Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

por BUFFA General Aladeen Sáb Out 10, 2009 2:04 am

No Tribunal de Barcelos há juízes que já regressaram ao papel

Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

10.10.2009

Conselho Superior da Magistratura tem recebido "inúmeros" protestos de juízes, mas o ministério nega problemas graves e garante que o Citius é usado sem problemas.

Despachos judiciais já desapareceram da aplicação informáticaCitius Magistrados Judiciais devido a erros no sistema. Desde Janeiro que o uso desta aplicação se tornou obrigatório para os processos cíveis, o que tem posto muitos juízes à beira de um ataque de nervos. A lentidão do sistema e o frequente bloqueio da aplicação são as queixas mais frequentes.

O Conselho Superior da Magistratura (CSM) diz que desde então "têm sido inúmeras as queixas por parte dos utilizadores juízes", mas assegura que o desaparecimento de despachos do sistema corresponde "a situações raras" relacionadas com quebras do sistema. O Ministério da Justiça nega a existência de problemas graves e insiste que a "larga maioria dos magistrados utiliza oCitius quotidianamente sem problemas".

O Tribunal Judicial de Ponta Delgada é um dos que têm sentido os problemas mais graves. "Consigno que o presente despacho foi redigido por duas vezes (após ter desaparecido do sistema, por razões informáticas que desconhecemos) e que o acesso aoCitiuspara nele o integrar foi tentado ao longo de mais de uma hora e 10 minutos, sem sucesso", lê-se num despacho de 24 de Setembro. "O mau funcionamento do sistemaCitius", acrescenta-se "vem[-se] repetindo diariamente e prejudicando o nosso desempenho".

O mesmo já tinha acontecido no Tribunal de Ponta Delgada a 16 de Setembro, segundo um despacho: "Após a gravação no sistema e sem que nada o fizesse prever, [o despacho] não foi convertido em versão final e desapareceu, tendo de ser novamente proferido".

Mas há queixas um pouco por todo o país. "Desde o início do ano judicial [1 de Setembro], o sistema Citiusdeixou de funcionar em condições normais, o que tem vindo a prejudicar gravemente o serviço", denunciou por carta Marlene Rodrigues, juíza-presidente do Tribunal Judicial de Barcelos. A lentidão do sistema, a impossibilidade de abrir determinados documentos e de os remeter internamente para as respectivas secções (que tratam da parte administrativa) e a activação obrigatória do processador em inglês foram os principais problemas referidos. Marlene Rodrigues insiste que é uma adepta da informatização dos tribunais. "Fui das primeiras a trabalhar noCitius, em Novembro de 2007, porque acho que traz transparência", argumenta. "Mas não podem continuar a alterar o sistema sem testar previamente as mudanças", realça. "Estes erros todos não se compadecem com o volume de serviço que temos", sustenta. As últimas alterações noCitius custaram a Jorge Teixeira, juiz de círculo em Barcelos, um mês sem trabalhar na aplicação e o regresso ao papel.

Edgar Lopes, vogal do CSM, diz que muitos se queixam da demora de vários minutos para proferir despachos que antes eram dados em segundos. "Os problemas ocorridos revelam que a obrigatoriedade de utilização desta aplicação informática demonstrou que o sistema não estava totalmente preparado para a utilização intensiva que passou a ter", avalia.

A indisponibilidade da aplicação informáticaCitiustambém tem contribuído para o adiamento de inúmeras audiências de julgamento. Em causa está o facto de o sistema de gravação que está a funcionar nos tribunais depender directamente doCitius e só funcionar quando este está a funcionar.

"Tem sido repetidamente comunicado ao CSM [Conselho Superior da Magistratura] a ocorrência de adiamentos de julgamentos por impossibilidade de gravação, originada pelo não-funcionamento do sistema informático, situação que é dificilmente explicável e dificilmente compreensível", afirma Edgar Lopes, vogal do CSM. Por isso mesmo, o conselho tem vindo a insistir junto do Ministério da Justiça para que crie um sistema alternativo que permita gravar as audiências sem que oCitius esteja em funcionamento. Tal não é, contudo, possível neste momento.

