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Mensagem por Viriato Qua Jan 06, 2010 2:52 am

Portugal é o segundo país do mundo com maior peso das eólicas


Por Lurdes Ferreira
Paulo Ricca (arquivo)


Tempo ventoso ajudou produção eólica em Portugal

Por cada 100 Watt de electricidade consumidos no ano passado nos lares portugueses, 15,03 Watt vieram do vento, um valor que eleva o país do terceiro para o segundo lugar mundial no contributo de energia eólica, atrás da Dinamarca e agora à frente da Espanha.

Os dados publicados ontem pela Redes Energéticas Nacionais (REN) sobre a produção de energia eléctrica em Portugal, em 2009, mostram que, por cada 24 horas, três horas e 36 minutos, em média, vieram do vento, ou seja, mais 31,6 por cento do que no ano transacto.

Num ano de 1,4 por cento de quebra de consumo e de redução da importação de electricidade para metade, a produção nacional eólica de 7493 GigaWatt-hora quase equivaleu (96 por cento) à de Sines e Tapada do Outeiro em conjunto e ficou pouco abaixo (94 por cento) do contributo de todas as barragens em funcionamento. Teve a ajudar as condições meteorológicas dos últimos dois meses do ano que foram especialmente ventosos.

Com um crescimento de produção também nas outras fontes renováveis (mais 24,7 por cento de hidroelectricidade, mais 315 por cento de fotovoltaico, que partiu de uma base muito baixa) e ainda com o contributo das energias limpas usadas, por exemplo, na co-geração e na biomassa, as renováveis representaram 35,9 por cento de todo o consumo de energia eléctrica em Portugal no ano passado. Confirmam-se, assim, os valores avançados pelo índice E.Value na edição de sábado passado no PÚBLICO.

Contudo, 35,9 por cento é o valor de base e não o final que conta para avaliar o ritmo de cumprimento da meta de 45 por cento de renováveis em 2010, prometida por José Sócrates. Para isso, é preciso retirar aos 35,9 por cento o efeito das variações anuais de mais ou menos chuva e torná-lo comparável com os outros anos, um processo que os técnicos chamam de correcção de hidraulicidade e que o Eurostat reconhece. A partir daqui, não há mais consenso.

A Associação Portuguesa das Energias Renováveis (APREN) defende que a correcção deve ter em conta que 2009 foi um ano hidrológico 23 por cento abaixo da média: o peso corrigido das renováveis no total da electricidade consumida em 2009 é, assim, de 41,1 por cento.

A metodologia da Direcção-Geral de Energia e Geologia, contestada pelo sector e pelos ambientalistas e que se prevê seja revista em 2010, usa 1997 como ano hidrológico de referência, tendo sido um ano 22 por cento acima da média. Com a correcção da DGEG, Portugal já ultrapassou a meta, com 46,1 por cento.

O presidente da APREN, António Sá da Costa, admite que o país pode chegar aos 45 por cento no final de 2010 "mas será difícil". Para isso, precisa de ver arrancar todos os projectos eólicos em marcha e à espera de licenciamento, ter prontos os reforços de potência das barragens da EDP, ter mais co-geração com energia renovável e, em especial, que o consumo não cresça ou cresça apenas um por cento. Se crescer mais, precisará de importar energia e esta será fóssil, diluindo o peso das renováveis.

Em Espanha, segundo os dados da Red Electrica, a energia eólica cobriu 14,3 por cento da procura. Passou de segundo para terceiro lugar, em termos mundiais, mas ainda assim tem razões para assinalar também o facto: a energia eólica produziu mais 15,57 por cento do que em 2008, ultrapassou pela primeira vez o carvão e confirmou-se como a terceira tecnologia do sistema eléctrico do país. Na Dinamarca, a eólica pesa mais de 20 por cento.
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Mensagem por Joao Ruiz Qua Jan 06, 2010 6:40 am

Pronto!

Lá vão os invejosos mover um processo a Sócrates, por ter surripiado vento perigoso(ninguém sabe onde) e trazê-lo para aumentar a sua conta pessoal de êxitos...


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