Turquia e Arménia no caminho da reconciliação
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Turquia e Arménia no caminho da reconciliação
Turquia e Arménia no caminho da reconciliação
Após quase duas décadas de ruptura, Turquia e Arménia concordaram no restabelecimento das relações diplomáticas bilaterais já a partir deste sábado, para além de se comprometerem a reforçar as relações bilaterais.
Os protocolos dos acordos, elaborados com mediação da Suíça, deverão ser aprovados em breve pelos parlamentos dos dois países, mas a delicada questão dos massacres dos arménios em 1915, na fase final do império otomano, não consta nos documentos que vão ser assinados.
No entanto, foi constituída uma comissão destinada a incentivar "um diálogo sobre a dimensão histórica, com o objectivo de restabelecer a confiança mútua entre as duas nações".
Na sua deslocação informal a França, e numa referência à questão do "genocídio arménio", o Presidente da Turquia, Abdullah Gl, defendeu a formação "de uma comissão histórica para estabelecer os factos".
Mas mas não deixou de sublinhar a perspectiva turca: "Estes acontecimentos ocorreram há 100 anos e registaram-se sofrimentos trágicos e deploráveis, mas que foram mútuos. Se fossem consideradas as animosidades do passado, a França e a Alemanha não seriam hoje aliados. O nosso objectivo é a paz, a estabilidade e a cooperação em toda esta região, para o futuro dos nossos filhos".
A França inclui-se entre os países europeus mais empenhados na defesa da "causa arménia" e, em 2006, o Parlamento aprovou uma lei que criminaliza a negação do genocídio arménio.
Reticências do Azerbaijão
A Turquia encerrou a fronteira em 1993, em protesto contra a ocupação pela Arménia da província do Nagorno-Karabakh, de maioria arménia e situada em território do vizinho Azerbaijão, um país com importantes recursos energéticos.
O processo de normalização das relações turco-arménias, apoiado pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante a sua visita à Turquia, não agradou aos líderes de Baku. O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, pretendia que a aproximação entre Ancara e Ierevan fosse relacionada com a questão do conflito no Nagorno-Karabakh.
Mas, ao optar pela reaproximação com a Arménia sem condições prévias, o Governo de Ancara arrisca-se a provocar atritos com o principal aliado do país no Cáucaso do Sul, para além de poder ser confrontado, a nível interno, com a oposição dos partidos nacionalistas.
Visita histórica
O calendário estabelecido para a assinatura dos acordos também coincide com a visita do Presidente da Arménia à Turquia. Serj Sarkisyan é esperado a 14 de Outubro para assistir a um desafio de futebol entre as duas equipas nacionais. Antes, o líder arménio tinha ameaçado recusar o convite caso as fronteiras não fossem reabertas, ou se não ocorresse qualquer progresso significativo nas conversações.
Mesmo que a questão do Nagorno-Karabakh não seja referida nos acordos, a resolução deste diferendo entre a Arménia e o Azerbaijão é considerada vital para a estabilização de toda a região do Cáucaso.
E em Ancara admite-se mesmo que o Parlamento turco apenas ratifique os acordos caso sejam registados "desenvolvimentos" no conflito do Nagorno-Karabakh.
Lusa
Após quase duas décadas de ruptura, Turquia e Arménia concordaram no restabelecimento das relações diplomáticas bilaterais já a partir deste sábado, para além de se comprometerem a reforçar as relações bilaterais.
Os protocolos dos acordos, elaborados com mediação da Suíça, deverão ser aprovados em breve pelos parlamentos dos dois países, mas a delicada questão dos massacres dos arménios em 1915, na fase final do império otomano, não consta nos documentos que vão ser assinados.
No entanto, foi constituída uma comissão destinada a incentivar "um diálogo sobre a dimensão histórica, com o objectivo de restabelecer a confiança mútua entre as duas nações".
Na sua deslocação informal a França, e numa referência à questão do "genocídio arménio", o Presidente da Turquia, Abdullah Gl, defendeu a formação "de uma comissão histórica para estabelecer os factos".
Mas mas não deixou de sublinhar a perspectiva turca: "Estes acontecimentos ocorreram há 100 anos e registaram-se sofrimentos trágicos e deploráveis, mas que foram mútuos. Se fossem consideradas as animosidades do passado, a França e a Alemanha não seriam hoje aliados. O nosso objectivo é a paz, a estabilidade e a cooperação em toda esta região, para o futuro dos nossos filhos".
A França inclui-se entre os países europeus mais empenhados na defesa da "causa arménia" e, em 2006, o Parlamento aprovou uma lei que criminaliza a negação do genocídio arménio.
Reticências do Azerbaijão
A Turquia encerrou a fronteira em 1993, em protesto contra a ocupação pela Arménia da província do Nagorno-Karabakh, de maioria arménia e situada em território do vizinho Azerbaijão, um país com importantes recursos energéticos.
O processo de normalização das relações turco-arménias, apoiado pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante a sua visita à Turquia, não agradou aos líderes de Baku. O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, pretendia que a aproximação entre Ancara e Ierevan fosse relacionada com a questão do conflito no Nagorno-Karabakh.
Mas, ao optar pela reaproximação com a Arménia sem condições prévias, o Governo de Ancara arrisca-se a provocar atritos com o principal aliado do país no Cáucaso do Sul, para além de poder ser confrontado, a nível interno, com a oposição dos partidos nacionalistas.
Visita histórica
O calendário estabelecido para a assinatura dos acordos também coincide com a visita do Presidente da Arménia à Turquia. Serj Sarkisyan é esperado a 14 de Outubro para assistir a um desafio de futebol entre as duas equipas nacionais. Antes, o líder arménio tinha ameaçado recusar o convite caso as fronteiras não fossem reabertas, ou se não ocorresse qualquer progresso significativo nas conversações.
Mesmo que a questão do Nagorno-Karabakh não seja referida nos acordos, a resolução deste diferendo entre a Arménia e o Azerbaijão é considerada vital para a estabilização de toda a região do Cáucaso.
E em Ancara admite-se mesmo que o Parlamento turco apenas ratifique os acordos caso sejam registados "desenvolvimentos" no conflito do Nagorno-Karabakh.
Lusa
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