O ministério insiste, por seu lado, que o processo electrónico permite aumentos da celeridade de vários dias em cada processo e ganhos de produtividade.

público

não "brinquem" com coisas sérias, por favor...

há muito tempo que a Magistratura se queixa do Citius, pela perturbação que tem causado no sistema judicial, um sistema já de si com tantos factores de mau funcionamento, a dificultar a díficil tarefa de julgar .

É a vida das pessoas, dos cidadãos que está em jogo, nas mais diversas dimensões.

por **Viriato** Sáb Out 10, 2009 2:50 am

Porque trabalho em informática há 40 anos, conheço a história de olhos fechados. Tudo o que corre mal, a culpa é da informática. Porque a informática não é pessoal, é uma máquina. Só que é uma máquina muito precisa (fiável) e tal como Cavaco, nunca se engana. Quem se engana são quem com elas convivem. Um juíz (e é conhecida a sua grande info-exclusão), esquece-se de fazer ENTER, de confirmar, de qualquer operação elementar e a culpa é da informática. Eu, repito, conheço a história de cor.... Acrescento que o CITUS foi considerado o melhor software desenvolvido na Justiça a nível europeu.

por Terminator Sáb Out 10, 2009 5:11 am

Viriato escreveu:Porque trabalho em informática há 40 anos, conheço a história de olhos fechados. Tudo o que corre mal, a culpa é da informática. Porque a informática não é pessoal, é uma máquina. Só que é uma máquina muito precisa (fiável) e tal como Cavaco, nunca se engana. Quem se engana são quem com elas convivem. Um juíz (e é conhecida a sua grande info-exclusão), esquece-se de fazer ENTER, de confirmar, de qualquer operação elementar e a culpa é da informática. Eu, repito, conheço a história de cor.... Acrescento que o CITUS foi considerado o melhor software desenvolvido na Justiça a nível europeu.

oh viriato, eu concordo com a parte de que quando eh preciso arranjar uma desculpa, os sistemas informaticos dao cobertura a quasse tudo.

mas tanta gente a queixar-se do mesmo, jah nao eh normal. e os sistemas, podem ser os melhores do mundo, mas tem de estar absolutamente virados para utilizadores k nao sao informaticos e k ah partida nem seker tem "jeito" para computadores.

alem disso, os sistemas tambem falham. tem bugs, e outras bicharadas. eh por isso alguma cautela com as certezas, porque nao se trata soh de UMA queixa....

por **Viriato** Sáb Out 10, 2009 3:15 pm

Terminator escreveu:mas tanta gente a queixar-se do mesmo, jah nao eh normal.

Mas o que eu constato é que é só a associação sindical que contesta. Tenho reuniões quinzenais com representantes de todos os ministérios no âmbito de SIMPLEX e do programa Portugal Tecnológico. O sistema do ministério da justiça tem sido considerado por congéneres europeias como dos grandes passos na modernização dos arquivos processuais. Aquelas resmas de pastas cozidas a cordel que se vê frequentemente nos tribunais, tendem a desaparecer...

Covém não esquecer que os protestos começaram com os acessos. Verificou-se que os ditos acessos dependem de um admnistrador do sistema. Se havia falhas, o problema era do responsável que concedia autorizações. Como essa não pegou, o sindicato vem com casos vagos...

por LJSMN Sáb Out 10, 2009 4:57 pm

Não conheço o sistema em causa mas algumas das queixas referidas na noticia são consistentes:

BUFFA escreveu:
"Consigno que o presente despacho foi redigido por duas vezes (após ter desaparecido do sistema, por razões informáticas que desconhecemos)"

As aplicações criticas não permitem que os documentos "desapareçam do sistema": chateiam o utilizador até mais não e fazem todas as verificações e mais algumas. Comentário: cheira a coeficiente de cagaço demasiado baixo.

BUFFA escreveu:
"Após a gravação no sistema e sem que nada o fizesse prever, [o despacho] não foi convertido em versão final e desapareceu, tendo de ser novamente proferido".

