Haiti
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Haiti
Como pode ajudar as vítimas do sismo no Haiti
Hoje
Em Portugal e por todo o mundo, são já muitas as campanhas de solidariedade em curso para permitir a cidadãos anónimos ajudar na resposta à catástrofe que assolou o Haiti na terça-feira.
Cruz Vermelha Portuguesa
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) vai enviar para o Haiti 25 mil euros do seu Fundo de Emergência para ajudar as vítimas do violento sismo de terça-feira e lançou uma campanha para a recolha de mais donativos.
O lema da campanha é "Ajude o Haiti, agora!" e os donativos para o Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa - apelo vítimas do Haiti - podem ser realizados nas caixas multibanco ou através de 'netbanking', na opção 'pagamento de serviços', marcando 20999 na entidade e 999 999 999 na referência.
Poderá ainda ser feito um depósito ou transferência bancária para as contas CVP - Fundo de Emergência, disponíveis em nove instituições bancárias ou através de um cheque ou vale postal pagável à CVP - Fundo de Emergência, Departamento Financeiro da Sede Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa (Jardim 09 de Abril, n.º1 a 5, 1249-083, Lisboa).
Cáritas Portuguesa
A associação lançou uma campanha de solidariedade e disponibilizou de imediato uma verba de 5 mil euros à Cáritas do Haiti para ajudar as vítimas do sismo de terça-feira.
A organização espera que, tal como aconteceu em campanhas anteriores, o povo português "dê uma resposta ampla, generosa e inequívoca" perante a devastação que atingiu este país das Caraíbas. Quem quiser contribuir pode "fazer o seu donativo na conta «Cáritas Ajuda Haiti», com o NIB 003506970063000753053, da Caixa Geral de Depósitos..
AMI
A Assistência Médica Internacional também lançou uma campanha para a sua missão de emergência no Haiti, que envia hoje para aquele país uma equipa exploratória cujo objectivo e fazer um levantamento das necessidades das zonas afectadas pelo sismo.
A AMI apela aos donativos para ajudar a "reconstruir as vidas que ficaram destruídas". Para contribuir, pode fazer uma transferência bancária através do NIB: 0007 001 500 400 000 00672; no Multibanco, basta seleccionar o menu "Pagamento de Serviços" e inserir Entidade: 20909 Referência 909 909 909 e a quantia que escolheu doar.
[Em actualização]
In DN
Hoje
Em Portugal e por todo o mundo, são já muitas as campanhas de solidariedade em curso para permitir a cidadãos anónimos ajudar na resposta à catástrofe que assolou o Haiti na terça-feira.
Cruz Vermelha Portuguesa
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) vai enviar para o Haiti 25 mil euros do seu Fundo de Emergência para ajudar as vítimas do violento sismo de terça-feira e lançou uma campanha para a recolha de mais donativos.
O lema da campanha é "Ajude o Haiti, agora!" e os donativos para o Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa - apelo vítimas do Haiti - podem ser realizados nas caixas multibanco ou através de 'netbanking', na opção 'pagamento de serviços', marcando 20999 na entidade e 999 999 999 na referência.
Poderá ainda ser feito um depósito ou transferência bancária para as contas CVP - Fundo de Emergência, disponíveis em nove instituições bancárias ou através de um cheque ou vale postal pagável à CVP - Fundo de Emergência, Departamento Financeiro da Sede Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa (Jardim 09 de Abril, n.º1 a 5, 1249-083, Lisboa).
Cáritas Portuguesa
A associação lançou uma campanha de solidariedade e disponibilizou de imediato uma verba de 5 mil euros à Cáritas do Haiti para ajudar as vítimas do sismo de terça-feira.
A organização espera que, tal como aconteceu em campanhas anteriores, o povo português "dê uma resposta ampla, generosa e inequívoca" perante a devastação que atingiu este país das Caraíbas. Quem quiser contribuir pode "fazer o seu donativo na conta «Cáritas Ajuda Haiti», com o NIB 003506970063000753053, da Caixa Geral de Depósitos..
AMI
A Assistência Médica Internacional também lançou uma campanha para a sua missão de emergência no Haiti, que envia hoje para aquele país uma equipa exploratória cujo objectivo e fazer um levantamento das necessidades das zonas afectadas pelo sismo.
A AMI apela aos donativos para ajudar a "reconstruir as vidas que ficaram destruídas". Para contribuir, pode fazer uma transferência bancária através do NIB: 0007 001 500 400 000 00672; no Multibanco, basta seleccionar o menu "Pagamento de Serviços" e inserir Entidade: 20909 Referência 909 909 909 e a quantia que escolheu doar.
[Em actualização]
In DN
Última edição por João Ruiz em Sáb Fev 20, 2010 4:02 pm, editado 1 vez(es)
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Obama desbloqueia 69 milhões de euros em ajuda
Obama desbloqueia 69 milhões de euros em ajuda
por DN e AFP
Hoje
Sarkozy propõe conferência internacional.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou hoje que vai desbloquear uma ajuda no valor de cem milhões de dólares, 69 milhões de euros, para as vítimas do sismo no Haiti. A mesma quantia foi prometida pelo director-geral do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn.
"Não vamos deixá-los sozinhos e não nos esqueceremos. Vocês conheceram a escravatura e lutaram contra desastres naturais. E apesar de tudo não perderam a esperança. Hoje, saibam, que a ajuda está a chegar", afirmou Obama, citado pela AFP.
Os Estados Unidos enviaram, além dos cem milhões, para o país devastado uma brigada de Exército, dois mil marines, um navio hospital e dois porta-aviões nucleares.
A USAID, agência humanitária do Governo norte-americano, já está a operar no terreno para tentar aliviar o sofrimento dos que sobreviveram e perderam familiares de bens. As Nações Unidas, que, segundo os últimos números, perderam 22 funcionários da missão de estabilização que tinham no terreno, já haviam anunciado também que dariam dez milhões de dólares.
À semelhança do que aconteceu com o Tsunami, na Ásia, vários outros países do mundo reagiram de imediato. A Austrália, Rússia, Canadá, Japão, Noruega, Islândia, Suíça, Israel, Venezuela, Peru, Brasil, são alguns dos países, não europeus, que prometeram enviar ajuda e dinheiro para o Haiti.
Na União Europeia praticamente todos os Estados membros disponibilizaram ajuda financeira e meios de resgate, como foi o caso da Espanha, França, Reino Unido, Polónia, República Checa, Dinamarca, Holanda, Suécia, Portugal. Os espanhóis, actualmente na presidência rotativa europeia, consideram já a hipótese de enviar um avião para trazer europeus do Haiti.
A Comissão Europeia desbloqueou três milhões de euros e pondera, agora, antecipar o orçamento anual dedicado ao desenvolvimento do Haiti na ordem dos 28 milhões. Na segunda-
-feira, a nova Alta Representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, Catherine Ashton, vai reunir-se com responsáveis de todos os países para coordenar e avaliar a ajuda a dar a curto, médio, longo prazo ao Haiti.
A chefe da diplomacia europeia conta deslocar-se a Washington na próxima semana para uma primeira reunião com a sua homóloga americana, Hillary Clinton, avançou a AFP. O Presidente da França, Nicolas Sarkozy, acaba de propor aos EUA, ao Canadá e ao Brasil a organização de uma conferência internacional sobre o Haiti.
In DN
por DN e AFP
Hoje
Sarkozy propõe conferência internacional.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou hoje que vai desbloquear uma ajuda no valor de cem milhões de dólares, 69 milhões de euros, para as vítimas do sismo no Haiti. A mesma quantia foi prometida pelo director-geral do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn.
"Não vamos deixá-los sozinhos e não nos esqueceremos. Vocês conheceram a escravatura e lutaram contra desastres naturais. E apesar de tudo não perderam a esperança. Hoje, saibam, que a ajuda está a chegar", afirmou Obama, citado pela AFP.
Os Estados Unidos enviaram, além dos cem milhões, para o país devastado uma brigada de Exército, dois mil marines, um navio hospital e dois porta-aviões nucleares.
A USAID, agência humanitária do Governo norte-americano, já está a operar no terreno para tentar aliviar o sofrimento dos que sobreviveram e perderam familiares de bens. As Nações Unidas, que, segundo os últimos números, perderam 22 funcionários da missão de estabilização que tinham no terreno, já haviam anunciado também que dariam dez milhões de dólares.
À semelhança do que aconteceu com o Tsunami, na Ásia, vários outros países do mundo reagiram de imediato. A Austrália, Rússia, Canadá, Japão, Noruega, Islândia, Suíça, Israel, Venezuela, Peru, Brasil, são alguns dos países, não europeus, que prometeram enviar ajuda e dinheiro para o Haiti.
Na União Europeia praticamente todos os Estados membros disponibilizaram ajuda financeira e meios de resgate, como foi o caso da Espanha, França, Reino Unido, Polónia, República Checa, Dinamarca, Holanda, Suécia, Portugal. Os espanhóis, actualmente na presidência rotativa europeia, consideram já a hipótese de enviar um avião para trazer europeus do Haiti.
A Comissão Europeia desbloqueou três milhões de euros e pondera, agora, antecipar o orçamento anual dedicado ao desenvolvimento do Haiti na ordem dos 28 milhões. Na segunda-
-feira, a nova Alta Representante da União Europeia para a Política Externa e de Segurança, Catherine Ashton, vai reunir-se com responsáveis de todos os países para coordenar e avaliar a ajuda a dar a curto, médio, longo prazo ao Haiti.
A chefe da diplomacia europeia conta deslocar-se a Washington na próxima semana para uma primeira reunião com a sua homóloga americana, Hillary Clinton, avançou a AFP. O Presidente da França, Nicolas Sarkozy, acaba de propor aos EUA, ao Canadá e ao Brasil a organização de uma conferência internacional sobre o Haiti.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Sismo foi 35 vezes mais forte do que bomba de Hiroshima
Sismo foi 35 vezes mais forte do que bomba de Hiroshima
por Lusa
Hoje
O sismo de 7 graus na escala de Richter que abalou o Haiti na terça-feira foi 35 vezes mais forte do que a bomba atómica lançada sobre Hiroshima no final da II Grande Guerra Mundial.
A afirmação é de Roger Searle, professor de Geofísica na Universidade de Durham, no Reino Unido, que comparou a energia libertada pelo sismo à explosão de meio milhão de toneladas de TNT.
Searle assinalou ainda que, apesar da magnitude do sismo, "a energia libertada foi uma centésima parte da do sismo que assolou Aceh, na Indonésia, em 2004".
O geofísico explicou à agência espanhola Efe que, "embora não seja possível prever a data de ocorrência de um sismo, pode saber-se onde vai ter lugar, já que a maioria se produz na junção das placas tectónicas".
"Ali, onde se encontram as placas tectónicas, cria-se uma complexa rede de falhas que permite prever qual se vai mover primeiro", explicou Searle.
De acordo com o Serviço Geológico Britânico, embora há 250 anos não se registasse um terramoto no Haiti, "sob o território há uma rede de falhas, que o tornam susceptível", sustentou ainda.
Searle assinalou que todos os anos ocorrem, no mundo, 50 sismos com a mesma magnitude do que o que assolou o Haiti, embora não causem um tão elevado grau de destruição e morte por terem lugar longe de zonas densamente povoadas ou em lugares próximos às placas tectónicas, onde a construção é mais sólida, como no Japão ou na Califórnia (EUA).
O investigador considerou que a reconstrução de infra-estruturas como estradas, o abastecimento de água e energia, o restabelecimento das comunicações e a construção de hospitais são alguns dos "grandes problemas" com que o Haiti agora se depara.
In DN
por Lusa
Hoje
O sismo de 7 graus na escala de Richter que abalou o Haiti na terça-feira foi 35 vezes mais forte do que a bomba atómica lançada sobre Hiroshima no final da II Grande Guerra Mundial.
A afirmação é de Roger Searle, professor de Geofísica na Universidade de Durham, no Reino Unido, que comparou a energia libertada pelo sismo à explosão de meio milhão de toneladas de TNT.
Searle assinalou ainda que, apesar da magnitude do sismo, "a energia libertada foi uma centésima parte da do sismo que assolou Aceh, na Indonésia, em 2004".
O geofísico explicou à agência espanhola Efe que, "embora não seja possível prever a data de ocorrência de um sismo, pode saber-se onde vai ter lugar, já que a maioria se produz na junção das placas tectónicas".
"Ali, onde se encontram as placas tectónicas, cria-se uma complexa rede de falhas que permite prever qual se vai mover primeiro", explicou Searle.
De acordo com o Serviço Geológico Britânico, embora há 250 anos não se registasse um terramoto no Haiti, "sob o território há uma rede de falhas, que o tornam susceptível", sustentou ainda.
Searle assinalou que todos os anos ocorrem, no mundo, 50 sismos com a mesma magnitude do que o que assolou o Haiti, embora não causem um tão elevado grau de destruição e morte por terem lugar longe de zonas densamente povoadas ou em lugares próximos às placas tectónicas, onde a construção é mais sólida, como no Japão ou na Califórnia (EUA).
O investigador considerou que a reconstrução de infra-estruturas como estradas, o abastecimento de água e energia, o restabelecimento das comunicações e a construção de hospitais são alguns dos "grandes problemas" com que o Haiti agora se depara.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Brasileiros denunciam: ONU no Haiti está a ajudar os ricos
Brasileiros denunciam: ONU no Haiti está a ajudar os ricos
por Tatiana Vaz
Hoje
Segundo investigadores brasileiros no Haiti, a capital Port-au-Prince está caótica e os haitianos foram abandonados pela missão da ONU naquele país, a Minustah, que terá dado prioridade ao resgate de "ricos hóspedes estrangeiros" que estavam nos "hotéis de luxo" da cidade.
O blogue dos investigadores da Unicamp no Haiti (Universidade Estadual de Campinas, Brasil) denunciou na terça-feira o abandono da população daquele país depois do sismo de grande intensidade que assolou a capital, Port-au-Prince, no passado dia 12, segunda-feira.
De acordo com o relato de Otávio Calegari Jorge, um dos autores do blogue, "o povo haitiano está se perguntando mais do que nunca: onde está a Minustah [Missão da ONU no Haiti] quando precisamos dela?" Otávio é categórico: "Posso responder a essa pergunta: a Minustah está removendo os escombros dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos hóspedes estrangeiros."
O autor do blogue diz ainda que não é "contra qualquer medida nesse sentido" até porque é "estrangeiro e branco" e também poderia necessitar de apoio da ONU. Otávio prevê um desfecho trágico e acredita que "o povo haitiano será o último a ser atendido, se possível. O que vimos pela cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados."
Otávio Jorge sustenta ainda que a situação no Haiti "foi muito mais do que um forte terramoto. Foi a destruição do centro de um país sempre renegado pelo mundo." Além de denunciar o resgate privilegiado dos turistas nos hotéis de luxo, o autor do blogue faz denúncias graves sobre o papel da ONU no Haiti, mesmo antes do terramoto.
"A ONU gasta meio milhão de dólares por ano a fazer do Haiti um teste de guerra. Ontem pela manhã [dia 12], estivemos no (...) principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exactamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas.", acusa Otávio Jorge.
O autor do blogue sente-se incomodado com a "ânsia por tragédias dos media brasileiros e internacionais" e elogia ainda, no post, a atitude da fotógrafa da Unicamp que se recusa a fotografar a morte e a destruição na capital haitiana.
"Exemplo indescritível de civismo e ajuda"
Ontem, dia 14, outro dos autores do blogue, Rodrigo Bulamah, elogiava "um exemplo indescritível de civismo e ajuda." Para Rodrigo, "não há o caos, como parte dos jornalistas que nos procuram querem ouvir."
Rodrigo diz que viu "um acampamento imenso" com "pessoas organizadas, fazendo comida, tomando banho, lavando roupa", dois dias depois do terramoto. Depois, denuncia também: "Nem sinal da ajuda internacional que enche a boca de tantas autoridades. Espera-se o espectáculo da destruição para depois chegar ao espectáculo da cooperação internacional."
O autor conta ainda que "as pessoas estão removendo escombros das próprias casas e da vizinhança" e que os médicos haitianos estão a fazer "trabalho de formiga"; "algumas ONG, como a Médicos Sem Fronteiras e o Viva Rio, estão fazendo o possível para receber a população atingida", acrescenta.
No mesmo dia, outro dos autores do blogue, Daniel Santos, pergunta por que razão "os 1300 soldados brasileiros não saíram à rua para ajudar a população até agora". "48 horas depois do desastre eu fico com a impressão de que a Minustah só está preocupada com o pessoal da ONU, e nunca esteve no Haiti para ajudar o povo haitiano", confessa.
Balanço da tragédia e resposta da comunidade internacional
Apesar destas denúncias de investigadores brasileiros no Haiti, pouco depois do sismo a comunidade internacional e muitas Organizações Não Governamentais (ONGs) começaram a anunciar apoios e a mobilizar-se para ajudar as vítimas do sismo. O FMI e os Estados Unidos da América, principal credor do Haiti, anunciaram ajudas de 100 milhões de dólares cada. A União Europeia e países como Espanha, França, Venezuela ou China também vão ajudar, com dinheiro, equipas de resgate, cães farejadores, equipamento médico, medicamentos e bens alimentares.
As equipas de resgate e de Protecção Civil começaram ontem a chegar ao Haiti onde o último balanço dá conta de 300 mil desalojados e cerca de 50 mil mortos. As ruas de Port-au-Prince estão transformadas em morgues a céu aberto e os corpos começam a ser removidos por retroescavadoras e a ser enterrados em valas comuns, para evitar as epidemias. A assistência médica é escassa e os hospitais não conseguem responder às necessidades da população.
As informações que correm o mundo dão conta de vítimas e desaparecidos de várias nacionalidades - existem, por exemplo 1400 franceses no Haiti, 1200 dos quais na capital. A sede da missão da ONU no Haiti ficou completamente destruída e morreram pelo menos 14 capacetes azuis brasileiros, dos mais de 1200 destacados no país.
O blogue dos investigadores da Unicamp no Haiti foi um dos primeiros canais de transmissão de informações sobre a catástrofe que assolou o Haiti no dia 12 - um sismo de 7.0 na escala de Richter que destruiu mais de 10% da capital daquele país, Port-au-Prince. O terramoto teve uma intensidade equivalente a 35 vezes a da bomba atómica lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima no final da II Guerra Mundial. Quem o diz é Roger Searle, professor de Geofísica na Universidade de Durham, no Reino Unido, que comparou a energia libertada pelo sismo à explosão de meio milhão de toneladas de TNT.
In DN
por Tatiana Vaz
Hoje
Segundo investigadores brasileiros no Haiti, a capital Port-au-Prince está caótica e os haitianos foram abandonados pela missão da ONU naquele país, a Minustah, que terá dado prioridade ao resgate de "ricos hóspedes estrangeiros" que estavam nos "hotéis de luxo" da cidade.
O blogue dos investigadores da Unicamp no Haiti (Universidade Estadual de Campinas, Brasil) denunciou na terça-feira o abandono da população daquele país depois do sismo de grande intensidade que assolou a capital, Port-au-Prince, no passado dia 12, segunda-feira.
De acordo com o relato de Otávio Calegari Jorge, um dos autores do blogue, "o povo haitiano está se perguntando mais do que nunca: onde está a Minustah [Missão da ONU no Haiti] quando precisamos dela?" Otávio é categórico: "Posso responder a essa pergunta: a Minustah está removendo os escombros dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos hóspedes estrangeiros."
O autor do blogue diz ainda que não é "contra qualquer medida nesse sentido" até porque é "estrangeiro e branco" e também poderia necessitar de apoio da ONU. Otávio prevê um desfecho trágico e acredita que "o povo haitiano será o último a ser atendido, se possível. O que vimos pela cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados."
Otávio Jorge sustenta ainda que a situação no Haiti "foi muito mais do que um forte terramoto. Foi a destruição do centro de um país sempre renegado pelo mundo." Além de denunciar o resgate privilegiado dos turistas nos hotéis de luxo, o autor do blogue faz denúncias graves sobre o papel da ONU no Haiti, mesmo antes do terramoto.
