France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
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ricardonunes
Terminator
BUFFA General Aladeen
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France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
lusa
A empresa de telecomunicações anunciou hoje a demissão de Louis Pierre Wenes, na sequência da pressão dos sindicatos.
Nos últimos 18 meses, 24 trabalhadores suicidaram-se.
A France Telecom anunciou hoje a saída do "número dois" da empresa, Louis Pierre Wenes, devido ao suicídio de 24 colaboradores nos últimos 18 meses, cedendo assim aos sindicatos na questão da mobilidade interna.
Wenes, deixa o cargo de vice-presidente e será substituído por Stéphane Richard.
Trata-se da primeira mudança na direcção da empresa de telecomunicações desde o início da série de suicídios, que os sindicatos dizem serem motivados pelo descontentamento dos trabalhadores em relação à reorganização interna.
"Wenes é simbólico. Foi ele que instituiu a gestão pelo terror e deve partir", disse recentemente o delegado sindical de uma das estruturas sindicais que representam os trabalhadores da France Telecom.
Numa mensagem interna dirigida aos trabalhadores, a que a agência France Press teve acesso, Wenes explica que pediu à administração da empresa para ser "libertado das suas responsabilidades".
Mais de 100 mil funcionários no país
"Apesar das condições competitivas em que vivemos particularmente no nosso sector de actividade, nada justifica que homens e mulheres ponham fim às suas vidas. Ontem como hoje não o posso aceitar", declarou.
Stephane Richard, que até agora assumia a direcção das operações internacionais, entrou para a France Telecom em Maio e o seu nome tem sido designado na substituição do presidente do grupo, Didier Lombard, em 2011.
O mal-estar gerado pela série de suicídios de trabalhadores da France Télécom tem levado os sindicatos a criticar fortemente os métodos de gestão levados a cabo na operadora e a exigir medidas.
O forte controlo dos trabalhadores, nomeadamente dos tempos de pausa, a pressão insuportável para ganhos de produtividade e a desumanização das relações no seio da empresam são alguns dos métodos criticados pelas estruturas sindicais.
A France Twlecom, detida em 13 por cento pelo Governo francês, emprega actualmente 100 mil pessoas no país.
Nos últimos 18 meses, 24 trabalhadores suicidaram-se.
A France Telecom anunciou hoje a saída do "número dois" da empresa, Louis Pierre Wenes, devido ao suicídio de 24 colaboradores nos últimos 18 meses, cedendo assim aos sindicatos na questão da mobilidade interna.
Wenes, deixa o cargo de vice-presidente e será substituído por Stéphane Richard.
Trata-se da primeira mudança na direcção da empresa de telecomunicações desde o início da série de suicídios, que os sindicatos dizem serem motivados pelo descontentamento dos trabalhadores em relação à reorganização interna.
"Wenes é simbólico. Foi ele que instituiu a gestão pelo terror e deve partir", disse recentemente o delegado sindical de uma das estruturas sindicais que representam os trabalhadores da France Telecom.
Numa mensagem interna dirigida aos trabalhadores, a que a agência France Press teve acesso, Wenes explica que pediu à administração da empresa para ser "libertado das suas responsabilidades".
Mais de 100 mil funcionários no país
"Apesar das condições competitivas em que vivemos particularmente no nosso sector de actividade, nada justifica que homens e mulheres ponham fim às suas vidas. Ontem como hoje não o posso aceitar", declarou.
Stephane Richard, que até agora assumia a direcção das operações internacionais, entrou para a France Telecom em Maio e o seu nome tem sido designado na substituição do presidente do grupo, Didier Lombard, em 2011.
O mal-estar gerado pela série de suicídios de trabalhadores da France Télécom tem levado os sindicatos a criticar fortemente os métodos de gestão levados a cabo na operadora e a exigir medidas.
O forte controlo dos trabalhadores, nomeadamente dos tempos de pausa, a pressão insuportável para ganhos de produtividade e a desumanização das relações no seio da empresam são alguns dos métodos criticados pelas estruturas sindicais.
A France Twlecom, detida em 13 por cento pelo Governo francês, emprega actualmente 100 mil pessoas no país.
lusa
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
BUFFA escreveu:[
Nos últimos 18 meses, 24 trabalhadores suicidaram-se.
mas o que eh isto?? pessoas que perdem a vontade de viver pelas condiçoes de trabalho que lhes sao impostas pela france telecom?? nao sera crime, este tipo de pressao, que conduz ao suicidio ?? k isto nao eh normal, nao eh de certeza....
Terminator- Pontos : 2544
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
E ainda se queixam os professores da D. Lurdinhas Rodrigues
ricardonunes- Pontos : 3302
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
caro terminator olhe ke não é um fenómeno ke me espante muito....independentemente das razões que motivam este suicídio de grupo. Sendo contudo um caso atípico....
Nas nossa forças de segurança temos um fenómeno semelhante. Embora cada situação seja diferente e motivada por causas diferentes. Claro.
De quando em quando um PSP ou GNR suicida-se...
Nem sempre com a arma.
Nas nossa forças de segurança temos um fenómeno semelhante. Embora cada situação seja diferente e motivada por causas diferentes. Claro.
De quando em quando um PSP ou GNR suicida-se...
Nem sempre com a arma.
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
.... nem a propósito .. terminator !
até parece que nos estiveram a ler .....