O bug não é desculpa para nada. Software sem bugs é uma contradição em termos, mas há níveis de bugs e níveis de bugs. Donald de Knuth é o nome maior na área das ciências da computação e, entre outras coisas, autor do sistema TeX de composição tipográfica. O número de versão foi criado por forma a convergir rapidamente para 3, depois para 3.1, depois para 3.14, com a mensagem explícita que, quando o número de versão for exactamente igual a Pi, o sistema está isento de erros. OK, Pi é um número irracional, o que quer dizer que o objectivo nunca será alcançado. A verdade, contudo, é que, neste momento, o número de versão do sistema TeX tem 16 ou 18 dos dígitos decimais de Pi e o sistema não perde documentos.

BUFFA escreveu:
...a activação obrigatória do processador em inglês...

Não, esta tem que ir a bold: no comments!

BUFFA escreveu:
Em causa está o facto de o sistema de gravação que está a funcionar nos tribunais depender directamente doCitius e só funcionar quando este está a funcionar.

Alto e pára o baile! Aqui alguém meteu a pata na poça e não foi só até ao tornozelo. Repito, não conheço o sistema, mas aqui nem é preciso saber se sãos os bits que têm bites ou ao contrário. Porque carga de água é que as intranets dos bancos não têm problemas destes?

Oh Viriato, qual é a coisa qual é ela que hoje é uma agência de viagens e que antigamente cuspia coisas destas?

Isto?

por **Viriato** Sáb Out 10, 2009 5:05 pm

Sam escreveu:

Não conheço o sistema em causa mas algumas das queixas referidas na noticia são consistentes:

BUFFA escreveu:
"Consigno que o presente despacho foi redigido por duas vezes (após ter desaparecido do sistema, por razões informáticas que desconhecemos)"

As aplicações criticas não permitem que os documentos "desapareçam do sistema": chateiam o utilizador até mais não e fazem todas as verificações e mais algumas. Comentário: cheira a coeficiente de cagaço demasiado baixo.

BUFFA escreveu:
"Após a gravação no sistema e sem que nada o fizesse prever, [o despacho] não foi convertido em versão final e desapareceu, tendo de ser novamente proferido".

O bug não é desculpa para nada. Software sem bugs é uma contradição em termos, mas há níveis de bugs e níveis de bugs. Donald de Knuth é o nome maior na área das ciências da computação e, entre outras coisas, autor do sistema TeX de composição tipográfica. O número de versão foi criado por forma a convergir rapidamente para 3, depois para 3.1, depois para 3.14, com a mensagem explícita que, quando o número de versão for exactamente igual a Pi, o sistema está isento de erros. OK, Pi é um número irracional, o que quer dizer que o objectivo nunca será alcançado. A verdade, contudo, é que, neste momento, o número de versão do sistema TeX tem 16 ou 18 dos dígitos decimais de Pi e o sistema não perde documentos.

BUFFA escreveu:
...a activação obrigatória do processador em inglês...

Não, esta tem que ir a bold: no comments!

BUFFA escreveu:
Em causa está o facto de o sistema de gravação que está a funcionar nos tribunais depender directamente doCitius e só funcionar quando este está a funcionar.

Alto e pára o baile! Aqui alguém meteu a pata na poça e não foi só até ao tornozelo. Repito, não conheço o sistema, mas aqui nem é preciso saber se sãos os bits que têm bites ou ao contrário. Porque carga de água é que as intranets dos bancos não têm problemas destes?

Oh Viriato, qual é a coisa qual é ela que hoje é uma agência de viagens e que antigamente cuspia coisas destas?

Isto?

Porra. Mexi muito nisso. Fiz os meus primeiros programas numa perfuradora dessas. Mas julgava que já não existiam. Em Portugal há uns 25 anos que sumiram. Qual não foi o meu espanto quando, na primeira eleição de Bush, andaram uma semana a espreitar os buraquinhos dos cartões. Fiquei estupfacto.... Como se costuma dizer "Em casa de ferreiro...."

por LJSMN Sáb Out 10, 2009 5:12 pm

Viriato escreveu:
Porra. Mexi muito nisso. Fiz os meus primeiros programas numa perfuradora dessas. Mas julgava que já não existiam. Em Portugal há uns 25 anos que sumiram. Qual não foi o meu espanto quando, na primeira eleição de Bush, andaram uma semana a espreitar os buraquinhos dos cartões. Fiquei estupfacto.... Como se costuma dizer "Em casa de ferreiro...."

