A TRANQUIBÉRNIA
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A TRANQUIBÉRNIA
A TRANQUIBÉRNIA
A imprensa marron não desiste. O Procurador-Geral da República e o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça são homens a abater: «qualquer cidadão pode avançar com uma queixa contra Pinto Monteiro ou Noronha Nascimento por prevaricação ou denegação de justiça», afirma o Correio da Manhã, citando penalistas conspícuos. Deve haver um sindicato de blogues interessado. De acordo com o mesmo jornal, os pontos de vista de Costa Andrade (docente em Coimbra e membro do Conselho Superior da Magistratura) estariam a ser analisados «ao milímetro» no Palácio de Belém. Mais: «Não está também afastada a hipótese de as escutas telefónicas ou de os resumos das mesmas virem a ser tornados públicas.»
Aqui chegados, algumas questões:
1. Já toda a gente percebeu que as escutas são inócuas. Se não fossem, estavam há muito estampadas em folha de jornal, abrindo noticiários nos sete canais de televisão e em dezenas de emissoras de rádio. Compilações de highlights estariam nas mãos do Presidente da República, de dirigentes do PSD, de membros do Conselho Superior da Magistratura, do SIS, dos sindicatos de magistrados, etc. Alguma dúvida?
2. Sendo relevantes, o Presidente da República aos costumes diz nada?
3. Sendo relevantes, o PSD, “coligado” com o CDS-PP, o BE e o PCP, não arranja maneira de reeditar a Comissão Melo, doublé de Comissão Pacheco?
4. Porém, sendo inócuas, há que alimentar o “cambalacho”. Afinal, o arquivamento permite cozer o governo em lume brando.
5. Lembrar aos distraídos que o despacho do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, mandando destruir as escutas fortuitas do primeiro-ministro, é de 3 de Setembro. O assunto não ficou arrumado antes das eleições, porquê?
6. Quem garante aos portugueses que o primeiro-ministro não continua sob escuta?
7. Quando é que o Presidente da República, como garante do regular funcionamento das instituições, vem dizer ao país que a Justiça tem uma hierarquia, que essa hierarquia já se pronunciou de forma inequívoca, e que a tranquibérnia é sem razão? A menos que tenha razões para dizer o contrário!
Etiquetas: Justiça, Media
posted by Eduardo Pitta
A imprensa marron não desiste. O Procurador-Geral da República e o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça são homens a abater: «qualquer cidadão pode avançar com uma queixa contra Pinto Monteiro ou Noronha Nascimento por prevaricação ou denegação de justiça», afirma o Correio da Manhã, citando penalistas conspícuos. Deve haver um sindicato de blogues interessado. De acordo com o mesmo jornal, os pontos de vista de Costa Andrade (docente em Coimbra e membro do Conselho Superior da Magistratura) estariam a ser analisados «ao milímetro» no Palácio de Belém. Mais: «Não está também afastada a hipótese de as escutas telefónicas ou de os resumos das mesmas virem a ser tornados públicas.»
Aqui chegados, algumas questões:
1. Já toda a gente percebeu que as escutas são inócuas. Se não fossem, estavam há muito estampadas em folha de jornal, abrindo noticiários nos sete canais de televisão e em dezenas de emissoras de rádio. Compilações de highlights estariam nas mãos do Presidente da República, de dirigentes do PSD, de membros do Conselho Superior da Magistratura, do SIS, dos sindicatos de magistrados, etc. Alguma dúvida?
2. Sendo relevantes, o Presidente da República aos costumes diz nada?
3. Sendo relevantes, o PSD, “coligado” com o CDS-PP, o BE e o PCP, não arranja maneira de reeditar a Comissão Melo, doublé de Comissão Pacheco?
4. Porém, sendo inócuas, há que alimentar o “cambalacho”. Afinal, o arquivamento permite cozer o governo em lume brando.
5. Lembrar aos distraídos que o despacho do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, mandando destruir as escutas fortuitas do primeiro-ministro, é de 3 de Setembro. O assunto não ficou arrumado antes das eleições, porquê?
6. Quem garante aos portugueses que o primeiro-ministro não continua sob escuta?
7. Quando é que o Presidente da República, como garante do regular funcionamento das instituições, vem dizer ao país que a Justiça tem uma hierarquia, que essa hierarquia já se pronunciou de forma inequívoca, e que a tranquibérnia é sem razão? A menos que tenha razões para dizer o contrário!
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