Quando a humilhação no emprego acaba com a vida
Publicado em 06 de Outubro de 2009
Exaustão e contágio podem explicar o fenómeno, diz Braz Saraiva.
Suicídios no local de trabalho cresceram 28% nos EUA em 2008.
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até parece que nos estiveram a ler .....
Quando a humilhação no emprego acaba com a vida
Publicado em 06 de Outubro de 2009
Exaustão e contágio podem explicar o fenómeno, diz Braz Saraiva.
Suicídios no local de trabalho cresceram 28% nos EUA em 2008.
Solteira, 26 anos, quatro meses de serviço na GNR da Mealhada. Suicidou-se com um tiro na cabeça, em Novembro de 2008. Homem, 24 anos, estagiário na GNR de São Brás de Alportel. Suicidou--se com um tiro na cabeça na casa-de- -banho do posto. Setembro de 2008. Militar da GNR, 33 anos, enforcou-se numa árvore em Almagem do Bispo, em Sintra, uma semana antes, naquele mesmo mês de 2008.
Vítor Machado, 50 anos, casado, pai e avô, agente da PSP de Setúbal, parou o carro em frente ao Comando Metropolitano da Luísa Todi, em Setúbal, e matou--se com a caçadeira. Agosto de 2005. Deixou quatro palavras numa nota de despedida. "Adeus reforma, adeus amigos." O alargamento da idade da reforma foi a razão apontada na altura para que o agente da PSP tivesse decidido terminar a própria vida.
A onda de suicídios entre forças de segurança disparou o alarme - falou-se das mudanças da lei da reforma, do excesso de trabalho, da distância da família, dos baixos ordenados; criou-se um plano do Ministério da Administração Interna e linhas telefónicas de apoio psicossocial da GNR e da PSP.
Agora, 2009 é o ano negro da France Telecom. Vinte e quatro suicídios em 18 meses. Um dos suicidas, casado e pai de dois filhos, deixou uma carta à família onde falou de um "ambiente infernal" na empresa. E o número dois da France Telecom anunciou ontem a saída da empresa. A espiral de suicídios entre trabalhadores da operadora francesa voltou a lançar o debate na praça pública: pode o trabalho levar ao suicídio?
"É um fenómeno em crescendo. Desde a industrialização que o stresse laboral, a exaustão, a falta de realização no trabalho passaram a entrar no leque de razões que podem levar um indivíduo ao suicídio. Basta ver que em África as taxas de suicídio são muito baixas. A sociedade moderna está doente. Vale tudo pelas desculpas da competitividade. Isso criou uma grande desumanização. Há uma grande falta de capacidade de tolerância das chefias para perceber que as pessoas não são parafusos nem uma máquina gigantesca", adianta Carlos Braz Saraiva, psiquiatra responsável pela consulta de prevenção do suicídio nos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC).
Marginalização no trabalho, desvalorização, humilhação ou exaustão são as queixas que o psiquiatra mais ouve no consultório. "A maior parte das pessoas sente-se humilhada e mal compreendida; sente desesperança e desespero ou culpa por não conseguirem corresponder às expectativas. Há ainda os que, por serem demasiado perfeccionistas, não conseguem aceitar o fracasso laboral."
Depois da marginalização ou do excesso de horas no trabalho, vêm as consequências psíquicas: "As insónias, a impulsividade e, muitas vezes, a agressividade. Tenho encontrado muitas pessoas em situação crítica de exaustão." Não é possível entender o fenómeno do suicídio por motivos laborais sem traçar um quadrado de razões: a síndrome de burn out ou de exaustão - quando uma pessoa está prestes a "rebentar"; o mobing ou assédio moral; o bullying e o fenómeno de imitação/contágio.
Carlos Braz Saraiva não descarta a hipótese de um fenómeno de imitação nos suicídios dos trabalhadores da France Telecom. Mas "só uma autópsia psicológica dos suicidas" pode traçar o diagnóstico final da vaga de suicídios entre os funcionários da operadora.
Em Portugal, à excepção do que acontece com as forças de segurança, não há dados que mostrem a relação entre suicídios e classes profissionais. Além dos polícias, os especialistas adiantam que Portugal não é excepção à corrente e que à semelhança do que acontece fora do país, médicos e enfermeiros são os que mais se suicidam, devido ao desgaste provocado pelo ambiente hospital e situações de fadiga física e mental. Carlos Braz Saraiva revela: "Falamos de profissões em que se exige um grande sentido de rigor, em que há elevadas cargas de responsabilidade e onde é preciso tomar decisões. Os médicos, por exemplo. Não é segredo que muitos sofrem de burn out, só que ninguém fala do assunto." Se as forças de segurança recorrem a armas de fogo, os profissionais de saúde recorrem sobretudo a fármacos.
Os suicídios no local de trabalho cresceram 28% nos Estados Unidos em 2008: 251 pessoas em 2008, contra 196 em 2007. Segundo o Bureau of Labor Statistics, este é o número mais elevado desde que existem estatísticas sobre o tema. Recessão económica, stresse laboral e execuções das hipotecas das casas são algumas das razões que serviram de justificação às estatísticas. No Japão - um dos países com melhor organização no trabalho - algumas empresas oferecem férias aos empregados e têm jacuzzis e ginásios nas suas sedes. Isso não chega. A quantidade de horas que um trabalhador dedica à sua empresa está em consonância com as as taxas de suicídio: as mais elevadas do Mundo. Um estudo das Nações Unidas revela que aquele é o país onde os trabalhadores mais dedicam horas semanais ao trabalho.