A melhor de todas foi que numa assembleia de voto a alavanca caiu e como não havia máquina sobressalente, os eleitores encaixavam-na no lugar e quando saiam da cabine de voto, passavam-na ao que estava a seguir na fila.

O desenrascanso não é só portuga.

por Terminator Sáb Out 10, 2009 5:21 pm

adorei essa foto, o primeiro computador da empresa era uma coisa que ocupava uma sala inteira e soh fazia a contabilidade ehehhe k giro, ateh o senhor tem um ar todo arrumadinho cheers

nao ha duvida, aki eh tudo kotas! lol!

como eu nao percebi pevide da conversa do sam, tenho de saltar directamente para esta afirmaçao do viriato:

Viriato escreveu:

O sistema do ministério da justiça tem sido considerado por congéneres europeias como dos grandes passos na modernização dos arquivos processuais.

oh viriato, e a opiniao das congeneres eh baseada em k?? vieram cah trabalhar com o sistema, ou foi soh de ouvirem falar?

por Terminator Sáb Out 10, 2009 5:24 pm

Sam escreveu:

A melhor de todas foi que numa assembleia de voto a alavanca caiu e como não havia máquina sobressalente, os eleitores encaixavam-na no lugar e quando saiam da cabine de voto, passavam-na ao que estava a seguir na fila.

O desenrascanso não é só portuga.

eheheh imagina lah o k seria se a "rocket science" tivesse sido inventada por nos!!! lol!

por LJSMN Dom Out 11, 2009 4:32 am

Terminator escreveu:...
como eu nao percebi pevide da conversa do sam,

...

Vamos lá a ver se eu consigo dizer o mesmo doutra maneira:

Aquelas queixas vêm de pessoas que são "utilizadores". Mas as queixas são consistentes, porque se eu as ouvisse a título profissional, apontava logo para direcções concretas. Isto é mais ou menos o que um médico experiente faz, quando ouve as queixas dos pacientes.

A primeira parte tem a ver com a própria história dos sistemas, desde a o aparecimento da Net. Antigamente, os sistemas eram centralizados e baseados em procedimentos. Os utilizadores recebiam treino específico, intenso e "fascista": "Eu penso que...", "Você não tem nada que pensar. Tem que seguir estes passos, um a um e sem falhas!" Bastava a alteração de meia dúzia de linhas de código para que toda a gente fosse imediatamente sujeita a processos de "reciclagem" e formação suplementar.

Depois os sistemas tornaram-se "amigáveis para o utilizador" (?!). Num País como Portugal, isso quis e quer dizer que as hierarquias acham que o treino e formação não são necessários. O problema é que, construir "sistemas à prova de totós" implica um investimento muitas vezes superior ao daqueles sistemas antigos, baseados em procedimentos rígidos. A minha avozinha dizia "Quem poupa no farelo, gasta na farinha".

A segunda parte tem a ver com um outro fenómeno. Portugal é o País mais "microsoftizado" do Mundo Livre. Nos USA, a Microsoft só consegue vender ao governo sistemas de entrada, para coisas como postos de atendimento a turistas. Em Portugal, os poderes, públicos e privados (!) ainda não descobriram que os sistemas Microsoft são inerentemente instáveis. Existem sistemas de tempo real que estão em funcionamento contínuo há mais de dez anos, 24 horas por dia, 365 dias por ano, sem nunca ter sido preciso um único reboot. E não perdem documentos.

Depois há aquele pormenor do "processador em inglês". Bem, hoje em dia, nenhum destes sistemas de grande dimensão é construído de raiz. Mas o processador em inglês, destinado ao sistema jurídico português, que entre outras coisas, tem que ser um baluarte da língua pátria, macacos me mordam se não foi uma restrição orçamental de última hora.

