[b]Brasil recebe Ahmadinejad buscando papel de mediador
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[b]Brasil recebe Ahmadinejad buscando papel de mediador
Brasil recebe Ahmadinejad buscando papel de mediador
Plantão | Publicada em 19/11/2009 às 18h17m
Reuters/Brasil Online
Por Stuart Grudgings
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil quer valorizar suas credenciais diplomáticas promovendo a reconciliação no Oriente Médio, ao receber na semana que vem o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, apenas duas semanas depois de uma visita do presidente de Israel, Shimon Peres.
Para Ahmadinejad, as visitas a Brasil, Venezuela e Bolívia representam uma chance de ampliar as relações do Irã com uma região onde já conta com um sólido aliado, o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
O Brasil, que adota uma posição muito mais conciliadora em relação ao programa nuclear iraniano do que outros governos ocidentais, diz que o diálogo com Teerã propicia mais chances de avanços a respeito da questão nuclear e da paz no Oriente Médio do que o isolamento do país.
O diálogo Brasil-Irã conta com o apoio do governo norte-americano, já que, segundo autoridades brasileiras, o presidente Barack Obama pediu em março ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que conversasse com Ahmadinejad.
"Acreditamos que é muito mais importante manter um diálogo com o Irã do que simplesmente dizer não, deixá-los estigmatizados e isolados", disse Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, na semana passada a jornalistas no Rio. "Obama disse que um diálogo entre o Irã e o Brasil é importante."
Obama tem dito que o tempo está se esgotando para que a diplomacia resolva o impasse em torno do programa nuclear iraniano, que potências ocidentais suspeitam estar voltado para a produção de armas atômicas. Teerã afirma que seu objetivo é apenas gerar eletricidade para fins civis.
Preparando-se para assumir no ano que vem uma vaga temporária no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil está ávido para demonstrar sua seriedade como ator no cenário internacional, e pleiteia um papel mais ativo na promoção do diálogo no Oriente Médio.
Depois de receber Peres recentemente, Lula terá no fim de semana a visita do presidente palestino, Mahmoud Abbas. Em março, será a vez de Lula ir a Israel e aos territórios palestinos.
Até hoje, o Brasil tem historicamente pouco envolvimento com a questão do Oriente Médio, e analistas duvidam de que o país possa conseguir resolver o impasse com o Irã ou destravar o processo de paz israelo-palestino.
"Acho que as chances de Lula desempenhar um papel em juntar EUA e Irã são negligenciáveis. Acho que, se essa é a meta, (o governo brasileiro) está se posicionando para o fracasso", disse Michael Shifter, vice-presidente para políticas da entidade Diálogo Interamericano, de Washington.
"Acho que isso é para reforçar a sensação de que eles (o Brasil) são uma grande potência e podem aproveitar uma ampla gama de contatos em todo o espectro ideológico", acrescentou.
(Reportagem adicional de Frank Jack Daniel em Caracas)
Plantão | Publicada em 19/11/2009 às 18h17m
Reuters/Brasil Online
Por Stuart Grudgings
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Brasil quer valorizar suas credenciais diplomáticas promovendo a reconciliação no Oriente Médio, ao receber na semana que vem o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, apenas duas semanas depois de uma visita do presidente de Israel, Shimon Peres.
Para Ahmadinejad, as visitas a Brasil, Venezuela e Bolívia representam uma chance de ampliar as relações do Irã com uma região onde já conta com um sólido aliado, o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
O Brasil, que adota uma posição muito mais conciliadora em relação ao programa nuclear iraniano do que outros governos ocidentais, diz que o diálogo com Teerã propicia mais chances de avanços a respeito da questão nuclear e da paz no Oriente Médio do que o isolamento do país.
O diálogo Brasil-Irã conta com o apoio do governo norte-americano, já que, segundo autoridades brasileiras, o presidente Barack Obama pediu em março ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que conversasse com Ahmadinejad.
"Acreditamos que é muito mais importante manter um diálogo com o Irã do que simplesmente dizer não, deixá-los estigmatizados e isolados", disse Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, na semana passada a jornalistas no Rio. "Obama disse que um diálogo entre o Irã e o Brasil é importante."
Obama tem dito que o tempo está se esgotando para que a diplomacia resolva o impasse em torno do programa nuclear iraniano, que potências ocidentais suspeitam estar voltado para a produção de armas atômicas. Teerã afirma que seu objetivo é apenas gerar eletricidade para fins civis.
Preparando-se para assumir no ano que vem uma vaga temporária no Conselho de Segurança da ONU, o Brasil está ávido para demonstrar sua seriedade como ator no cenário internacional, e pleiteia um papel mais ativo na promoção do diálogo no Oriente Médio.
Depois de receber Peres recentemente, Lula terá no fim de semana a visita do presidente palestino, Mahmoud Abbas. Em março, será a vez de Lula ir a Israel e aos territórios palestinos.
Até hoje, o Brasil tem historicamente pouco envolvimento com a questão do Oriente Médio, e analistas duvidam de que o país possa conseguir resolver o impasse com o Irã ou destravar o processo de paz israelo-palestino.
"Acho que as chances de Lula desempenhar um papel em juntar EUA e Irã são negligenciáveis. Acho que, se essa é a meta, (o governo brasileiro) está se posicionando para o fracasso", disse Michael Shifter, vice-presidente para políticas da entidade Diálogo Interamericano, de Washington.
"Acho que isso é para reforçar a sensação de que eles (o Brasil) são uma grande potência e podem aproveitar uma ampla gama de contatos em todo o espectro ideológico", acrescentou.