Vítor Machado, 50 anos, casado, pai e avô, agente da PSP de Setúbal, parou o carro em frente ao Comando Metropolitano da Luísa Todi, em Setúbal, e matou--se com a caçadeira. Agosto de 2005. Deixou quatro palavras numa nota de despedida. "Adeus reforma, adeus amigos." O alargamento da idade da reforma foi a razão apontada na altura para que o agente da PSP tivesse decidido terminar a própria vida.
A onda de suicídios entre forças de segurança disparou o alarme - falou-se das mudanças da lei da reforma, do excesso de trabalho, da distância da família, dos baixos ordenados; criou-se um plano do Ministério da Administração Interna e linhas telefónicas de apoio psicossocial da GNR e da PSP.
Agora, 2009 é o ano negro da France Telecom. Vinte e quatro suicídios em 18 meses. Um dos suicidas, casado e pai de dois filhos, deixou uma carta à família onde falou de um "ambiente infernal" na empresa. E o número dois da France Telecom anunciou ontem a saída da empresa. A espiral de suicídios entre trabalhadores da operadora francesa voltou a lançar o debate na praça pública: pode o trabalho levar ao suicídio?
"É um fenómeno em crescendo. Desde a industrialização que o stresse laboral, a exaustão, a falta de realização no trabalho passaram a entrar no leque de razões que podem levar um indivíduo ao suicídio. Basta ver que em África as taxas de suicídio são muito baixas. A sociedade moderna está doente. Vale tudo pelas desculpas da competitividade. Isso criou uma grande desumanização. Há uma grande falta de capacidade de tolerância das chefias para perceber que as pessoas não são parafusos nem uma máquina gigantesca", adianta Carlos Braz Saraiva, psiquiatra responsável pela consulta de prevenção do suicídio nos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC).
Marginalização no trabalho, desvalorização, humilhação ou exaustão são as queixas que o psiquiatra mais ouve no consultório. "A maior parte das pessoas sente-se humilhada e mal compreendida; sente desesperança e desespero ou culpa por não conseguirem corresponder às expectativas. Há ainda os que, por serem demasiado perfeccionistas, não conseguem aceitar o fracasso laboral."
Depois da marginalização ou do excesso de horas no trabalho, vêm as consequências psíquicas: "As insónias, a impulsividade e, muitas vezes, a agressividade. Tenho encontrado muitas pessoas em situação crítica de exaustão." Não é possível entender o fenómeno do suicídio por motivos laborais sem traçar um quadrado de razões: a síndrome de burn out ou de exaustão - quando uma pessoa está prestes a "rebentar"; o mobing ou assédio moral; o bullying e o fenómeno de imitação/contágio.
Carlos Braz Saraiva não descarta a hipótese de um fenómeno de imitação nos suicídios dos trabalhadores da France Telecom. Mas "só uma autópsia psicológica dos suicidas" pode traçar o diagnóstico final da vaga de suicídios entre os funcionários da operadora.
Em Portugal, à excepção do que acontece com as forças de segurança, não há dados que mostrem a relação entre suicídios e classes profissionais. Além dos polícias, os especialistas adiantam que Portugal não é excepção à corrente e que à semelhança do que acontece fora do país, médicos e enfermeiros são os que mais se suicidam, devido ao desgaste provocado pelo ambiente hospital e situações de fadiga física e mental. Carlos Braz Saraiva revela: "Falamos de profissões em que se exige um grande sentido de rigor, em que há elevadas cargas de responsabilidade e onde é preciso tomar decisões. Os médicos, por exemplo. Não é segredo que muitos sofrem de burn out, só que ninguém fala do assunto." Se as forças de segurança recorrem a armas de fogo, os profissionais de saúde recorrem sobretudo a fármacos.
Os suicídios no local de trabalho cresceram 28% nos Estados Unidos em 2008: 251 pessoas em 2008, contra 196 em 2007. Segundo o Bureau of Labor Statistics, este é o número mais elevado desde que existem estatísticas sobre o tema. Recessão económica, stresse laboral e execuções das hipotecas das casas são algumas das razões que serviram de justificação às estatísticas. No Japão - um dos países com melhor organização no trabalho - algumas empresas oferecem férias aos empregados e têm jacuzzis e ginásios nas suas sedes. Isso não chega. A quantidade de horas que um trabalhador dedica à sua empresa está em consonância com as as taxas de suicídio: as mais elevadas do Mundo. Um estudo das Nações Unidas revela que aquele é o país onde os trabalhadores mais dedicam horas semanais ao trabalho.
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BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
.... mais ... sobre o assunto ...!
O riso e os gestores
Publicado em 07 de Outubro de 2009
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O riso e os gestores
Publicado em 07 de Outubro de 2009
É injusto culpar a administração da France Telecom por esta onda de suicídios, mas é legítimo dizer que são péssimos gestores.