Para mim a conclusão é simples: um decisor político não tem que ser um técnico, tem que ser esperto. Se os bancos conseguem operar aplicações criticas com índices de falhas muito baixo, vamos fazer como eles.

P.S.: Alguém sabe quantos dos principais bancos portugueses é que usam sistemas Microsoft?

por Terminator Dom Out 11, 2009 6:29 am

Sam escreveu:
Terminator escreveu:...
como eu nao percebi pevide da conversa do sam,

...

Vamos lá a ver se eu consigo dizer o mesmo doutra maneira:

..............

oh sam, kuase k fikei triste: o defeito de eu nao perceber, nao eh teu, eh meu !!! lol!

mas vamos lah a ver se eu desta vez melhorei alguma coisa...

primeiro: este sistema eh suposto ser amigavel, mas ainda assim nao foi dada a formaçao necessaria minima aos utilizadores

segundo: este sistema foi desenvolvido (?) pela microsoft, o que significa ah partida k eh inerentemente instavel (= pouco fiavel?)

terceiro: o sistema usa um processador em ingles, o que parece ser uma aberraçao para um sistema que usa a lingua portuguesa em exclusivo

quarto: em vez de se ter ido buscar o k estava provado k funcionava bem (sistemas bancarios) foi-se "inventar" um mais baratinho (farelo) e a coisa nao esta a dar bons resultados

quinto, resposta ah pergunta: nao sei, mas pela "conversa" a resposta devem ser zero.

por LJSMN Dom Out 11, 2009 8:12 am

Terminator escreveu:
oh sam, kuase k fikei triste: o defeito de eu nao perceber, nao eh teu, eh meu !!!

mas vamos lah a ver se eu desta vez melhorei alguma coisa...

primeiro: este sistema eh suposto ser amigavel, mas ainda assim nao foi dada a formaçao necessaria minima aos utilizadores

segundo: este sistema foi desenvolvido (?) pela microsoft, o que significa ah partida k eh inerentemente instavel (= pouco fiavel?)

terceiro: o sistema usa um processador em ingles, o que parece ser uma aberraçao para um sistema que usa a lingua portuguesa em exclusivo

quarto: em vez de se ter ido buscar o k estava provado k funcionava bem (sistemas bancarios) foi-se "inventar" um mais baratinho (farelo) e a coisa nao esta a dar bons resultados

quinto, resposta ah pergunta: nao sei, mas pela "conversa" a resposta devem ser zero.

Agora é que eu fiquei em maus lençóis.

O problema principal é eu não conheço este sistema. Aproveitando a analogia do médico, eu diria: "Já percebi qual é a doença, mas para receitar seja o que for, vai ser preciso fazer umas análises e umas radiografias"

Quanto ao resto, sim, as queixas são típicas de problemas típicos.

Quanto ao primeiro ponto: é possível a um utilizador "info-excluído" usar algo extremamente complexo, como o Google (!), porque o sistema faz 99. (mais um rôr de noves) % do trabalho.

Nestes sistemas, o que o "sistema" faz é andar com os bits dum lado para o outro, O essencial é feito pelos utilizadores - juízes, oficiais de diligências, administrativos, etc. É possível (!) produzir sistemas destes para "info-excluídos". O problema é que os custos crescem exponencialmente. Para os decisores (políticos ou empresariais), o problema é decidir o que é farelo e o que é farinha, ou então, procurar um compromisso (!). O compromisso existe e chama-se (mas que grande surpresa!) "Internet" (nestes casos chamam-se "intranets", mas a distinção tem pouco interesse).

Quanto ao segundo ponto: desenvolvido pela microsoft não foi de certeza, porque eles são demasiado espertos para se meterem nisso. Foi (é uma aposta, mas aposto às cegas e ganho) desenvolvido para sistemas Windows. Tentar "vender" sistemas Unix e Linux a utilizadores individuais é sempre uma "venda difícil". Este é o público-alvo por excelência da microsoft e a verdade simples é que, neste particular, o pessoal de Seattle não deixa os seus créditos por mãos alheias.