(Reportagem adicional de Frank Jack Daniel em Caracas)
Vitor mango- Pontos : 117576
Lula apoia programa nuclear do Irão para "fins pacíficos"
Lula apoia programa nuclear do Irão para "fins pacíficos"
por Lusa
23 Novembro 2009
O Presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, defendeu hoje, em Brasília, o programa nuclear iraniano e recebeu o apoio do Presidente Lula da Silva para o enriquecimento de urânio, desde que para fins pacíficos.
"Não existe qualquer pergunta da AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica) que não tenha sido respondida pelo Irão sobre a questão nuclear. Temos o direito legal de enriquecer o urânio, mas já anunciamos estarmos dispostos a comprar o urânio enriquecido a 20 por cento", afirmou Ahmadinejad em conferência de imprensa, no Palácio do Itamaraty.
Segundo o Presidente iraniano, foi seu país que apresentou a proposta de compra do urânio enriquecido a 20 por cento à AIEA, mas alguns países do Ocidente "estão a empreender uma propaganda negativa do Irão", devido à suas "aspirações hegemónicas".
Ahmadinejad frisou que "posições hegemónicas são inaceitáveis".
"Não vamos abrir mão de nossos direitos legais. Estamos dispostos a um acordo com bases em condições justas, mas os iranianos não aceitarão a imposição e a vontade de terceiros", avisou.
O Presidente Lula da Silva afirmou, por sua vez, que o Brasil defende o desenvolvimento da energia nuclear pelo Irão "para fins pacíficos".
"O Brasil defende que o Irão tenha direito ao desenvolvimento de urânio para fins pacíficos, tanto quanto o Brasil vem desenvolvendo. É simples: aquilo que defendemos para nós, defendemos para os outros", ressaltou o Presidente brasileiro.
"Mas a não-proliferação e o desarmamento nuclear devem andar juntos. O Brasil sonha com um Médio Oriente livre de armas nucleares, como ocorre na América Latina", acrescentou, instando Ahmadinejad a prosseguir os contactos com as potências ocidentais para uma "solução justa e equilibrada" para a questão.
O Presidente brasileiro disse ainda que o Irão pode ter um papel decisivo no Médio Oriente e na Ásia Central.
"Será particularmente importante a contribuição iraniana para lograr a unidade dos palestinianos, sem a qual suas aspirações de liberdade não poderão ser alcançadas", assinalou.
Lula da Silva avançou que visitará o Irão em 2010 e que as relações dos dois países serão fortalecidas a partir de agora.
Os dois líderes assinaram acordos de cooperação a nível comercial, agrícola, da ciência e tecnologia, energético e para a isenção de vistos diplomáticos.
O Presidente Lula recebeu também o apoio de Ahmadinejad à aspiração brasileira de ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"O Conselho de Segurança fracassou ao longo dos últimos 60 anos e deve ser reformado por completo", disse o Presidente iraniano, criticando também o poder de veto restrito a alguns países.
De Brasília, Ahmadinejad segue para a Bolívia e depois para Venezuela.
In DN
por Lusa
23 Novembro 2009
O Presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, defendeu hoje, em Brasília, o programa nuclear iraniano e recebeu o apoio do Presidente Lula da Silva para o enriquecimento de urânio, desde que para fins pacíficos.
"Não existe qualquer pergunta da AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica) que não tenha sido respondida pelo Irão sobre a questão nuclear. Temos o direito legal de enriquecer o urânio, mas já anunciamos estarmos dispostos a comprar o urânio enriquecido a 20 por cento", afirmou Ahmadinejad em conferência de imprensa, no Palácio do Itamaraty.
Segundo o Presidente iraniano, foi seu país que apresentou a proposta de compra do urânio enriquecido a 20 por cento à AIEA, mas alguns países do Ocidente "estão a empreender uma propaganda negativa do Irão", devido à suas "aspirações hegemónicas".
Ahmadinejad frisou que "posições hegemónicas são inaceitáveis".
"Não vamos abrir mão de nossos direitos legais. Estamos dispostos a um acordo com bases em condições justas, mas os iranianos não aceitarão a imposição e a vontade de terceiros", avisou.
O Presidente Lula da Silva afirmou, por sua vez, que o Brasil defende o desenvolvimento da energia nuclear pelo Irão "para fins pacíficos".
"O Brasil defende que o Irão tenha direito ao desenvolvimento de urânio para fins pacíficos, tanto quanto o Brasil vem desenvolvendo. É simples: aquilo que defendemos para nós, defendemos para os outros", ressaltou o Presidente brasileiro.
"Mas a não-proliferação e o desarmamento nuclear devem andar juntos. O Brasil sonha com um Médio Oriente livre de armas nucleares, como ocorre na América Latina", acrescentou, instando Ahmadinejad a prosseguir os contactos com as potências ocidentais para uma "solução justa e equilibrada" para a questão.
O Presidente brasileiro disse ainda que o Irão pode ter um papel decisivo no Médio Oriente e na Ásia Central.
"Será particularmente importante a contribuição iraniana para lograr a unidade dos palestinianos, sem a qual suas aspirações de liberdade não poderão ser alcançadas", assinalou.
Lula da Silva avançou que visitará o Irão em 2010 e que as relações dos dois países serão fortalecidas a partir de agora.
Os dois líderes assinaram acordos de cooperação a nível comercial, agrícola, da ciência e tecnologia, energético e para a isenção de vistos diplomáticos.
O Presidente Lula recebeu também o apoio de Ahmadinejad à aspiração brasileira de ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"O Conselho de Segurança fracassou ao longo dos últimos 60 anos e deve ser reformado por completo", disse o Presidente iraniano, criticando também o poder de veto restrito a alguns países.
De Brasília, Ahmadinejad segue para a Bolívia e depois para Venezuela.
In DN
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
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