"Nada justifica que homens e mulheres ponham fim às suas vidas. Hoje, como ontem, não posso aceitar isso." Esta frase foi dita anteontem pelo número dois da France Telecom, Louis-Pierre Wenes, no dia em que foi afastado da direcção da empresa, na sequência da onda de suicídios que tem atingido a operadora francesa. À primeira vista e no meio de uma crise tão grave como esta, que atira para o desemprego milhões de pessoas, todos tenderão a concordar com este gestor da France Telecom. Além da mais profunda convicção de que é sempre preferível viver, não será o desemprego o fracasso absoluto? Não será preferível ter pessoas que não se sintam completamente felizes no trabalho, do que pessoas desempregadas? Mas se fosse assim tão simples, o que explicaria então que pessoas que têm trabalho se suicidem? Só nos últimos 19 meses, verificaram-se 24 suicídios na France Telecom e as tentativas falhadas foram, pelo menos, uma dúzia. É pouco provável que sofressem todos de problemas mentais, mas mesmo que assim fosse, seria perfeitamente plausível pensar que os problemas profissionais destas pessoas contribuíram ou precipitaram o final. Também é impossível garantir que a decisão de suicídio se ficou a dever apenas ao stresse e às pressões no trabalho - raramente a decisão pode ser atribuída a uma única causa -, mas o que é certo é que as cartas de despedida destas pessoas acusavam desespero, stresse e pressões no trabalho. E a
France Telecom está envolvida num duro programa de corte de custos. Nos últimos quatro anos, saíram da empresa 22 mil pessoas e muitas das que ficaram lutam no dia-a-dia por um agressivo esquema de bónus... mensais.
É injusto culpar Louis-Pierre Wenes ou qualquer outro gestor da France Telecom por esta onda de suicídios, é ainda mais absurdo censurar as empresas que se reestruturam, que despedem e não se entregam ao fatal destino, que pode passar até pela morte, com todas as consequências que tamanho final tem para milhares de pessoas, mas é perfeitamente legítimo acusar a empresa de péssima liderança. Deveriam ser todos despedidos, não apenas Louis-Pierre Wenes. Não há desculpa para quem avança com um profundo programa de corte de custos contra os trabalhadores. Por coisas muito simples, que nem precisam de ser ditas por consultores especializados. Regras de puro bom senso. É o que dizem os estudos mais antigos da psicologia: acima de um nível moderado, o aumento da ansiedade e das preocupações reduz a capacidade mental; as emoções espalham-se como um vírus; quando as pessoas se sentem bem, o trabalho corre melhor; a boa disposição lubrifica a eficiência mental; o grau de satisfação das pessoas por trabalharem numa empresa explica boa parte do seu desempenho; as acções do líder - de uma só pessoa - explicam muitos dos sentimentos dos empregados relativamente ao trabalho. E está provado que um bom ambiente de trabalho resulta num aumento do volume de negócios.
É o riso a distância mais curta entre duas pessoas. É difícil fingi-lo. O barulho dos risos é um bom indicador da temperatura emocional da empresa e deveria ser obrigatoriamente medido no momento de avaliar o trabalho de qualquer gestor.
"Nada justifica que homens e mulheres ponham fim às suas vidas. Hoje, como ontem, não posso aceitar isso." Esta frase foi dita anteontem pelo número dois da France Telecom, Louis-Pierre Wenes, no dia em que foi afastado da direcção da empresa, na sequência da onda de suicídios que tem atingido a operadora francesa. À primeira vista e no meio de uma crise tão grave como esta, que atira para o desemprego milhões de pessoas, todos tenderão a concordar com este gestor da France Telecom. Além da mais profunda convicção de que é sempre preferível viver, não será o desemprego o fracasso absoluto? Não será preferível ter pessoas que não se sintam completamente felizes no trabalho, do que pessoas desempregadas? Mas se fosse assim tão simples, o que explicaria então que pessoas que têm trabalho se suicidem? Só nos últimos 19 meses, verificaram-se 24 suicídios na France Telecom e as tentativas falhadas foram, pelo menos, uma dúzia. É pouco provável que sofressem todos de problemas mentais, mas mesmo que assim fosse, seria perfeitamente plausível pensar que os problemas profissionais destas pessoas contribuíram ou precipitaram o final. Também é impossível garantir que a decisão de suicídio se ficou a dever apenas ao stresse e às pressões no trabalho - raramente a decisão pode ser atribuída a uma única causa -, mas o que é certo é que as cartas de despedida destas pessoas acusavam desespero, stresse e pressões no trabalho. E a
France Telecom está envolvida num duro programa de corte de custos. Nos últimos quatro anos, saíram da empresa 22 mil pessoas e muitas das que ficaram lutam no dia-a-dia por um agressivo esquema de bónus... mensais.
É injusto culpar Louis-Pierre Wenes ou qualquer outro gestor da France Telecom por esta onda de suicídios, é ainda mais absurdo censurar as empresas que se reestruturam, que despedem e não se entregam ao fatal destino, que pode passar até pela morte, com todas as consequências que tamanho final tem para milhares de pessoas, mas é perfeitamente legítimo acusar a empresa de péssima liderança. Deveriam ser todos despedidos, não apenas Louis-Pierre Wenes. Não há desculpa para quem avança com um profundo programa de corte de custos contra os trabalhadores. Por coisas muito simples, que nem precisam de ser ditas por consultores especializados. Regras de puro bom senso. É o que dizem os estudos mais antigos da psicologia: acima de um nível moderado, o aumento da ansiedade e das preocupações reduz a capacidade mental; as emoções espalham-se como um vírus; quando as pessoas se sentem bem, o trabalho corre melhor; a boa disposição lubrifica a eficiência mental; o grau de satisfação das pessoas por trabalharem numa empresa explica boa parte do seu desempenho; as acções do líder - de uma só pessoa - explicam muitos dos sentimentos dos empregados relativamente ao trabalho. E está provado que um bom ambiente de trabalho resulta num aumento do volume de negócios.