"A ONU gasta meio milhão de dólares por ano a fazer do Haiti um teste de guerra. Ontem pela manhã [dia 12], estivemos no (...) principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exactamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas.", acusa Otávio Jorge.
O autor do blogue sente-se incomodado com a "ânsia por tragédias dos media brasileiros e internacionais" e elogia ainda, no post, a atitude da fotógrafa da Unicamp que se recusa a fotografar a morte e a destruição na capital haitiana.
"Exemplo indescritível de civismo e ajuda"
Ontem, dia 14, outro dos autores do blogue, Rodrigo Bulamah, elogiava "um exemplo indescritível de civismo e ajuda." Para Rodrigo, "não há o caos, como parte dos jornalistas que nos procuram querem ouvir."
Rodrigo diz que viu "um acampamento imenso" com "pessoas organizadas, fazendo comida, tomando banho, lavando roupa", dois dias depois do terramoto. Depois, denuncia também: "Nem sinal da ajuda internacional que enche a boca de tantas autoridades. Espera-se o espectáculo da destruição para depois chegar ao espectáculo da cooperação internacional."
O autor conta ainda que "as pessoas estão removendo escombros das próprias casas e da vizinhança" e que os médicos haitianos estão a fazer "trabalho de formiga"; "algumas ONG, como a Médicos Sem Fronteiras e o Viva Rio, estão fazendo o possível para receber a população atingida", acrescenta.
No mesmo dia, outro dos autores do blogue, Daniel Santos, pergunta por que razão "os 1300 soldados brasileiros não saíram à rua para ajudar a população até agora". "48 horas depois do desastre eu fico com a impressão de que a Minustah só está preocupada com o pessoal da ONU, e nunca esteve no Haiti para ajudar o povo haitiano", confessa.
Balanço da tragédia e resposta da comunidade internacional
Apesar destas denúncias de investigadores brasileiros no Haiti, pouco depois do sismo a comunidade internacional e muitas Organizações Não Governamentais (ONGs) começaram a anunciar apoios e a mobilizar-se para ajudar as vítimas do sismo. O FMI e os Estados Unidos da América, principal credor do Haiti, anunciaram ajudas de 100 milhões de dólares cada. A União Europeia e países como Espanha, França, Venezuela ou China também vão ajudar, com dinheiro, equipas de resgate, cães farejadores, equipamento médico, medicamentos e bens alimentares.
As equipas de resgate e de Protecção Civil começaram ontem a chegar ao Haiti onde o último balanço dá conta de 300 mil desalojados e cerca de 50 mil mortos. As ruas de Port-au-Prince estão transformadas em morgues a céu aberto e os corpos começam a ser removidos por retroescavadoras e a ser enterrados em valas comuns, para evitar as epidemias. A assistência médica é escassa e os hospitais não conseguem responder às necessidades da população.
As informações que correm o mundo dão conta de vítimas e desaparecidos de várias nacionalidades - existem, por exemplo 1400 franceses no Haiti, 1200 dos quais na capital. A sede da missão da ONU no Haiti ficou completamente destruída e morreram pelo menos 14 capacetes azuis brasileiros, dos mais de 1200 destacados no país.
O blogue dos investigadores da Unicamp no Haiti foi um dos primeiros canais de transmissão de informações sobre a catástrofe que assolou o Haiti no dia 12 - um sismo de 7.0 na escala de Richter que destruiu mais de 10% da capital daquele país, Port-au-Prince. O terramoto teve uma intensidade equivalente a 35 vezes a da bomba atómica lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima no final da II Guerra Mundial. Quem o diz é Roger Searle, professor de Geofísica na Universidade de Durham, no Reino Unido, que comparou a energia libertada pelo sismo à explosão de meio milhão de toneladas de TNT.
In DN
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Sismo no Haiti: 50 mil mortos e 250 mil feridos
Sismo no Haiti: 50 mil mortos e 250 mil feridos
por Tatiana Vaz, com AFP
Hoje
O Governo do Haiti apresentou esta noite o balanço das consequências, ao nível de vítimas, do terramoto de 7,0 que assolou o país nesta terça-feira. O ministro da Saúde Pública, Alex Larsen, adianta que há pelo menos 50 mil mortos e 250 mil feridos. O mesmo responsável diz que meio milhão de pessoas ficaram desalojadas. Quanto aos esforços de socorro, o primeiro-ministro, Jean-Max Bellerive, revela que foram recolhidos.
O ministro da Saúde anunciou ainda mais algumas medidas para responder à catástrofe. A sede do Governo foi transferida para uma esquadra da polícia situada pelo do aeroporto da capital, Port-au-Prince.
E, tendo em conta os danos significativos que o sismo provocou nos hospitais, todos os centros desportivos vão ser transformados em clínicas temporárias, para atender os milhares de feridos.
Brasileiros denunciam: ONU no Haiti está a ajudar os ricos
Segundo investigadores brasileiros no Haiti, a capital Port-au-Prince está devastada e os haitianos foram abandonados pela missão da ONU naquele país, a Minustah, que terá dado prioridade ao resgate de "ricos hóspedes estrangeiros" que estavam nos "hotéis de luxo" da cidade.
O blogue dos investigadores da Unicamp no Haiti (Universidade Estadual de Campinas, Brasil) denunciou na terça-feira o abandono da população daquele país depois do sismo de grande intensidade que assolou a capital, Port-au-Prince, no passado dia 12, terça-feira.
De acordo com o relato de Otávio Calegari Jorge, um dos autores do blogue, "o povo haitiano está se perguntando mais do que nunca: onde está a Minustah [Missão da ONU no Haiti] quando precisamos dela?" Otávio é categórico: "Posso responder a essa pergunta: a Minustah está removendo os escombros dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos hóspedes estrangeiros."
O autor do blogue diz ainda que não é "contra qualquer medida nesse sentido" até porque é "estrangeiro e branco" e também poderia necessitar de apoio da ONU. Otávio prevê um desfecho trágico e acredita que "o povo haitiano será o último a ser atendido, se possível. O que vimos pela cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados."
Otávio Jorge sustenta ainda que a situação no Haiti "foi muito mais do que um forte terramoto. Foi a destruição do centro de um país sempre renegado pelo mundo." Além de denunciar o resgate privilegiado dos turistas nos hotéis de luxo, o autor do blogue faz denúncias graves sobre o papel da ONU no Haiti, mesmo antes do terramoto.
"A ONU gasta meio milhão de dólares por ano a fazer do Haiti um teste de guerra. Ontem pela manhã [dia 12], estivemos no (...) principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exactamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas.", acusa Otávio Jorge.
O autor do blogue sente-se incomodado com a "ânsia por tragédias dos media brasileiros e internacionais" e elogia ainda, no post, a atitude da fotógrafa da Unicamp que se recusa a fotografar a morte e a destruição na capital haitiana.
"Exemplo indescritível de civismo e ajuda"
Ontem, dia 14, outro dos autores do blogue, Rodrigo Bulamah, elogiava "um exemplo indescritível de civismo e ajuda." Para Rodrigo, "não há o caos, como parte dos jornalistas que nos procuram querem ouvir."
Rodrigo diz que viu "um acampamento imenso" com "pessoas organizadas, fazendo comida, tomando banho, lavando roupa", dois dias depois do terramoto. Depois, denuncia também: "Nem sinal da ajuda internacional que enche a boca de tantas autoridades. Espera-se o espectáculo da destruição para depois chegar ao espectáculo da cooperação internacional."
O autor conta ainda que "as pessoas estão removendo escombros das próprias casas e da vizinhança" e que os médicos haitianos estão a fazer "trabalho de formiga"; "algumas ONG, como a Médicos Sem Fronteiras e o Viva Rio, estão fazendo o possível para receber a população atingida", acrescenta.
No mesmo dia, outro dos autores do blogue, Daniel Santos, pergunta por que razão "os 1300 soldados brasileiros não saíram à rua para ajudar a população até agora". "48 horas depois do desastre eu fico com a impressão de que a Minustah só está preocupada com o pessoal da ONU, e nunca esteve no Haiti para ajudar o povo haitiano", confessa.
Balanço da tragédia e resposta da comunidade internacional
Apesar destas denúncias de investigadores brasileiros no Haiti, pouco depois do sismo a comunidade internacional e muitas Organizações Não Governamentais (ONGs) começaram a anunciar apoios e a mobilizar-se para ajudar as vítimas do sismo. O FMI e os Estados Unidos da América, principal credor do Haiti, anunciaram ajudas de 100 milhões de dólares cada. A União Europeia e países como Espanha, França, Venezuela ou China também vão ajudar, com dinheiro, equipas de resgate, cães farejadores, equipamento médico, medicamentos e bens alimentares.
As equipas de resgate e de Protecção Civil começaram ontem a chegar ao Haiti onde o último balanço dá conta de 300 mil desalojados e cerca de 50 mil mortos e 250 mil feridos. As ruas de Port-au-Prince estão transformadas em morgues a céu aberto e os corpos começam a ser removidos por retroescavadoras e a ser enterrados em valas comuns, para evitar as epidemias. A assistência médica é escassa e os hospitais não conseguem responder às necessidades da população.
As informações que correm o mundo dão conta de vítimas e desaparecidos de várias nacionalidades - existem, por exemplo 1400 franceses no Haiti, 1200 dos quais na capital. A sede da missão da ONU no Haiti ficou completamente destruída e morreram pelo menos 14 capacetes azuis brasileiros, dos mais de 1200 destacados no país.
O blogue dos investigadores da Unicamp no Haiti foi um dos primeiros canais de transmissão de informações sobre a catástrofe que assolou o Haiti no dia 12 - um sismo de 7.0 na escala de Richter que destruiu mais de 10% da capital daquele país, Port-au-Prince. O terramoto teve uma intensidade equivalente a 35 vezes a da bomba atómica lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima no final da II Guerra Mundial. Quem o diz é Roger Searle, professor de Geofísica na Universidade de Durham, no Reino Unido, que comparou a energia libertada pelo sismo à explosão de meio milhão de toneladas de TNT.
In DN
por Tatiana Vaz, com AFP
Hoje
O Governo do Haiti apresentou esta noite o balanço das consequências, ao nível de vítimas, do terramoto de 7,0 que assolou o país nesta terça-feira. O ministro da Saúde Pública, Alex Larsen, adianta que há pelo menos 50 mil mortos e 250 mil feridos. O mesmo responsável diz que meio milhão de pessoas ficaram desalojadas. Quanto aos esforços de socorro, o primeiro-ministro, Jean-Max Bellerive, revela que foram recolhidos.
O ministro da Saúde anunciou ainda mais algumas medidas para responder à catástrofe. A sede do Governo foi transferida para uma esquadra da polícia situada pelo do aeroporto da capital, Port-au-Prince.
E, tendo em conta os danos significativos que o sismo provocou nos hospitais, todos os centros desportivos vão ser transformados em clínicas temporárias, para atender os milhares de feridos.
Brasileiros denunciam: ONU no Haiti está a ajudar os ricos
Segundo investigadores brasileiros no Haiti, a capital Port-au-Prince está devastada e os haitianos foram abandonados pela missão da ONU naquele país, a Minustah, que terá dado prioridade ao resgate de "ricos hóspedes estrangeiros" que estavam nos "hotéis de luxo" da cidade.
O blogue dos investigadores da Unicamp no Haiti (Universidade Estadual de Campinas, Brasil) denunciou na terça-feira o abandono da população daquele país depois do sismo de grande intensidade que assolou a capital, Port-au-Prince, no passado dia 12, terça-feira.
De acordo com o relato de Otávio Calegari Jorge, um dos autores do blogue, "o povo haitiano está se perguntando mais do que nunca: onde está a Minustah [Missão da ONU no Haiti] quando precisamos dela?" Otávio é categórico: "Posso responder a essa pergunta: a Minustah está removendo os escombros dos hotéis de luxo onde se hospedavam ricos hóspedes estrangeiros."
O autor do blogue diz ainda que não é "contra qualquer medida nesse sentido" até porque é "estrangeiro e branco" e também poderia necessitar de apoio da ONU. Otávio prevê um desfecho trágico e acredita que "o povo haitiano será o último a ser atendido, se possível. O que vimos pela cidade hoje e o que ouvimos dos haitianos é: estamos abandonados."
Otávio Jorge sustenta ainda que a situação no Haiti "foi muito mais do que um forte terramoto. Foi a destruição do centro de um país sempre renegado pelo mundo." Além de denunciar o resgate privilegiado dos turistas nos hotéis de luxo, o autor do blogue faz denúncias graves sobre o papel da ONU no Haiti, mesmo antes do terramoto.
"A ONU gasta meio milhão de dólares por ano a fazer do Haiti um teste de guerra. Ontem pela manhã [dia 12], estivemos no (...) principal Batalhão Brasileiro da Minustah. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exactamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas.", acusa Otávio Jorge.
O autor do blogue sente-se incomodado com a "ânsia por tragédias dos media brasileiros e internacionais" e elogia ainda, no post, a atitude da fotógrafa da Unicamp que se recusa a fotografar a morte e a destruição na capital haitiana.
"Exemplo indescritível de civismo e ajuda"
Ontem, dia 14, outro dos autores do blogue, Rodrigo Bulamah, elogiava "um exemplo indescritível de civismo e ajuda." Para Rodrigo, "não há o caos, como parte dos jornalistas que nos procuram querem ouvir."
Rodrigo diz que viu "um acampamento imenso" com "pessoas organizadas, fazendo comida, tomando banho, lavando roupa", dois dias depois do terramoto. Depois, denuncia também: "Nem sinal da ajuda internacional que enche a boca de tantas autoridades. Espera-se o espectáculo da destruição para depois chegar ao espectáculo da cooperação internacional."
O autor conta ainda que "as pessoas estão removendo escombros das próprias casas e da vizinhança" e que os médicos haitianos estão a fazer "trabalho de formiga"; "algumas ONG, como a Médicos Sem Fronteiras e o Viva Rio, estão fazendo o possível para receber a população atingida", acrescenta.
No mesmo dia, outro dos autores do blogue, Daniel Santos, pergunta por que razão "os 1300 soldados brasileiros não saíram à rua para ajudar a população até agora". "48 horas depois do desastre eu fico com a impressão de que a Minustah só está preocupada com o pessoal da ONU, e nunca esteve no Haiti para ajudar o povo haitiano", confessa.
Balanço da tragédia e resposta da comunidade internacional
Apesar destas denúncias de investigadores brasileiros no Haiti, pouco depois do sismo a comunidade internacional e muitas Organizações Não Governamentais (ONGs) começaram a anunciar apoios e a mobilizar-se para ajudar as vítimas do sismo. O FMI e os Estados Unidos da América, principal credor do Haiti, anunciaram ajudas de 100 milhões de dólares cada. A União Europeia e países como Espanha, França, Venezuela ou China também vão ajudar, com dinheiro, equipas de resgate, cães farejadores, equipamento médico, medicamentos e bens alimentares.
As equipas de resgate e de Protecção Civil começaram ontem a chegar ao Haiti onde o último balanço dá conta de 300 mil desalojados e cerca de 50 mil mortos e 250 mil feridos. As ruas de Port-au-Prince estão transformadas em morgues a céu aberto e os corpos começam a ser removidos por retroescavadoras e a ser enterrados em valas comuns, para evitar as epidemias. A assistência médica é escassa e os hospitais não conseguem responder às necessidades da população.
As informações que correm o mundo dão conta de vítimas e desaparecidos de várias nacionalidades - existem, por exemplo 1400 franceses no Haiti, 1200 dos quais na capital. A sede da missão da ONU no Haiti ficou completamente destruída e morreram pelo menos 14 capacetes azuis brasileiros, dos mais de 1200 destacados no país.
O blogue dos investigadores da Unicamp no Haiti foi um dos primeiros canais de transmissão de informações sobre a catástrofe que assolou o Haiti no dia 12 - um sismo de 7.0 na escala de Richter que destruiu mais de 10% da capital daquele país, Port-au-Prince. O terramoto teve uma intensidade equivalente a 35 vezes a da bomba atómica lançada sobre a cidade japonesa de Hiroshima no final da II Guerra Mundial. Quem o diz é Roger Searle, professor de Geofísica na Universidade de Durham, no Reino Unido, que comparou a energia libertada pelo sismo à explosão de meio milhão de toneladas de TNT.
In DN
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Violência domina Port-au-Prince
Violência domina Port-au-Prince
por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje
Pilhagens. Assaltos e roubos estão a tornar-se recorrentes na capital haitiana - visitada hoje por Hillary Clinton
Os Estados Unidos vão colocar no Haiti cerca de dez mil militares até ao início da próxima semana, sinal que Washington teme a deterioração da segurança resultante do "desespero" das populações locais. Aquele "pode transformar-se em violência", advertia ontem o secretário da Defesa, Robert Gates.
Embora Gates considerasse "aceitável" a situação de segurança em Port-au-Prince, avisou que "da rápida distribuição de água e comida" irá depender a estabilidade neste país das Caraíbas.
O Presidente Barack Obama acentuou a possibilidade de deterioração da situação no Haiti, afirmando ontem, na terceira intervenção sobre a crise, que os haitianos "vão viver muitos dias difíceis". Sinal da importância que a Casa Branca concede à situação, Hillary Clinton visita hoje Port-au-Prince.
Inicialmente, os EUA tinham anunciado a deslocação de 2000 marines e 3500 efectivos da 82.ª Divisão Aerotransportada para colaborarem com os cerca de sete mil militares e dois mil polícias da missão da ONU presente no Haiti desde 2004. Todos estes efectivos receberam ordem para se concentrarem na capital numa tentativa de estabilizar a situação.
O reforço americano deixa antever a degradação da situação, o que é confirmado pelos relatos que chegavam da capital haitiana. "Andam a pilhar tudo", dizia um habitante, que descrevia como jovens com machados e catanas se deslocavam à noite entre os destroços, ameaçando os que encontravam pelo caminho, retirando-lhes o que tivessem consigo.
As pilhagens estavam a tornar-se comuns em Port-au-Prince, com os habitantes a tentarem obter alimentos, envolvendo-se depois em rixas pela sua posse. Foram assaltados os armazéns do Programa Alimentar Mundial (PAM), mas a dimensão do roubo teria sido reduzida.
"As pessoas têm fome, têm sede. Estão entregues a si próprias. As coisas estão a tornar-se muito perigosas", dizia um elemento de uma ONG adventista.
Este estado de coisas provoca gestos macabros da população, que estaria a erguer barricadas de cadáveres e entulho como forma de protesto pela lentidão das operações de salvamento e de distribuição de alimentos.
O número de vítimas subia para 40 mil mortos confirmados, situando-se o número final perto dos 100 mil, de acordo com o governo. Os feridos poderão atingir os 250 mil. Mais de 1,5 milhões de pessoas ficaram sem casa. Continuam por encontrar milhares.
"As pessoas não podem cozinhar, não têm água nem gás nem com que cozinhar", explicava um porta-voz do Programa Alimentar Mundial (PAM). Também por isto, as fogueiras são agora uma presença quase constante nas ruas de Port-au-Prince. Os fogos servem para preparar refeições improvisadas e também para queimar cadáveres; durante a noite, são um dos raros pontos de claridade que se descortina na cidade.
As primeiras acções de distribuição de alimentos e água começaram ontem na capital, envolvendo militares americanos e elementos de ONG e do PAM, ao mesmo tempo que a população da cidade se insurgia contra a ausência de qualquer acção dos responsáveis governamentais.
Prosseguem as buscas para encontrar sobreviventes nos escombros, tendo sido retirados ainda algumas pessoas com vida. No que resta dos hospitais, são os próprios familiares que improvisam os cuidados às vítimas.
Pouco se sabe do Governo, só que este se transferiu para um comissariado de polícia junto ao aeroporto. É neste - cuja segurança está a cargo de forças americanas - que se encontra o Presidente René Preval.
In DN
por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje
Pilhagens. Assaltos e roubos estão a tornar-se recorrentes na capital haitiana - visitada hoje por Hillary Clinton
Os Estados Unidos vão colocar no Haiti cerca de dez mil militares até ao início da próxima semana, sinal que Washington teme a deterioração da segurança resultante do "desespero" das populações locais. Aquele "pode transformar-se em violência", advertia ontem o secretário da Defesa, Robert Gates.
