Irlanda: Descida salarial em orçamento de rigor atinge até o primeiro-ministro
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Irlanda: Descida salarial em orçamento de rigor atinge até o primeiro-ministro
Irlanda: Descida salarial em orçamento de rigor atinge até o primeiro-ministro
Dublin, Irlanda 10/12/2009 (AP)
A Irlanda reduziu os salários dos funcionários públicos, cortou benefícios sociais e impôs novas taxas ambientais aos combustíveis, procurando atingir um corte orçamental recorde de 4 mil milhões de euros para combater o défice galopante.
O ministro das Finanças, Brian Lenihan, anunciou hoje que cerca de 400 mil funcionários públicos - um quinto da população activa - vão sofrer cortes salariais que oscilam entre os 5 e os 15 por cento. O primeiro-ministro, Brian Cowen, vai perder 20 por cento do seu salário.
O plano - o maior corte orçamental na história da Irlanda - visa poupar mais de mil milhões de euros só em salários no próximo ano.
"Tomando estas medidas difíceis mas necessárias, vamos reconstruir a auto-confiança do nosso país internamente e a nossa reputação no exterior", declarou o governante irlandês.
Lenihan disse que as medidas drásticas são necessárias para travar o défice (que deve atingir 22 mil milhões de euros este ano), recuperar a competitividade e parar a subida do desemprego, que chegou aos 12,5 por cento.
O responsável das Finanças anunciou também cortes anuais de 760 milhões de euros no sistema de segurança social da Irlanda, enquanto o já sufocado sistema de saúde vai sofrer um corte de 400 milhões nos serviços.
Anunciou também um novo regime de "taxas de carbono" sobre vários combustíveis para obter receitas adicionais de 500 milhões de euros por ano.
Apesar de muitos sindicatos estarem a ameaçar com greves, economistas e empresários concordam que o Governo não tinha alternativa a não ser cortar os gastos imediatamente, já que o défice deve atingir os 13 por cento do PIB no próximo ano.
A Irlanda e a Grécia são os países mais incumpridores da zona euro, que exige que os seus membros mantenham o défice nos 3 por cento do PIB. Em Portugal, o défice deverá chegar, pelo menos, aos 8 por cento do PIB, este ano.
Dublin, Irlanda 10/12/2009 (AP)
A Irlanda reduziu os salários dos funcionários públicos, cortou benefícios sociais e impôs novas taxas ambientais aos combustíveis, procurando atingir um corte orçamental recorde de 4 mil milhões de euros para combater o défice galopante.
O ministro das Finanças, Brian Lenihan, anunciou hoje que cerca de 400 mil funcionários públicos - um quinto da população activa - vão sofrer cortes salariais que oscilam entre os 5 e os 15 por cento. O primeiro-ministro, Brian Cowen, vai perder 20 por cento do seu salário.
O plano - o maior corte orçamental na história da Irlanda - visa poupar mais de mil milhões de euros só em salários no próximo ano.
"Tomando estas medidas difíceis mas necessárias, vamos reconstruir a auto-confiança do nosso país internamente e a nossa reputação no exterior", declarou o governante irlandês.
Lenihan disse que as medidas drásticas são necessárias para travar o défice (que deve atingir 22 mil milhões de euros este ano), recuperar a competitividade e parar a subida do desemprego, que chegou aos 12,5 por cento.
O responsável das Finanças anunciou também cortes anuais de 760 milhões de euros no sistema de segurança social da Irlanda, enquanto o já sufocado sistema de saúde vai sofrer um corte de 400 milhões nos serviços.
Anunciou também um novo regime de "taxas de carbono" sobre vários combustíveis para obter receitas adicionais de 500 milhões de euros por ano.
Apesar de muitos sindicatos estarem a ameaçar com greves, economistas e empresários concordam que o Governo não tinha alternativa a não ser cortar os gastos imediatamente, já que o défice deve atingir os 13 por cento do PIB no próximo ano.
A Irlanda e a Grécia são os países mais incumpridores da zona euro, que exige que os seus membros mantenham o défice nos 3 por cento do PIB. Em Portugal, o défice deverá chegar, pelo menos, aos 8 por cento do PIB, este ano.
Kllüx- Pontos : 11230
Re: Irlanda: Descida salarial em orçamento de rigor atinge até o primeiro-ministro
Kllüx escreveu:Irlanda: Descida salarial em orçamento de rigor atinge até o primeiro-ministro
Dublin, Irlanda 10/12/2009 (AP)
A Irlanda reduziu os salários dos funcionários públicos, cortou benefícios sociais e impôs novas taxas ambientais aos combustíveis, procurando atingir um corte orçamental recorde de 4 mil milhões de euros para combater o défice galopante.
