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Moto-táxi para 'driblar' engarrafamentos

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Mensagem por Joao Ruiz Ter Out 06, 2009 10:49 am

Moto-táxi para 'driblar' engarrafamentos

por DANIEL LAM
Hoje

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Motociclista transporta passageiros fintando o trânsito da hora de ponta. Cobra um euro por quilómetro e diz que os percursos para o aeroporto são os mais procurados. A Antral garante que o serviço de moto-táxi é ilegal.

Quantas vezes apanhamos um táxi para tentarmos chegar ao destino mais depressa e acabamos por concluir que mais valia ter ido de metro e ou a pé? Quase todas as vezes, se isso acontecer durante a hora de ponta, em pleno centro de Lisboa. O táxi que garante passar por todos os engarrafamentos e cumprir o serviço num curto espaço de tempo acaba de chegar à capital. Mas só tem duas rodas e só transporta um passageiro de cada vez. É o Táxi Moto Serviço e é exemplar único.

José Gomes, de 53 anos, é o condutor desta Honda Goldwing GL 1800 azul, que ultimamente tem estado estacionada frente à estação de comboios do Rossio e tem atraído as atenções, levando muitos turistas a fotografá-la.

"Trabalho sozinho e em nome próprio", disse ao DN, revelando que "a ideia já vem de 2003, antes de terem surgido, em 2004, em Paris (França) 40 motos a fazer serviço de táxi. Há lá uma empresa que contrata pessoas que tenham motos Goldwing, Pan European ou BMW para fazer esse serviço".

"Comprei a moto em Fevereiro de 2002. Foi a minha prenda de aniversário, que eu já desejava desde há 17 anos", recordou. "Em 2003 já me tinha surgido esta ideia. Como eu ia muitas vezes de moto passear sozinho até ao Guincho (Cascais), comecei a pensar que o melhor seria levar alguém para ajudar a pagar o combustível. Andei estes anos todos a pensar nisto e na melhor forma de o fazer. Só neste Verão é que avancei, desde 1 de Junho", contou.

"Eu faço isto por prazer, porque gosto de andar de moto. Estou aqui para passar bons momentos e juntar o útil ao agradável. Não é para ficar rico", salientou, lembrando que antes, durante cerca de 20 anos, foi empresário em França, trabalhando como empreiteiro.

Segundo explicou, "isto não é um táxi. É uma prestação de serviço, porque não há praça de táxis nem taxímetro nem tem bandeirada. O cliente paga um euro por cada quilómetro percorrido. Só paga o que anda". E exemplificou: "Uma viagem do Rossio a Cascais custa uns 35 euros, porque o percurso é de cerca de 35 quilómetros".

"Do Rossio para o aeroporto, mesmo que o trânsito esteja todo engarrafado, a viagem demora, no máximo, dez minutos e custa dez euros", referiu, adiantando ser possível levar alguma bagagem na moto (ver caixa).

A título de exemplo o motociclista conta que transportou "uma senhora" entre Porto Salvo (Oeiras) e o aeroporto "em apenas 15 minutos" na hora de ponta da manhã. "Pagou 23 euros por 23 quilómetros", diz José Gomes. "Perguntei-lhe se tinha medo ou se já alguma vez tinha andado de moto. Ela disse que até tem uma. Assim fiquei mais à vontade, porque tive de fazer algumas avarias para a viagem ser tão rápida", confessou.

Quanto à procura deste novo serviço, em Setembro teve "uma média de dez clientes por semana, a maioria portugueses". Em Junho só registou três passageiros. "Em Julho já tive uns dez clientes e em Agosto não tive nenhum, porque toda a gente foi embora de férias", revelou, acrescentando que "os principais destinos são a área de Cascais e o aeroporto".

"Se o cliente quiser, passo recibo de moto serviço", garante.

Este motociclista salienta que também pode "fazer outros serviços, como, por exemplo, levar um ramo de flores a alguém ou uma encomenda ou qualquer outra coisa".

Relativamente aos preços do serviço normal de táxi de automóvel, o DN foi informado que, no período diurno nos dias úteis, tem uma bandeirada de dois euros e cobra, em média, 45 cêntimos por quilómetro, embora o taxímetro continue a contar enquanto o carro está parado nos semáforos e nos engarrafamentos.

DN

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Joao Ruiz
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