Embora Gates considerasse "aceitável" a situação de segurança em Port-au-Prince, avisou que "da rápida distribuição de água e comida" irá depender a estabilidade neste país das Caraíbas.
O Presidente Barack Obama acentuou a possibilidade de deterioração da situação no Haiti, afirmando ontem, na terceira intervenção sobre a crise, que os haitianos "vão viver muitos dias difíceis". Sinal da importância que a Casa Branca concede à situação, Hillary Clinton visita hoje Port-au-Prince.
Inicialmente, os EUA tinham anunciado a deslocação de 2000 marines e 3500 efectivos da 82.ª Divisão Aerotransportada para colaborarem com os cerca de sete mil militares e dois mil polícias da missão da ONU presente no Haiti desde 2004. Todos estes efectivos receberam ordem para se concentrarem na capital numa tentativa de estabilizar a situação.
O reforço americano deixa antever a degradação da situação, o que é confirmado pelos relatos que chegavam da capital haitiana. "Andam a pilhar tudo", dizia um habitante, que descrevia como jovens com machados e catanas se deslocavam à noite entre os destroços, ameaçando os que encontravam pelo caminho, retirando-lhes o que tivessem consigo.
As pilhagens estavam a tornar-se comuns em Port-au-Prince, com os habitantes a tentarem obter alimentos, envolvendo-se depois em rixas pela sua posse. Foram assaltados os armazéns do Programa Alimentar Mundial (PAM), mas a dimensão do roubo teria sido reduzida.
"As pessoas têm fome, têm sede. Estão entregues a si próprias. As coisas estão a tornar-se muito perigosas", dizia um elemento de uma ONG adventista.
Este estado de coisas provoca gestos macabros da população, que estaria a erguer barricadas de cadáveres e entulho como forma de protesto pela lentidão das operações de salvamento e de distribuição de alimentos.
O número de vítimas subia para 40 mil mortos confirmados, situando-se o número final perto dos 100 mil, de acordo com o governo. Os feridos poderão atingir os 250 mil. Mais de 1,5 milhões de pessoas ficaram sem casa. Continuam por encontrar milhares.
"As pessoas não podem cozinhar, não têm água nem gás nem com que cozinhar", explicava um porta-voz do Programa Alimentar Mundial (PAM). Também por isto, as fogueiras são agora uma presença quase constante nas ruas de Port-au-Prince. Os fogos servem para preparar refeições improvisadas e também para queimar cadáveres; durante a noite, são um dos raros pontos de claridade que se descortina na cidade.
As primeiras acções de distribuição de alimentos e água começaram ontem na capital, envolvendo militares americanos e elementos de ONG e do PAM, ao mesmo tempo que a população da cidade se insurgia contra a ausência de qualquer acção dos responsáveis governamentais.
Prosseguem as buscas para encontrar sobreviventes nos escombros, tendo sido retirados ainda algumas pessoas com vida. No que resta dos hospitais, são os próprios familiares que improvisam os cuidados às vítimas.
Pouco se sabe do Governo, só que este se transferiu para um comissariado de polícia junto ao aeroporto. É neste - cuja segurança está a cargo de forças americanas - que se encontra o Presidente René Preval.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Haiti
Sismo no Haiti: MNE espanhol recebe primeiros cidadãos retirados do Haiti, entre eles três portugueses
16 Janeiro 2010
http://dn.sapo.pt/galerias/videos/?content_id=1471680&seccao=Globo
16 Janeiro 2010
http://dn.sapo.pt/galerias/videos/?content_id=1471680&seccao=Globo
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Haitianos fogem da capital entre o medo e a morte
Haitianos fogem da capital entre o medo e a morte
por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje
Na ânsia de libertar a cidade dos cadáveres, algumas pessoas ainda com vida estão a ser lançadas nas valas comuns. Aeroporto está transformado num 'pesadelo logístico'
Uma forte réplica do sismo que destruiu na passada terça-feira Port-au-Prince fez-se sentir ontem na capital haitiana, forçando a interrupção das operações de busca e acentuando o clima de pânico que cresce na cidade.
Com a intensidade de 4.5 graus na escala de Richter, o novo abalo acelerou o movimento de abandono de milhares e milhares de pessoas, que deixam Port-au-Prince para escaparem às pilhagens, à falta de alimentos e água, ao medo da morte. Mas a realidade que os aguarda no resto do país não é muito diferente do cenário de catástrofe que deixam para trás.
O balanço de vítimas até ontem ultrapassava os 50 mil mortos, segundo a Cruz Vermelha Internacional, com os feridos a situarem-se entre os 250 mil e 270 mil. Os desalojados serão cerca de 1,5 milhões, afirmou ontem o primeiro-ministro, Jean-Max Bellerive. Segundo Bellerive, foram enterrados 15 mil mortos. Outros números referiam 40 mil corpos lançados às valas comuns.
A estimativa mais recente para o número final de vítimas situava-se acima das cem mil.
Notícias sobre o resto do território haitiano, agora que se iniciam operações de busca noutras localidades, indicam que o grau de destruição é equivalente ou superior ao verificado na capital. Aqui, à medida que se intensifica o êxodo e se recolhem os cadáveres, um estranho silêncio convive com "o odor da morte", declarava às agências uma haitiana que abandonava Port-au-Prince com o marido e os quatro filhos do casal. "Não recebemos qualquer ajuda e não quero as minhas crianças a viverem como animais".
A decisão desta família de deixar a cidade surgia como a mais razoável num momento em que camiões continuavam a percorrer as ruas para recolher os mortos.
Estes são levados para valas comuns, em especial nas colinas dos subúrbios, onde se misturam com roupas e madeiras que irão servir de combustível. Moscas e mosquitos rondam por perto, enquanto não são ateados os fogos.
No principal cemitério da cidade, continuam a afluir os corpos, alguns deixados entre jazigos semidestruídos e sepulturas escancaradas por efeito do sismo.
Uma enorme cratera estava ontem quase a transbordar de corpos: homens, mulheres e crianças - e uma mulher em estado avançado de gravidez. Dizia um dos guardas do cemitério: "alguns até podem estar vivos quando aqui chegam", mas feridos e sem a possibilidade de tratamento, a morte acabaria por chegar.
Prosseguia entretanto a distribuição de alimentos, feita em regra sob forte escolta. Grupos de haitianos armados têm assaltado alguns dos comboios de ajuda.
Para prevenir esta situação, o exército americano começou a distribuir rações a partir de helicópteros. Os pacotes foram lançados a baixa altitude sobre o relvado um estádio de futebol em Port-au-Prince. De imediato, no solo desencadearam-se entre os desalojados, que lutavam de machados, barras de metal ou qualquer outro objecto contundente pela posse dos alimentos.
Se as operações de busca e resgate decorrem normalmente, o mesmo não se pode dizer da gestão da ajuda humanitária canalizada para o aeroporto de Port-au-Prince. Entregue aos EUA a gestão do aeroporto, esta estava ontem sob crítica. "Existem problemas de coordenação", referia um responsável haitiano que dirige um comité encarregado da distribuição da água e de alimentos.
"Está tudo a chegar ao aeroporto, mas não há nada preparado para a armazenagem e distribuição", queixava-se Kate Conradt, da ONG Save The Children. Opinião partilhada por uma porta-voz da ONU: "É o caos. É um verdadeiro pesadelo logístico a situação", devido às limitadas capacidades do aeroporto.
Estes desenvolvimentos originaram ontem um momento de atrito entre Washington e Paris, ainda que, posteriormente, a diplomacia francesa tenha desmentido qualquer divergência. "A coordenação de ajuda ao Haiti foi objecto de contactos telefónicos entre os Presidentes Nicolas Sarkozy e Barack Obama", dizia ao final do dia um porta-voz do Chefe do Estado francês.
In DN
por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje
Na ânsia de libertar a cidade dos cadáveres, algumas pessoas ainda com vida estão a ser lançadas nas valas comuns. Aeroporto está transformado num 'pesadelo logístico'
Uma forte réplica do sismo que destruiu na passada terça-feira Port-au-Prince fez-se sentir ontem na capital haitiana, forçando a interrupção das operações de busca e acentuando o clima de pânico que cresce na cidade.
Com a intensidade de 4.5 graus na escala de Richter, o novo abalo acelerou o movimento de abandono de milhares e milhares de pessoas, que deixam Port-au-Prince para escaparem às pilhagens, à falta de alimentos e água, ao medo da morte. Mas a realidade que os aguarda no resto do país não é muito diferente do cenário de catástrofe que deixam para trás.
O balanço de vítimas até ontem ultrapassava os 50 mil mortos, segundo a Cruz Vermelha Internacional, com os feridos a situarem-se entre os 250 mil e 270 mil. Os desalojados serão cerca de 1,5 milhões, afirmou ontem o primeiro-ministro, Jean-Max Bellerive. Segundo Bellerive, foram enterrados 15 mil mortos. Outros números referiam 40 mil corpos lançados às valas comuns.
A estimativa mais recente para o número final de vítimas situava-se acima das cem mil.
Notícias sobre o resto do território haitiano, agora que se iniciam operações de busca noutras localidades, indicam que o grau de destruição é equivalente ou superior ao verificado na capital. Aqui, à medida que se intensifica o êxodo e se recolhem os cadáveres, um estranho silêncio convive com "o odor da morte", declarava às agências uma haitiana que abandonava Port-au-Prince com o marido e os quatro filhos do casal. "Não recebemos qualquer ajuda e não quero as minhas crianças a viverem como animais".
A decisão desta família de deixar a cidade surgia como a mais razoável num momento em que camiões continuavam a percorrer as ruas para recolher os mortos.
Estes são levados para valas comuns, em especial nas colinas dos subúrbios, onde se misturam com roupas e madeiras que irão servir de combustível. Moscas e mosquitos rondam por perto, enquanto não são ateados os fogos.
No principal cemitério da cidade, continuam a afluir os corpos, alguns deixados entre jazigos semidestruídos e sepulturas escancaradas por efeito do sismo.
Uma enorme cratera estava ontem quase a transbordar de corpos: homens, mulheres e crianças - e uma mulher em estado avançado de gravidez. Dizia um dos guardas do cemitério: "alguns até podem estar vivos quando aqui chegam", mas feridos e sem a possibilidade de tratamento, a morte acabaria por chegar.
Prosseguia entretanto a distribuição de alimentos, feita em regra sob forte escolta. Grupos de haitianos armados têm assaltado alguns dos comboios de ajuda.
Para prevenir esta situação, o exército americano começou a distribuir rações a partir de helicópteros. Os pacotes foram lançados a baixa altitude sobre o relvado um estádio de futebol em Port-au-Prince. De imediato, no solo desencadearam-se entre os desalojados, que lutavam de machados, barras de metal ou qualquer outro objecto contundente pela posse dos alimentos.
Se as operações de busca e resgate decorrem normalmente, o mesmo não se pode dizer da gestão da ajuda humanitária canalizada para o aeroporto de Port-au-Prince. Entregue aos EUA a gestão do aeroporto, esta estava ontem sob crítica. "Existem problemas de coordenação", referia um responsável haitiano que dirige um comité encarregado da distribuição da água e de alimentos.
"Está tudo a chegar ao aeroporto, mas não há nada preparado para a armazenagem e distribuição", queixava-se Kate Conradt, da ONG Save The Children. Opinião partilhada por uma porta-voz da ONU: "É o caos. É um verdadeiro pesadelo logístico a situação", devido às limitadas capacidades do aeroporto.
Estes desenvolvimentos originaram ontem um momento de atrito entre Washington e Paris, ainda que, posteriormente, a diplomacia francesa tenha desmentido qualquer divergência. "A coordenação de ajuda ao Haiti foi objecto de contactos telefónicos entre os Presidentes Nicolas Sarkozy e Barack Obama", dizia ao final do dia um porta-voz do Chefe do Estado francês.
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Haiti
Número de mortos pode superar 200 mil
17 de Janeiro de 2010, 18:05
O número de vítimas mortais do terramoto que, esta terça-feira, atingiu o Haiti pode superar as 200 mil. A informação foi avançada este domingo, pelo militar norte-americano que comanda a ajuda militar no país.
"Vamos ter de nos preparar para o pior", disse o tenente-general Ken Keen, subchefe do Comando Sul, ao ser questionado pelo canal ABC News sobre a possibilidade de um balanço situado entre os 150 e os 200 mil mortos.
Balanços divulgados pelo governo haitiano e agências de ajuda, após o terremoto que destruiu Port-au-Prince e outras cidades do leste do país, apontam para um número de vítimas situado entre as 50 e as 100 mil.
Numa outra entrevista à estação televisiva norte-americana Fox, Ken Keen afirmou que os militares norte-americanos distribuíram nos últimos dias mais de 70.000 garrafas de água e 130.000 cestos individuais com alimentos.
@SAPO/AFP
17 de Janeiro de 2010, 18:05
O número de vítimas mortais do terramoto que, esta terça-feira, atingiu o Haiti pode superar as 200 mil. A informação foi avançada este domingo, pelo militar norte-americano que comanda a ajuda militar no país.
"Vamos ter de nos preparar para o pior", disse o tenente-general Ken Keen, subchefe do Comando Sul, ao ser questionado pelo canal ABC News sobre a possibilidade de um balanço situado entre os 150 e os 200 mil mortos.
Balanços divulgados pelo governo haitiano e agências de ajuda, após o terremoto que destruiu Port-au-Prince e outras cidades do leste do país, apontam para um número de vítimas situado entre as 50 e as 100 mil.
Numa outra entrevista à estação televisiva norte-americana Fox, Ken Keen afirmou que os militares norte-americanos distribuíram nos últimos dias mais de 70.000 garrafas de água e 130.000 cestos individuais com alimentos.
@SAPO/AFP
ricardonunes- Pontos : 3302
Haiti: 70 mil sepultados, ajuda começa a organizar-se
Haiti: 70 mil sepultados, ajuda começa a organizar-se
por DN.PT com AFP
Hoje
No dia em que está prevista a abertura de 280 centros de acolhimento no Haiti para ajudar as vítimas do terramoto que assolou a capital, Port-au-Prince, na passada segunda-feira, é feito um novo balanço da tragédia: 70 mil mortos já foram enterrados.
Face ao caos instalado em Port-au-Prince, depois do terramoto de 7.0 graus na escala de Richter que devastou a capital do Haiti na passada segunda-feira, o Governo haitiano decretou estado de emergência até ao fim do mês e 30 dias de luto nacional.
Dia após dia, o balanço da catástrofe torna-se mais negro: até agora, 70 mil cadáveres foram enterrados em valas comuns, uma medida desesperada em prol da saúde pública, mas muito contestada por sacerdotes vuduístas. Ontem, Max Beauvoir, principal representante da religião vudu no Haiti - que se pensa ser seguida por pelo menos metade do povo haitiano -, reuniu-se com o presidente René Préval e manifestou o seu desagrado quanto à forma como as vítimas do terramoto estão a ser enterradas. À agência Reuters, Beauvoir disse: “As condições em que estas pessoas estão a ser enterradas não respeita a sua dignidade”.
Entretanto, as forças americanas no país temem que o número de mortes possa chegar aos 200 mil, mais 100 mil do que o último balanço oficial do governo haitiano. O número de feridos registados chega aos 250 mil e há pelo menos 1,5 milhões de desalojados.
Ajuda organiza-se para suprir necessidades básicas
"A vida está muito dura. Já não temos nada”, lamenta Jean Osée, de 40 anos, que acampa com a sua família num jardim do Champ-de-Mars de Port-au-Prince. Há milhares de pessoas a viver neste dormitório improvisado a dois passos do palácio presidencial, parcialmente destruído e agora símbolo de um poder haitiano decapitado pela catástrofe.
"Não temos água nem sabão. Não mudamos de roupa desde que chegámos aqui”, contou à France Presse a mulher de Jean. Daqui para a frente, a urgência está em evitar uma catástrofe sanitária: sem acesso a água potável, os riscos de uma epidemia aumentam. Um porta-aviões nuclear americano conta, em breve, fornecer água potável às populações.
280 centros de acolhimento devem abrir hoje para distribuir bens essenciais e albergar os desalojados na capital Port-au-Prince e em seis cidades vizinhas. Em média, cada um destes centros poderá acolher 500 pessoas e a sua instalação será feita em locais públicos, pátios de escolas ou igrejas. A Organização Internacional para as Migrações também manifestou hoje a vontade de instalar no Haiti um campo para acolher 100 mil desalojados.
A comunidade internacional mobilizou-se em massa para ajudar o país mais pobre do continente americano, mas as dificuldades logísticas são muitas: o aeroporto está sem capacidade de resposta ao tráfego, o porto ficou destruído e as estradas estão ocupadas por escombros. A falta de combustível é cada vez mais crítica e ameaça provocar a interrupção das comunicações móveis.
O presidente haitiano, René Préval, deverá ter hoje, na ilha de São Domingo, uma primeira reunião internacional para preparar a conferência dos países dadores, no dia 25 de Janeiro, em Montréal, no Canadá.
Ainda hoje, o Conselho de Segurança da ONU deverá ter uma reunião especial sobre o Haiti. Depois da secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton ter estado ontem no país, espera-se hoje a visita do seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, designado emissário especial da ONU para o Haiti.
Ao visitar ontem Port-au-Prince, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que esta é “a mais grave crise humanitária que o Haiti atravessa em décadas”. "Estou aqui para dizer que estou convosco. Vocês não estão sozinhos”, declarou.
Estão no terreno cerca de 40 equipas internacionais de resgate, com 1739 efectivos e 161 cães farejadores. Dos escombros, terão sido retiradas até agora cerca de 70 pessoas com vida. À medida que o tempo passa, a esperança de encontrar sobreviventes vai escasseando.
À frente das operações de socorro estarão os 12.500 militares norte-americanos que deverão chegar hoje à região. A França também deverá hoje aos seus parceiros da União Europeia o envio para o Haiti de 1000 homens da Força de Gendarmeria Europeia (EUROGENDFOR), na qual participa Portugal, para facilitar o acesso ao auxílio humanitário.
Chávez critica destacamento de militares norte-americanos
O presidente da Venezuela Hugo Chávez criticou hoje o destacamento de soldados norte-americanos no Haiti e disse que os Estados Unidos "estão a aproveitar-se de um drama para instalar as tropas americanas" naquele país.
Hugo Chávez também anunciou que vai doar 5.600 toneladas de alimentos e "todo o combustível necessário" para o Haiti.
In DN
por DN.PT com AFP
Hoje
No dia em que está prevista a abertura de 280 centros de acolhimento no Haiti para ajudar as vítimas do terramoto que assolou a capital, Port-au-Prince, na passada segunda-feira, é feito um novo balanço da tragédia: 70 mil mortos já foram enterrados.
Face ao caos instalado em Port-au-Prince, depois do terramoto de 7.0 graus na escala de Richter que devastou a capital do Haiti na passada segunda-feira, o Governo haitiano decretou estado de emergência até ao fim do mês e 30 dias de luto nacional.
Dia após dia, o balanço da catástrofe torna-se mais negro: até agora, 70 mil cadáveres foram enterrados em valas comuns, uma medida desesperada em prol da saúde pública, mas muito contestada por sacerdotes vuduístas. Ontem, Max Beauvoir, principal representante da religião vudu no Haiti - que se pensa ser seguida por pelo menos metade do povo haitiano -, reuniu-se com o presidente René Préval e manifestou o seu desagrado quanto à forma como as vítimas do terramoto estão a ser enterradas. À agência Reuters, Beauvoir disse: “As condições em que estas pessoas estão a ser enterradas não respeita a sua dignidade”.
Entretanto, as forças americanas no país temem que o número de mortes possa chegar aos 200 mil, mais 100 mil do que o último balanço oficial do governo haitiano. O número de feridos registados chega aos 250 mil e há pelo menos 1,5 milhões de desalojados.
