]Desafio do Irã concentra as atenções da Casa Branca e paralisa o processo de paz entre israelenses e palestinos
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]Desafio do Irã concentra as atenções da Casa Branca e paralisa o processo de paz entre israelenses e palestinos
Desafio do Irã concentra as atenções da Casa Branca e paralisa o processo de paz entre israelenses e palestinos
Isabel Fleck
Publicação: 24/10/2009 11:01 Atualização: 24/10/2009 13:52
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nunca escondeu que o Irã seria uma de suas prioridades na política externa. No entanto, o crescente envolvimento em discussões internas e externas sobre o programa nuclear iraniano tem consumido as energias diplomáticas da nova administração. Em consequência, o processo de paz entre israelenses e palestinos parece ter ficado em banho-maria. Para especialistas, a explicação não está só nas próprias demandas de Israel, aliado preferencial de Washington, que aponta o Irã — e não o conflito com os árabes — como a maior ameaça para a estabilidade na região. Pesam também as dificuldades dos EUA para avançar com as negociações de paz.
Saiba mais...
Você acha que o Brasil pode contribuir para a solução do impasse sobre o programa nuclear do Irã? Abbas vai manter luta por acordo de reconciliação palestino Paquistão tem primeira vitória em ofensiva ao retomar reduto de líder talibã Obama declara emergência nacional por gripe suína
“É compreensível que o governo Obama mantenha o foco mais sobre o Irã do que sobre o conflito entre israelenses e palestinos, principalmente porque deve ter entendido — como os governos anteriores — que esse conflito pode ser impossível de se resolver”, avalia Mark Katz, especialista em Oriente Médio da George Mason University. De fato, os EUA permanecem de mãos atadas em relação ao processo de paz. Após o improdutivo encontro com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmud Abbas, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, Obama não conseguiu avançar em nada.
Na semana passada, o presidente americano recebeu um relatório sobre o status dos esforços de paz dos EUA na região, e a Casa Branca instou os dois lados a “fazerem mais” para abrir caminho a novas negociações. Obama telefonou para Abbas e reiterou seu “compromisso pessoal” com a criação do Estado palestino. Em breve, o enviado especial dos EUA, George Mit-chell, chegará à região para tentar, uma vez mais, relançar o processo de paz. Mas nada além de conversas, por enquanto.
O marasmo nas negociações, que ainda competem pela atenção de Obama com o recrudescimento do conflito no Afeganistão e a escalada terrorista no Paquistão, foi criticado na última segunda-feira pelo rei da Jordânia, Abdullah II. “Tenho visto pessoas em Washington falarem sobre o Irã, e o Irã de novo, e sempre o Irã. Mas eu continuo insistindo no argumento palestino: o conflito entre israelenses e palestinos é a ameaça mais séria à estabilidade da região e do Mediterrâneo”, disse o monarca ao jornal italiano La Repubblica.
Conflitos ligados
Para Katz, o rei jordaniano pode até estar certo sobre a pouca atenção dada ao conflito na região do Mediterrâneo, mas não há como dissociar os dois desafios. “Mesmo se houver uma ponta de esperança de que o conflito possa ser resolvido, os israelenses não irão fazer concessões, pois acreditam que o Irã constitui uma ameaça a seu país”, destaca. “ Então, trabalhar na questão nuclear iraniana pode, de fato, ser importante para fazer avançar no processo de paz no Oriente Médio.”
O presidente da Fundação para a Defesa de Democracias, Clifford May, concorda: “A ideia de que, de alguma maneira, o conflito no Oriente Médio possa ser resolvido ignorando a questão iraniana não é séria”. Segundo o especialista, a paz entre israelenses e palestinos não será difícil de alcançar se os “dilemas do Irã e do jihadismo militante forem resolvidos”.
O diretor de Ameaças Transnacionais do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), Arnaud de Borchgrave, porém, acredita que o fato de os EUA estarem aparentemente mais preocupados com o Irã está diretamente relacionado aos interesses do Estado judeu. “Israel quer atrasar todo o processo de negociações com os palestinos. Os líderes do Likud dizem que os árabes moderados já reconhecem que a principal ameaça para a região é o Irã, e esperam que os EUA apliquem sanções mais duras (contra Teerã) até o fim do ano.”
NA LINHA DE FOGO
No próximo mês, duas visitas desviarão para o Brasil o eixo da discussão sobre a paz no Oriente Médio. Na segunda semana de novembro, o presidente de Israel, Shimon Peres, chega a Brasília. No dia 23, está prevista a vinda do líder iraniano, Mahmud Ahmadinejad. A um mês da visita, a mobilização da comunidade judaica para impedi-la recomeçou. Na última terça-feira, o grão rabino Asquenazi de Israel, Yona Metzger, esteve com o presidente do Senado, José Sarney, e pediu sua ajuda para evitar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receba o iraniano. “Falei da dor que sentimos. É muito triste saber que o Brasil vai receber um homem que disse publicamente querer destruir nosso país”, disse Metzger.