É o riso a distância mais curta entre duas pessoas. É difícil fingi-lo. O barulho dos risos é um bom indicador da temperatura emocional da empresa e deveria ser obrigatoriamente medido no momento de avaliar o trabalho de qualquer gestor.
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BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
aki faz falta o anarca para agarrar o tema pelos tomates ( salvo seja ...
ate porque tive casos que me passaram pelas maos ... e quem ca fique que se desenrasque ...
Nao deixa de ser um acto de cobardia ...
mas... o assunto tem muito pano e muita manga
maiz nao digu
ate porque tive casos que me passaram pelas maos ... e quem ca fique que se desenrasque ...
Nao deixa de ser um acto de cobardia ...
mas... o assunto tem muito pano e muita manga
maiz nao digu
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
OH PAS, com TANTOS PROBLEMAS em PORTUGAL , o que e que interessa se os 100 000 FRANCESES DA TELECOM se SUICIDAREM?
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
buffa escreveu:nem a propósito .. terminator !
até parece que nos estiveram a ler
sinceramente, fico sem palavras, e muito triste de imaginar o desespero de alguem que desiste de viver por causa do trabalho. sera k nem ao menos ponderam largar tudo e mudar de profissao?
RONALDO ALMEIDA escreveu:OH PAS, com TANTOS PROBLEMAS em PORTUGAL , o que e que interessa se os 100 000 FRANCESES DA TELECOM se SUICIDAREM?
primeiro, sao pessoas
segundo, nao sei se sao franceses e eh irrelevante, continuam a ser pessoas
terceiro, haja ou nao problemas em portugal, continuam a ser pessoas
quarto, em portugal isso tambem esta a acontecer, a pessoas
a mim choca-me k uma pessoa desista de viver. e choca mais ainda se o fizer por motivos profissionais. e pior ainda se me eh sugerido que a conduta de alguem pode pressionar outrem a desistir de viver. choca-me e revolta-me. porque sao pessoas.
Terminator- Pontos : 2544
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
Essa pessoas teem que estar DOENTES DA MENTE. Quem se vai matar por motivos profissionais? So se tiverem medo de arrumar outro emprego. ISSO AQUI E BANAL!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
RONALDO ALMEIDA escreveu:Essa pessoas teem que estar DOENTES DA MENTE. Quem se vai matar por motivos profissionais? So se tiverem medo de arrumar outro emprego. ISSO AQUI E BANAL!
http://www.nimh.nih.gov/health/publications/suicide-in-the-us-statistics-and-prevention/index.shtml
Uma das partes mais interessantes é a secção
Are Some Ethnic Groups or Races at Higher Risk?
Oh Ronaldo, pah! Tu qualificas-te como hispânico, não qualificas?
LJSMN- Pontos : 1769
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
RONALDO ALMEIDA escreveu:Essa pessoas teem que estar DOENTES DA MENTE.
exactamente. e estao!!
uma doença da mente, provocada por outrem, que conduz ah perda da vontade de viver num ser humano, tem ainda maior importancia do que outra kker outra doença mortal sem causa aparente conhecida, pela simples razao que podia ser evitada.
as doenças, quaisquer doenças, podem ser provocadas por factores externos, e conduzir ah morte. o que eh revoltante eh saber que aqui eh o factor (des)humano que desencadeia o processo.
Terminator- Pontos : 2544
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
Terminator escreveu:RONALDO ALMEIDA escreveu:Essa pessoas teem que estar DOENTES DA MENTE.
exactamente. e estao!!
uma doença da mente, provocada por outrem, que conduz ah perda da vontade de viver num ser humano, tem ainda maior importancia do que outra kker outra doença mortal sem causa aparente conhecida, pela simples razao que podia ser evitada.
as doenças, quaisquer doenças, podem ser provocadas por factores externos, e conduzir ah morte. o que eh revoltante eh saber que aqui eh o factor (des)humano que desencadeia o processo.
A mente Humano ( vulgo Gajo ) tem dois chips internos
Um para a reproduçao ..................... A
O Outro para a sobrevivencia .............B
Ambos sao imutaveis e so em casos raros oxidam e pifam
A arte reprodutiva é atavica quando nascemos com tudo em ORDEM ...mesmos os maricas senjtem algo ( ...mas nao navego por aí gosto de aguas claras ....bla bla
O instituto de sobrevivencia DOMINA um gajo em todas as situaçoes de perigo
Depois existe uma relaçao entre o (Gajo ) e a sociedade que é mais complicado e que da traumas
Traumas do kamadro que obrigam um gajo a pedir socorro aos psicologos
Um suicida não é mais que um transfuga ...que achou que ....( o anarca que apalpe ...njao é o meu esquema
No meio disto os Profetas e equiparados azndam de escova a escovar a Chipalhada para os levar para o Reino dos Ceus ...criando o maior negocio do Universos
SEM IVA
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
RONALDO ALMEIDA escreveu:Essa pessoas teem que estar DOENTES DA MENTE. Quem se vai matar por motivos profissionais? So se tiverem medo de arrumar outro emprego. ISSO AQUI E BANAL!
