Dois casos de resistência ao 'Tamiflu' identificados em Portugal
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Dois casos de resistência ao 'Tamiflu' identificados em Portugal
Dois casos de resistência ao 'Tamiflu' identificados em Portugal
por DIANA MENDES
Hoje
Direcção-Geral da Saúde confirma ao DN que houve uma morte associada após resistência ao antiviral. INSA está a fazer análises para detectar eventual mutação do vírus
Morreu há dois dias o primeiro doente com gripe A que desenvolveu uma resistência ao medicamento oseltamivir (Tamiflu). A notícia foi confirmada ao DN por Judite Catarino, da Direcção-Geral da Saúde (DGS), que acrescenta ter havido, além deste, "outro caso de resistência num doente dos Açores ou da Madeira".
A DGS está preocupada com o surgimento destes casos, que até agora foram em número reduzido noutros países, nomeadamente no Reino Unido, Noruega ou Espanha. O primeiro caso foi reportado pela Dinamarca no final de Junho.
Judite Catarino disse que a morte "ocorreu na região de Lisboa e Vale do Tejo, numa pessoa entre os 40 e 50 anos que já tinha outras doenças". No entanto, alerta que, apesar de estarmos perante "casos de resistência, ainda está a ser analisado se houve uma mutação do vírus H1N1".
Neste momento, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), laboratório de referência na gripe A, "está a analisar se houve ou não mutação", adianta.
Jaime Nina, virologista do INSA, afirma que, até ao aparecimento destas duas situações "não havia casos confirmados em Portugal" de mutações. O especialista aproveita para desdramatizar, referindo que, a nível mundial, quando o Tamiflu já não faz efeito na " maior parte das vezes não se deve a resistências, mas sim à administração tardia do medicamento ".
De acordo com Jaime Nina, se o fármaco é dado 48 horas depois dos primeiros sintomas, pode não ter efeito . "Por isso é que não se deve esperar pela análise sempre que há um caso grave", diz, admitindo porém que "os sintomas não revelem gravidade no início".
A morte que o INSA está a investigar foi de um doente, que tomou o antiviral durante algum tempo. "O doente tomou o Tamiflu durante dez dias e não melhorou. Depois, os médicos trataram-no com o zanamivir (relenza), mas foi tarde. Morreu ao fim de três dias de tratamento. Faltou uma terceira alternativa", explicou a responsável da divisão de epidemiologia da DGS.
Já a outra situação, uma mulher na casa dos 20 anos que vive nas Ilhas e que não tinha qualquer doença prévia, sobreviveu, apesar de ter estado em situação crítica. "A rapariga que teve a resistência reagiu depois ao relenza. Mas esteve mal", acrescenta ainda a perita da DGS.
Uma possível explicação para as resistências está relacionada com o uso excessivo e inadequado dos medicamentos. "As pessoas podem já ter sido tratadas com este fármaco e depois quando precisam dele, o sistema imunitário tem memória e não reage", refere a especialista.
Por isso, neste momento, acrescenta Jaime Nina, só se usa o Tamiflu em casos confirmados. O INSA fez 16 mil análises para confirmar o vírus da gripe A. Além disso, o organismo faz testes para detectar resistência. são análises de sequenciação dos genomas cujos resultados podem demorar entre 48 horas dez dias.
In DN
por DIANA MENDES
Hoje
Direcção-Geral da Saúde confirma ao DN que houve uma morte associada após resistência ao antiviral. INSA está a fazer análises para detectar eventual mutação do vírus
Morreu há dois dias o primeiro doente com gripe A que desenvolveu uma resistência ao medicamento oseltamivir (Tamiflu). A notícia foi confirmada ao DN por Judite Catarino, da Direcção-Geral da Saúde (DGS), que acrescenta ter havido, além deste, "outro caso de resistência num doente dos Açores ou da Madeira".
A DGS está preocupada com o surgimento destes casos, que até agora foram em número reduzido noutros países, nomeadamente no Reino Unido, Noruega ou Espanha. O primeiro caso foi reportado pela Dinamarca no final de Junho.
Judite Catarino disse que a morte "ocorreu na região de Lisboa e Vale do Tejo, numa pessoa entre os 40 e 50 anos que já tinha outras doenças". No entanto, alerta que, apesar de estarmos perante "casos de resistência, ainda está a ser analisado se houve uma mutação do vírus H1N1".
Neste momento, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), laboratório de referência na gripe A, "está a analisar se houve ou não mutação", adianta.
Jaime Nina, virologista do INSA, afirma que, até ao aparecimento destas duas situações "não havia casos confirmados em Portugal" de mutações. O especialista aproveita para desdramatizar, referindo que, a nível mundial, quando o Tamiflu já não faz efeito na " maior parte das vezes não se deve a resistências, mas sim à administração tardia do medicamento ".
De acordo com Jaime Nina, se o fármaco é dado 48 horas depois dos primeiros sintomas, pode não ter efeito . "Por isso é que não se deve esperar pela análise sempre que há um caso grave", diz, admitindo porém que "os sintomas não revelem gravidade no início".
A morte que o INSA está a investigar foi de um doente, que tomou o antiviral durante algum tempo. "O doente tomou o Tamiflu durante dez dias e não melhorou. Depois, os médicos trataram-no com o zanamivir (relenza), mas foi tarde. Morreu ao fim de três dias de tratamento. Faltou uma terceira alternativa", explicou a responsável da divisão de epidemiologia da DGS.
Já a outra situação, uma mulher na casa dos 20 anos que vive nas Ilhas e que não tinha qualquer doença prévia, sobreviveu, apesar de ter estado em situação crítica. "A rapariga que teve a resistência reagiu depois ao relenza. Mas esteve mal", acrescenta ainda a perita da DGS.
Uma possível explicação para as resistências está relacionada com o uso excessivo e inadequado dos medicamentos. "As pessoas podem já ter sido tratadas com este fármaco e depois quando precisam dele, o sistema imunitário tem memória e não reage", refere a especialista.
Por isso, neste momento, acrescenta Jaime Nina, só se usa o Tamiflu em casos confirmados. O INSA fez 16 mil análises para confirmar o vírus da gripe A. Além disso, o organismo faz testes para detectar resistência. são análises de sequenciação dos genomas cujos resultados podem demorar entre 48 horas dez dias.
In DN
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