Ajuda organiza-se para suprir necessidades básicas
"A vida está muito dura. Já não temos nada”, lamenta Jean Osée, de 40 anos, que acampa com a sua família num jardim do Champ-de-Mars de Port-au-Prince. Há milhares de pessoas a viver neste dormitório improvisado a dois passos do palácio presidencial, parcialmente destruído e agora símbolo de um poder haitiano decapitado pela catástrofe.
"Não temos água nem sabão. Não mudamos de roupa desde que chegámos aqui”, contou à France Presse a mulher de Jean. Daqui para a frente, a urgência está em evitar uma catástrofe sanitária: sem acesso a água potável, os riscos de uma epidemia aumentam. Um porta-aviões nuclear americano conta, em breve, fornecer água potável às populações.
280 centros de acolhimento devem abrir hoje para distribuir bens essenciais e albergar os desalojados na capital Port-au-Prince e em seis cidades vizinhas. Em média, cada um destes centros poderá acolher 500 pessoas e a sua instalação será feita em locais públicos, pátios de escolas ou igrejas. A Organização Internacional para as Migrações também manifestou hoje a vontade de instalar no Haiti um campo para acolher 100 mil desalojados.
A comunidade internacional mobilizou-se em massa para ajudar o país mais pobre do continente americano, mas as dificuldades logísticas são muitas: o aeroporto está sem capacidade de resposta ao tráfego, o porto ficou destruído e as estradas estão ocupadas por escombros. A falta de combustível é cada vez mais crítica e ameaça provocar a interrupção das comunicações móveis.
O presidente haitiano, René Préval, deverá ter hoje, na ilha de São Domingo, uma primeira reunião internacional para preparar a conferência dos países dadores, no dia 25 de Janeiro, em Montréal, no Canadá.
Ainda hoje, o Conselho de Segurança da ONU deverá ter uma reunião especial sobre o Haiti. Depois da secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton ter estado ontem no país, espera-se hoje a visita do seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, designado emissário especial da ONU para o Haiti.
Ao visitar ontem Port-au-Prince, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que esta é “a mais grave crise humanitária que o Haiti atravessa em décadas”. "Estou aqui para dizer que estou convosco. Vocês não estão sozinhos”, declarou.
Estão no terreno cerca de 40 equipas internacionais de resgate, com 1739 efectivos e 161 cães farejadores. Dos escombros, terão sido retiradas até agora cerca de 70 pessoas com vida. À medida que o tempo passa, a esperança de encontrar sobreviventes vai escasseando.
À frente das operações de socorro estarão os 12.500 militares norte-americanos que deverão chegar hoje à região. A França também deverá hoje aos seus parceiros da União Europeia o envio para o Haiti de 1000 homens da Força de Gendarmeria Europeia (EUROGENDFOR), na qual participa Portugal, para facilitar o acesso ao auxílio humanitário.
Chávez critica destacamento de militares norte-americanos
O presidente da Venezuela Hugo Chávez criticou hoje o destacamento de soldados norte-americanos no Haiti e disse que os Estados Unidos "estão a aproveitar-se de um drama para instalar as tropas americanas" naquele país.
Hugo Chávez também anunciou que vai doar 5.600 toneladas de alimentos e "todo o combustível necessário" para o Haiti.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Sete mil milhões de euros necessários para a reconstrução
Sete mil milhões de euros necessários para a reconstrução
por DN e AFP
Hoje
Número foi avançado pelo Presidente da República Dominicana.
O Haiti vai precisar de dez mil milhões de dólares (sete mil milhões de euros) para reerguer e reforçar as suas instituições, declarou hoje o Presidente da República Dominicana, Leonel Fernandez, numa primeira reunião dedicada a discutir a reconstrução do país devastado pelo terramoto de grau 7.
"Vimos que o Haiti poderá necessitar de dois mil milhões de dólares por ano", disse Fernandez, anfitrião da primeira reunião internacional sobre ajuda ao Haiti, realizada em Saint-Domingue.
"Falaremos de um programa a cinco anos de cerca de dez mil milhões de dólares", acrescentou, fazendo um primeiro ponto da situação, numa reunião em que participou o seu homólogo haitiano, René Preval, juntamente com representantes de vários países da região e funcionários internacionais.
Para que esta ajuda seja eficaz, é preciso "uma convergência a nível internacional" e "uma coordenação interna" para assegurar o controlo, o que passa pelo reforço da autoridade central do Haiti, avisou desde logo.
"Em primeiro lugar, a ajuda humanitária de urgência deve continuar, mas há problemas logísticos a resolver (...) É preciso que uma autoridade central no Haiti seja o chapéu do apoio que está a chegar para que a juda humanitária tenha o efeito desejado", insistiu.
Os participantes da reunião também propuseram uma avaliação do impacto económico do sismo e estabelecer uma lista de prioridades na ilha. O sismo no Haiti fez 100 mil mortos, segundo o Governo, mas os militares norte-americanos já admitem que haja o dobro. 250 mil pessoas ficaram feridas e 1,5 milhões desalojadas.
In DN
por DN e AFP
Hoje
Número foi avançado pelo Presidente da República Dominicana.
O Haiti vai precisar de dez mil milhões de dólares (sete mil milhões de euros) para reerguer e reforçar as suas instituições, declarou hoje o Presidente da República Dominicana, Leonel Fernandez, numa primeira reunião dedicada a discutir a reconstrução do país devastado pelo terramoto de grau 7.
"Vimos que o Haiti poderá necessitar de dois mil milhões de dólares por ano", disse Fernandez, anfitrião da primeira reunião internacional sobre ajuda ao Haiti, realizada em Saint-Domingue.
"Falaremos de um programa a cinco anos de cerca de dez mil milhões de dólares", acrescentou, fazendo um primeiro ponto da situação, numa reunião em que participou o seu homólogo haitiano, René Preval, juntamente com representantes de vários países da região e funcionários internacionais.
Para que esta ajuda seja eficaz, é preciso "uma convergência a nível internacional" e "uma coordenação interna" para assegurar o controlo, o que passa pelo reforço da autoridade central do Haiti, avisou desde logo.
"Em primeiro lugar, a ajuda humanitária de urgência deve continuar, mas há problemas logísticos a resolver (...) É preciso que uma autoridade central no Haiti seja o chapéu do apoio que está a chegar para que a juda humanitária tenha o efeito desejado", insistiu.
Os participantes da reunião também propuseram uma avaliação do impacto económico do sismo e estabelecer uma lista de prioridades na ilha. O sismo no Haiti fez 100 mil mortos, segundo o Governo, mas os militares norte-americanos já admitem que haja o dobro. 250 mil pessoas ficaram feridas e 1,5 milhões desalojadas.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
ONU aprova envio de 3500 homens
ONU aprova envio de 3500 homens
por Lusa
Hoje
O Conselho de Segurança da ONU aprovou hoje por unanimidade o envio de mais 3500 soldados e polícias para o Haiti para ajudar na manutenção da ordem e proteger os comboios de ajuda humanitária.
Os 15 membros do conselho, «tendo em conta as circunstâncias desastrosas e a necessidade urgente de uma resposta», ao sismo devastador de 12 de Janeiro aceitaram o pedido de envio de reforços, que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apresentou na segunda-feira.
In DN
por Lusa
Hoje
O Conselho de Segurança da ONU aprovou hoje por unanimidade o envio de mais 3500 soldados e polícias para o Haiti para ajudar na manutenção da ordem e proteger os comboios de ajuda humanitária.
Os 15 membros do conselho, «tendo em conta as circunstâncias desastrosas e a necessidade urgente de uma resposta», ao sismo devastador de 12 de Janeiro aceitaram o pedido de envio de reforços, que o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apresentou na segunda-feira.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Haiti abalado por novo sismo de 6,1 de magnitude:
Haiti abalado por novo sismo de 6,1 de magnitude:
sic.pt
55 minutos atrás 10 fontes
Um novo sismo, com magnitude de 6,1, abalou às 06h03(11h03 em Lisboa) o Haiti, tendo o epicentro sido registado a 59 km da capital, Port-au-Prince. O país está devastado devido ao terramoto do passado dia 12, com magnitude de...
sic.pt
55 minutos atrás 10 fontes
Um novo sismo, com magnitude de 6,1, abalou às 06h03(11h03 em Lisboa) o Haiti, tendo o epicentro sido registado a 59 km da capital, Port-au-Prince. O país está devastado devido ao terramoto do passado dia 12, com magnitude de...
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Haiti
Réplica de 6.1 lançou hoje o pânico na população
publicado 11:55 20 Janeiro '10
* Texto
* Vídeo
* Áudio
Várias dezenas de réplicas têm vindo a ser sentidas no Haiti desde o Terramoto que lançou o caos e a morte naquele país das Caraíbas EPA
Um forte abalo telúrico de magnitude 6.1 na escala aberta de Richter foi registado esta quarta-feira, em Port-au-Prince, cerca das 06h03 locais (11h03 em Lisboa). Não são conhecidos até ao momento danos pessoais ou materiais.
Réplica de 6.1 lançou hoje o pânico na população
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De acordo com o instituto geológico dos Estados Unidos, o sismo teve o seu epicentro a uma profundidade de 22 quilómetros. A enviada especial da RTP ao Haiti, Rosário Salgueiro, relatou em directo que a terra tremeu durante vinte segundos.
Os edifícios da capital haitiana tremeram e no acampamento onde está instalada a equipa humanitária enviada por Portugal levou as pessoas a saírem das tendas.
A capital haitiana voltou a viver momentos de pânico com os habitantes de Port-au-Prince a saíram a correr para as ruas, ao sentirem os edifícios a tremer mais uma vez.
De realçar que, desde o terramoto de grau 7.0 na escala aberta de Richter que levou a morte e o caos há uma semana ao país mais pobre do hemisfério ocidental, o país tem sido constantemente sacudido por réplicas de várias intensidades. Esta terá sido a réplica mais forte desde o terramoto.
O último balanço provisório feito pelas entidades oficiais é de 75.000 mortos, 250.00 feridos e um milhão de pessoas sem-abrigo.
Portugueses começaram a trabalharQuatro dias depois de chegarem e oito após o terramoto que devastou o Haiti, as equipas portuguesas de ajuda humanitária começam a trabalhar no hospital da Universidade de Miami instalado no Aeroporto de Port-au-Prince.
Os técnicos do INEM e da AMI vão dar apoio naquele hospital de campanha onde se encontram dezenas de vítimas do sismo.
A responsável pela equipa da emergência médica, Fátima Rato, considera ser um "cenário dantesco": "Nunca na minha vida vi tanta gente amputada".
"São duas tendas cheias de gente por todo o lado e 90 por cento dos doentes que estão ali têm fracturas ou lesões provocadas pela queda de estruturas", explicou Fátima Rato.
O INEM iniciou a sua acção de apoio no hospital na terça-feira à tarde, após reunião com os responsáveis da ONU pela área da saúde e uma visita ao local.
A equipa da AMI que seguiu também no C-130 da Força Aérea Portuguesa começa também a prestar a sua colaboração no hospital, mas será uma situação temporária, uma vez que já está em fase de conclusão um novo hospital de campanha que tem melhores condições e que fica situado mesmo ao lado do acampamento português.
À equipa das Forças Especiais de Bombeiros, os "canarinhos" cabe "dar apoio de logística à farmácia" do novo espaço médico, segundo clarificou o coordenador da equipa portuguesa, Elísio Oliveira. A equipa está desejosa de começar a trabalhar já que, como reconheceu Elísio Oliveira, o facto de estarem parados já há alguns dias "provoca stress".
A equipa humanitária portuguesa, constituída por cerca de 30 elementos, chegou no passado domingo à noite a Port-au-Prince, a bordo de um C-130 da Força Aérea Portugesa.
A missão integra elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), da Força Especial de Bombeiros, vulgarmente conhecida por "Canarinhos", do Instituto de Medicina Legal e da AMI.
O Haiti foi atingido por um violento sismo de 7,0 graus na escala de Richter, no dia 12 de Janeiro, que, de acordo com as últimas estimativas, terá provocado pelo menos 75 mil mortos, 250 mil feridos e um milhão de desalojados.
publicado 11:55 20 Janeiro '10
* Texto
* Vídeo
* Áudio
Várias dezenas de réplicas têm vindo a ser sentidas no Haiti desde o Terramoto que lançou o caos e a morte naquele país das Caraíbas EPA
Um forte abalo telúrico de magnitude 6.1 na escala aberta de Richter foi registado esta quarta-feira, em Port-au-Prince, cerca das 06h03 locais (11h03 em Lisboa). Não são conhecidos até ao momento danos pessoais ou materiais.
Réplica de 6.1 lançou hoje o pânico na população
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De acordo com o instituto geológico dos Estados Unidos, o sismo teve o seu epicentro a uma profundidade de 22 quilómetros. A enviada especial da RTP ao Haiti, Rosário Salgueiro, relatou em directo que a terra tremeu durante vinte segundos.
Os edifícios da capital haitiana tremeram e no acampamento onde está instalada a equipa humanitária enviada por Portugal levou as pessoas a saírem das tendas.
A capital haitiana voltou a viver momentos de pânico com os habitantes de Port-au-Prince a saíram a correr para as ruas, ao sentirem os edifícios a tremer mais uma vez.
De realçar que, desde o terramoto de grau 7.0 na escala aberta de Richter que levou a morte e o caos há uma semana ao país mais pobre do hemisfério ocidental, o país tem sido constantemente sacudido por réplicas de várias intensidades. Esta terá sido a réplica mais forte desde o terramoto.
O último balanço provisório feito pelas entidades oficiais é de 75.000 mortos, 250.00 feridos e um milhão de pessoas sem-abrigo.
Portugueses começaram a trabalharQuatro dias depois de chegarem e oito após o terramoto que devastou o Haiti, as equipas portuguesas de ajuda humanitária começam a trabalhar no hospital da Universidade de Miami instalado no Aeroporto de Port-au-Prince.
Os técnicos do INEM e da AMI vão dar apoio naquele hospital de campanha onde se encontram dezenas de vítimas do sismo.
A responsável pela equipa da emergência médica, Fátima Rato, considera ser um "cenário dantesco": "Nunca na minha vida vi tanta gente amputada".
"São duas tendas cheias de gente por todo o lado e 90 por cento dos doentes que estão ali têm fracturas ou lesões provocadas pela queda de estruturas", explicou Fátima Rato.
O INEM iniciou a sua acção de apoio no hospital na terça-feira à tarde, após reunião com os responsáveis da ONU pela área da saúde e uma visita ao local.
A equipa da AMI que seguiu também no C-130 da Força Aérea Portuguesa começa também a prestar a sua colaboração no hospital, mas será uma situação temporária, uma vez que já está em fase de conclusão um novo hospital de campanha que tem melhores condições e que fica situado mesmo ao lado do acampamento português.
À equipa das Forças Especiais de Bombeiros, os "canarinhos" cabe "dar apoio de logística à farmácia" do novo espaço médico, segundo clarificou o coordenador da equipa portuguesa, Elísio Oliveira. A equipa está desejosa de começar a trabalhar já que, como reconheceu Elísio Oliveira, o facto de estarem parados já há alguns dias "provoca stress".
A equipa humanitária portuguesa, constituída por cerca de 30 elementos, chegou no passado domingo à noite a Port-au-Prince, a bordo de um C-130 da Força Aérea Portugesa.
A missão integra elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), da Força Especial de Bombeiros, vulgarmente conhecida por "Canarinhos", do Instituto de Medicina Legal e da AMI.
O Haiti foi atingido por um violento sismo de 7,0 graus na escala de Richter, no dia 12 de Janeiro, que, de acordo com as últimas estimativas, terá provocado pelo menos 75 mil mortos, 250 mil feridos e um milhão de desalojados.
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Haiti
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Haiti: jornalista português ferido em réplica de magnitude 6,1
Haiti: jornalista português ferido em réplica de magnitude 6,1
por DN.pt
Hoje
Depois do devastador sismo de 7,0 registado há cerca de uma semana no Haiti, as fortes réplicas registadas no dia a seguir atingiram hoje nova escala, com um sismo de magnitude de 6,1, segundo o US Geological Survey, instituto geológico dos EUA.
No momento do abalo, os jornalistas da AFP ouviram sons de edifícios a desmoronarem-se. O repórter português Vítor Gonçalves, de uma equipa da RTP, ficou ferido, adianta a Protecção Civil.
O epicentro ocorreu a 9,9 quilómetros de profundidade, a 60 quilómetros da capital, Port-au-Prince, às 6:03,44, hora local, 11:03,44 em Lisboa, não muito longe do local onde se registou o sismo do dia 12.
De acordo com a Lusa, o sismo abalou os edifícios que ainda estão em pé em Port-au-Prince e foi sentido no acampamento onde está instalada a equipa humanitária enviada por Portugal, onde as pessoas saíram das tendas.
O Centro de Alerta de Tsunamis da Costa Oeste e Alasca, dos EUA, informa que não há qualquer aviso de maremoto para a região das Caraíbas, decorrente deste sismo. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico também não emitiu qualquer aviso.
O abalo durou alguns segundos na capital do Haiti, onde as pessoas se apressaram a correr para a rua, constataram os jornalistas da AFP, juntando-se aos haitianos que dormem nas ruas. O abalo foi mais forte que os de réplicas que têm ocorrido desde o sismo de há oito dias.
Não foram registadas quaisquer vítimas mortais, segundo as primeiras informações, mas os jornalistas da AFP presentes em Port-au-Prince ouviram sons de colapsos de edifícios, o que pode indicar que edifícios danificados pelo sismo de 7,0 acabar por cair.
Jornalista da RTP ficou ferido e vai regressar a Portugal
Este novo abalo de 6.1 fez com que o jornalista Vítor Gonçalves, da RTP, ficasse ferido, ao cair no edifício onde se encontrava em Port-au-Prince. O repórter foi "resgatado do hotel onde se encontrava por elementos da Força Conjunta (FOCON) Portuguesa que se encontra em Port-au-Prince. Entretanto, o jornalista já está a ser tratado, adiantou a Autoridade Nacional de Protecção Civil.
O director de Informação da RTP, José Alberto Carvalho, disse à agência Lusa que o repórter está a ser preparado para regressar em Portugal: "Ele está bem, está consciente e está no Universal Hospital acompanhado por uma ONG". José Alberto Carvalho acrescentou ainda: "estamos a tentar evacuá-lo o mais depressa possível".
O sismo da semana passada destruiu grande parte das infraestruturas do país mais pobre do continente americano, tendo provocado pelo menos 75 mil mortos e 250 mil feridos.
In DN
por DN.pt
Hoje
Depois do devastador sismo de 7,0 registado há cerca de uma semana no Haiti, as fortes réplicas registadas no dia a seguir atingiram hoje nova escala, com um sismo de magnitude de 6,1, segundo o US Geological Survey, instituto geológico dos EUA.
No momento do abalo, os jornalistas da AFP ouviram sons de edifícios a desmoronarem-se. O repórter português Vítor Gonçalves, de uma equipa da RTP, ficou ferido, adianta a Protecção Civil.
O epicentro ocorreu a 9,9 quilómetros de profundidade, a 60 quilómetros da capital, Port-au-Prince, às 6:03,44, hora local, 11:03,44 em Lisboa, não muito longe do local onde se registou o sismo do dia 12.
De acordo com a Lusa, o sismo abalou os edifícios que ainda estão em pé em Port-au-Prince e foi sentido no acampamento onde está instalada a equipa humanitária enviada por Portugal, onde as pessoas saíram das tendas.
O Centro de Alerta de Tsunamis da Costa Oeste e Alasca, dos EUA, informa que não há qualquer aviso de maremoto para a região das Caraíbas, decorrente deste sismo. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico também não emitiu qualquer aviso.
O abalo durou alguns segundos na capital do Haiti, onde as pessoas se apressaram a correr para a rua, constataram os jornalistas da AFP, juntando-se aos haitianos que dormem nas ruas. O abalo foi mais forte que os de réplicas que têm ocorrido desde o sismo de há oito dias.
Não foram registadas quaisquer vítimas mortais, segundo as primeiras informações, mas os jornalistas da AFP presentes em Port-au-Prince ouviram sons de colapsos de edifícios, o que pode indicar que edifícios danificados pelo sismo de 7,0 acabar por cair.