Há outros motivos, que ditam estes comportamentos, que a perda do emprego agrava, nomeadamente vidas duplas (jogo, mulheres, actividades ilícitas, etc.), que por alguma razão deixam de poder ser minimamente secretas (chantagem?) e passam ao domínio público ou perto disso.
Não podendo mais tapar essa vida com a cortina profissional, só encontram uma saída.
Claro que há sempre a outra face da moeda...
_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
Sam escreveu:RONALDO ALMEIDA escreveu:Essa pessoas teem que estar DOENTES DA MENTE. Quem se vai matar por motivos profissionais? So se tiverem medo de arrumar outro emprego. ISSO AQUI E BANAL!
http://www.nimh.nih.gov/health/publications/suicide-in-the-us-statistics-and-prevention/index.shtml
Uma das partes mais interessantes é a secção
Are Some Ethnic Groups or Races at Higher Risk?
Oh Ronaldo, pah! Tu qualificas-te como hispânico, não qualificas?
EU? Estas LOUCO. EU sou WHITE, not of HISPANIC ORIGIN !!! WHITE EUROPEAN! Mas rtu pensas que eu vim la da SOUTH AMERICA ou que PA?
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
RONALDO ALMEIDA escreveu:
EU? Estas LOUCO. EU sou WHITE, not of HISPANIC ORIGIN !!! WHITE EUROPEAN! Mas rtu pensas que eu vim la da SOUTH AMERICA ou que PA?
Deves ter sido dado para adopção por algum Esquimó!
ricardonunes- Pontos : 3302
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
ricardonunes escreveu:RONALDO ALMEIDA escreveu:
EU? Estas LOUCO. EU sou WHITE, not of HISPANIC ORIGIN !!! WHITE EUROPEAN! Mas rtu pensas que eu vim la da SOUTH AMERICA ou que PA?
Deves ter sido dado para adopção por algum Esquimó!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
ri-te ..... ri-te .....ó seixalense .....
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
BUFFA escreveu:ri-te ..... ri-te .....ó seixalense .....
seixalense? ALMADENSE!!!!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
RONALDO ALMEIDA escreveu:BUFFA escreveu:ri-te ..... ri-te .....ó seixalense .....
seixalense? ALMADENSE!!!!
pois ...qq coisa assim.....
dormitórios de tesos .....
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
RONALDO ALMEIDA escreveu:BUFFA escreveu:ri-te ..... ri-te .....ó seixalense .....
seixalense? ALMADENSE!!!!
O que é que se há-de fazer?
No melhor pano cai a nódoa.
Gaita, também não precisava de ser deste tamanho!!!!
P.S.: E lá está o proxy sempre a lixar-me. O proxy mais os forumeiros, o apagão ainda não se foi embora de todo
LJSMN- Pontos : 1769
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
Sam escreveu:
No melhor pano cai a nódoa.
Gaita, também não precisava de ser deste tamanho!!!!
Terminator- Pontos : 2544
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
NAO ME LEMBRO DE NENHUM EMPREGADO MEU SE TER SUICIDADO JAMAIS !!
RONALDO ALMEIDA- Pontos : 10367
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
RONALDO ALMEIDA escreveu:NAO ME LEMBRO DE NENHUM EMPREGADO MEU SE TER SUICIDADO JAMAIS !!
mas nao estas livre disso, e garanto-te k se isso acontecesse e se nao se encontrassem razoes plausiveis para esse acto desesperado, garanto-te que era uma coisa de que jamais te irias esquecer. mesmo k tivesses a consciencia totalmente tranquila!
Terminator- Pontos : 2544
Suicidou-se 25.º trabalhador da France Telecom
Suicidou-se 25.º trabalhador da France Telecom
A vaga de suicídios de trabalhadores da gigante de telecomunicações francesa France Telecom não pára de crescer. Suicidou-se hoje mais um funcionário da empresa, o 25.º em 19 meses.
Um engenheiro da France Telecom, de 48 anos, enforcou-se hoje em sua casa. Morava em Lannion, na Bretanha (Oeste de França). Estava de baixa médica há mais de um mês. O anúncio da 25.ª morte em 19 meses de um funcionário da France Telecom foi feito pela direcção da empresa.
Na terça-feira, em Marselha (Sul de França), um outro homem, de 54 anos, também trabalhador da France Telecom, tentou suicidar-se, mas foi salvo. Enviou mensagens de despedida por telemóvel aos seus colegas de trabalho e superiores hierárquicos, que informaram os serviços de emergência. Os bombeiros encontraram-no em casa, ainda com vida depois de se ter tentado enforcar.
O último suicídio levado a cabo por um trabalhador da empresa aconteceu no fim de Setembro (ver artigos relacionados), quando um homem de 51 anos se atirou de um viaduto rodoviário perto de Annecy.
Em reacção a esta vaga de suicídios, o grupo substituiu o seu número dois, Louis-Pierre Wenes, responsável desde 2006 pelas operações da empresa em França e pela transformação do grupo liderada por Stéphane Richard, antigo director do gabinete da ministra da Economia Christine Lagarde.
