Decanos da Assembleia tristes com insultos na comissão
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Decanos da Assembleia tristes com insultos na comissão
Decanos da Assembleia tristes com insultos na comissão
por RUI PEDRO ANTUNESHoje
Históricos
deputados criticaram excessos verbais de quarta-feira, apesar de
lembrarem que se tratam de situações "excepcionais". Mota Amaral,
Marques Júnior, Manuel Alegre e Narana Coissoró não ignoraram o caso.Os
insultos na Assembleia da República não são novidade e até têm feito
parte desta casa, onde todos ralham e, por vezes, alguém perde a razão.
Porém, o facto de haver picardias em todas legislaturas, não significa
que tal seja vista como normal pelos decanos parlamentares. Deputados e
ex-deputados históricos lamentaram os episódios de quarta-feira, dia em
que Maria José Nogueira Pinto (PSD) e Ricardo Gonçalves (PS) se
insultaram mutuamente na Comissão Parlamentar de Saúde.O
histórico deputado do PS, Marques Júnior, disse ao DN que "o episódio
de ontem saiu fora dos limites. É certo que os deputados são pessoas
como as outras mas devem ter, senão fair play, algum arcaboiço para
responder civilizadamente aos ataques dos outros deputados". Apesar
de reconhecer que esta situação "não é excepção", o socialista alerta:
"Não sou daqueles que defendem que isto se encaixa numa espécie de
praxe parlamentar, estas situações merecem um juízo crítico. Não se
deve passar por cima do assunto".Também o ex-presidente da
Assembleia da República e deputado do PSD, João Bosco Mota Amaral,
defende que "é desejável que o debate decorra de uma forma cordata" e
recorda que quando presidia ao Parlamento houve várias situações em que
teve de "pedir aos deputados para moderarem as palavras". No entanto, o
social-democrata considera que "os episódios de ontem não devem ser
dramatizados, pois acontecem na vida parlamentar e em muitos outros
âmbitos".Já o ex-deputado e militante histórico do CDS, Narana
Coissoró disse ao DN que "o que se passou ontem ultrapassou todos os
limites da linguagem parlamentar, mas também da praça pública".Narana
Coissoró lembra que estas situações são "excepcionais" e estranha que
tenham acontecido fora do plenário. "As comissões têm sempre um teor
mais amigável e sereno. Não me recordo de nas comissões haver aquele
tipo de apartes constantes nem comentários grosseiros. Nunca vi
insultos numa comissão", afiança.O histórico deputado
socialista, Manuel Alegre, também criticou ontem o episódio dizendo que
este "não foi brilhante", embora esteja feliz por Portugal ser hoje uma
democracia que o permita (ver texto na página 11).Episódios como
o de ontem têm-se multiplicado (ver caixa) desde a Assembleia
Constituinte, onde, como lembra Mota Amaral, "os debates eram
apaixonados e os apartes violentos". Narana recorda-se do "célebre
despique entre Francisco Sousa Tavares e Raul Rego" e Marques Júnior
lembra que uma vez ficou "envergonhado" com o nível do debate "entre
Helena Roseta e Duarte Lima, que discutiam por causa de uns faxes".O
líder parlamentar do PSD, José Pedro Aguiar-Branco, classificou ontem
as acusações trocadas entre Maria José Nogueira Pinto e Ricardo
Gonçalves como "excessos que não deveriam ter acontecido. Não foi uma
situação que prestigiou o Parlamento". Aguiar-Branco confessou aos
jornalistas que já tinha conversado com Maria José Nogueira Pinto e
reconheceu que houve "excesso de ambas as partes".O dirigente
social-democrata acrescentou ainda: "É um facto e um fenómeno que não
deveria ter acontecido, esperemos que não aconteça no futuro."Recorde-se
que, na quarta-feira, na Comissão de Saúde da AR, Nogueira Pinto chamou
"palhaço" ao deputado Ricardo Gonçalves, como reacção aos apartes do
socialista. Na resposta, Ricardo Gonçalves replicou que Nogueira Pinto
"veio de outro partido, está sempre a mudar de partido, nunca está em
lado nenhum, vende-se por qualquer preço para ser eleita por qualquer
partido".
por RUI PEDRO ANTUNESHoje
Históricos
deputados criticaram excessos verbais de quarta-feira, apesar de
lembrarem que se tratam de situações "excepcionais". Mota Amaral,
Marques Júnior, Manuel Alegre e Narana Coissoró não ignoraram o caso.Os
insultos na Assembleia da República não são novidade e até têm feito
parte desta casa, onde todos ralham e, por vezes, alguém perde a razão.