O ministro das Finanças, Brian Lenihan, anunciou hoje que cerca de 400 mil funcionários públicos - um quinto da população activa - vão sofrer cortes salariais que oscilam entre os 5 e os 15 por cento. O primeiro-ministro, Brian Cowen, vai perder 20 por cento do seu salário.
O plano - o maior corte orçamental na história da Irlanda - visa poupar mais de mil milhões de euros só em salários no próximo ano.
"Tomando estas medidas difíceis mas necessárias, vamos reconstruir a auto-confiança do nosso país internamente e a nossa reputação no exterior", declarou o governante irlandês.
Lenihan disse que as medidas drásticas são necessárias para travar o défice (que deve atingir 22 mil milhões de euros este ano), recuperar a competitividade e parar a subida do desemprego, que chegou aos 12,5 por cento.
O responsável das Finanças anunciou também cortes anuais de 760 milhões de euros no sistema de segurança social da Irlanda, enquanto o já sufocado sistema de saúde vai sofrer um corte de 400 milhões nos serviços.
Anunciou também um novo regime de "taxas de carbono" sobre vários combustíveis para obter receitas adicionais de 500 milhões de euros por ano.
Apesar de muitos sindicatos estarem a ameaçar com greves, economistas e empresários concordam que o Governo não tinha alternativa a não ser cortar os gastos imediatamente, já que o défice deve atingir os 13 por cento do PIB no próximo ano.
A Irlanda e a Grécia são os países mais incumpridores da zona euro, que exige que os seus membros mantenham o défice nos 3 por cento do PIB. Em Portugal, o défice deverá chegar, pelo menos, aos 8 por cento do PIB, este ano.
Aquele que se dizia ser o país modêlo do qual Portugal devia ser a cópia, está a tomar medidas drásticas para retomar o caminho da virtude.
Se o governo português apresentasse uma proposta semelhante na AR, o que fariam os vários sectores da Administração Pública?.
Vagueante- Pontos : 1698
Re: Irlanda: Descida salarial em orçamento de rigor atinge até o primeiro-ministro
Regavam Sócrates com gasolina e pegavam-lhe fogo, porque já é só o que falta, tal a sanha persecutória com que o mimoseiam.
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Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Irlanda: Descida salarial em orçamento de rigor atinge até o primeiro-ministro
Merkel: estímulo à procura, agravamento da dívida e bail out da Grécia
O novo governo alemão, assente na coligação de direita entre Democratas- Cristãos e Liberais revelou sensatez social, face ao inevitável agravamento do desemprego que se antecipa superior a 9% em 2010. Tomai nota, ó liberais da minha pátria que o governo teutónico acha que é altura de estimular a procura e o crescimento! A minha alma, e as de outros, estam parvas, mas por motivos diferentes.
Falando seriamente, a notícia difere entre um agravamento para 6% ou para 10% do PIB, enquanto a dívida pública (tchanan!) chegará a mais de 78% do PIB.
Percebe-se assim porque é que Merkel veio hoje ser mais explícita no que concerne à ajuda da União Europeia à Grécia. Junker tinha manifestado confiança na Grécia, Trichet, horas depois, tinha manifestado veemente certeza da coragem do governo grego, mas Merkel percebeu que não era disso que se tratava. A dívida pública germânica viu o seu risco subir hoje, por arrastamento do contágio grego nas expectativas dos investidores. Animal Spirits, dizia Keynes! E num contexto em que a Alemanha quer ter paz social, Merkel percebeu que isso só seria possível com políticas de gestão da procura (keynesianas!), e veio anunciar, como se pode ler no Wall Street Journal :
"Angela Merkel hinted Thursday that healthier members of the euro zone aren't prepared to abandon Greece and the other heavily indebted countries in the currency bloc [do qual a Alemanha se prepara para fazer parte!].
"What happens in a member country influences all the others, particularly when you have a common currency," Merkel said after a meeting of the center-right European Peoples' Party in Bonn".
Não, não foi mero altruísmo. Foi a necessidade de seguir políticas contra-cíclicas na própria Alemanha! E de atingir um rácio da dívida no PIB como há muito não se via. Para nos rirmos mais um pouco a Alemanha espera ter a meta dos 3% no final de 2013.