DN
A vaga de suicídios de trabalhadores da gigante de telecomunicações francesa France Telecom não pára de crescer. Suicidou-se hoje mais um funcionário da empresa, o 25.º em 19 meses.
Um engenheiro da France Telecom, de 48 anos, enforcou-se hoje em sua casa. Morava em Lannion, na Bretanha (Oeste de França). Estava de baixa médica há mais de um mês. O anúncio da 25.ª morte em 19 meses de um funcionário da France Telecom foi feito pela direcção da empresa.
Na terça-feira, em Marselha (Sul de França), um outro homem, de 54 anos, também trabalhador da France Telecom, tentou suicidar-se, mas foi salvo. Enviou mensagens de despedida por telemóvel aos seus colegas de trabalho e superiores hierárquicos, que informaram os serviços de emergência. Os bombeiros encontraram-no em casa, ainda com vida depois de se ter tentado enforcar.
O último suicídio levado a cabo por um trabalhador da empresa aconteceu no fim de Setembro (ver artigos relacionados), quando um homem de 51 anos se atirou de um viaduto rodoviário perto de Annecy.
Em reacção a esta vaga de suicídios, o grupo substituiu o seu número dois, Louis-Pierre Wenes, responsável desde 2006 pelas operações da empresa em França e pela transformação do grupo liderada por Stéphane Richard, antigo director do gabinete da ministra da Economia Christine Lagarde.
DN
LJSMN- Pontos : 1769
France Telecom regista 25º suicídio
France Telecom regista 25º suicídio
expresso
Suicidou-se mais um funcionário da empresa de telecomunicações francesa, aumentando para 25 o número de casos desde Fevereiro de 2008.
Um engenheiro da France Telecom, de 48 anos, enforcou-se hoje na sua casa de Lannion, em França. Este é o 25 º suicídio de funcionários da empresa, em apenas 18 meses, e segundo os sindicatos deve-se às duras condições de trabalho.
O homem estava de baixa há um mês a conselho da Medicina do Trabalho, tendo o stress laboral conduzido a mais um suicídio, depois de outro trabalhador se ter atirado de um viaduto no mês passado, refere o 'Le Fígaro'.
As estruturas sindicais justificam o ciclo de suicídios com a forte pressão sobre os funcionários e a desumanização das condições de trabalho.
O presidente da France Telecom, Didier Lombard, afirmou no início de Setembro que era necessário travar este fenómeno e "sair desta situação de contágio", lançando várias medidas como o aumento do número de médicos da empresa e sessões de psicologia para funcionários.
Na passada segunda-feira, a empresa anunciou a saída do "número dois", Louis Pierre Wenes, cedendo à pressão dos sindicatos na reorganização interna.
A France Telecom, que está ser alvo de reestruturação, conta com 100 mil funcionários em França.
Um engenheiro da France Telecom, de 48 anos, enforcou-se hoje na sua casa de Lannion, em França. Este é o 25 º suicídio de funcionários da empresa, em apenas 18 meses, e segundo os sindicatos deve-se às duras condições de trabalho.
O homem estava de baixa há um mês a conselho da Medicina do Trabalho, tendo o stress laboral conduzido a mais um suicídio, depois de outro trabalhador se ter atirado de um viaduto no mês passado, refere o 'Le Fígaro'.
As estruturas sindicais justificam o ciclo de suicídios com a forte pressão sobre os funcionários e a desumanização das condições de trabalho.
O presidente da France Telecom, Didier Lombard, afirmou no início de Setembro que era necessário travar este fenómeno e "sair desta situação de contágio", lançando várias medidas como o aumento do número de médicos da empresa e sessões de psicologia para funcionários.
Na passada segunda-feira, a empresa anunciou a saída do "número dois", Louis Pierre Wenes, cedendo à pressão dos sindicatos na reorganização interna.
A France Telecom, que está ser alvo de reestruturação, conta com 100 mil funcionários em França.
expresso
BUFFA General Aladeen- Pontos : 4887
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
https://vagueando.forumeiros.com/mesa-do-terminator-f23/france-telecom-numero-dois-sai-apos-suicidio-de-24-trabalhadores-t13520-15.htm?sid=6cc93b23a22c7fc16c959644e944138e#66888
Por acaso este assunto já por aqui andava, e cada um lida com o incómodo que estas coisas lhe causam à sua própria maneira.
Já alguém conheceu pessoalmente um suicida?
Eu já. E conforme as respostas (ou a sua ausência) à minha pergunta, depois direi mais alguma coisa a este respeito.
Por acaso este assunto já por aqui andava, e cada um lida com o incómodo que estas coisas lhe causam à sua própria maneira.
Já alguém conheceu pessoalmente um suicida?
Eu já. E conforme as respostas (ou a sua ausência) à minha pergunta, depois direi mais alguma coisa a este respeito.
LJSMN- Pontos : 1769
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
LJSMN escreveu:https://vagueando.forumeiros.com/mesa-do-terminator-f23/france-telecom-numero-dois-sai-apos-suicidio-de-24-trabalhadores-t13520-15.htm?sid=6cc93b23a22c7fc16c959644e944138e#66888
Por acaso este assunto já por aqui andava, e cada um lida com o incómodo que estas coisas lhe causam à sua própria maneira.
incomodo, sera uma palavra muito forte! mas pode-se fundir, jah trato disso!