Porém, o facto de haver picardias em todas legislaturas, não significa
que tal seja vista como normal pelos decanos parlamentares. Deputados e
ex-deputados históricos lamentaram os episódios de quarta-feira, dia em
que Maria José Nogueira Pinto (PSD) e Ricardo Gonçalves (PS) se
insultaram mutuamente na Comissão Parlamentar de Saúde.O
histórico deputado do PS, Marques Júnior, disse ao DN que "o episódio
de ontem saiu fora dos limites. É certo que os deputados são pessoas
como as outras mas devem ter, senão fair play, algum arcaboiço para
responder civilizadamente aos ataques dos outros deputados". Apesar
de reconhecer que esta situação "não é excepção", o socialista alerta:
"Não sou daqueles que defendem que isto se encaixa numa espécie de
praxe parlamentar, estas situações merecem um juízo crítico. Não se
deve passar por cima do assunto".Também o ex-presidente da
Assembleia da República e deputado do PSD, João Bosco Mota Amaral,
defende que "é desejável que o debate decorra de uma forma cordata" e
recorda que quando presidia ao Parlamento houve várias situações em que
teve de "pedir aos deputados para moderarem as palavras". No entanto, o
social-democrata considera que "os episódios de ontem não devem ser
dramatizados, pois acontecem na vida parlamentar e em muitos outros
âmbitos".Já o ex-deputado e militante histórico do CDS, Narana
Coissoró disse ao DN que "o que se passou ontem ultrapassou todos os
limites da linguagem parlamentar, mas também da praça pública".Narana
Coissoró lembra que estas situações são "excepcionais" e estranha que
tenham acontecido fora do plenário. "As comissões têm sempre um teor
mais amigável e sereno. Não me recordo de nas comissões haver aquele
tipo de apartes constantes nem comentários grosseiros. Nunca vi
insultos numa comissão", afiança.O histórico deputado
socialista, Manuel Alegre, também criticou ontem o episódio dizendo que
este "não foi brilhante", embora esteja feliz por Portugal ser hoje uma
democracia que o permita (ver texto na página 11).Episódios como
o de ontem têm-se multiplicado (ver caixa) desde a Assembleia
Constituinte, onde, como lembra Mota Amaral, "os debates eram
apaixonados e os apartes violentos". Narana recorda-se do "célebre
despique entre Francisco Sousa Tavares e Raul Rego" e Marques Júnior
lembra que uma vez ficou "envergonhado" com o nível do debate "entre
Helena Roseta e Duarte Lima, que discutiam por causa de uns faxes".O
líder parlamentar do PSD, José Pedro Aguiar-Branco, classificou ontem
as acusações trocadas entre Maria José Nogueira Pinto e Ricardo
Gonçalves como "excessos que não deveriam ter acontecido. Não foi uma
situação que prestigiou o Parlamento". Aguiar-Branco confessou aos
jornalistas que já tinha conversado com Maria José Nogueira Pinto e
reconheceu que houve "excesso de ambas as partes".O dirigente
social-democrata acrescentou ainda: "É um facto e um fenómeno que não
deveria ter acontecido, esperemos que não aconteça no futuro."Recorde-se
que, na quarta-feira, na Comissão de Saúde da AR, Nogueira Pinto chamou
"palhaço" ao deputado Ricardo Gonçalves, como reacção aos apartes do
socialista. Na resposta, Ricardo Gonçalves replicou que Nogueira Pinto
"veio de outro partido, está sempre a mudar de partido, nunca está em
lado nenhum, vende-se por qualquer preço para ser eleita por qualquer
partido".
Vitor mango- Pontos : 117604
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