas o enunciado de hipóteses de trabalho, que a digna autora acabou, por um motivo ou por outro, por não levar a termo. Não interessa que eu concorde em absoluto com o último período do parágrafo. Para ter real valor, teria sempre que assumir uma forma afirmativa, a forma da certeza que, pelos vistos, MFM não tem. Quanto às diversas sub-espécies, subscrevo, mas desconfio que são muito mais antigas do que o Neanderthal. Adiante.


BUFFA escreveu:
Mas, se quisermos encontrar um verdadeiro macho latino, teremos de ir a Itália, a fim de observar Berlusconi, um homem que domina o seu país através da televisão, onde quotidianamente apresenta dezenas de veline (termo usado para designar as raparigas sem talento, mas aspirando a ser famosas, via TV).

Não sei quantos leitores têm o hábito de ver, através do cabo, o canal estatal RAI, também por ele dominado, mas quem o tenha feito é impossível não ter ficado atónito com a quantidade de "boazonas", serpenteando-se entre os políticos de fato e gravata. Provindo, como a sua mulher, Verónica Lario, de meios pobres, as veline fazem tudo o que Berlusconi lhes pede, até porque o Presidente deu em convidá-las, não só para deputadas do Parlamento Europeu, mas para governantes, como aconteceu com a belíssima ex-modelo, Mara Carfagna, agora Ministra das Oportunidades Iguais.

O antigo Presidente francês, Jacques Chirac, contou recentemente que, numa visita a uma das muitas villas que possui, Berlusconi lhe mostrara uma casa de banho, tendo-lhe dito ao ouvido: "Não tens ideia de quantas nádegas este bidet já recebeu". Os machos latinos são assim: ordinários, sinceros e brutais.



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"Os machos latinos são assim: ordinários, sinceros e brutais." Certo em absoluto. Mas MFM esqueceu um detalhe essencial: os mercados só existem quando existe procura e oferta. A ausência de qualquer dos componentes faz o sistema desabar sobre si próprio. Se, como MFM afirma e eu espero bem que ela tenha razão, a procura está em recessão, o que podemos dizer relativamente à oferta?

Não me apetece sequer repetir o termo que MFM utilizou. A verdade é que a procura da "via genital para o sucesso" dificilmente deve ter tido tantos adeptos (assim, em sentido neutro em género), como tem hoje. Neste particular, o mais elementar bom senso diz-nos que o pobre coitado do macho latino faz pouco mais do que a figura dum pobre coitado. É preciso procurar explicações com outro poder explicativo.


BUFFA escreveu:

...

Uma vez que já toda a gente sabe tratar-se do pseudónimo do Embaixador José Cutileiro, posso atribuir-lhe a frase: "Os homens portugueses ficam meninos toda a vida e finalmente acabam com complexos de masculinidade". O facto de, antes de ser diplomata, ter sido antropólogo e de, antes disto, ter sido alentejano, ajudou Cutileiro a compreender os seus irmãos de sexo.

Voltando ao princípio, gosto da ideia de "coutada", expressa na sentença judicial, porque ela remete para um espaço fechado, onde, por estarem em vias de extinção, os animais vivem semi-protegidos. O macho latino é, na minha opinião, o nosso lince da Malcata: claro que ainda existem sinais da sua actuação, mas, no fundo, já não são o que eram.

Quem seria capaz de dizer, alto e em bom som, frases como as que Rabecaz proferiu em A Capital, de Eça de Queiroz? Conversando com Artur Corvelo numa taberna de Ovar, aquele perguntou-lhe qual a sua opinião "sobre o gado" - isto é, as mulheres - explicando-lhe que, no seu caso, o que mais apreciava no "femeaço" eram "as boas carnes".

Relembrando a vida de Lisboa, disse-lhe, com ar nostálgico: "Comi tudo, mas regalei-me". Nesse dia, o garanhão começou a morrer, mas foram precisas muitas décadas de luta, por parte das mulheres, para ser remetido para uma semi-clandestinidade. Quando agora sai de casa, prefere envergar uma "burka". O macho latino agoniza, mas ainda não morreu.


expresso


Bem... é mais ou menos óbvio que, neste, como em muitos outros assuntos



Táva fazendo falta um alentejâno!




Mas onde MFM acaba por falhar - o que eu muito sinceramente lamento - é que neste assunto em particular, o macho latino "cura-se" com a simples exibição das estatísticas, hoje facilmente acessíveis a todos, relativas ao comportamento sexual real - por oposição ao virtual "trinta-e-um-de-boca" - dos diversos povos da Europa.

A conclusão é simples: "muita parra e pouca uva".

LJSMN

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