LJSMN escreveu:Já alguém conheceu pessoalmente um suicida?
Eu já. E conforme as respostas (ou a sua ausência) à minha pergunta, depois direi mais alguma coisa a este respeito.
jah, que me lembre três: um conhecia razoavelmente bem, por motivos profissionais, e outro menos bem. ambos homens; a terceira, uma mulher, minha amiga de infancia, suicidou-se atirando o carro com ela e com a filha lá dentro do penhasco da nazare. enquanto escrevo estas linhas, e recordo essa minha amiga de quem apenas fazia 1 dia de diferença de idade, sinto ainda, e ao fim destes anos, uma enorme tristeza pela terrirvel dor que se apoderou dela ao ponto de cometer tao tesloucado acto...
conheço ainda 2 tentativas falhadas, um homem e uma miuda, ambos muito mais mais proximos e parentes entre si.
Terminator- Pontos : 2544
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
Terminator escreveu:incomodo, sera uma palavra muito forte! mas pode-se fundir, jah trato disso!
O "incomodo" é o incomodo do assunto. Ora francamente!
BTW: nos USA, a população de origem hispânica é a que tem mais baixas taxas de suicídio.
Terminator escreveu:
jah, que me lembre três: um conhecia razoavelmente bem, por motivos profissionais, e outro menos bem. ambos homens; a terceira, uma mulher, minha amiga de infancia, suicidou-se atirando o carro com ela e com a filha lá dentro do penhasco da nazare. enquanto escrevo estas linhas, e recordo essa minha amiga de quem apenas fazia 1 dia de diferença de idade, sinto ainda, e ao fim destes anos, uma enorme tristeza pela terrirvel dor que se apoderou dela ao ponto de cometer tao tesloucado acto...
conheço ainda 2 tentativas falhadas, um homem e uma miuda, ambos muito mais mais proximos e parentes entre si.
O tópico levanta dois assuntos duma vez: por um qualquer conjunto de factos, a France Telecom conseguiu quase triplicar a taxa de suicídios na sociedade francesa em poucas semanas. Por coincidência macabra, as taxas de suicídio são normalmente referidas por 100 000 habitantes, número aproximado do número de trabalhadores da empresa.
Mas a este nível, o assunto é um problema de saúde pública: se aquelas 25 mortes tivessem ocorrido por envenenamento alimentar ou por acidente de trabalho, já a estas horas os responsáveis da empresa estariam debaixo de fogo, sobretudo num País onde a culpa não morre solteira. Assim, há tendência para entrar pelas "expilicações piscicológicas" que acabam por desculpabilizar os autores da indução.
No plano individual, este assunto levanta (levanta-me) outros problemas: lembrei-me daquele amigo e lembrei-me da última vez que falei com ele. Estava mais ou menos tão esquisito comme d´habitude e eu estava tão sem pachorra comme d´habitude. Não sei se tivesse respondido de forma diferente, ou apenas prestado um pouco mais de atenção, teria mudado alguma coisa. E esse é o problema: não sei.
LJSMN- Pontos : 1769
Re: France Telecom: "Número dois" sai após suicídio de 24 trabalhadores
LJSMN escreveu:
O "incomodo" é o incomodo do assunto. Ora francamente!
oh L desculpa-me, tinha percebido outra coisa, realmente eu as vezes tenho momentos de muita lentidao neuronica!
Mas a este nível, o assunto é um problema de saúde pública: se aquelas 25 mortes tivessem ocorrido por envenenamento alimentar ou por acidente de trabalho, já a estas horas os responsáveis da empresa estariam debaixo de fogo, sobretudo num País onde a culpa não morre solteira. Assim, há tendência para entrar pelas "expilicações piscicológicas" que acabam por desculpabilizar os autores da indução.
parece evidente que ha realmente uma induçao. como nao percebo nada do assunto, temo que tambem haja um efeito de "imitaçao". ao ultrapassarem um ponto de desespero, que espero poucos de nos conheçam, o "exemplo" de colegas que "resolveram" o problema daquela maneira, pode tornar-se contagiante para pessoas que nao vem nenhuma saida para o encurralamento em que se encontram.
nao faço a mais pequena ideia se ha em frança (ou ca) alguma definiçao de como eh k se pode condenar alguem que induz outrem ao suicidio. dadas as dimensoes da france telecom parece-me muito dificil, mesmo nao restando grandes duvidas que ha uma culpa, ainda que subjectiva, da empresa.
No plano individual, este assunto levanta (levanta-me) outros problemas: lembrei-me daquele amigo e lembrei-me da última vez que falei com ele. Estava mais ou menos tão esquisito comme d´habitude e eu estava tão sem pachorra comme d´habitude. Não sei se tivesse respondido de forma diferente, ou apenas prestado um pouco mais de atenção, teria mudado alguma coisa. E esse é o problema: não sei.
L, acho que noutros niveis de menor angustia, todos nos jah experimentamos o sentimento "e se eu tivesse feito de outra maneira...", quando nos persegue a duvida de que podiamos ter tido influencia no rumo dos acontecimentos que se seguiram.
o "nao sei" tem de ser a resposta conformada. a nao ser assim, forçamos-nos a viver com um sentimento de culpa que nao temos...
Terminator- Pontos : 2544
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