Estados Unidos: Senado dá primeira luz verde à votação da reforma da saúde antes do Natal
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Estados Unidos: Senado dá primeira luz verde à votação da reforma da saúde antes do Natal
Estados Unidos: Senado dá primeira luz verde à votação da reforma da saúde antes do Natal
Por PÚBLICO
A grande reforma da saúde do Presidente norte-americano, Barack Obama, passou esta madrugada um grande teste no Senado, com os democratas a sobreporem-se aos republicanos, por 60-40, numa votação que deu aval ao primeiro de três actos processuais para pôr termo ao debate e enviar a proposta de lei para votação final antes mesmo da véspera de Natal.
Imersa numa longa e amiúde azeda discussão no Congresso desde há vários meses, a reforma do sistema de saúde foi chamada a uma primeira votação crucial à 1h00 (locais, seis da manhã em Portugal). Aí os senadores democratas aprovaram unanimemente – e todos os 60 votos democratas eram necessários – o envio do documento para votação, pondo termo ao que muitos analistas descrevem como “as tácticas de marca passo” abraçadas pela oposição republicana.
Com este passo processual fica virtualmente assegurado que a reforma de Obama será votada no Congresso – onde os democratas detêm maioria, em ambas as câmaras – ainda antes do final desta semana. A lei visa estender a actual cobertura a mais de 30 milhões de pessoas desprovidas de seguro e produzirá a maior mudança de sempre no sistema de saúde dos Estados Unidos, orçado em 2,5 milhões de milhões de dólares, desde a introdução em 1965 do esquema Medicare para os idosos.
“Aprová-la-emos antes do Natal e esse será um dos melhores presentes de Natal que o Congresso alguma vez deu ao povo americano”, congratulou-se o senador democrata Tom Harkin. Do lado republicano, houve um expresso dar de mão à palmatória de que não há como evitar a aprovação da lei: “Não tenham dúvidas nenhumas, esta legislação vai dar uma nova forma à nossa nação, apesar de os americanos já terem dado o veredicto de que não o querem”, criticou o líder da bancada republicana no Senado, Mitch McConnel.
Mas para lá chegar é preciso ainda que a proposta passe outros dois votos. O primeiro exige que o texto agora submetido ao Senado seja “reconciliado” com uma outra versão que foi aprovada na Câmara dos Representantes, a qual possui uma linguagem anti aborto menos restritiva e uma opção de seguro de saúde garantido pelo Governo (esta última clausula é acolhida com oposição por muitos democratas moderados). E, finalmente, a lei, já numa versão unificada, tem que voltar a ser votada nas duas câmaras do Congresso antes de ser enviada a Obama para ratificação.
O entrave que permanecia antes da votação da madrugada era já só o de garantir que todos os 60 senadores democratas se apresentavam a votação, vencendo as dificuldades do nevão brutal que tornou as ruas de Washington impraticáveis. No sábado, fora já invertida a intenção de voto negativa do último senador democrata em oposição: Ben Nelson admitiu então dar luz verde à reforma, depois de obter a garantia de que não serão usados fundos federais para pagar intervenções de interrupção voluntária da gravidez e que o estado que representa, o Nebraska, receberá mais elevadas dotações financeiras para a saúde do que inicialmente previsto.
Obama pode estar a ter dificuldades com o que herdou do antecessor bem como do conservantorismo natural dos americanos. Mas lá vai marcando uns pontitos. Esse assunto também deveria pertencer a um tópico "Coisas que o outro não gosta..."
Por PÚBLICO
A grande reforma da saúde do Presidente norte-americano, Barack Obama, passou esta madrugada um grande teste no Senado, com os democratas a sobreporem-se aos republicanos, por 60-40, numa votação que deu aval ao primeiro de três actos processuais para pôr termo ao debate e enviar a proposta de lei para votação final antes mesmo da véspera de Natal.
Imersa numa longa e amiúde azeda discussão no Congresso desde há vários meses, a reforma do sistema de saúde foi chamada a uma primeira votação crucial à 1h00 (locais, seis da manhã em Portugal). Aí os senadores democratas aprovaram unanimemente – e todos os 60 votos democratas eram necessários – o envio do documento para votação, pondo termo ao que muitos analistas descrevem como “as tácticas de marca passo” abraçadas pela oposição republicana.
Com este passo processual fica virtualmente assegurado que a reforma de Obama será votada no Congresso – onde os democratas detêm maioria, em ambas as câmaras – ainda antes do final desta semana. A lei visa estender a actual cobertura a mais de 30 milhões de pessoas desprovidas de seguro e produzirá a maior mudança de sempre no sistema de saúde dos Estados Unidos, orçado em 2,5 milhões de milhões de dólares, desde a introdução em 1965 do esquema Medicare para os idosos.
“Aprová-la-emos antes do Natal e esse será um dos melhores presentes de Natal que o Congresso alguma vez deu ao povo americano”, congratulou-se o senador democrata Tom Harkin. Do lado republicano, houve um expresso dar de mão à palmatória de que não há como evitar a aprovação da lei: “Não tenham dúvidas nenhumas, esta legislação vai dar uma nova forma à nossa nação, apesar de os americanos já terem dado o veredicto de que não o querem”, criticou o líder da bancada republicana no Senado, Mitch McConnel.
Mas para lá chegar é preciso ainda que a proposta passe outros dois votos. O primeiro exige que o texto agora submetido ao Senado seja “reconciliado” com uma outra versão que foi aprovada na Câmara dos Representantes, a qual possui uma linguagem anti aborto menos restritiva e uma opção de seguro de saúde garantido pelo Governo (esta última clausula é acolhida com oposição por muitos democratas moderados). E, finalmente, a lei, já numa versão unificada, tem que voltar a ser votada nas duas câmaras do Congresso antes de ser enviada a Obama para ratificação.
O entrave que permanecia antes da votação da madrugada era já só o de garantir que todos os 60 senadores democratas se apresentavam a votação, vencendo as dificuldades do nevão brutal que tornou as ruas de Washington impraticáveis. No sábado, fora já invertida a intenção de voto negativa do último senador democrata em oposição: Ben Nelson admitiu então dar luz verde à reforma, depois de obter a garantia de que não serão usados fundos federais para pagar intervenções de interrupção voluntária da gravidez e que o estado que representa, o Nebraska, receberá mais elevadas dotações financeiras para a saúde do que inicialmente previsto.
Obama pode estar a ter dificuldades com o que herdou do antecessor bem como do conservantorismo natural dos americanos. Mas lá vai marcando uns pontitos. Esse assunto também deveria pertencer a um tópico "Coisas que o outro não gosta..."
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