Pergunta-se: A Dra. Ferreira Leite, que está na mesma reunião do PPE, pode ter umas explicações de Economia com a Engenheira Química Angela Merkel?
publicado por Carlos Santos
O novo governo alemão, assente na coligação de direita entre Democratas- Cristãos e Liberais revelou sensatez social, face ao inevitável agravamento do desemprego que se antecipa superior a 9% em 2010. Tomai nota, ó liberais da minha pátria que o governo teutónico acha que é altura de estimular a procura e o crescimento! A minha alma, e as de outros, estam parvas, mas por motivos diferentes.
Falando seriamente, a notícia difere entre um agravamento para 6% ou para 10% do PIB, enquanto a dívida pública (tchanan!) chegará a mais de 78% do PIB.
Percebe-se assim porque é que Merkel veio hoje ser mais explícita no que concerne à ajuda da União Europeia à Grécia. Junker tinha manifestado confiança na Grécia, Trichet, horas depois, tinha manifestado veemente certeza da coragem do governo grego, mas Merkel percebeu que não era disso que se tratava. A dívida pública germânica viu o seu risco subir hoje, por arrastamento do contágio grego nas expectativas dos investidores. Animal Spirits, dizia Keynes! E num contexto em que a Alemanha quer ter paz social, Merkel percebeu que isso só seria possível com políticas de gestão da procura (keynesianas!), e veio anunciar, como se pode ler no Wall Street Journal :
"Angela Merkel hinted Thursday that healthier members of the euro zone aren't prepared to abandon Greece and the other heavily indebted countries in the currency bloc [do qual a Alemanha se prepara para fazer parte!].
"What happens in a member country influences all the others, particularly when you have a common currency," Merkel said after a meeting of the center-right European Peoples' Party in Bonn".
Não, não foi mero altruísmo. Foi a necessidade de seguir políticas contra-cíclicas na própria Alemanha! E de atingir um rácio da dívida no PIB como há muito não se via. Para nos rirmos mais um pouco a Alemanha espera ter a meta dos 3% no final de 2013.
Pergunta-se: A Dra. Ferreira Leite, que está na mesma reunião do PPE, pode ter umas explicações de Economia com a Engenheira Química Angela Merkel?
publicado por Carlos Santos
Viriato- Pontos : 16657
Re: Irlanda: Descida salarial em orçamento de rigor atinge até o primeiro-ministro
CDS's há muitos
Na última hora o preço dos CDS (Credit Default Swaps) - um seguro transaccionável, cujo preço serve de medida para o risco de não pagamento - do Reino Unido ultrapassou o de Portugal. Estes preços dos mercados financeiros valem o que valem, ou seja, muito pouco, já que estão sujeitos às avaliações das fantásticas agências de notação e a uma formidável especulação financeira. Foi este tipo de contrato que, provavelmente, fez ruir a AIG (maior seguradora americana), depois da falência do Lehman Brothers.
No entanto, já que os "economistas de água cristalinas" nacionais fetichizam estes preços enquanto indicador de sustentabilidade, gostava de saber se concordam com o Financial Times quando este afirma que, além do futebol, também somos aparentemente melhores no risco de falência nacional. A resposta pode sempre ser a de Nogueira Leite: "Os mercados andam distraídos". Afinal, não funcionam assim tão bem...
Publicada por Nuno Teles
Na última hora o preço dos CDS (Credit Default Swaps) - um seguro transaccionável, cujo preço serve de medida para o risco de não pagamento - do Reino Unido ultrapassou o de Portugal. Estes preços dos mercados financeiros valem o que valem, ou seja, muito pouco, já que estão sujeitos às avaliações das fantásticas agências de notação e a uma formidável especulação financeira. Foi este tipo de contrato que, provavelmente, fez ruir a AIG (maior seguradora americana), depois da falência do Lehman Brothers.
No entanto, já que os "economistas de água cristalinas" nacionais fetichizam estes preços enquanto indicador de sustentabilidade, gostava de saber se concordam com o Financial Times quando este afirma que, além do futebol, também somos aparentemente melhores no risco de falência nacional. A resposta pode sempre ser a de Nogueira Leite: "Os mercados andam distraídos". Afinal, não funcionam assim tão bem...
Publicada por Nuno Teles
Viriato- Pontos : 16657
Re: Irlanda: Descida salarial em orçamento de rigor atinge até o primeiro-ministro
amen
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Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
Vitor mango- Pontos : 118184
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