Docentes exigem rápidas mudanças
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Docentes exigem rápidas mudanças
Docentes exigem rápidas mudanças
por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje
Ao contrário dos últimos anos, o Dia do Professor será vivido em ambiente de paz pelos 140 mil profissionais, que avisam, contudo, estar atentos aos compromissos sobre carreira e avaliação.
Pela primeira vez em vários anos, o Dia do Professor, que se assinala hoje, é vivido em ambiente de paz. Mas os docentes avisam que não baixaram a guarda com a perspectiva de uma nova equipa ministerial. E exigem mudanças rápidas no Estatuto da Carreira e na avaliação.
"Esperamos que surja uma iniciativa parlamentar para suspender de imediato o actual modelo de avaliação e iniciar a discussão de uma alternativa", diz ao DN Ricardo Silva, da Associação dos Professores em Defesa do Ensino (APEDE). "A questão da divisão da carreira, que, para nós é ainda mais importante, deverá ser também rapidamente abordada, através da discussão de um novo estatuto."
Para Ricardo Silva, mesmo com o compromisso da oposição nestes temas, continuam a haver "riscos" para os professores: "O pior que poderá acontecer será voltarmos aos memorandos de entendimento e aos modelos simplificados", avisa. "Não bastam intenções. Queremos mudanças definitivas."
Paulo Guinote, do blogue A Educação do Meu Umbigo, é mais ponderado nas expectativas: "Espero que, pelo menos, os partidos da oposição cumpram as suas promessas. Poderemos ser ingénuos ao acreditar que isso vai acontecer. Vamos ver", diz.
Assumidamente optimista é a perspectiva dos sindicatos: "Os partidos que se comprometeram, que estiveram do lado dos professores na luta contra as políticas educativas do anterior Governo, estão hoje em maioria na Assembleia e é natural que nós possamos olhar o futuro com mais esperança do que aconteceu no passado", frisou Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) à Lusa.
Já João Dias da Silva, da Federação Nacional da Educação, foi mais longe, antecipando à Lusa a possibilidade de abertura política para outros temas: "Julgamos necessário também rever a estrutura salarial dos professores, valorizando os professores em inicio de carreira cujos salários são baixos."
Quanto ao futuro ministro da Educação, desde que não seja Maria de Lurdes Rodrigues, a questão é secundária para os docentes. Isabel Alçada, coordenadora do Plano Nacional de Leitura, é, admite Guinote, "um nome que agrada, desde que não seja para repetir as mesmas políticas". O professor universitário Santana Castilho, muito crítico do ministério, é o "preferido" da APEDE, que também não exclui, "na esfera do PS, António José Seguro".
DN
por PEDRO SOUSA TAVARES
Hoje
Ao contrário dos últimos anos, o Dia do Professor será vivido em ambiente de paz pelos 140 mil profissionais, que avisam, contudo, estar atentos aos compromissos sobre carreira e avaliação.
Pela primeira vez em vários anos, o Dia do Professor, que se assinala hoje, é vivido em ambiente de paz. Mas os docentes avisam que não baixaram a guarda com a perspectiva de uma nova equipa ministerial. E exigem mudanças rápidas no Estatuto da Carreira e na avaliação.
"Esperamos que surja uma iniciativa parlamentar para suspender de imediato o actual modelo de avaliação e iniciar a discussão de uma alternativa", diz ao DN Ricardo Silva, da Associação dos Professores em Defesa do Ensino (APEDE). "A questão da divisão da carreira, que, para nós é ainda mais importante, deverá ser também rapidamente abordada, através da discussão de um novo estatuto."
Para Ricardo Silva, mesmo com o compromisso da oposição nestes temas, continuam a haver "riscos" para os professores: "O pior que poderá acontecer será voltarmos aos memorandos de entendimento e aos modelos simplificados", avisa. "Não bastam intenções. Queremos mudanças definitivas."
Paulo Guinote, do blogue A Educação do Meu Umbigo, é mais ponderado nas expectativas: "Espero que, pelo menos, os partidos da oposição cumpram as suas promessas. Poderemos ser ingénuos ao acreditar que isso vai acontecer. Vamos ver", diz.
Assumidamente optimista é a perspectiva dos sindicatos: "Os partidos que se comprometeram, que estiveram do lado dos professores na luta contra as políticas educativas do anterior Governo, estão hoje em maioria na Assembleia e é natural que nós possamos olhar o futuro com mais esperança do que aconteceu no passado", frisou Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) à Lusa.
Já João Dias da Silva, da Federação Nacional da Educação, foi mais longe, antecipando à Lusa a possibilidade de abertura política para outros temas: "Julgamos necessário também rever a estrutura salarial dos professores, valorizando os professores em inicio de carreira cujos salários são baixos."
Quanto ao futuro ministro da Educação, desde que não seja Maria de Lurdes Rodrigues, a questão é secundária para os docentes. Isabel Alçada, coordenadora do Plano Nacional de Leitura, é, admite Guinote, "um nome que agrada, desde que não seja para repetir as mesmas políticas". O professor universitário Santana Castilho, muito crítico do ministério, é o "preferido" da APEDE, que também não exclui, "na esfera do PS, António José Seguro".
