Clinton está em Moscovo para trabalhar ombro a ombro com os russos
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Clinton está em Moscovo para trabalhar ombro a ombro com os russos
Clinton está em Moscovo para trabalhar ombro a ombro com os russos
13.10.2009 - 09h34 Dulce Furtado
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, iniciou esta manhã uma visita à Rússia regozijando-se com o espírito de “recomeço” nas relações diplomáticas entre os dois países, depois de Moscovo ter sinalizado maior abertura a um endurecimento de posição relativamente ao dossier nuclear iraniano. “Agora avançamos”, afirmou à entrada para uma reunião com o homólogo russo, Serguei Lavrov.
Lamentando não ter podido estar em Moscovo em Julho passado, quando o Presidente norte-americano, Barack Obama, ali se deslocou, Clinton afirmou estar “satisfeita” com o actual estado das relações entre os Estados Unidos e Rússia. “Agora tanto o meu cotovelo como a nossa relação tiveram um novo começo”, brincou, em alusão à fractura de cotovelo que a impediu de se juntar a Obama há três meses.
Nesta sua primeira deslocação à Rússia na qualidade de chefe da diplomacia norte-americana, Clinton tem uma tarefa espinhosa pela frente, apesar do desbravar de terreno já feito nos últimos meses: propõe-se perceber “quais exactamente as medidas de pressão” de que o Kremlin admite lançar mão para se juntar às potências ocidentais “caso os iranianos não cumpram as suas obrigações” – avançava fonte norte-americana da secretaria de Estado, sob anonimato, à AFP.
Desde a chegada em Janeiro à Casa Branca que o Presidente norte-americano, Barack Obama, vem envidando esforços para relançar o relacionamento dos Estados Unidos com a Rússia – que atingiu o nível mais tenso do pós-Guerra Fria no Verão de 2008, ainda sob a égide de George W. Bush, com a guerra na Geórgia. Foi então posto “tudo a zeros”, com Obama a tentar receber da Rússia um maior apoio nas principais prioridades da sua agenda de política externa: o Irão e o Afeganistão.
Desde aí alguns avanços foram conseguidos em aproximar o Kremlin do consenso crítico ocidental ao programa de enriquecimento de urânio iraniano, além de os dois países terem registado pequenos passos em frente nas negociações dos tratados bilaterais de desnuclearização. Washington recebeu igualmente da Rússia uma maior cooperação nos esforços de guerra no Afeganistão, nomeadamente com a abertura de corredores de fornecimentos de abastecimentos, não bélicos, às tropas internacionais.
O maior avanço surgiria em Setembro, quando o Presidente russo, Dmitri Medvedev, admitiu pela primeira vez que a adopção de sanções mais duras contra o regime de Teerão pode ser “inevitável”. Mas até à data permanece por esclarecer até onde está o Kremlin disposto a ir para conter o polémico programa nuclear iraniano – que o Ocidente teme se destine ao fabrico de armamento, mas que os iranianos argumentam visar tão só a produção de energia, recusando-se, por isso, a pôr termo ao enriquecimento de urânio apesar das exigências nesse sentido feitas pela comunidade internacional.
Sem lições de democracia
A abertura russa seguiu-se, de resto, a uma sinalização por parte de Obama de que a nova Administração norte-americana iria abandonar os planos – lançados por Bush – de expandir para a Europa Central parte do seu escudo antimíssil (um radar de detecção para a República Checa e uma bateria de dez mísseis interceptores para a Polónia); algo a que a Rússia sempre se opôs furiosamente vendo aqui uma ameaça à sua segurança nacional.
Clinton leva como tarefa nesta visita a Moscovo também persuadir o Kremlin a participar num novo projecto de defesa antimíssil para a Europa, de acordo com um dos conselheiros de Obama, Michael McFaul, citado hoje pelo diário russo “Kommersant”.
A mesma fonte avançou que a sempre difícil questão do comportamento democrático russo – amiúde fonte de discórdia entre a Casa Branca e o Kremlin – não estará na agenda da visita. “Chegámos à conclusão que é necessário renunciar aos velhos métodos que complicaram a cooperação russo-americana”, afirmou. Não é de esperar, por isso, que Clinton enverede pelo caminho de “tentar dar lições de democracia” ou “criticar a democracia soberana” russa, avançava o mesmo jornal.
