Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

GM roeu a corda por Paulo Alexandre Amaral, RTP

Ir para baixo

GM roeu a corda por Paulo Alexandre Amaral, RTP Empty GM roeu a corda por Paulo Alexandre Amaral, RTP

Mensagem por Vitor mango Sex Nov 06, 2009 1:10 am

GM roeu a corda por Paulo Alexandre Amaral, RTP
actualizado às 20:09 - 04 Novembro '09 Americanos travam venda da Opel ao consórcio Magna/Sberbankpublicado
17:44
04 Novembro '09 Texto Vídeo
Os trabalhadores da Opel vão manifestar-se amanhã nas quatro unidades da Alemanha contra a decisão da GM
Julian Stratenschulte, EPA
Indignação é a palavra de ordem na Europa após os escritórios da General Motors, em Detroit (EUA), terem anunciado um ponto final no negócio de venda da Opel ao consórcio formado pelos austro-canadianos Magna e o banco russo Sberbank. O Governo alemão considera o recuo da GM de "inaceitável" e Moscovo passou ao ataque com uma ameaça de boicote à marca em território russo.
Americanos travam venda da Opel ao consórcio Magna/Sberbank
0 twitterShare

Durante meses foi trabalhado um acordo para a Opel que contou com o total empenho da equipa da chanceler alemã Ângela Merkel no sentido de melhor preservar a maioria do mais de 25 mil os postos de trabalho nas quatro unidades de produção do construtor automóvel na Alemanha. A General Motors (GM) estava disposta a passar a maioria das acções da Opel (55 por cento) para as mãos do consórcio austro-canadiano fabricante de componentes Magna em parceria com o banco russo Sberbank. O acordo de venda contemplava uma fatia de 10 por cento das acções para os funcionários europeus - que em troca esquecem cerca de 265 milhões de euros de salários e prémios até 2011 -, mantendo o gigante americano os restantes 35 por cento da New Opel, designação do novo consórcio.

O acordo foi selado a 9 de Setembro e esteve para ser assinado por várias vezes, assinaturas que apenas foram adiadas por detalhes menores, nada fazendo prever este desfecho na história. No entanto, a bomba acabaria por ser lançada ontem em Detroit: a GM rasga o contrato por assinar e reassume as rédeas do construtor automóvel europeu, sustentando a alteração de planos na "melhoria" do contexto económico na Europa, uma melhor "saúde financeira" e "a importância da Opel/Vauxhall" para a sua estratégia internacional.

A mudança de atitude dos americanos provocou um claro incómodo a Berlim e Moscovo, com o Governo alemão a fazer notar o "espanto" e a "cólera" com que receberam a decisão: o anúncio "é inaceitável se tivermos em conta a situação dos funcionários a oito semanas do Natal", sublinhou Rainer Brüderle, novo ministro alemão da Economia.

Conformado com o carácter "definitivo" que atribui à posição dos americanos, Rainer Brüderle afirmou na conferência de imprensa que teve lugar esta tarde na capital alemã que a preocupação do Executivo de Merkel é agora recuperar os 1,5 mil milhões de euros cedidos pelo Governo para manter a Opel à tona de água enquanto era cozinhado o salvamento da empresa.

Reafirmando que a decisão posta na mesa é "totalmente inaceitável", o governante alemão garantia perante os jornalistas: "Nós vamos recuperar o dinheiro dos contribuintes", repto que já mereceu resposta da porta-voz da GM para a Europa.

Karin Kirchner deixou hoje claro que o gigante automóvel americano está disponível para devolver esse dinheiro: "Se para tal formos solicitados, iremos repor o empréstimo em questão".


Golpe na honra germânica

O desagrado de Berlim é tanto maior quando, primeiro, o acordo contou com uma participação empenhada da equipa de Ângela Merkel e, segundo, o anúncio do fim do negócio ter sido comunicado quando as palavras da chanceler ainda ecoavam no Congresso, onde dirigiu um discurso no âmbito de uma visita aos estados Unidos.

O empenho da chanceler condicionaria a opção pelo projecto Magna, em detrimento do investidor belga RHJ International, tendo a escolha definitiva do consórcio austro-canadiano - solução que mais salvaguardava os postos de trabalho na Alemanha - sido capitalizado pela equipa de Merkel quando a Alemanha estava a escassas semanas das Legislativas.

Nesse sentido, o volte-face naquele que seria um mega-negócio acaba por traduzir um misto de traição e fracasso para a Angela Merkel, que ainda esta terça-feira mantinha contactos com os mais altos responsáveis políticos americanos e cuja Administração detém 60 por cento das acções da GM.


Kremlin também acusa o toque

De Moscovo partiu uma reacção igualmente firme face à decisão emanada por Detroit, com as primeiras declarações a ficarem a cargo do porta-voz do primeiro-ministro Vladimir Putin.

"A GM passou a gestão da Opel para o consórcio que, de facto, já tinha aprovado a transacção, e o consórcio já decidira os próximos passos a dar. Por isso, surpreende-nos a decisão de cancelar a venda", afirmou Dmitri Peskov, lembrando que o negócio tinha total apoio da parte do Governo russo.

"O Governo estava disposto a assumir os riscos para diminuir a carga sobre o Governo alemão e, tendo em conta os planos da Magna/Sberbank, investir no desenvolvimento da indústria automobilística russa", acrescentou o porta-voz, deixando logo após antever dificuldades para a GM no que respeita ao avanço da Opel na Rússia.

Contrariando os cenários sustentáveis até esta terça-feira, fonte governamental confidenciou à agência Ria-Novosti que "há outras grandes empresas automobilísticas a concorrer com a Opel no mercado russo, pelo que o optimismo exagerado da GM no que respeita ao melhoramento da conjuntura, neste contexto, pode ser infundado".

Satisfação entre as hostes britânicas, espanholas, polacas e belgas

O acordo com a Magna evitaria o despedimento massivo dos 26 mil trabalhadores da Opel na Alemanha, mas criou mal-estar outros países da União Europeia que albergam unidades de produção do fabricante alemão. Em causa estavam milhares de postos de trabalho da marca.

No que respeita às unidades na Polónia, Espanha, Bélgica e Reino Unido (marca Vauxhall), que mantêm um quadro de pessoal de 26 mil pessoas, estava prevista a supressão de 11 600 postos de trabalho, pelo que as expressões de alívio não se fizeram esperar nesses países.
Vitor mango
Vitor mango

Pontos : 117583

Ir para o topo Ir para baixo

GM roeu a corda por Paulo Alexandre Amaral, RTP Empty Re: GM roeu a corda por Paulo Alexandre Amaral, RTP

Mensagem por Vitor mango Sex Nov 06, 2009 1:14 am

No entanto, a bomba acabaria por ser lançada ontem em Detroit: a GM rasga o contrato por assinar e reassume as rédeas do construtor automóvel europeu, sustentando a alteração de planos na "melhoria" do contexto económico na Europa, uma melhor "saúde financeira" e "a importância da Opel/Vauxhall" para a sua estratégia internacional.

isto é absurdo ou entao nao percebo

A america a pedir sopa aos europeus e russos e a tentar saur-se da crise á custa da Europa ?
Vitor mango
Vitor mango

Pontos : 117583

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos