Sri Lanka - Campos de concentração para tâmiles esvaziados
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Sri Lanka - Campos de concentração para tâmiles esvaziados
Campos de concentração para tâmiles esvaziados
por LUÍS NAVES
Hoje
O Governo vai permitir a saída dos 130 mil refugiados civis tâmiles que ainda se encontram nos campos controlados pelos militares. Em Janeiro, todos terão terra para onde regressar.
O Governo do Sri Lanka anunciou ontem que vai permitir em Dezembro a saída de todos os refugiados que se encontram em campos controlados pelos militares, no norte da ilha. "Autorizamos a liberdade completa de movimento", disse o conselheiro governamental Basil Rajapakse, irmão do presidente Mahinda Rajapakse, anunciando aquilo que a comunidade internacional já pedia há meses.
Apesar da frase apontar para uma abertura total, esta poderá não ser a situação imediata. Aparentemente, as autoridades do Sri Lanka vão permitir saídas de pequenos grupos de pessoas ou por pouco tempo, com a promessa de todos os deslocados internos estarem realojados em Janeiro.
A medida deverá beneficiar mais de 130 mil civis tâmiles que se encontram em campos de concentração cujas más condições foram denunciadas pela imprensa internacional e por organizações humanitárias. Estas pessoas foram reunidas naqueles locais no auge da guerra civil entre as forças governamentais e os rebeldes dos Tigres de Libertação do Ealam [nome da ilha] Tamil (LTTE), organização que foi praticamente destruída em Maio deste ano.
Os campos de concentração são dirigidos pelos militares, têm arame farpado à volta e muitos dos refugiados têm feito queixas relativamente às condições sanitárias e de alimentação disponível.
Na fase final da guerra civil, entre Março e Maio, houve intensos combates no norte da ilha e mais de 300 mil tâmiles fugiram da violência. O actual número de deslocados é inferior a metade do original. Só em Outubro, saíram dos campos mais de 40 mil pessoas.
Após a sua vitória militar contra os rebeldes, as autoridades de Colombo foram acusadas de exercer violência contra a população civil Tamil. O Governo afirma por seu turno que estas populações eram usadas pelos Tigres como escudos humanos e que a sua concentração nos campos foi uma acção humanitária, que evitou numerosas vítimas.
A concentração em campos também permitiu avaliar eventuais ligações de refugiados com os rebeldes, um processo que tem merecido duras críticas internacionais ao Governo. As autoridades dizem que estes meses de paz permitiram melhorar um pouco a infra-estrutura destruída nos combates no norte da ilha. Por exemplo: o Governo de Rajapakse afirma ter retirado da zona de conflito mais de 1,5 milhões de minas.
A guerra civil no Sri Lanka opôs os separatistas do LTTE e o Governo, prolongando-se entre 1976 e 2009. Estima-se em cem mil o número de vítimas. A base deste conflito era sobretudo étnica e religiosa, pois a minoria Tamil é hindu e cristã, enquanto a maioria singalesa é budista. O Sri Lanka (antigo Ceilão) fez parte do império britânico e tornou-se independente em 1948. Os primeiros europeus a chegar a esta ilha no Índico foram os portugueses, em 1505. Em Abril de 2010, deverão realizar-se eleições presidenciais.
In DN
por LUÍS NAVES
Hoje
O Governo vai permitir a saída dos 130 mil refugiados civis tâmiles que ainda se encontram nos campos controlados pelos militares. Em Janeiro, todos terão terra para onde regressar.
O Governo do Sri Lanka anunciou ontem que vai permitir em Dezembro a saída de todos os refugiados que se encontram em campos controlados pelos militares, no norte da ilha. "Autorizamos a liberdade completa de movimento", disse o conselheiro governamental Basil Rajapakse, irmão do presidente Mahinda Rajapakse, anunciando aquilo que a comunidade internacional já pedia há meses.
Apesar da frase apontar para uma abertura total, esta poderá não ser a situação imediata. Aparentemente, as autoridades do Sri Lanka vão permitir saídas de pequenos grupos de pessoas ou por pouco tempo, com a promessa de todos os deslocados internos estarem realojados em Janeiro.
A medida deverá beneficiar mais de 130 mil civis tâmiles que se encontram em campos de concentração cujas más condições foram denunciadas pela imprensa internacional e por organizações humanitárias. Estas pessoas foram reunidas naqueles locais no auge da guerra civil entre as forças governamentais e os rebeldes dos Tigres de Libertação do Ealam [nome da ilha] Tamil (LTTE), organização que foi praticamente destruída em Maio deste ano.
Os campos de concentração são dirigidos pelos militares, têm arame farpado à volta e muitos dos refugiados têm feito queixas relativamente às condições sanitárias e de alimentação disponível.
Na fase final da guerra civil, entre Março e Maio, houve intensos combates no norte da ilha e mais de 300 mil tâmiles fugiram da violência. O actual número de deslocados é inferior a metade do original. Só em Outubro, saíram dos campos mais de 40 mil pessoas.
Após a sua vitória militar contra os rebeldes, as autoridades de Colombo foram acusadas de exercer violência contra a população civil Tamil. O Governo afirma por seu turno que estas populações eram usadas pelos Tigres como escudos humanos e que a sua concentração nos campos foi uma acção humanitária, que evitou numerosas vítimas.
A concentração em campos também permitiu avaliar eventuais ligações de refugiados com os rebeldes, um processo que tem merecido duras críticas internacionais ao Governo. As autoridades dizem que estes meses de paz permitiram melhorar um pouco a infra-estrutura destruída nos combates no norte da ilha. Por exemplo: o Governo de Rajapakse afirma ter retirado da zona de conflito mais de 1,5 milhões de minas.
A guerra civil no Sri Lanka opôs os separatistas do LTTE e o Governo, prolongando-se entre 1976 e 2009. Estima-se em cem mil o número de vítimas. A base deste conflito era sobretudo étnica e religiosa, pois a minoria Tamil é hindu e cristã, enquanto a maioria singalesa é budista. O Sri Lanka (antigo Ceilão) fez parte do império britânico e tornou-se independente em 1948. Os primeiros europeus a chegar a esta ilha no Índico foram os portugueses, em 1505. Em Abril de 2010, deverão realizar-se eleições presidenciais.
In DN
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