Para organizações (e por maioria de razão, quanto maiores forem), microsoft é sempre uma má escolha. O melhor que me ocorre para fundamentar esta afirmação é isto: se verificarmos os preços do Windows Server e do Linux Red Hat (ambos "empresariais"), vemos que preço do Linux é mais baixo, com uma diferença de menos de 10 euros. A diferença é que o preço Windows é o custo de uma licença de utilização, enquanto que o preço Red Hat é o custo de um contrato de assistência e suporte. O resto vem em grande medida por acréscimo. A instabilidade é mais do que pouca fiabilidade, mas para o utilizador final o resultado é sempre o mesmo: "fechar portas e janelas, sair e voltar a entrar". Se os juízes e funcionários judiciais deste País não gostam da táctica, se calhar a má opinião que eu tenho a respeito deles tem algo de injusto.

Quanto ao "processador em inglês" era capaz de apostar que houve algum erro no orçamento e... quem se lixou foi o Português.

Quanto à forma como os bancos e outras organizações financeira lidam com isto, acho que o BPN também usava microsoft.

Não é verdade, não faço a menor ideia. O BPI também o faz, ou fez (?), mas tenho quase a certeza que é o único. Mas o grande truque deles todos chama-se mesmo "Internet". Alguém consegue imaginar o ridículo do "Olhe, desculpe lá, mas hoje não lhe podemos pagar este cheque porque o sistema está muito lento"? Ou "O seu depósito a dinheiro vai ficar pendente, porque o sistema só grava quando está tudo online"?

O sistema BIC (Banking Interchange Code) movimenta biliões de euros todos os dias, através do Mundo todo, com base no sistema de email. Eu por acaso sei, porque houve um funcionário bancário que mo disse: o "sistema" só movimenta bits, as transacções individuais são todas efectuadas, verificadas e assinadas por operadores humanos. A matemática para isto tem mais de trinta anos...

por Terminator Dom Out 11, 2009 8:20 am

tcheeeeeeeeee cheers

sam, mais dois ou tres topicos destes e podes dar-me um diploma!!! cheers

brigadus pela liçao !!! cheers

por **Viriato** Dom Out 11, 2009 11:02 am

Terminator escreveu:
oh viriato, e a opiniao das congeneres eh baseada em k?? vieram cah trabalhar com o sistema, ou foi soh de ouvirem falar?

Vieram cá ou fomos lá. Sabe que Portugal hoje, não acaba em Vilar Formoso ou Elvas. A troca de experiências, a avaliação do que se vai sendo desenvolvido nos vários países da comunidade (ou ao nível da OCDE) é frequente e profunda. Até para se estabelecer rankings de desenvolvimento. Espanha e Irlanda, nesse momento, tendo como exemplo (na Justiça e empresa na hora) estão a desenvolver modelos muito semelhantes...

por Terminator Dom Out 11, 2009 12:43 pm

Viriato escreveu:
Terminator escreveu:
oh viriato, e a opiniao das congeneres eh baseada em k?? vieram cah trabalhar com o sistema, ou foi soh de ouvirem falar?

Vieram cá ou fomos lá. Sabe que Portugal hoje, não acaba em Vilar Formoso ou Elvas. A troca de experiências, a avaliação do que se vai sendo desenvolvido nos vários países da comunidade (ou ao nível da OCDE) é frequente e profunda. Até para se estabelecer rankings de desenvolvimento. Espanha e Irlanda, nesse momento, tendo como exemplo (na Justiça e empresa na hora) estão a desenvolver modelos muito semelhantes...

entao, depois dessa explicaçao, tudo se resume a ma vontade dos funcionarios da justiça?

por **Viriato** Seg Out 12, 2009 2:38 am

Terminator escreveu:entao, depois dessa explicaçao, tudo se resume a ma vontade dos funcionarios da justiça?