Jornalista da RTP ficou ferido e vai regressar a Portugal
Este novo abalo de 6.1 fez com que o jornalista Vítor Gonçalves, da RTP, ficasse ferido, ao cair no edifício onde se encontrava em Port-au-Prince. O repórter foi "resgatado do hotel onde se encontrava por elementos da Força Conjunta (FOCON) Portuguesa que se encontra em Port-au-Prince. Entretanto, o jornalista já está a ser tratado, adiantou a Autoridade Nacional de Protecção Civil.
O director de Informação da RTP, José Alberto Carvalho, disse à agência Lusa que o repórter está a ser preparado para regressar em Portugal: "Ele está bem, está consciente e está no Universal Hospital acompanhado por uma ONG". José Alberto Carvalho acrescentou ainda: "estamos a tentar evacuá-lo o mais depressa possível".
O sismo da semana passada destruiu grande parte das infraestruturas do país mais pobre do continente americano, tendo provocado pelo menos 75 mil mortos e 250 mil feridos.
In DN
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Haiti, um país a tentar sair das ruínas
Haiti, um país a tentar sair das ruínas
Hoje
Uma semana depois do violento sismo que destruiu Port-au-Prince, a insegurança e os problemas na distribuição da ajuda humanitária estão a levar muitos haitianos a fugir da capital.
As crianças que ficaram órfãs estão a ter luz verde para sair do Haiti, um país que já antes do abalo tinha frágeis instituições políticas. Nas ruas, os corpos continuam a amontoar- -se e os médicos das equipas internacionais não têm mãos a medir para atender aos feridos. Ao largo, as poucas camas da clínica do porta-aviões norte-americana são contudo usadas apenas em casos muito específicos, devendo em breve chegar um navio-hospital.
1. Palácio ruiu,o Estado também
O Estado entrou em colapso no Haiti com o desmoronar dos edifícios públicos. A generalidade dos funcionários tem fraca preparação e a corrupção é endémica no país, que é dos mais pobres do mundo. O Estado haitiano não reúne condições para cumprir as obrigações mínimas, verificando-se há décadas a degradação das infra-estruturas e o agravamento das condições de pobreza. O controlo real das condições de segurança reside na força da ONU e a maioria dos programas de saúde, alimentação e educação são desenvolvidos por ONG no país, que detém hoje - antes do sismo - a taxa mais alta no mundo de presença de ONG por habitante. As forças armadas haitianas estão mal treinadas e equipadas com armamento antigo; em termos práticos, não existe aviação nem marinha de guerra. A.C.M.
2. Presidente vive na sede da polícia
O Presidente haitiano, René Préval, sobreviveu ao sismo, mas o Palácio Presidencial ficou em ruínas. Há uma semana que vive e usa como gabinete o edifício que anteriormente era a sede da polícia judiciária haitiana, a meio caminho entre o aeroporto de Port-au-Prince e o complexo da ONU. No edifício de um andar a segurança é pouca e as comunicações são más. Além de ser o escritório de Préval é também a sede do Governo, que se reuniu no domingo ao ar livre.
3. A pista que nunca viu tantos aviões
A gestão dos voos está a melhorar no aeroporto de Port-au-Prince, realizando-se cerca de cem aterragens por dia, mas continua congestionado. Exemplo disso é o caso do C-130 da Força Aérea Portuguesa, que continuava ontem a aguardar autorização para se deslocar da Florida, nos EUA, até à Venezuela para recolher 3,5 toneladas de ajuda às vítimas do sismo. O C-130 deve voar hoje para o Haiti. Os aspectos de logística - armazenamento - e de comunicações estão também a melhorar, tendo o Programa Alimentar Mundial referido que esta entidade poderá multiplicar ou triplicar a distribuição de alimentos nos próximos dias. O aeroporto continua a ser gerido pelos EUA, que estão a utilizar alguns dos aviões que chegam com ajuda para na viagem de regresso transportarem desalojadas para a Florida. A.C.M.
4. Um português no centro da violência
Marco Saraiva, que esteve cinco dias nas operações de resgate de vítimas, considera Port-au-Prince "o sítio mais complicado" onde já esteve, devido à falta de meios e ao "nível de violência tremendo". "O trabalho é muito complicado, havia cadáveres por todo o lado. Conseguiam-se encontrar as pessoas ainda com vida no início, mas acabavam por morrer no local porque não havia equipas para remover os escombros", disse à agência Lusa o português de 36 anos, que integrou uma equipa de resgate canino da ONG espanhola K9 Creixell. A equipa utiliza os cães para encontrar as vítimas e depois sinaliza-as, mas o português lamenta que depois de encontradas pessoas "não havia nada com que remover os escombros, não havia maquinaria". A K9 deixou o terreno, devido ao "tremendo nível de violência", referiu Saraiva. Lusa
5. Uma praia onde ainda há turistas
Apesar da tragédia, há turistas que continuam a fazer mergulho nas águas azuis do Norte do Haiti, a beber cocktails ao sol ou a fazer um barbecue. Os navios de cruzeiro da Royal Caribbean mantêm a paragem na praia e estância privada de Labadee, que não foi atingida. As críticas são muitas, apesar de os navios trazerem também medicamentos e mantimentos para as vítimas dos abalos. S.S.
6. Fugir de autocarro de Port-au-Prince
Com a capital destruída e as condições de segurança a deteriorarem-se, muitos haitianos optam por deixar Port-au-Prince e seguir para outras cidades. As estações de autocarros estão a abarrotar, com famílias inteiras à espera de um lugar nos autocarros para poderem ir para o interior. Apesar de tudo, as autoridades não apanharam ainda ninguém a tentar fugir ilegalmente de barco, com os norte-americanos a repetirem a mensagem de que os refugiados não devem esperar facilidades em entrar no país só por causa das circunstâncias. Na vizinha República Dominicana, que não foi afectada pelo sismo, a vigilância na fronteira foi reforçada, com os militares a deixarem passar apenas os haitianos com documentos e vistos válidos. O outro país da ilha de Hispaniola teme as consequências económicas que terá um eventual fluxo de refugiados haitianos. S.S.
7. A história feliz de Esther contrasta com destino de milhares de órfãos
Matt e Mandy Poulter estavam finalmente a terminar o longo processo para adoptar Esther, uma órfã do Haiti com quatro anos de idade, quando o sismo destruiu a ilha no dia 12. O casal de americanos do Iowa não hesitou e partiu de imediato para a República Dominicana numa tentativa de saber daquela que será a sua sexta filha. E depois de algumas peripécias e muitos esforços para entrar no Haiti, conseguiram encontrar a menina, viva, tal como as outras oito crianças do orfanato de Port-au-Prince onde viviam.
Esta história com um final feliz contrasta com a maioria das que se referem aos órfãos deixados pelos terramoto no Haiti. Segundo a Unicef são dois milhões as crianças directa ou indirectamente afectadas pelo sismo, muitas das quais terão ficado sem os pais na tragédia e agora deambulam pelas ruas da capital, sem rumo, sem abrigo e sem comida.
Um pouco por todo o mundo, os governos dos países que desejam adoptar órfãos do Haiti estão a tentar agilizar o processo. Os Estados Unidos, por exemplo, estão a autorizar a entrada de crianças haitianas em solo americano sem exigirem passaporte ou as outras burocracias habitualmente necessárias. Só ontem chegaram a Pittsburgh 61 crianças haitianas retiradas de um orfanato que ruiu em Port-au-Prince. Espanha, Holanda e Bélgica também estão a acelerar o processo e alguns portugueses já se mostraram disponíveis para adoptar crianças haitianas. Com tanto desejo de ajudar, a ONU já veio alertar contra "qualquer precipitação" e o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, o fundador dos Médicos sem Fronteiras Bernard Kouchner, pediu aos casais que queiram adoptar para terem cuidados de forma a não virem a ser acusados de rapto. H.T.
8. A clínica topo de gama do porta-aviões onde os médicos operam a conta-gotas
Alguns quilómetros ao largo de Port-au-Prince, um punhado de sobreviventes do sismo tiveram a sorte de ser operados no centro médico com as últimas tecnologias do porta-aviões americano USS Carl Vinson. Mas as camas a bordo são caras.
Resplandecente, a clínica tem três salas de operação, uma de radiologia e perto de 50 camas. Mobiliza 55 pessoas, entre as quais um cirurgião, uma anestesista e outros especialistas, como um psicólogo. Alguns doentes haitianos estão acamados, calmos. Alguns dormem. Um pé engessado surge por debaixo do cobertor. A sala está quase vazia.
Um contraste flagrante em relação à situação nos hospitais de Port-au-Prince, onde as vítimas do sismo de há uma semana, se amontoam à espera de cuidados, apesar da falta de medicamentos e materiais.
O chefe da equipa médica do porta-aviões, o médico Alfred Shwayat, reconhece estar diante de um terrível dilema. "Enquanto médico, tenho vontade de saltar borda fora, chegar a terra firme e ajudar o maior número de pessoas possível", diz à AFP. Mas "a nossa missão central é cuidar da tripulação" de 3500 pessoas, "de forma a preservar as nossas capacidades operacionais".
Desde a sua chegada, na sexta-feira, o USS Carl Vinson, tratou de dez doentes, três deles americanos e sete haitianos. Seis foram operados, alguns foram amputados.
Uma das vítimas, uma jovem haitiana de 12 anos, foi operada segunda-feira pelo neurocirurgião americano e jornalista da CNN, Sanjay Gupta, solicitado enquanto se encontrava em Port-au-Prince para fazer a cobertura da catástrofe humanitária. "Correu bem, tirámos pequenos fragmentos de betão do crânio, o seu estado é estável, mas irá apresentar algumas sequelas", explicou à AFP.
O comandante, o almirante Ted Branch, está disponível para ajudar "caso a caso" mas lembra que a assistência médica não é a principal missão que lhe foi confiada. "Os helicópteros são a nossa principal contribuição" para o esforço humanitário em curso, diz, enquanto os aparelhos descolam em cadeia da ponte do USS Carl Vinson com destino à capital haitiana, para distribuir bens e transportar os feridos. "Só temos um cirurgião", desculpa-se.
Por outro lado, afirma o médico Alfred Shwayat, a sua equipa médica está "formada para tratar de ferimentos graves, estabilizar os pacientes que sofreram traumatismos", mas "não está equipada para acolher e cuidar de milhares de feridos". "Vamos tentar operar o que for possível", conclui, acrescentando que não é ele que decide que doentes podem subir a bordo.
O comandante do USS Carl Vinson assegura que está a ajudar no máximo das suas capacidades: além das operações realizadas a bordo, uma equipa médica foi enviada para terra para ajudar numa clínica provisória construída pela Guarda Costeira, que já tratou cerca de 300 pessoas.
Quanto ao navio-hospital norte-americano Comfort, inteiramente dedicado à assistência médica aos afectados, deverá chegar em 24 horas, com 600 pessoas a bordo e um milhar de camas disponíveis. Daphné Benoit, jornalista da AFP
In DN
Hoje
Uma semana depois do violento sismo que destruiu Port-au-Prince, a insegurança e os problemas na distribuição da ajuda humanitária estão a levar muitos haitianos a fugir da capital.
As crianças que ficaram órfãs estão a ter luz verde para sair do Haiti, um país que já antes do abalo tinha frágeis instituições políticas. Nas ruas, os corpos continuam a amontoar- -se e os médicos das equipas internacionais não têm mãos a medir para atender aos feridos. Ao largo, as poucas camas da clínica do porta-aviões norte-americana são contudo usadas apenas em casos muito específicos, devendo em breve chegar um navio-hospital.
1. Palácio ruiu,o Estado também
O Estado entrou em colapso no Haiti com o desmoronar dos edifícios públicos. A generalidade dos funcionários tem fraca preparação e a corrupção é endémica no país, que é dos mais pobres do mundo. O Estado haitiano não reúne condições para cumprir as obrigações mínimas, verificando-se há décadas a degradação das infra-estruturas e o agravamento das condições de pobreza. O controlo real das condições de segurança reside na força da ONU e a maioria dos programas de saúde, alimentação e educação são desenvolvidos por ONG no país, que detém hoje - antes do sismo - a taxa mais alta no mundo de presença de ONG por habitante. As forças armadas haitianas estão mal treinadas e equipadas com armamento antigo; em termos práticos, não existe aviação nem marinha de guerra. A.C.M.
2. Presidente vive na sede da polícia
O Presidente haitiano, René Préval, sobreviveu ao sismo, mas o Palácio Presidencial ficou em ruínas. Há uma semana que vive e usa como gabinete o edifício que anteriormente era a sede da polícia judiciária haitiana, a meio caminho entre o aeroporto de Port-au-Prince e o complexo da ONU. No edifício de um andar a segurança é pouca e as comunicações são más. Além de ser o escritório de Préval é também a sede do Governo, que se reuniu no domingo ao ar livre.
3. A pista que nunca viu tantos aviões
A gestão dos voos está a melhorar no aeroporto de Port-au-Prince, realizando-se cerca de cem aterragens por dia, mas continua congestionado. Exemplo disso é o caso do C-130 da Força Aérea Portuguesa, que continuava ontem a aguardar autorização para se deslocar da Florida, nos EUA, até à Venezuela para recolher 3,5 toneladas de ajuda às vítimas do sismo. O C-130 deve voar hoje para o Haiti. Os aspectos de logística - armazenamento - e de comunicações estão também a melhorar, tendo o Programa Alimentar Mundial referido que esta entidade poderá multiplicar ou triplicar a distribuição de alimentos nos próximos dias. O aeroporto continua a ser gerido pelos EUA, que estão a utilizar alguns dos aviões que chegam com ajuda para na viagem de regresso transportarem desalojadas para a Florida. A.C.M.
4. Um português no centro da violência
Marco Saraiva, que esteve cinco dias nas operações de resgate de vítimas, considera Port-au-Prince "o sítio mais complicado" onde já esteve, devido à falta de meios e ao "nível de violência tremendo". "O trabalho é muito complicado, havia cadáveres por todo o lado. Conseguiam-se encontrar as pessoas ainda com vida no início, mas acabavam por morrer no local porque não havia equipas para remover os escombros", disse à agência Lusa o português de 36 anos, que integrou uma equipa de resgate canino da ONG espanhola K9 Creixell. A equipa utiliza os cães para encontrar as vítimas e depois sinaliza-as, mas o português lamenta que depois de encontradas pessoas "não havia nada com que remover os escombros, não havia maquinaria". A K9 deixou o terreno, devido ao "tremendo nível de violência", referiu Saraiva. Lusa
5. Uma praia onde ainda há turistas
Apesar da tragédia, há turistas que continuam a fazer mergulho nas águas azuis do Norte do Haiti, a beber cocktails ao sol ou a fazer um barbecue. Os navios de cruzeiro da Royal Caribbean mantêm a paragem na praia e estância privada de Labadee, que não foi atingida. As críticas são muitas, apesar de os navios trazerem também medicamentos e mantimentos para as vítimas dos abalos. S.S.
6. Fugir de autocarro de Port-au-Prince
Com a capital destruída e as condições de segurança a deteriorarem-se, muitos haitianos optam por deixar Port-au-Prince e seguir para outras cidades. As estações de autocarros estão a abarrotar, com famílias inteiras à espera de um lugar nos autocarros para poderem ir para o interior. Apesar de tudo, as autoridades não apanharam ainda ninguém a tentar fugir ilegalmente de barco, com os norte-americanos a repetirem a mensagem de que os refugiados não devem esperar facilidades em entrar no país só por causa das circunstâncias. Na vizinha República Dominicana, que não foi afectada pelo sismo, a vigilância na fronteira foi reforçada, com os militares a deixarem passar apenas os haitianos com documentos e vistos válidos. O outro país da ilha de Hispaniola teme as consequências económicas que terá um eventual fluxo de refugiados haitianos. S.S.
7. A história feliz de Esther contrasta com destino de milhares de órfãos
Matt e Mandy Poulter estavam finalmente a terminar o longo processo para adoptar Esther, uma órfã do Haiti com quatro anos de idade, quando o sismo destruiu a ilha no dia 12. O casal de americanos do Iowa não hesitou e partiu de imediato para a República Dominicana numa tentativa de saber daquela que será a sua sexta filha. E depois de algumas peripécias e muitos esforços para entrar no Haiti, conseguiram encontrar a menina, viva, tal como as outras oito crianças do orfanato de Port-au-Prince onde viviam.
Esta história com um final feliz contrasta com a maioria das que se referem aos órfãos deixados pelos terramoto no Haiti. Segundo a Unicef são dois milhões as crianças directa ou indirectamente afectadas pelo sismo, muitas das quais terão ficado sem os pais na tragédia e agora deambulam pelas ruas da capital, sem rumo, sem abrigo e sem comida.
Um pouco por todo o mundo, os governos dos países que desejam adoptar órfãos do Haiti estão a tentar agilizar o processo. Os Estados Unidos, por exemplo, estão a autorizar a entrada de crianças haitianas em solo americano sem exigirem passaporte ou as outras burocracias habitualmente necessárias. Só ontem chegaram a Pittsburgh 61 crianças haitianas retiradas de um orfanato que ruiu em Port-au-Prince. Espanha, Holanda e Bélgica também estão a acelerar o processo e alguns portugueses já se mostraram disponíveis para adoptar crianças haitianas. Com tanto desejo de ajudar, a ONU já veio alertar contra "qualquer precipitação" e o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, o fundador dos Médicos sem Fronteiras Bernard Kouchner, pediu aos casais que queiram adoptar para terem cuidados de forma a não virem a ser acusados de rapto. H.T.
8. A clínica topo de gama do porta-aviões onde os médicos operam a conta-gotas
Alguns quilómetros ao largo de Port-au-Prince, um punhado de sobreviventes do sismo tiveram a sorte de ser operados no centro médico com as últimas tecnologias do porta-aviões americano USS Carl Vinson. Mas as camas a bordo são caras.
Resplandecente, a clínica tem três salas de operação, uma de radiologia e perto de 50 camas. Mobiliza 55 pessoas, entre as quais um cirurgião, uma anestesista e outros especialistas, como um psicólogo. Alguns doentes haitianos estão acamados, calmos. Alguns dormem. Um pé engessado surge por debaixo do cobertor. A sala está quase vazia.
Um contraste flagrante em relação à situação nos hospitais de Port-au-Prince, onde as vítimas do sismo de há uma semana, se amontoam à espera de cuidados, apesar da falta de medicamentos e materiais.
O chefe da equipa médica do porta-aviões, o médico Alfred Shwayat, reconhece estar diante de um terrível dilema. "Enquanto médico, tenho vontade de saltar borda fora, chegar a terra firme e ajudar o maior número de pessoas possível", diz à AFP. Mas "a nossa missão central é cuidar da tripulação" de 3500 pessoas, "de forma a preservar as nossas capacidades operacionais".
Desde a sua chegada, na sexta-feira, o USS Carl Vinson, tratou de dez doentes, três deles americanos e sete haitianos. Seis foram operados, alguns foram amputados.
Uma das vítimas, uma jovem haitiana de 12 anos, foi operada segunda-feira pelo neurocirurgião americano e jornalista da CNN, Sanjay Gupta, solicitado enquanto se encontrava em Port-au-Prince para fazer a cobertura da catástrofe humanitária. "Correu bem, tirámos pequenos fragmentos de betão do crânio, o seu estado é estável, mas irá apresentar algumas sequelas", explicou à AFP.
O comandante, o almirante Ted Branch, está disponível para ajudar "caso a caso" mas lembra que a assistência médica não é a principal missão que lhe foi confiada. "Os helicópteros são a nossa principal contribuição" para o esforço humanitário em curso, diz, enquanto os aparelhos descolam em cadeia da ponte do USS Carl Vinson com destino à capital haitiana, para distribuir bens e transportar os feridos. "Só temos um cirurgião", desculpa-se.
Por outro lado, afirma o médico Alfred Shwayat, a sua equipa médica está "formada para tratar de ferimentos graves, estabilizar os pacientes que sofreram traumatismos", mas "não está equipada para acolher e cuidar de milhares de feridos". "Vamos tentar operar o que for possível", conclui, acrescentando que não é ele que decide que doentes podem subir a bordo.