Isabel Fleck
Publicação: 24/10/2009 11:01 Atualização: 24/10/2009 13:52
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nunca escondeu que o Irã seria uma de suas prioridades na política externa. No entanto, o crescente envolvimento em discussões internas e externas sobre o programa nuclear iraniano tem consumido as energias diplomáticas da nova administração. Em consequência, o processo de paz entre israelenses e palestinos parece ter ficado em banho-maria. Para especialistas, a explicação não está só nas próprias demandas de Israel, aliado preferencial de Washington, que aponta o Irã — e não o conflito com os árabes — como a maior ameaça para a estabilidade na região. Pesam também as dificuldades dos EUA para avançar com as negociações de paz.
Saiba mais...
Você acha que o Brasil pode contribuir para a solução do impasse sobre o programa nuclear do Irã? Abbas vai manter luta por acordo de reconciliação palestino Paquistão tem primeira vitória em ofensiva ao retomar reduto de líder talibã Obama declara emergência nacional por gripe suína
“É compreensível que o governo Obama mantenha o foco mais sobre o Irã do que sobre o conflito entre israelenses e palestinos, principalmente porque deve ter entendido — como os governos anteriores — que esse conflito pode ser impossível de se resolver”, avalia Mark Katz, especialista em Oriente Médio da George Mason University. De fato, os EUA permanecem de mãos atadas em relação ao processo de paz. Após o improdutivo encontro com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmud Abbas, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, Obama não conseguiu avançar em nada.
Na semana passada, o presidente americano recebeu um relatório sobre o status dos esforços de paz dos EUA na região, e a Casa Branca instou os dois lados a “fazerem mais” para abrir caminho a novas negociações. Obama telefonou para Abbas e reiterou seu “compromisso pessoal” com a criação do Estado palestino. Em breve, o enviado especial dos EUA, George Mit-chell, chegará à região para tentar, uma vez mais, relançar o processo de paz. Mas nada além de conversas, por enquanto.
O marasmo nas negociações, que ainda competem pela atenção de Obama com o recrudescimento do conflito no Afeganistão e a escalada terrorista no Paquistão, foi criticado na última segunda-feira pelo rei da Jordânia, Abdullah II. “Tenho visto pessoas em Washington falarem sobre o Irã, e o Irã de novo, e sempre o Irã. Mas eu continuo insistindo no argumento palestino: o conflito entre israelenses e palestinos é a ameaça mais séria à estabilidade da região e do Mediterrâneo”, disse o monarca ao jornal italiano La Repubblica.
Conflitos ligados
Para Katz, o rei jordaniano pode até estar certo sobre a pouca atenção dada ao conflito na região do Mediterrâneo, mas não há como dissociar os dois desafios. “Mesmo se houver uma ponta de esperança de que o conflito possa ser resolvido, os israelenses não irão fazer concessões, pois acreditam que o Irã constitui uma ameaça a seu país”, destaca. “ Então, trabalhar na questão nuclear iraniana pode, de fato, ser importante para fazer avançar no processo de paz no Oriente Médio.”
O presidente da Fundação para a Defesa de Democracias, Clifford May, concorda: “A ideia de que, de alguma maneira, o conflito no Oriente Médio possa ser resolvido ignorando a questão iraniana não é séria”. Segundo o especialista, a paz entre israelenses e palestinos não será difícil de alcançar se os “dilemas do Irã e do jihadismo militante forem resolvidos”.
O diretor de Ameaças Transnacionais do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS, na sigla em inglês), Arnaud de Borchgrave, porém, acredita que o fato de os EUA estarem aparentemente mais preocupados com o Irã está diretamente relacionado aos interesses do Estado judeu. “Israel quer atrasar todo o processo de negociações com os palestinos. Os líderes do Likud dizem que os árabes moderados já reconhecem que a principal ameaça para a região é o Irã, e esperam que os EUA apliquem sanções mais duras (contra Teerã) até o fim do ano.”
NA LINHA DE FOGO
No próximo mês, duas visitas desviarão para o Brasil o eixo da discussão sobre a paz no Oriente Médio. Na segunda semana de novembro, o presidente de Israel, Shimon Peres, chega a Brasília. No dia 23, está prevista a vinda do líder iraniano, Mahmud Ahmadinejad. A um mês da visita, a mobilização da comunidade judaica para impedi-la recomeçou. Na última terça-feira, o grão rabino Asquenazi de Israel, Yona Metzger, esteve com o presidente do Senado, José Sarney, e pediu sua ajuda para evitar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receba o iraniano. “Falei da dor que sentimos. É muito triste saber que o Brasil vai receber um homem que disse publicamente querer destruir nosso país”, disse Metzger.
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: ]Desafio do Irã concentra as atenções da Casa Branca e paralisa o processo de paz entre israelenses e palestinos
Nao sendo resolvido os judeus terao que dormir de armas aperradas e isolados do mundo ate que nos EUA eles sejam acusados do mal do mesmoMas eu continuo insistindo no argumento palestino: o conflito entre israelenses e palestinos é a ameaça mais séria à estabilidade da região e do Mediterrâneo”, disse o monarca ao jornal italiano La Repubblica.
Normalmente estas coisas implodem
e isso aconteceu por todo o lado
Vitor mango- Pontos : 118178
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