Talvez mais das associações sindicais. Não se verifica grande contestação na classe profissional. Casos pontuais, que são rápidamente recuperados. Num desses casos de despachos desaparecidos e que deu lugar a um inquérito, soube há pouco, que o senhor juíz, porque não soubesse o que fazer, desligou a tomada para recomeçar. Como deves calcular, com actuações dessas, as coisas nem sempre correm bem...

por BUFFA General Aladeen Seg Out 12, 2009 4:16 am

Ministério sabe que Citius é ineficaz

11-Out-2009

António Martins, Presidente Associação Sindical de Juízes sobre o sistema informático dos tribunais.

Correio da Manhã – Concorda com os juízes que se queixam de que o sistema informático Citius tem graves falhas?

António Martins – Concordo. Já recebemos muitas queixas. Há provas que atestam que o Citius não é seguro nem eficaz e já pedimos ao Conselho Superior da Magistratura e ao Ministério da Justiça para realizar auditorias e estudos.

– E foram realizados?

– O Ministério da Justiça tem estudos sobre o sistema, mas ainda não os revelou. Pelo que sei, os resultados não são os mais favoráveis. O Ministério da Justiça sabe que o Citius é ineficaz.

– Qual é o nível de ineficácia que os juízes apontam ao sistema?

– Há diversos problemas. Há despachos que desaparecem do sistema, processos assinados electronicamente sem o conhecimento do respectivo juiz, para além de ser lento e apresentar vários erros.

– Acha que o sistema informático também não é seguro?

– Claro que não. Com estes problemas todos, o sistema não é seguro. Penso que os estudos feitos pela Ministério da Justiça revelam essa gravidade. Lamento que não os tenham revelado. Lamento ainda que o Conselho Superior da Magistratura também se tenha alheado desta situação, porque tem responsabilidades.

– Que soluções propõe para resolver esta problemática?

– Que sejam revelados os estudos e que tutela assuma os mais de dois milhões de euros gastos neste sistema informático que não funciona. A partir daí, tem de procurar soluções que resolvam o problema. Assim, não podemos trabalhar.

– Há juízes que já voltaram a usar o papel em vez dos programas informáticos. A situação já chegou a este ponto?

– Claro que sim, porque um sistema que prometia nomeadamente 100 por cento de redução do tempo de trabalho dos juízes está a complicar a mais de 100 por cento. O papel parece ser mais seguro.

CORREIO DA MANHÃ | 11.10.2009

..... ó viriato ... tu não te irrites com esta notícia ...pah ...olha koje inda só segunda feira.....

por Terminator Seg Out 12, 2009 4:26 am

Viriato escreveu:
Terminator escreveu:entao, depois dessa explicaçao, tudo se resume a ma vontade dos funcionarios da justiça?

Talvez mais das associações sindicais. Não se verifica grande contestação na classe profissional. Casos pontuais, que são rápidamente recuperados. Num desses casos de despachos desaparecidos e que deu lugar a um inquérito, soube há pouco, que o senhor juíz, porque não soubesse o que fazer, desligou a tomada para recomeçar. Como deves calcular, com actuações dessas, as coisas nem sempre correm bem...

olha viriato, vou-te dar o beneficio da duvida, sobretudo porque nesta noticia aqui em cima, diz o senhor do sindicato:

– Claro que sim, porque um sistema que prometia nomeadamente 100 por cento de redução do tempo de trabalho dos juízes está a complicar a mais de 100 por cento. O papel parece ser mais seguro.

ora, este senhor ou eh parvo, ou esta a fazer dos outros parvos. sabera ele o que eh k significa reduzir 100% ao k ker k seja???

por isso, haja os problemas que houverem, RECLAMEM, mas de forma seria, porque depois desta maxima de reduzir 100%...tambem fiquei de pe atras ...

por BUFFA General Aladeen Seg Out 12, 2009 4:33 am

o menino tamém toma tudo à letra .... ai .....

qd se diz 100% é apenas uma expressão....

o menino terminator sabe as "carradas" de trabalho, que a magistratura tem necessidade de se libertar ?

penso que deve saber....

para ke servem as novas tecnologias ? não será para simplificar os processos pesadamente burocráticos ?

ora se em vez de ajudar ... só complica ....as pessoas "queixem-se" .... e com razão ... num é ?

os médicos tb se "queixem" muito .... de alguns problemas informáticos que têm, nos hospitais....