O comandante do USS Carl Vinson assegura que está a ajudar no máximo das suas capacidades: além das operações realizadas a bordo, uma equipa médica foi enviada para terra para ajudar numa clínica provisória construída pela Guarda Costeira, que já tratou cerca de 300 pessoas.
Quanto ao navio-hospital norte-americano Comfort, inteiramente dedicado à assistência médica aos afectados, deverá chegar em 24 horas, com 600 pessoas a bordo e um milhar de camas disponíveis. Daphné Benoit, jornalista da AFP
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
EUA entram no Haiti e dão início às operações de limpeza
EUA entram no Haiti e dão início às operações de limpeza
por SUSANA SALVADOR
Hoje
'Marines' chegam a Port-au-Prince para coordenar segurança, uma semana após o sismo que terá matado 200 mil pessoas.
"É uma ocupação. O palácio representa o nosso poder, a nossa identidade, o nosso orgulho", lança um haitiano, que desde o devastador sismo de há uma semana fez da praça junto ao antigo centro do poder a sua nova casa. À sua frente, um a um, os militares norte-americanos da 82.ª Brigada Aerotransportada saem dos helicópteros e tomam posição no relvado do Palácio Presidencial, em ruínas. Noutra zona da capital, desembarcam os primeiros marines.
No total, o número de militares dos EUA presentes no Haiti deverá ultrapassar os dez mil - mais que as forças da ONU, que serão reforçadas em breve com mais 3500 homens. Metade dos militares estarão destacados para operações de distribuição de água e alimentos ao milhão de desalojados. Os restantes têm como objectivo garantir a segurança. Ontem, alguns soldados da 82.ª Brigada empunharam as armas e andaram escassas centenas de metros até ao Hospital Central - a abarrotar. Ninguém entra agora sem a sua autorização.
Além dos refugiados que criticam a "invasão", houve também preocupação da parte da comunidade internacional. A França, depois de num primeiro momento ter posto em causa a presença norte-americana, defendeu ontem o "papel essencial dos EUA no terreno". A Venezuela, contudo, continua a falar de uma "ocupação".
Mas a presença norte-americana foi também aplaudida por muitos refugiados, que esperam ver agilizada a distribuição de água e alimentos. Hoje, os EUA devem retomar o lançamento em pára-quedas de bens essenciais à sobrevivência dos haitianos, que ontem foram suspensas depois das operações de segunda-feira. Os lançamentos serão feitos em áreas que já estejam sob controlo de segurança, de forma a evitar motins.
Para facilitar a chegada da ajuda humanitária, que se tem concentrado nos países em redor por falta de capacidade do aeroporto de Port-au-Prince, as autoridades preparam-se para pôr em funcionamento mais duas pistas. Uma na localidade haitiana de Jacmel, que servirá o Sul do país, e outra na vizinha República Dominicana. Os militares irão também garantir que as equipas que distribuem a ajuda terão segurança para o fazer, face aos relatos de pilhagens. A sua presença irá ainda dar confiança aos comerciantes que mantêm as lojas fechadas por receio.
Com 75 mil mortos confirmados - de um total estimado de 200 mil, além dos 250 mil feridos - os EUA preparam-se para dar por terminadas as operações de salvamento. Numa semana, as equipas de socorro resgataram 90 pessoas com vida. O responsável adjunto pela operação dos EUA no Haiti, o general Daniel Allyn, disse esperar "passar em breve da fase de procura de sobreviventes para recuperação de corpos". A operação de limpeza permitirá depois passar à fase de reconstrução do país.
Também para ajudar nesses esforços, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou ontem o reforço da missão no Haiti, que tinha sido pedido na véspera pelo secretário-geral, Ban Ki-moon. Assim, aos 9100 capacetes--azuis actualmente no terreno (além de dois mil civis) irão juntar-se em breve mais dois mil militares e 1500 polícias. O Brasil, que é o país com maior presença militar no Haiti, já se mostrou disponível para duplicar o seu contingente (hoje com cerca de 1600 pessoas).
O Presidente brasileiro, Lula da Silva, conversou ao telefone com o seu homólogo norte-americano, Barack Obama, tendo proposto uma coordenação conjunta das equipas no Haiti. EUA e Brasil, com o Canadá e a França, devem reunir-se a 25 de Janeiro, em Montreal, de forma a coordenar a ajuda e evitar possíveis casos de corrupção e a ineficiência.
In DN
por SUSANA SALVADOR
Hoje
'Marines' chegam a Port-au-Prince para coordenar segurança, uma semana após o sismo que terá matado 200 mil pessoas.
"É uma ocupação. O palácio representa o nosso poder, a nossa identidade, o nosso orgulho", lança um haitiano, que desde o devastador sismo de há uma semana fez da praça junto ao antigo centro do poder a sua nova casa. À sua frente, um a um, os militares norte-americanos da 82.ª Brigada Aerotransportada saem dos helicópteros e tomam posição no relvado do Palácio Presidencial, em ruínas. Noutra zona da capital, desembarcam os primeiros marines.
No total, o número de militares dos EUA presentes no Haiti deverá ultrapassar os dez mil - mais que as forças da ONU, que serão reforçadas em breve com mais 3500 homens. Metade dos militares estarão destacados para operações de distribuição de água e alimentos ao milhão de desalojados. Os restantes têm como objectivo garantir a segurança. Ontem, alguns soldados da 82.ª Brigada empunharam as armas e andaram escassas centenas de metros até ao Hospital Central - a abarrotar. Ninguém entra agora sem a sua autorização.
Além dos refugiados que criticam a "invasão", houve também preocupação da parte da comunidade internacional. A França, depois de num primeiro momento ter posto em causa a presença norte-americana, defendeu ontem o "papel essencial dos EUA no terreno". A Venezuela, contudo, continua a falar de uma "ocupação".
Mas a presença norte-americana foi também aplaudida por muitos refugiados, que esperam ver agilizada a distribuição de água e alimentos. Hoje, os EUA devem retomar o lançamento em pára-quedas de bens essenciais à sobrevivência dos haitianos, que ontem foram suspensas depois das operações de segunda-feira. Os lançamentos serão feitos em áreas que já estejam sob controlo de segurança, de forma a evitar motins.
Para facilitar a chegada da ajuda humanitária, que se tem concentrado nos países em redor por falta de capacidade do aeroporto de Port-au-Prince, as autoridades preparam-se para pôr em funcionamento mais duas pistas. Uma na localidade haitiana de Jacmel, que servirá o Sul do país, e outra na vizinha República Dominicana. Os militares irão também garantir que as equipas que distribuem a ajuda terão segurança para o fazer, face aos relatos de pilhagens. A sua presença irá ainda dar confiança aos comerciantes que mantêm as lojas fechadas por receio.
Com 75 mil mortos confirmados - de um total estimado de 200 mil, além dos 250 mil feridos - os EUA preparam-se para dar por terminadas as operações de salvamento. Numa semana, as equipas de socorro resgataram 90 pessoas com vida. O responsável adjunto pela operação dos EUA no Haiti, o general Daniel Allyn, disse esperar "passar em breve da fase de procura de sobreviventes para recuperação de corpos". A operação de limpeza permitirá depois passar à fase de reconstrução do país.
Também para ajudar nesses esforços, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou ontem o reforço da missão no Haiti, que tinha sido pedido na véspera pelo secretário-geral, Ban Ki-moon. Assim, aos 9100 capacetes--azuis actualmente no terreno (além de dois mil civis) irão juntar-se em breve mais dois mil militares e 1500 polícias. O Brasil, que é o país com maior presença militar no Haiti, já se mostrou disponível para duplicar o seu contingente (hoje com cerca de 1600 pessoas).
O Presidente brasileiro, Lula da Silva, conversou ao telefone com o seu homólogo norte-americano, Barack Obama, tendo proposto uma coordenação conjunta das equipas no Haiti. EUA e Brasil, com o Canadá e a França, devem reunir-se a 25 de Janeiro, em Montreal, de forma a coordenar a ajuda e evitar possíveis casos de corrupção e a ineficiência.
In DN
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Governo do Haiti realoja 400 mil em "cidades" de tendas
Governo do Haiti realoja 400 mil em "cidades" de tendas
por H.T.
Hoje
Cada uma das aldeias irá receber dez mil desalojados.
"O Governo estabeleceu um sistema de transportes gratuitos. Está em curso uma vasta operação, vamos realojar os sem-abrigo", anunciou o ministro do Interior haitiano, Paul Antoine Bien-Aimé.
O objectivo das autoridades haitianas é o de realojar 400 mil dos 1,5 milhões de pessoas que ficaram sem casa após o sismo de dia 12. Para já, há cem mil pessoas que já começaram a ser instaladas em "cidades" de tendas, cada uma delas com capacidade para receber dez mil vítimas.
O ministro Bien-Aimé não deu qualquer calendário para esta operação, mas garantiu que os primeiros cem mil desalojados já começaram a ser transferidos para dez acampamentos perto do subúrbio de Croix des Bouquets, junto a Port-au-Prince.
O Governo já requisitou três dezenas de autocarros para levar os sinistrados para fora da capital. Os primeiros, de cores vivas, já ontem percorriam as ruas de Port-au-Prince onde recolhiam passageiros, alguns dos quais só já tinham lugar no tejadilho.
A ajuda humanitária, que continua a chegar ao Haiti de todo o mundo, tem agora mais hipóteses de alcançar os sobreviventes do sismo, uma vez que quatro aeroportos abriram as suas pistas no Haiti e na vizinha Repúblican Dominicana.
Os voos humanitários podem agora aterrar em Port-au-Prince e Jacmel, no Haiti, bem como em San Isidro e Barahoma, na República Dominicana.
In DN
por H.T.
Hoje
Cada uma das aldeias irá receber dez mil desalojados.
"O Governo estabeleceu um sistema de transportes gratuitos. Está em curso uma vasta operação, vamos realojar os sem-abrigo", anunciou o ministro do Interior haitiano, Paul Antoine Bien-Aimé.
O objectivo das autoridades haitianas é o de realojar 400 mil dos 1,5 milhões de pessoas que ficaram sem casa após o sismo de dia 12. Para já, há cem mil pessoas que já começaram a ser instaladas em "cidades" de tendas, cada uma delas com capacidade para receber dez mil vítimas.
O ministro Bien-Aimé não deu qualquer calendário para esta operação, mas garantiu que os primeiros cem mil desalojados já começaram a ser transferidos para dez acampamentos perto do subúrbio de Croix des Bouquets, junto a Port-au-Prince.
O Governo já requisitou três dezenas de autocarros para levar os sinistrados para fora da capital. Os primeiros, de cores vivas, já ontem percorriam as ruas de Port-au-Prince onde recolhiam passageiros, alguns dos quais só já tinham lugar no tejadilho.
A ajuda humanitária, que continua a chegar ao Haiti de todo o mundo, tem agora mais hipóteses de alcançar os sobreviventes do sismo, uma vez que quatro aeroportos abriram as suas pistas no Haiti e na vizinha Repúblican Dominicana.
Os voos humanitários podem agora aterrar em Port-au-Prince e Jacmel, no Haiti, bem como em San Isidro e Barahoma, na República Dominicana.
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Haiti/sismo: Novas réplicas sentidas em Port-au-Prince
Haiti/sismo: Novas réplicas sentidas em Port-au-Prince
por DN.pt com Agencias
Hoje
Duas novas réplicas curtas mas relativamente poderosas, abalaram hoje de manhã Port-au-Prince, dez dias após o terremoto de magnitude 7 que destruiu a capital haitiana, e pelo menos 75.000 mortos.
De acordo com a Agência de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS), as réplicas de 4.4 graus na escala de Richter tiveram o seu epicentro a cerca de 25 quilómetros ao norte/nordeste da capital haitiana, a 10.000 metros de profundidade.
Estes novos abalos foram suficientes para voltar a semear o pânico entre muitos haitianos, tendo alguns moradores saído de imediato para as ruas.
Outros, já acostumados às réplicas de maior ou menor intensidade que se têm vindo a sentir no Haiti desde o forte abalo de há uma semana, continuaram com as suas actividades, tentando recuperar uma aparência de vida normal entre as ruínas.
"Ainda não me habituei, mas já tenho um pouco menos de medo. Corri como de costume. Penso que Deus nos agita dessa maneira devido aos nossos pecados, para mostrar-nos o bom caminho", afirmou Naomi Renouard, um estudante de 23 anos.
O Haiti, principalmente a capital Port-au-Prince, foi devastado em 12 de Janeiro por um sismo de magnitude 7,0 na escala de Richter que, segundo número oficiais provisórios, fez pelo menos 75 mil mortos, 250 mil feridos e deixou cerca de um milhão de pessoas desalojadas.
O sismo é considerado a maior catástrofe a atingir o Haiti, o país mais pobre do continente americano, no últimos 200 anos e também a maior tragédia para a ONU, com 47 funcionários da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) mortos e 500 dados como desaparecidos.
Já na passada quarta-feira uma outra réplica de 6,1 na escala de Richter foi sentida
In DN
por DN.pt com Agencias
Hoje
Duas novas réplicas curtas mas relativamente poderosas, abalaram hoje de manhã Port-au-Prince, dez dias após o terremoto de magnitude 7 que destruiu a capital haitiana, e pelo menos 75.000 mortos.
De acordo com a Agência de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos (USGS), as réplicas de 4.4 graus na escala de Richter tiveram o seu epicentro a cerca de 25 quilómetros ao norte/nordeste da capital haitiana, a 10.000 metros de profundidade.
Estes novos abalos foram suficientes para voltar a semear o pânico entre muitos haitianos, tendo alguns moradores saído de imediato para as ruas.
Outros, já acostumados às réplicas de maior ou menor intensidade que se têm vindo a sentir no Haiti desde o forte abalo de há uma semana, continuaram com as suas actividades, tentando recuperar uma aparência de vida normal entre as ruínas.
"Ainda não me habituei, mas já tenho um pouco menos de medo. Corri como de costume. Penso que Deus nos agita dessa maneira devido aos nossos pecados, para mostrar-nos o bom caminho", afirmou Naomi Renouard, um estudante de 23 anos.
O Haiti, principalmente a capital Port-au-Prince, foi devastado em 12 de Janeiro por um sismo de magnitude 7,0 na escala de Richter que, segundo número oficiais provisórios, fez pelo menos 75 mil mortos, 250 mil feridos e deixou cerca de um milhão de pessoas desalojadas.
O sismo é considerado a maior catástrofe a atingir o Haiti, o país mais pobre do continente americano, no últimos 200 anos e também a maior tragédia para a ONU, com 47 funcionários da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah) mortos e 500 dados como desaparecidos.
Já na passada quarta-feira uma outra réplica de 6,1 na escala de Richter foi sentida
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Destino de órfãos preocupa UNICEF
Destino de órfãos preocupa UNICEF
por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje
A coberto de acções de apoio a crianças que perderam toda a família, podem estar a operar no Haiti redes de tráfico infantil, uma situação que a agência da ONU para a infância quer ver esclarecida. Enquanto a população procura deixar a capital, continuam a registar-se milagres de sobrevivência entre os escombros.
Milhares de pessoas continuavam ontem a abandonar Port-au-Prince numa tentativa de fugirem à fome e insegurança que dominam o quotidiano da cidade, no dia em que o Governo haitiano anunciou para este fim-de-semana a suspensão das operações de busca e resgate de sobreviventes.
Um anúncio que coincidiu com o resgate de duas idosas, retiradas vivas dos escombros dez dias após o terramoto. Uma primeira mulher, de 84 anos, Marie Carida Roman, foi retirada por vizinhos das ruínas da sua casa e levada para um hospital. Um socorrista americano explicava que a caixa torácica da idosa "está fracturada e o seu corpo foi atacado por vermes. Vamos ver se consegue sobreviver. As próximas 24 horas serão decisivas", referiu o médico que acompanha o caso.
No segundo caso, a mulher, cujo nome não foi revelado, de 69 anos, encontra-se bastante ferida e os médicos mostravam-se reticentes sobre as suas possibilidade de sobrevivência.
O dia ficou ainda marcado pela revelação de estarem a desaparecer crianças dos hospitais, tendo a UNICEF recenseado 15 casos de menores retirados de hospitais por pessoas sem qualquer ligação às famílias. Esta agência da ONU advertiu para o risco de os menores estarem a ser desviados para redes de tráfico infantil ou colocados no "mercado da adopção", situação comum após catástrofes como a sucedida no Haiti.
"A situação do tráfico de crianças já existia" antes da catástrofe "e, infelizmente, as redes de tráfico têm laços com o mercado de adopção internacional", explicou Jean-Luc Legrand, conselheiro da UNICEF. Este referiu que as redes actuam a coberto do caos e da fraqueza das instituições em momentos de crise.
Neste capítulo, a UNICEF está a investigar uma associação que se preparava para levar órfãos para os Estados Unidos e que permaneceu durante algumas horas no campo português no aeroporto. Elementos da associação Brent Gambern Ministeries Helping pediram quinta-feira ao coordenador da equipa de ajuda humanitária portuguesa, Elísio Oliveira, se podiam usar as instalações no aeroporto de Port-au-Prince. Durante a presença destes elementos, que tinham consigo quatro bebés haitianas, equipas da UNICEF e da polícia da ONU entraram no campo e interrogaram os responsáveis da associação e analisaram a documentação referente às crianças. O representante da UNICEF explicou posteriormente que a situação encontrada "não se coadunava com as normas internacionais de adopção". A associação vai agora ser investigada pelas autoridades haitianas, referiu um elemento da UNICEF em Port-au-Prince.
A questão dos órfãos está a suscitar também controvérsia em França, onde o Governo apressou o processo de acolhimento de 33 menores vindos de Port-au-Prince, chegados ontem a Paris, onde foram recebidos pela primeira dama, Carla Bruni-Sarkozy.
As famílias que escolheram a adopção criticavam ontem a "intransigência burocrática" de Paris, comparando-a com o processo expedito seguido nos Estados Unidos ou na Holanda. O Governo francês argumenta que devem ser seguidos todos os passos para determinar se as crianças perderam de facto os pais e se não têm família próxima. Há ainda critérios de saúde a observar.
In DN
por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje
A coberto de acções de apoio a crianças que perderam toda a família, podem estar a operar no Haiti redes de tráfico infantil, uma situação que a agência da ONU para a infância quer ver esclarecida. Enquanto a população procura deixar a capital, continuam a registar-se milagres de sobrevivência entre os escombros.
Milhares de pessoas continuavam ontem a abandonar Port-au-Prince numa tentativa de fugirem à fome e insegurança que dominam o quotidiano da cidade, no dia em que o Governo haitiano anunciou para este fim-de-semana a suspensão das operações de busca e resgate de sobreviventes.
Um anúncio que coincidiu com o resgate de duas idosas, retiradas vivas dos escombros dez dias após o terramoto. Uma primeira mulher, de 84 anos, Marie Carida Roman, foi retirada por vizinhos das ruínas da sua casa e levada para um hospital. Um socorrista americano explicava que a caixa torácica da idosa "está fracturada e o seu corpo foi atacado por vermes. Vamos ver se consegue sobreviver. As próximas 24 horas serão decisivas", referiu o médico que acompanha o caso.
No segundo caso, a mulher, cujo nome não foi revelado, de 69 anos, encontra-se bastante ferida e os médicos mostravam-se reticentes sobre as suas possibilidade de sobrevivência.
O dia ficou ainda marcado pela revelação de estarem a desaparecer crianças dos hospitais, tendo a UNICEF recenseado 15 casos de menores retirados de hospitais por pessoas sem qualquer ligação às famílias. Esta agência da ONU advertiu para o risco de os menores estarem a ser desviados para redes de tráfico infantil ou colocados no "mercado da adopção", situação comum após catástrofes como a sucedida no Haiti.
"A situação do tráfico de crianças já existia" antes da catástrofe "e, infelizmente, as redes de tráfico têm laços com o mercado de adopção internacional", explicou Jean-Luc Legrand, conselheiro da UNICEF. Este referiu que as redes actuam a coberto do caos e da fraqueza das instituições em momentos de crise.