13.10.2009 - 09h34 Dulce Furtado
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, iniciou esta manhã uma visita à Rússia regozijando-se com o espírito de “recomeço” nas relações diplomáticas entre os dois países, depois de Moscovo ter sinalizado maior abertura a um endurecimento de posição relativamente ao dossier nuclear iraniano. “Agora avançamos”, afirmou à entrada para uma reunião com o homólogo russo, Serguei Lavrov.
Lamentando não ter podido estar em Moscovo em Julho passado, quando o Presidente norte-americano, Barack Obama, ali se deslocou, Clinton afirmou estar “satisfeita” com o actual estado das relações entre os Estados Unidos e Rússia. “Agora tanto o meu cotovelo como a nossa relação tiveram um novo começo”, brincou, em alusão à fractura de cotovelo que a impediu de se juntar a Obama há três meses.
Nesta sua primeira deslocação à Rússia na qualidade de chefe da diplomacia norte-americana, Clinton tem uma tarefa espinhosa pela frente, apesar do desbravar de terreno já feito nos últimos meses: propõe-se perceber “quais exactamente as medidas de pressão” de que o Kremlin admite lançar mão para se juntar às potências ocidentais “caso os iranianos não cumpram as suas obrigações” – avançava fonte norte-americana da secretaria de Estado, sob anonimato, à AFP.
Desde a chegada em Janeiro à Casa Branca que o Presidente norte-americano, Barack Obama, vem envidando esforços para relançar o relacionamento dos Estados Unidos com a Rússia – que atingiu o nível mais tenso do pós-Guerra Fria no Verão de 2008, ainda sob a égide de George W. Bush, com a guerra na Geórgia. Foi então posto “tudo a zeros”, com Obama a tentar receber da Rússia um maior apoio nas principais prioridades da sua agenda de política externa: o Irão e o Afeganistão.
Desde aí alguns avanços foram conseguidos em aproximar o Kremlin do consenso crítico ocidental ao programa de enriquecimento de urânio iraniano, além de os dois países terem registado pequenos passos em frente nas negociações dos tratados bilaterais de desnuclearização. Washington recebeu igualmente da Rússia uma maior cooperação nos esforços de guerra no Afeganistão, nomeadamente com a abertura de corredores de fornecimentos de abastecimentos, não bélicos, às tropas internacionais.
O maior avanço surgiria em Setembro, quando o Presidente russo, Dmitri Medvedev, admitiu pela primeira vez que a adopção de sanções mais duras contra o regime de Teerão pode ser “inevitável”. Mas até à data permanece por esclarecer até onde está o Kremlin disposto a ir para conter o polémico programa nuclear iraniano – que o Ocidente teme se destine ao fabrico de armamento, mas que os iranianos argumentam visar tão só a produção de energia, recusando-se, por isso, a pôr termo ao enriquecimento de urânio apesar das exigências nesse sentido feitas pela comunidade internacional.
Sem lições de democracia
A abertura russa seguiu-se, de resto, a uma sinalização por parte de Obama de que a nova Administração norte-americana iria abandonar os planos – lançados por Bush – de expandir para a Europa Central parte do seu escudo antimíssil (um radar de detecção para a República Checa e uma bateria de dez mísseis interceptores para a Polónia); algo a que a Rússia sempre se opôs furiosamente vendo aqui uma ameaça à sua segurança nacional.
Clinton leva como tarefa nesta visita a Moscovo também persuadir o Kremlin a participar num novo projecto de defesa antimíssil para a Europa, de acordo com um dos conselheiros de Obama, Michael McFaul, citado hoje pelo diário russo “Kommersant”.
A mesma fonte avançou que a sempre difícil questão do comportamento democrático russo – amiúde fonte de discórdia entre a Casa Branca e o Kremlin – não estará na agenda da visita. “Chegámos à conclusão que é necessário renunciar aos velhos métodos que complicaram a cooperação russo-americana”, afirmou. Não é de esperar, por isso, que Clinton enverede pelo caminho de “tentar dar lições de democracia” ou “criticar a democracia soberana” russa, avançava o mesmo jornal.
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