Pinto Monteiro, Procurador-Geral da República

Pinto Monteiro, Procurador-Geral da República

Quando se fizer o balanço de Pinto Monteiro como Procurador-Geral da República impor-se-ão três traços característicos, a vaidade do homem que gosta de aparecer na comunicação, o total desrespeito pelo segredo de justiça e a calendarização da publicitação das investigações em função dos calendários políticos com o objectivo cada vez mais evidente de destruir o sistema partidário e a própria democracia.

No caso Face Oculta a pouca vergonha ultrapassou todos os limites, já ninguém se incomodou em disfarçar a total violação do segredo de justiça, mal os investigadores começaram as buscas já os jornais estavam tão bem informados como ficariam se tivessem lido o processo de véspera. As televisões até filmaram páginas de processos.

Cabe à Procuradoria-Geral da República velar pela legalidade democrática mas é evidente que no Palácio de Palmela já ninguém parece preocupar-se com os mais elementares princípios de respeito pelo segredo de justiça.

Começa a estar na hora de pedir a demissão de Pinto Monteiro que deve ser substituído por alguém que se empenhe em todas as investigações e que não permita que as mesmas sejam usadas com objectivos políticos, começando por acabar com a orgia de fugas ao segredo de justiça, identificando e julgando os magistrados envolvidos.


O Jumento