Neste capítulo, a UNICEF está a investigar uma associação que se preparava para levar órfãos para os Estados Unidos e que permaneceu durante algumas horas no campo português no aeroporto. Elementos da associação Brent Gambern Ministeries Helping pediram quinta-feira ao coordenador da equipa de ajuda humanitária portuguesa, Elísio Oliveira, se podiam usar as instalações no aeroporto de Port-au-Prince. Durante a presença destes elementos, que tinham consigo quatro bebés haitianas, equipas da UNICEF e da polícia da ONU entraram no campo e interrogaram os responsáveis da associação e analisaram a documentação referente às crianças. O representante da UNICEF explicou posteriormente que a situação encontrada "não se coadunava com as normas internacionais de adopção". A associação vai agora ser investigada pelas autoridades haitianas, referiu um elemento da UNICEF em Port-au-Prince.
A questão dos órfãos está a suscitar também controvérsia em França, onde o Governo apressou o processo de acolhimento de 33 menores vindos de Port-au-Prince, chegados ontem a Paris, onde foram recebidos pela primeira dama, Carla Bruni-Sarkozy.
As famílias que escolheram a adopção criticavam ontem a "intransigência burocrática" de Paris, comparando-a com o processo expedito seguido nos Estados Unidos ou na Holanda. O Governo francês argumenta que devem ser seguidos todos os passos para determinar se as crianças perderam de facto os pais e se não têm família próxima. Há ainda critérios de saúde a observar.
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Equipa francesa tira sobrevivente dos escombros
Equipa francesa tira sobrevivente dos escombros
por H.T.
Hoje
Homem estava preso sob um bloco de betão.
No dia em que as Nações Unidas decretaram o fim das operações de resgate, uma equipa francesa conseguiu tirar um homem com vida dos escombros em Port-au-Prince, a capital do Haiti. Onze dias depois do sismo que atingiu o país mais pobre das Américas, ainda há vida no meio da destruição.
"Pensamos que ele está preso debaixo de um bloco de betão" numa loja e conseguiu acesso a alimentos para sobreviver, explicou um dos bombeiros franceses à AFP antes do salvamento.
A equipa de resgate demorou algumas horas até conseguir ver o sobrevivente, apesar de este lhe ir dizendo que estava a ver a luz que eles introduziam sob os escombros.
Na véspera, as equipas de socorro haviam tirado um homem de 22 anos e uma mulher de 84 com vida dos escombros.
In DN
por H.T.
Hoje
Homem estava preso sob um bloco de betão.
No dia em que as Nações Unidas decretaram o fim das operações de resgate, uma equipa francesa conseguiu tirar um homem com vida dos escombros em Port-au-Prince, a capital do Haiti. Onze dias depois do sismo que atingiu o país mais pobre das Américas, ainda há vida no meio da destruição.
"Pensamos que ele está preso debaixo de um bloco de betão" numa loja e conseguiu acesso a alimentos para sobreviver, explicou um dos bombeiros franceses à AFP antes do salvamento.
A equipa de resgate demorou algumas horas até conseguir ver o sobrevivente, apesar de este lhe ir dizendo que estava a ver a luz que eles introduziam sob os escombros.
Na véspera, as equipas de socorro haviam tirado um homem de 22 anos e uma mulher de 84 com vida dos escombros.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Médica portuguesa conta como não identificou os corpos
Médica portuguesa conta como não identificou os corpos
por DN.pt
Hoje
Cristina Mendonça não teve tempo de começar a trabalhar até os cadáveres serem levados para as valas comuns.
Quando chegou a Port-au-Prince, Cristina Mendonça tinha uma missão: ajudar no reconhecimento de cadáveres. Mas depressa percebeu que não ia conseguir trabalhar porque os corpos eram atirados para valas comuns sem nunca serem identificados.
A pilha de cadáveres que se amontoava frente à morgue da capital haitiana desapareceu. Mas continua a ser difícil circular. Os pés colam-se ao chão que ainda está manchado de sangue. A “cola” é gordura de cadáver, explica a médica do Instituto Nacional de Medicina Legal, integrada na equipa portuguesa de ajuda humanitária no Haiti.
Outro português entre os escombros do sismo é Artur dos Santos, de 63 anos. O chef de cozinha da cafetaria da ONU, que o consulado português desconhecia estar no Haiti durante o sismo, recordou ontem à Lusa o barulho “assustador” que ouviu no dia 12.
In DN
por DN.pt
Hoje
Cristina Mendonça não teve tempo de começar a trabalhar até os cadáveres serem levados para as valas comuns.
Quando chegou a Port-au-Prince, Cristina Mendonça tinha uma missão: ajudar no reconhecimento de cadáveres. Mas depressa percebeu que não ia conseguir trabalhar porque os corpos eram atirados para valas comuns sem nunca serem identificados.
A pilha de cadáveres que se amontoava frente à morgue da capital haitiana desapareceu. Mas continua a ser difícil circular. Os pés colam-se ao chão que ainda está manchado de sangue. A “cola” é gordura de cadáver, explica a médica do Instituto Nacional de Medicina Legal, integrada na equipa portuguesa de ajuda humanitária no Haiti.
Outro português entre os escombros do sismo é Artur dos Santos, de 63 anos. O chef de cozinha da cafetaria da ONU, que o consulado português desconhecia estar no Haiti durante o sismo, recordou ontem à Lusa o barulho “assustador” que ouviu no dia 12.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Haiti já enterrou mais de 150 mil mortos
Haiti já enterrou mais de 150 mil mortos
por DN.pt com AFP e Lusa
Hoje
Quase duas semanas depois do terramoto que devastou o Haiti, as autoridades daquele país dizem que já foram enterradas 150 mil pessoas, mas o número pode chegar aos 200 mil, porque ainda há muitos cadáveres debaixo dos escombros.
Alguns dos países juntos nos apoios ao Haiti (Estados Unidos, França, Espanha, Brasil, Nações Unidas e Organização dos Estados Americanos) têm hoje uma reunião de emergência para fazer o balanço da situação no país e coordenar os meios internacionais mobilizados para reconstruir o país.
O balanço foi revisto pelas autoridades haitianas. A ministra das Comunicações haitiana, Marie-Laurence Jocelyn Lassegue, disse ontem à AFP que foram enterrados 150 mil cadáveres de vítimas do sismo de magnitude 7.0 que abalou o Haiti no passado dia 12.
Questionada sobre quantos cadáveres se poderiam encontrar ainda sob os escombros, a ministra declarou que “é difícil dizer, mas o primeiro-ministro falou em 200 mil”.
O governo haitiano mostrou-se satisfeito, ontem, com a resposta da comunidade internacional, mas insistiu na necessidade de ver as promessas concretizadas.
O chefe da missão de estabilização da ONU no Haiti (Minustah), Edmond Mulet, afirmou também ter necessidade de mais funcionários, soldados e veículos para fazer chegar a ajuda às populações.
Entretanto, o Japão vai contribuir com 70 milhões de dólares para ajudar o país e poderá enviar tropas para reforçar a missão da ONU, noticiou hoje a agência japonesa Kyodo.
ONU: 235 mil saíram de Port-au-Prince, 800 mil em campos na capital
Cerca de 235.000 pessoas saíram de Port-au-Prince para regiões rurais do Haiti menos afectadas pelo sismo e cerca de 800.000 vivem em campos improvisados na capital, informou hoje a ONU.
"O governo estima que 235.000 pessoas tenham deixado Port-au-Prince graças aos transportes gratuitos oferecidos pelo governo", informou o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) no seu relatório diário.
A Organização Internacional das Migrações (OIM) contabilizou 591 acampamentos improvisados na capital que acolhem 692.000 pessoas durante o dia. A agência refere todavia que o número de pessoas aumenta à noite, podendo atingir as 800.000.
Segundo a OIM, o maior número de pessoas sem-abrigo encontra-se no centro e no sul de Port-au-Prince. No bairro de Delmas, um quarto da população ficou sem casa.
A OIM distribuiu ajuda não alimentar - cobertores, capas e "jerrycans" - a 112.497 pessoas no domingo e água potável a 235.000 pessoas em média por dia em 115 locais de Port-au-Prince.
In DN
por DN.pt com AFP e Lusa
Hoje
Quase duas semanas depois do terramoto que devastou o Haiti, as autoridades daquele país dizem que já foram enterradas 150 mil pessoas, mas o número pode chegar aos 200 mil, porque ainda há muitos cadáveres debaixo dos escombros.
Alguns dos países juntos nos apoios ao Haiti (Estados Unidos, França, Espanha, Brasil, Nações Unidas e Organização dos Estados Americanos) têm hoje uma reunião de emergência para fazer o balanço da situação no país e coordenar os meios internacionais mobilizados para reconstruir o país.
O balanço foi revisto pelas autoridades haitianas. A ministra das Comunicações haitiana, Marie-Laurence Jocelyn Lassegue, disse ontem à AFP que foram enterrados 150 mil cadáveres de vítimas do sismo de magnitude 7.0 que abalou o Haiti no passado dia 12.
Questionada sobre quantos cadáveres se poderiam encontrar ainda sob os escombros, a ministra declarou que “é difícil dizer, mas o primeiro-ministro falou em 200 mil”.
O governo haitiano mostrou-se satisfeito, ontem, com a resposta da comunidade internacional, mas insistiu na necessidade de ver as promessas concretizadas.
O chefe da missão de estabilização da ONU no Haiti (Minustah), Edmond Mulet, afirmou também ter necessidade de mais funcionários, soldados e veículos para fazer chegar a ajuda às populações.
Entretanto, o Japão vai contribuir com 70 milhões de dólares para ajudar o país e poderá enviar tropas para reforçar a missão da ONU, noticiou hoje a agência japonesa Kyodo.
ONU: 235 mil saíram de Port-au-Prince, 800 mil em campos na capital
Cerca de 235.000 pessoas saíram de Port-au-Prince para regiões rurais do Haiti menos afectadas pelo sismo e cerca de 800.000 vivem em campos improvisados na capital, informou hoje a ONU.
"O governo estima que 235.000 pessoas tenham deixado Port-au-Prince graças aos transportes gratuitos oferecidos pelo governo", informou o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) no seu relatório diário.
A Organização Internacional das Migrações (OIM) contabilizou 591 acampamentos improvisados na capital que acolhem 692.000 pessoas durante o dia. A agência refere todavia que o número de pessoas aumenta à noite, podendo atingir as 800.000.
Segundo a OIM, o maior número de pessoas sem-abrigo encontra-se no centro e no sul de Port-au-Prince. No bairro de Delmas, um quarto da população ficou sem casa.
A OIM distribuiu ajuda não alimentar - cobertores, capas e "jerrycans" - a 112.497 pessoas no domingo e água potável a 235.000 pessoas em média por dia em 115 locais de Port-au-Prince.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Governo do Haiti quer país no caminho do progresso
Governo do Haiti quer país no caminho do progresso
por HUGO COELHO
Hoje
Reconstrução pode durar uma década. Mas primeiro-ministro aposta no desenvolvimento e não em "voltar ao que era antes"
O Governo do Haiti não quer deixar nas mãos de países estrangeiros a reconstrução do país, mas conta com a ajuda internacional para financiar a obra que poderá prolongar-se por uma década.
O aviso foi deixado pelo primeiro-ministro haitiano na abertura da reunião dos países doadores, no Canadá, ontem, horas depois de a União Europeia anunciar o envio de 300 militares e após uma semana em que os EUA foram acusados de ocupar o território.
Jean Max Bellerive afirmou: "O Estado haitiano está a trabalhar em condições muito precárias, mas será capaz de assegurar a liderança que a população espera dele."
A cimeira, duas semanas depois do terramoto, marcou uma ponto de viragem na missão internacional de ajuda. As operações de salvamento foram dadas como terminadas no fim-de-semana pois não há esperança de encontrar mais sobreviventes. Bellerive defendeu que a prioridade agora deve ser a ajuda aos sobreviventes. "Temos de dar resposta às necessidades básicas das pessoas: dar água, comida e cuidados de saúde."
Até agora foram contabilizados 90 mil cadáveres, mas estima-se que outros 60 mil corpos continuem soterrados. O sismo deixou ainda 194 mil feridos e milhão e meio de desalojados.
A reunião em Montreal - cidade também conhecida por 'segunda Port-au-Prince', por causa da vasta comunidade de imigrantes haitianos -, que durava ainda à hora do fecho desta edição, serviu para avaliar a situação no terreno, mas também para lançar as bases da reconstrução e preparar uma conferência de doadores a realizar em Março, na sede das nações Unidas em Nova Iorque, a convite dos EUA.
De acordo com o New York Times, o Governo haitiano pediu aos ministros e diplomatas dos EUA, França, Brasil entre outros, três mil milhões de dólares para construir casas recuperar os ministérios e infra-estruturas básicas. Bellerive disse que não se trata de "reconstrução". "Para voltarmos ao ponto zero, como estávamos antes do terramoto, seriam precisos quatro ou cinco anos. Mas ninguém quer isso. O que fizermos deve permitir relançar o país na via do desenvolvimento. Não é apenas voltar ao que era antes."
Entre a população do país mais pobre da América, a pequena cimeira gerou um optimismo moderado. Gesnel Faustin, 29 anos, agrónomo, disse à AFP: "O país está devastado. Quero ver como vamos reconstruí-lo depois da catástrofe. O Presidente René Preval não faz nada. Mas se os EUA, a França e o Canadá se juntarem então a reconstrução vai para a frente."
Organizações não-governamentais avisam para o perigo de uma tragédia se a comunidade internacional não montar abrigos para a população antes de Maio - o início da época dos furacões. Nos últimos anos, centenas de haitianos morreram à passagem das tempestades tropicais.
O Governo está a empurrar a população para fora de Port-au-Prince. A ONU estima que 235 mil pessoas já fugiram para as zonas rurais, onde têm apoio da família, e que outros 800 mil vivem em campos de refugiados nos arredores da capital.
Outras centenas de milhares continuam na cidade, contra a vontade das autoridades, onde as pilhagens e escaramuças entre gangues se sucedem.
No fim de semana, militares brasileiros dispararam tiros para o ar para dispersar uma multidão que entrou em confronto para chegar a uma carrinha de alimentos. Ontem a polícia haitiana atirou sobre um grupo de pessoas que remexia os escombros e feriu pelo menos dois homens.
Os jornalistas internacionais garatem que a segurança está a degradar-se e o chefe da missão da ONU no Haiti, Edmond Mulet, já deixou claro que são necessários mais homens e veículos para distribuir a ajuda. Até agora tem sido a presença de 12.500 capacetes azuis e mais de 20 mil soldados americanos a evitar que a lei da selva domine a capital.
Os EUA empenharam-se desde a primeira hora no apoio às vítimas do terramoto e lideraram as operações de salvamento. Mas não têm parado de receber críticas. Primeiro, Brasília e Paris chocaram com Washington por causa da gestão do aeroporto. Dias depois, o Presidente socialista da Venezuela, Hugo Chávez, e Fidel Castro, o líder histórico da revolução comunista em Cuba, acusaram Barack Obama de estar a ocupar o país que divide a ilha de Hispaniola com a República Dominicana.
Mais surpreendentes ainda foram as palavras do chefe da protecção civil italiana, que comparou o esforço humanitário a uma "feira de vaidades". Guido Bertolaso, que coordenou as operações no ressaca do terramoto de Aquila, em Itália, admitiu que a situação é terrível, mas defendeu que devia ter havido melhor gestão no terreno.
Numa entrevista à televisão pública RAI, este membro do Governo italiano disse: "Quando há uma emergência há uma feira de vaidades. Muitas pessoas vão para o local da tragédia desesperadas para mostrar que o seu país é grande e solidário."
Bertolaso disse que é "lógico e desejável que os EUA liderem a missão de salvamento", mas criticou a "falta de liderança e organziação" de uma força impressionante mas que está desligada da realidade. "É preciso uma cooperação que vá além da disciplina militar. Eles não têm conhecimento do território nem ligação às organizações internacionais."
Criticada pela falta de visibilidade face aos EUA, a União Europeia anunciou ontem que vai enviar uma força de polícia militarizada para o Haiti.
França e Itália prometeram enviar 200 homens. Holanda, Espanha, Roménia mas também Portugal poderão enviar outros cem. Reino Unido e Alemanha são os dois países grandes que ficaram de fora da missão. À saída da reunião de ministroa dos Negócios Estrangeiros em Bruxelas, Luís Amado disse que o Governo está a avaliar a possibilidade, mas lembrou o "constrangimento" causado pela participação noutras operações. A questão deverá ser discutida no próximo Conselho de Ministros. O DN sabe que a GNR foi apanhada de surpresa, mas está disponível.
A Europa, campeã mundial de apoio ao desenvolvimento, já se tinha comprometido a dar apoio financeiro. Na primeira reunião sobre o Haiti, há uma semana, os 27 desbloquearam 429 milhões de euros de ajuda.
In DN
por HUGO COELHO
Hoje
Reconstrução pode durar uma década. Mas primeiro-ministro aposta no desenvolvimento e não em "voltar ao que era antes"
O Governo do Haiti não quer deixar nas mãos de países estrangeiros a reconstrução do país, mas conta com a ajuda internacional para financiar a obra que poderá prolongar-se por uma década.
O aviso foi deixado pelo primeiro-ministro haitiano na abertura da reunião dos países doadores, no Canadá, ontem, horas depois de a União Europeia anunciar o envio de 300 militares e após uma semana em que os EUA foram acusados de ocupar o território.
Jean Max Bellerive afirmou: "O Estado haitiano está a trabalhar em condições muito precárias, mas será capaz de assegurar a liderança que a população espera dele."
A cimeira, duas semanas depois do terramoto, marcou uma ponto de viragem na missão internacional de ajuda. As operações de salvamento foram dadas como terminadas no fim-de-semana pois não há esperança de encontrar mais sobreviventes. Bellerive defendeu que a prioridade agora deve ser a ajuda aos sobreviventes. "Temos de dar resposta às necessidades básicas das pessoas: dar água, comida e cuidados de saúde."
Até agora foram contabilizados 90 mil cadáveres, mas estima-se que outros 60 mil corpos continuem soterrados. O sismo deixou ainda 194 mil feridos e milhão e meio de desalojados.
A reunião em Montreal - cidade também conhecida por 'segunda Port-au-Prince', por causa da vasta comunidade de imigrantes haitianos -, que durava ainda à hora do fecho desta edição, serviu para avaliar a situação no terreno, mas também para lançar as bases da reconstrução e preparar uma conferência de doadores a realizar em Março, na sede das nações Unidas em Nova Iorque, a convite dos EUA.
De acordo com o New York Times, o Governo haitiano pediu aos ministros e diplomatas dos EUA, França, Brasil entre outros, três mil milhões de dólares para construir casas recuperar os ministérios e infra-estruturas básicas. Bellerive disse que não se trata de "reconstrução". "Para voltarmos ao ponto zero, como estávamos antes do terramoto, seriam precisos quatro ou cinco anos. Mas ninguém quer isso. O que fizermos deve permitir relançar o país na via do desenvolvimento. Não é apenas voltar ao que era antes."
Entre a população do país mais pobre da América, a pequena cimeira gerou um optimismo moderado. Gesnel Faustin, 29 anos, agrónomo, disse à AFP: "O país está devastado. Quero ver como vamos reconstruí-lo depois da catástrofe. O Presidente René Preval não faz nada. Mas se os EUA, a França e o Canadá se juntarem então a reconstrução vai para a frente."
Organizações não-governamentais avisam para o perigo de uma tragédia se a comunidade internacional não montar abrigos para a população antes de Maio - o início da época dos furacões. Nos últimos anos, centenas de haitianos morreram à passagem das tempestades tropicais.
O Governo está a empurrar a população para fora de Port-au-Prince. A ONU estima que 235 mil pessoas já fugiram para as zonas rurais, onde têm apoio da família, e que outros 800 mil vivem em campos de refugiados nos arredores da capital.
Outras centenas de milhares continuam na cidade, contra a vontade das autoridades, onde as pilhagens e escaramuças entre gangues se sucedem.