DN
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Fenprof exige suspensão imediata da avaliação
Fenprof exige suspensão imediata da avaliação
por Lusa
A suspensão da avaliação de desempenho e o fim da divisão da carreira docente são duas medidas que o novo Governo deverá tomar "de imediato", defendeu hoje o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof).
Mário Nogueira lembrou que os partidos políticos, nomeadamente o partido do Governo (PS), deverão "honrar os compromissos" assumidos durante a campanha das legislativas, dando assim "um sinal claro, que seja um forte e inequívoco indicador de mudança".
O secretário-geral da Fenprof falava em Lisboa, no auditório da Escola Luís de Camões, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Professor.
Durante o discurso, o dirigente da Fenprof considerou positivo que na próxima legislatura não haja "nenhum partido que por si só tenha maioria absoluta para governar", pelo que "terá que estar obrigatoriamente aberto ao diálogo social e político".
"Essa é uma novidade importante depois de quatro anos e meio em que o diálogo e negociação não passaram de uma miragem", sublinhou Mário Nogueira, lembrando que os últimos dois anos foram "de uma grande violência para os professores".
"Pedra de toque dessa política que desvalorizou a profissão e a carreira dos docentes foi a revisão do Estatuto da Carreira Docente, que impôs o inadequado e incoerente regime de avaliação que ainda vigora", afirmou.
Com um Governo que terá que negociar e um Parlamento que "ganha protagonismo", a Fenprof considera que a avaliação do desempenho deverá ser imediatamente suspensa, a par da divisão da carreira docente, criando-se um regime transitório aplicável enquanto não estiver definido um novo modelo.
Depois, continuou, "há que corrigir os abusos e repor a legalidade nos horários dos docentes", bem como "garantir a realização de um novo concurso no próximo ano que acabe com a bagunça instalada na contratação".
A revogação do diploma que municipaliza o ensino básico e a educação pré-escolar será outra das prioridades, segundo a Fenprof.
De acordo com Mário Nogueira, as propostas hoje apresentadas perante um auditório de professores foram compiladas numa Carta Reivindicativa dos Professores e Educadores Portugueses.
Este documento, disse, será apresentado em reuniões com os partidos políticos e com as novas equipas do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Na intervenção, o dirigente aproveitou ainda a oportunidade para lembrar que a Fenprof se associa à "Semana de Trabalho Digno", que agora decorre, promovida pela CGTP-IN.
"Não poderíamos deixar de estar associados a esta Semana, ainda mais num momento em que as condições em que muitos professores exercem funções no nosso país - a recibo verde, sem carreira, em situação de grande precariedade - são efectivamente indignas", disse.
DN
por Lusa
A suspensão da avaliação de desempenho e o fim da divisão da carreira docente são duas medidas que o novo Governo deverá tomar "de imediato", defendeu hoje o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof).
Mário Nogueira lembrou que os partidos políticos, nomeadamente o partido do Governo (PS), deverão "honrar os compromissos" assumidos durante a campanha das legislativas, dando assim "um sinal claro, que seja um forte e inequívoco indicador de mudança".
O secretário-geral da Fenprof falava em Lisboa, no auditório da Escola Luís de Camões, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Professor.
Durante o discurso, o dirigente da Fenprof considerou positivo que na próxima legislatura não haja "nenhum partido que por si só tenha maioria absoluta para governar", pelo que "terá que estar obrigatoriamente aberto ao diálogo social e político".
"Essa é uma novidade importante depois de quatro anos e meio em que o diálogo e negociação não passaram de uma miragem", sublinhou Mário Nogueira, lembrando que os últimos dois anos foram "de uma grande violência para os professores".
"Pedra de toque dessa política que desvalorizou a profissão e a carreira dos docentes foi a revisão do Estatuto da Carreira Docente, que impôs o inadequado e incoerente regime de avaliação que ainda vigora", afirmou.
Com um Governo que terá que negociar e um Parlamento que "ganha protagonismo", a Fenprof considera que a avaliação do desempenho deverá ser imediatamente suspensa, a par da divisão da carreira docente, criando-se um regime transitório aplicável enquanto não estiver definido um novo modelo.
Depois, continuou, "há que corrigir os abusos e repor a legalidade nos horários dos docentes", bem como "garantir a realização de um novo concurso no próximo ano que acabe com a bagunça instalada na contratação".
A revogação do diploma que municipaliza o ensino básico e a educação pré-escolar será outra das prioridades, segundo a Fenprof.
De acordo com Mário Nogueira, as propostas hoje apresentadas perante um auditório de professores foram compiladas numa Carta Reivindicativa dos Professores e Educadores Portugueses.
Este documento, disse, será apresentado em reuniões com os partidos políticos e com as novas equipas do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
Na intervenção, o dirigente aproveitou ainda a oportunidade para lembrar que a Fenprof se associa à "Semana de Trabalho Digno", que agora decorre, promovida pela CGTP-IN.
"Não poderíamos deixar de estar associados a esta Semana, ainda mais num momento em que as condições em que muitos professores exercem funções no nosso país - a recibo verde, sem carreira, em situação de grande precariedade - são efectivamente indignas", disse.
DN
Joao Ruiz- Pontos : 32035
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