Mas isso a... a culpa deve ser do viriato .......

só pode ....

por **Viriato** Seg Out 12, 2009 4:35 am

BUFFA escreveu:..... ó viriato ... tu não te irrites com esta notícia ...pah ...olha koje inda só segunda feira.....

Eu comecei por dizer que as criticas são sindicais. Nem dá para irritar. Ainda não vi críticas dos utentes (tirando casos muitíssimos pontuais).

por **Viriato** Seg Out 12, 2009 4:39 am

BUFFA escreveu:os médicos tb se "queixem" muito .... de alguns problemas informáticos que têm, nos hospitais....

Mas isso a... a culpa deve ser do viriato .......

só pode ....

Aí, os médicos, têm mais razão de queixa. A reforma dos sistemas existentes, em curso, será demorada. Tem havido muita indefenição do que se pretende. Talvez a parte de prescrição seja a mais adiantada, eficaz e impeditiva das grandes fraudes de algumas corporações....

por Terminator Seg Out 12, 2009 4:46 am

BUFFA escreveu:o menino tamém toma tudo à letra .... ai .....

qd se diz 100% é apenas uma expressão....

oh buffa, pode ser uma expressao, mas por ser completamente pateta, perde o efeito pretendido, nao eh?

eu, muito embora saiba que nao ha fumo sem fogo, tambem sei k as adesoes a novos sistemas de trabalho, sao na vida real por vezes muito dificeis de implantar apenas por ma vontade.

e nao gostei, que, estando este senhor a falar de um assunto tao serio, tenha vindo com essa dos 100%...

tambem seria uma expressao dizer "para metade" ou "para o dobro".....e sempre seria mais plausivel...

o menino terminator sabe as "carradas" de trabalho, que a magistratura tem necessidade de se libertar ?

penso que deve saber....

para ke servem as novas tecnologias ? não será para simplificar os processos pesadamente burocráticos ?

ora se em vez de ajudar ... só complica ....as pessoas "queixem-se" .... e com razão num é ?

[/quote]

seei, buffa, e sei k gostaria muito de ver todos satisfeitos. mas tambem nao desconheço que ha as vezes puras mas vontades...

nao acredito que o sistema nao tenha problemas, mas começo a acreditar que tambem se juntou uma boa dose de ma vontade...

eh por isso necessario que se encontrem a meio caminho e resolvam o assunto

BUFFA escreveu:
os médicos tb se "queixem" muito .... de alguns problemas informáticos que têm, nos hospitais....

Mas isso a... a culpa deve ser do viriato .......

só pode ....

ah sim, ai a culpa eh do viriato. nao desmintas viriato, a gente sabe, escusas de disfarçar!! Very Happy

por **Viriato** Seg Out 12, 2009 6:41 am

Terminator escreveu:ah sim, ai a culpa eh do viriato. nao desmintas viriato, a gente sabe, escusas de disfarçar!!

Não tenho responsabilidade nenhuma na escolha dos meios informáticos desenvolvidos ou a desenvolver no MS. Não é minha área. Quanto muito, se me pedem opinião, dou-a. Mas sem efeito nenhum na decisão. Bem que gostaria....

por LJSMN Seg Out 12, 2009 9:29 am

BUFFA escreveu:Ministério sabe que Citius é ineficaz

– Há diversos problemas. ..., processos assinados electronicamente sem o conhecimento do respectivo juiz...
[/justify]

Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais Monky

Há um ligeiro problema com aquela afirmação, coisa de somenos...

Das duas uma: ou os fulanos que fizeram o tal Citius são genialmente incompetentes (!!!), o que eu não acredito

...ou então anda aqui... O maninho malvado

P.S.: É matematicamente impossível falsificar uma assinatura digital.

por Conteúdo patrocinado

Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais

Re: Erros informáticos fazem desaparecer despachos de juízes dos tribunais