No fim de semana, militares brasileiros dispararam tiros para o ar para dispersar uma multidão que entrou em confronto para chegar a uma carrinha de alimentos. Ontem a polícia haitiana atirou sobre um grupo de pessoas que remexia os escombros e feriu pelo menos dois homens.
Os jornalistas internacionais garatem que a segurança está a degradar-se e o chefe da missão da ONU no Haiti, Edmond Mulet, já deixou claro que são necessários mais homens e veículos para distribuir a ajuda. Até agora tem sido a presença de 12.500 capacetes azuis e mais de 20 mil soldados americanos a evitar que a lei da selva domine a capital.
Os EUA empenharam-se desde a primeira hora no apoio às vítimas do terramoto e lideraram as operações de salvamento. Mas não têm parado de receber críticas. Primeiro, Brasília e Paris chocaram com Washington por causa da gestão do aeroporto. Dias depois, o Presidente socialista da Venezuela, Hugo Chávez, e Fidel Castro, o líder histórico da revolução comunista em Cuba, acusaram Barack Obama de estar a ocupar o país que divide a ilha de Hispaniola com a República Dominicana.
Mais surpreendentes ainda foram as palavras do chefe da protecção civil italiana, que comparou o esforço humanitário a uma "feira de vaidades". Guido Bertolaso, que coordenou as operações no ressaca do terramoto de Aquila, em Itália, admitiu que a situação é terrível, mas defendeu que devia ter havido melhor gestão no terreno.
Numa entrevista à televisão pública RAI, este membro do Governo italiano disse: "Quando há uma emergência há uma feira de vaidades. Muitas pessoas vão para o local da tragédia desesperadas para mostrar que o seu país é grande e solidário."
Bertolaso disse que é "lógico e desejável que os EUA liderem a missão de salvamento", mas criticou a "falta de liderança e organziação" de uma força impressionante mas que está desligada da realidade. "É preciso uma cooperação que vá além da disciplina militar. Eles não têm conhecimento do território nem ligação às organizações internacionais."
Criticada pela falta de visibilidade face aos EUA, a União Europeia anunciou ontem que vai enviar uma força de polícia militarizada para o Haiti.
França e Itália prometeram enviar 200 homens. Holanda, Espanha, Roménia mas também Portugal poderão enviar outros cem. Reino Unido e Alemanha são os dois países grandes que ficaram de fora da missão. À saída da reunião de ministroa dos Negócios Estrangeiros em Bruxelas, Luís Amado disse que o Governo está a avaliar a possibilidade, mas lembrou o "constrangimento" causado pela participação noutras operações. A questão deverá ser discutida no próximo Conselho de Ministros. O DN sabe que a GNR foi apanhada de surpresa, mas está disponível.
A Europa, campeã mundial de apoio ao desenvolvimento, já se tinha comprometido a dar apoio financeiro. Na primeira reunião sobre o Haiti, há uma semana, os 27 desbloquearam 429 milhões de euros de ajuda.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Evadidos de prisão destruída em "guerras por território"
.Evadidos de prisão destruída em "guerras por território"
por Sílvia Maia (texto) e Tiago Petinga (foto), da Lusa
Hoje
Os evadidos das prisões destruídas pelo terramoto no Haiti andam em guerra pelos bairros, "a disputar o território", tornando mais fácil a sua localização por parte das forças policiais, contou à Lusa um responsável da ONU.
"Eles fugiram da prisão e foram para outros bairros da capital", disse em entrevista à agência Lusa o porta-voz da MINUSTAH, organização da ONU
O principal refúgio dos bandidos foi Citie Soleil, o bairro mais problemático de Port-au-Prince. Com a sua chegada, "a situação complicou-se".
O terramoto de 12 de Janeiro destruiu a prisão situada no centro da cidade onde estavam cerca de cinco mil presos que conseguiram fugir. Agora, "estão a disputar entre eles o território".
Para David Wimhurst, esta situação pode ser benéfica, já que as guerras entre gangs chamam a atenção da população local, "que foi previamente avisada pelo chefe da polícia para os avisar caso identificasse alguém".
"Vamos encontrá-los mais rapidamente", disse, contando que dos 83 presos da cadeira de Jacmel, "11 já foram capturados".
Para o porta-voz, "é preciso construir uma prisão rapidamente para deter os que têm de ser detidos".
No 10.º aniversário do referendo em Timor-Leste, em Agosto passado, Wimhurst falou em termos quase fatalistas da sua presença no Haiti: "outra ilha dividida por dois países".
No referendo de Timor-Leste, David Wimhurst foi porta-voz da missão na ONU liderada por Ian Martin. Antes tinha estado em Angola, onde desempenhou o mesmo cargo na missão da ONU, liderada por Alioune Beye, que haveria de falecer num acidente aéreo em Angola em 1998.
O canadiano é casado com uma portuguesa e por isso a entrevista dada à agência Lusa foi em português.
In DN
por Sílvia Maia (texto) e Tiago Petinga (foto), da Lusa
Hoje
Os evadidos das prisões destruídas pelo terramoto no Haiti andam em guerra pelos bairros, "a disputar o território", tornando mais fácil a sua localização por parte das forças policiais, contou à Lusa um responsável da ONU.
"Eles fugiram da prisão e foram para outros bairros da capital", disse em entrevista à agência Lusa o porta-voz da MINUSTAH, organização da ONU
O principal refúgio dos bandidos foi Citie Soleil, o bairro mais problemático de Port-au-Prince. Com a sua chegada, "a situação complicou-se".
O terramoto de 12 de Janeiro destruiu a prisão situada no centro da cidade onde estavam cerca de cinco mil presos que conseguiram fugir. Agora, "estão a disputar entre eles o território".
Para David Wimhurst, esta situação pode ser benéfica, já que as guerras entre gangs chamam a atenção da população local, "que foi previamente avisada pelo chefe da polícia para os avisar caso identificasse alguém".
"Vamos encontrá-los mais rapidamente", disse, contando que dos 83 presos da cadeira de Jacmel, "11 já foram capturados".
Para o porta-voz, "é preciso construir uma prisão rapidamente para deter os que têm de ser detidos".
No 10.º aniversário do referendo em Timor-Leste, em Agosto passado, Wimhurst falou em termos quase fatalistas da sua presença no Haiti: "outra ilha dividida por dois países".
No referendo de Timor-Leste, David Wimhurst foi porta-voz da missão na ONU liderada por Ian Martin. Antes tinha estado em Angola, onde desempenhou o mesmo cargo na missão da ONU, liderada por Alioune Beye, que haveria de falecer num acidente aéreo em Angola em 1998.
O canadiano é casado com uma portuguesa e por isso a entrevista dada à agência Lusa foi em português.
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Quando a 'invasão' é o melhor que pode acontecer
Quando a 'invasão' é o melhor que pode acontecer
Hoje
A ajuda internacional "invadiu" o Haiti desde os primeiros dias após o sismo. Porta-aviões, navios-hospital, forças de segurança, ONG e apoio médico e alimentar começaram a chegar ao Haiti menos de 48 horas após o sismo.
O envolvimento internacional assumiu tal dimensão que gerou "engarrafamentos" no aeroporto de Port-au-Prince e trocas de críticas entre Paris e Washington. Mas a pequena crise diplomática não foi suficiente para escamotear o processo de reconstrução. O porto está a ser recuperado e deve estar operacional em meados de Abril. O funcionamento do aeroporto está a melhorar e as forças de segurança de vários países tornam menos insegura a região de Port-au-Prince.
O esforço humanitário - ainda necessário - está a ser seguido por uma série de donativos que, entre verbas recolhidas e prometidas, atinge 1,45 mil milhões de euros. Além do perdão de uma parte da dívida do Estado haitiano pelos principais credores, o FMI anunciou a criação de uma linha de crédito de emergência no valor de 73 milhões de euros, sem juros, com o início do pagamento diferido para 2015.
No âmbito da reconstrução de infra-estruturas, plano em que se vai decidir em muito o futuro do Haiti, o antigo presidente Bill Clinton, falando em Davos, referiu a importância do investimento privado para a "modernização" do país, pondo fim a um ciclo de exploração e destruição dos seus recursos. O objectivo "não é reconstruir como no passado", mas permitir "um novo princípio" num país onde "70% das terras e 60% da população" não foram afectadas pelo sismo. Neste ponto, o modelo de reconstrução da capital, "destruída em mais de 75%", e os sectores da economia a privilegiar permitirão avaliar se a "invasão" pós-12 de Janeiro será a última a viver pelo Haiti.
In DN
Hoje
A ajuda internacional "invadiu" o Haiti desde os primeiros dias após o sismo. Porta-aviões, navios-hospital, forças de segurança, ONG e apoio médico e alimentar começaram a chegar ao Haiti menos de 48 horas após o sismo.
O envolvimento internacional assumiu tal dimensão que gerou "engarrafamentos" no aeroporto de Port-au-Prince e trocas de críticas entre Paris e Washington. Mas a pequena crise diplomática não foi suficiente para escamotear o processo de reconstrução. O porto está a ser recuperado e deve estar operacional em meados de Abril. O funcionamento do aeroporto está a melhorar e as forças de segurança de vários países tornam menos insegura a região de Port-au-Prince.
O esforço humanitário - ainda necessário - está a ser seguido por uma série de donativos que, entre verbas recolhidas e prometidas, atinge 1,45 mil milhões de euros. Além do perdão de uma parte da dívida do Estado haitiano pelos principais credores, o FMI anunciou a criação de uma linha de crédito de emergência no valor de 73 milhões de euros, sem juros, com o início do pagamento diferido para 2015.
No âmbito da reconstrução de infra-estruturas, plano em que se vai decidir em muito o futuro do Haiti, o antigo presidente Bill Clinton, falando em Davos, referiu a importância do investimento privado para a "modernização" do país, pondo fim a um ciclo de exploração e destruição dos seus recursos. O objectivo "não é reconstruir como no passado", mas permitir "um novo princípio" num país onde "70% das terras e 60% da população" não foram afectadas pelo sismo. Neste ponto, o modelo de reconstrução da capital, "destruída em mais de 75%", e os sectores da economia a privilegiar permitirão avaliar se a "invasão" pós-12 de Janeiro será a última a viver pelo Haiti.
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Fotos de médicos em missão no Haiti causam polémica
Fotos de médicos em missão no Haiti causam polémica
por Lusa
Hoje
Uma missão humanitária porto-riquenha no Haiti tornou-se um foco de polémica depois da divulgação na rede social Facebook de fotografias de médicos em poses de divertimento no meio de vítimas do sismo que devastou o país.
O comité de ética do Colégio de Médicos e Cirurgiões de Porto Rico afirmou já que vai investigar os envolvidos, depois de as imagens terem sido divulgadas na sexta-feira pelo jornal porto-riquenho Primera Hora.
O secretário da Saúde do país, Lorenzo Gonzalez, classificou o episódio como uma "situação triste".
"O pobre julgamento de uns poucos prejudica o enorme esforço que muitos outros fizeram para prestar cuidados médicos de qualidade", afirmou o governante.
Algumas das imagens, colocadas na rede social online Facebook, mostram médicos sorridentes com armas nas mãos e a brindar, segurando garrafas de whiskey.
Em outras, o pessoal médico aparece no que parece ser uma clínica, extremamente sorridente enquanto atende os doentes.
Uma outra imagem mostra uma vítima do terramoto numa cama de hospital, nua da cintura para baixo, com exceção de uma pequena faixa de tecido que lhe cobre os genitais.
"Não se podem tirar fotografias de pacientes, a não ser que eles deem o seu consentimento por escrito, e muito menos publicar imagens de doentes meio despidos", insurgiu-se o presidente do Colégio de Médicos e Cirurgiões, Eduardo Ibarra.
"Isto é uma violação clara do juramento de Hipócrates e vamos tomar todas as medidas para a corrigir", afirmou.
Com o comité de ética a investigar, houve já efeitos negativos na carreira dos médicos retratados, adiantou Eduardo Ibarra, afirmando que "alguns já perderam os seus empregos".
"Vão provavelmente prejudicar e perder as suas carreiras. É uma confusão. E tudo por causa de uma estupidez", lamentou.
A polémica provocada pelas imagens foi aumentada pelo facto de a missão ser coordenada pelo senado de Porto Rico, tendo já o presidente desta entidade, Thomas Rivera Schatz, afirmado que a conduta dos clínicos foi "imprudente" e "indiscreta".
In DN
por Lusa
Hoje
Uma missão humanitária porto-riquenha no Haiti tornou-se um foco de polémica depois da divulgação na rede social Facebook de fotografias de médicos em poses de divertimento no meio de vítimas do sismo que devastou o país.
O comité de ética do Colégio de Médicos e Cirurgiões de Porto Rico afirmou já que vai investigar os envolvidos, depois de as imagens terem sido divulgadas na sexta-feira pelo jornal porto-riquenho Primera Hora.
O secretário da Saúde do país, Lorenzo Gonzalez, classificou o episódio como uma "situação triste".
"O pobre julgamento de uns poucos prejudica o enorme esforço que muitos outros fizeram para prestar cuidados médicos de qualidade", afirmou o governante.
Algumas das imagens, colocadas na rede social online Facebook, mostram médicos sorridentes com armas nas mãos e a brindar, segurando garrafas de whiskey.
Em outras, o pessoal médico aparece no que parece ser uma clínica, extremamente sorridente enquanto atende os doentes.
Uma outra imagem mostra uma vítima do terramoto numa cama de hospital, nua da cintura para baixo, com exceção de uma pequena faixa de tecido que lhe cobre os genitais.
"Não se podem tirar fotografias de pacientes, a não ser que eles deem o seu consentimento por escrito, e muito menos publicar imagens de doentes meio despidos", insurgiu-se o presidente do Colégio de Médicos e Cirurgiões, Eduardo Ibarra.
"Isto é uma violação clara do juramento de Hipócrates e vamos tomar todas as medidas para a corrigir", afirmou.
Com o comité de ética a investigar, houve já efeitos negativos na carreira dos médicos retratados, adiantou Eduardo Ibarra, afirmando que "alguns já perderam os seus empregos".
"Vão provavelmente prejudicar e perder as suas carreiras. É uma confusão. E tudo por causa de uma estupidez", lamentou.
A polémica provocada pelas imagens foi aumentada pelo facto de a missão ser coordenada pelo senado de Porto Rico, tendo já o presidente desta entidade, Thomas Rivera Schatz, afirmado que a conduta dos clínicos foi "imprudente" e "indiscreta".
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Re: Haiti
Gastos fazem EUA cessarem transferência de feridos no Haiti
Washington, 30 jan (EFE).- O Exército americano paralisou totalmente a evacuação de feridos do Haiti para os Estados Unidos devido à falta de acordo sobre quem pagará pelo tratamento das vítimas do terremoto.
"Foi colocada a pergunta sobre quem vai pagar pelo tratamento médico", afirmou hoje o capitão Kevin Aandahl, porta-voz do comando de transporte do Exército americano, à imprensa local.
Aandahl informou que os voos com os feridos pararam na quarta-feira depois que o governador da Flórida, Charlie Crist, solicitou a ajuda do Governo federal para cobrir os gastos com ajuda médica.
O oficial do Exército americano explicou que em alguns casos críticos os médicos enviados ao Haiti recomendaram o transporte de pacientes aos EUA para tratamento.
"Pelo que eu entendo, alguns estados não estavam dispostos a aprovar o transporte para esse tratamento. Não podemos transportar ninguém sem que um hospital tenha aceitado", disse Aandahl.
Na quinta-feira passada, o Exército dos EUA já tinha informado que a embarcação "Comfort", um hospital com salas de cirurgia e unidades de terapia intensiva que está em Porto Príncipe, não tem capacidade para tratar novos pacientes.
O general afirmou que os EUA trabalham rapidamente na construção de novas instalações médicas em uma área doada pelo Governo do Haiti.
A campanha de ajuda do Exército americano, que caminha para ser a maior da história do país, supervisionou já a entrega de dois milhões de garrafas de água e 1,5 milhão de pratos de comida no Haiti. EFE
Washington, 30 jan (EFE).- O Exército americano paralisou totalmente a evacuação de feridos do Haiti para os Estados Unidos devido à falta de acordo sobre quem pagará pelo tratamento das vítimas do terremoto.
"Foi colocada a pergunta sobre quem vai pagar pelo tratamento médico", afirmou hoje o capitão Kevin Aandahl, porta-voz do comando de transporte do Exército americano, à imprensa local.
Aandahl informou que os voos com os feridos pararam na quarta-feira depois que o governador da Flórida, Charlie Crist, solicitou a ajuda do Governo federal para cobrir os gastos com ajuda médica.
O oficial do Exército americano explicou que em alguns casos críticos os médicos enviados ao Haiti recomendaram o transporte de pacientes aos EUA para tratamento.
"Pelo que eu entendo, alguns estados não estavam dispostos a aprovar o transporte para esse tratamento. Não podemos transportar ninguém sem que um hospital tenha aceitado", disse Aandahl.
Na quinta-feira passada, o Exército dos EUA já tinha informado que a embarcação "Comfort", um hospital com salas de cirurgia e unidades de terapia intensiva que está em Porto Príncipe, não tem capacidade para tratar novos pacientes.
O general afirmou que os EUA trabalham rapidamente na construção de novas instalações médicas em uma área doada pelo Governo do Haiti.
A campanha de ajuda do Exército americano, que caminha para ser a maior da história do país, supervisionou já a entrega de dois milhões de garrafas de água e 1,5 milhão de pratos de comida no Haiti. EFE
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Haiti: Norte-americanos detidos por "roubar" 31 crianças
Haiti: Norte-americanos detidos por "roubar" 31 crianças
por Lusa
Hoje
Dez cidadãos norte-americanos suspeitos de "roubar" 31 crianças com idades entre os dois meses e 12 anos, foram detidos sexta feira no Haiti, anunciou sábado o ministro dos Assuntos Sociais e do Trabalho, Yves Christallin.
As dez pessoas detidas, cinco homens e cinco mulheres, foram detidas, na companhia de 31 crianças, com idades entre os dois meses e os 12 anos, perto da fronteira dominicana por um Comissário da polícia haitiana, precisou o ministro.
"É um roubo, não é uma adopção", afirmou o ministro, precisando que "para deixar o Haiti uma criança necessita de uma autorização do Instituto do bem-estar social que se ocupa dos casos de adopção".
Os cidadãos norte-americanos foram entregues à justiça e detidos sábado à noite numa esquadra da polícia em Port-au-Prince, com dois presumíveis cúmplices haitianos.
Numerosas crianças foram adoptadas desde o tremor de terra que devastou o Haiti a 12 de Janeiro.
A administração norte-americana apelou quarta feira aos futuros pais adoptivos de crianças haitianas que tenham paciência, enquanto esperam que sejam aplicados procedimentos "transparentes" para evitar erros e tráfico de crianças.
In DN
por Lusa
Hoje
Dez cidadãos norte-americanos suspeitos de "roubar" 31 crianças com idades entre os dois meses e 12 anos, foram detidos sexta feira no Haiti, anunciou sábado o ministro dos Assuntos Sociais e do Trabalho, Yves Christallin.
As dez pessoas detidas, cinco homens e cinco mulheres, foram detidas, na companhia de 31 crianças, com idades entre os dois meses e os 12 anos, perto da fronteira dominicana por um Comissário da polícia haitiana, precisou o ministro.
"É um roubo, não é uma adopção", afirmou o ministro, precisando que "para deixar o Haiti uma criança necessita de uma autorização do Instituto do bem-estar social que se ocupa dos casos de adopção".
Os cidadãos norte-americanos foram entregues à justiça e detidos sábado à noite numa esquadra da polícia em Port-au-Prince, com dois presumíveis cúmplices haitianos.
Numerosas crianças foram adoptadas desde o tremor de terra que devastou o Haiti a 12 de Janeiro.
A administração norte-americana apelou quarta feira aos futuros pais adoptivos de crianças haitianas que tenham paciência, enquanto esperam que sejam aplicados procedimentos "transparentes" para evitar erros e tráfico de crianças.
In DN
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