Líder da Greenpeace apela a Portugal para acabar com pobreza extrema

O novo líder mundial da Greenpeace apelou aos portugueses para acabarem com a pobreza extrema, que Kumi Naidoo considera ser um problema associado às alterações climáticas. Em declarações à TSF, o líder da Greepeace comentou também a atribuição do Nobel da Paz a Barack Obama.

Kumi Naidoo, novo líder mundial da Greepeace, considera que Portugal tem que mostrar mais solidariedade com as pessoas dos países em desenvolvimento

A um mês de tomar posse, o novo líder mundial da Greepeace, Kumi Naidoo, é também fundador da plataforma internacional da Pobreza Zero (Global Call to Action Against Poverty) e está em Portugal para reuniões com activistas nacionais.

Em declarações à TSF, Kumi Naidoo revelou que as alterações climáticas e a pobreza são dois problemas intimamente ligados. Uma espécie de «duas faces da mesma moeda», com a «degradação ambiental e as alterações climáticas a causarem um aumento dos casos de pobreza».

O novo líder da Greenpeace salientou que «Portugal, como um país desenvolvido, tem de mostrar maior solidariedade com as pessoas dos países em desenvolvimento».

«Os portugueses devem «juntar-se aos irmãos dos países pobres e dizer aos líderes mundiais e ao Governo português que podemos travar a pobreza extrema», acrescentou.

O novo líder da Greenpeace assumiu ainda a sua esperança na presidência de Barack Obama, mas admitiu que o Prémio Nobel da Paz «seria melhor entregue a pessoas que alcançaram com sucesso [efectivamente] medidas de avanço na paz».

Kumi Naidoo sublinhou, contudo, que as intenções de Obama são positivas e, por isso, espera que o Prémio Nobel leve o presidente norte-americano a garantir que a guerra «não é a primeira resposta a um conflito».

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Climate Change is Happening and Will Increasingly Affect the Poor

Today, it is widely agreed by the scientific community that climate change is already a reality. The Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) has concluded that human activities are altering our climate system and will continue to do so. Over the past century, surface temperatures have increased and associated impacts on physical and biological systems are increasingly being observed. Science tells us that climate change will bring about gradual changes, such as sea level rise, and shifts of climatic zones due to increased temperatures and changes in precipitation patterns. Also, climate change is very likely to increase the frequency and magnitude of extreme weather events such as droughts, floods, and storms. While there is uncertainty in the projections with regard to the exact magnitude, rate, and regional patterns of climate change, its consequences will change the fate of many generations to come and particularly impact on the poor if no appropriate measures are taken.

The impacts of climate change, and the vulnerability of poor communities to climate change, vary greatly, but generally, climate change is superimposed on existing vulnerabilities. Climate change will further reduce access to drinking water, negatively affect the health of poor people, and will pose a real threat to food security in many countries in Africa, Asia, and Latin America. In some areas where livelihood choices are limited, decreasing crop yields threaten famines, or where loss of landmass in coastal areas is anticipated, migration might be the only solution. The macroeconomic costs of the impacts of climate change are highly uncertain, but very likely have the potential to threaten development in many countries.

Therefore, the task ahead is to increase the adaptive capacity of affected poor communities and countries.

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Many sectors providing basic livelihood services to the poor in developing countries are not able to cope even with today’s climate variability and stresses. Over 96% of disaster-related deaths in recent years have taken place in developing countries. Often, extreme weather events set back the development process for decades. With fishing grounds depleting, and droughts, floods, and storms destroying entire annual harvests in affected areas, the El Niño phenomenon serves as a prime example of how climatic variability already affects vulnerable countries and people today. In many developing countries, climate change already increases stresses from climate variability and extremes and will do so increasingly in the future.
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Vou apenas pegar na última frase. Existe este fenómeno meteorológico chama-do "Frente Intertropical". Oscila periodicamente em torno dos 15º Norte e os 15º Sul. Marca anualmente o limite da zona das chuvas no Sahel. No passado, o Mundo Industrializado empurrou a Frente Intertropical para Sul. Hoje, o aquecimento global está a dispersá-la.

O lençol da OCDE tem 26 páginas. http://www.oecd.org/dataoecd/60/27/2502872.pdf