Zapatero quer subir a idade da reforma para 67 a
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Zapatero quer subir a idade da reforma para 67 a
Zapatero quer subir a idade da reforma para 67 anos
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Oposição e sindicatos criticam a proposta, mas Governo diz que é a única solução para que o sistema continue sustentável
Os espanhóis que celebram 51 anos em 2010 acabam de receber uma prenda envenenada do Governo: terão de trabalhar mais dois anos do que pensavam, com os socialistas de José Luis Zapatero a proporem o aumento da idade de reforma dos 65 para os 67 anos. Um aumento que será progressivo: mais dois meses de trabalho por ano a contar de 2013 (começando por isso por afectar os nascidos em 1948), e que estará totalmente implementado em 2024.
"É uma proposta. Temos muito tempo para discutir", disse a ministra da Economia, Elena Salgado, confrontada com as críticas da oposição e dos sindicatos. Só os patrões, que defendem o aumento da idade da reforma para os 70 anos, estão satisfeitos. Para o Partido Popular (à frente nas sondagens para as eleições de 2012), a proposta "é começar a casa pelo telhado", enquanto que a Esquerda Unida defende que este é "o maior golpe ao modelo social".
O aumento da idade da reforma já foi aplicado noutros países europeus, como Alemanha ou Reino Unido. Em Portugal, o efeito é o mesmo. O chamado "factor de sustentabilidade" determina cortes nas pensões à medida que aumenta a esperança média de vida. Assim, este ano, os trabalhadores que se quiseram reformar aos 65 anos têm de trabalhar mais dois a cinco meses (dependendo da carreira contributiva), para evitar um corte de 1,65% na pensão. Trata-se de uma solução mais progressiva, mas que cria alguma incerteza quanto às futuras reformas.
O sistema de segurança social espanhol ainda não se encontra no vermelho, sendo viável nos actuais moldes até 2023. "Se nós queremos que continue sustentável para lá de 2023, é necessário fazer reformas", disse o ministro do Trabalho, Celestino Corbacho. Até agora, contudo, o ministro mostrava-se contra o aumento para os 67 anos, preferindo antes iniciativas para incentivar o adiar voluntário da idade da reforma. Actualmente, a idade real de abandono da vida activa é de 63,6 anos.
Em estudo está também passar a usar os últimos 20 anos de descontos e não apenas os últimos 15 para fazer o cálculo, o que a longo prazo significa pensões mais baixas. A proposta dos socialistas passa ainda por aumentar a idade mínima para a pré-reforma (hoje nos 52 anos).
A culpa para esta mudança, diz o Governo, é do aumento da esperança média de vida, que poderá por em causa o actual sistema de Segurança Social. Segundo o Instituto Nacional de Estatística espanhol, se nada mudar, em 2049, por cada dez pessoas potencialmente no activo (com idades entre os 16 e os 64 anos), haverá nove inactivos (crianças com menos de 16 anos, mas principalmente idosos com mais de 64 anos).
in DN
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Oposição e sindicatos criticam a proposta, mas Governo diz que é a única solução para que o sistema continue sustentável
Os espanhóis que celebram 51 anos em 2010 acabam de receber uma prenda envenenada do Governo: terão de trabalhar mais dois anos do que pensavam, com os socialistas de José Luis Zapatero a proporem o aumento da idade de reforma dos 65 para os 67 anos. Um aumento que será progressivo: mais dois meses de trabalho por ano a contar de 2013 (começando por isso por afectar os nascidos em 1948), e que estará totalmente implementado em 2024.
"É uma proposta. Temos muito tempo para discutir", disse a ministra da Economia, Elena Salgado, confrontada com as críticas da oposição e dos sindicatos. Só os patrões, que defendem o aumento da idade da reforma para os 70 anos, estão satisfeitos. Para o Partido Popular (à frente nas sondagens para as eleições de 2012), a proposta "é começar a casa pelo telhado", enquanto que a Esquerda Unida defende que este é "o maior golpe ao modelo social".
O aumento da idade da reforma já foi aplicado noutros países europeus, como Alemanha ou Reino Unido. Em Portugal, o efeito é o mesmo. O chamado "factor de sustentabilidade" determina cortes nas pensões à medida que aumenta a esperança média de vida. Assim, este ano, os trabalhadores que se quiseram reformar aos 65 anos têm de trabalhar mais dois a cinco meses (dependendo da carreira contributiva), para evitar um corte de 1,65% na pensão. Trata-se de uma solução mais progressiva, mas que cria alguma incerteza quanto às futuras reformas.
O sistema de segurança social espanhol ainda não se encontra no vermelho, sendo viável nos actuais moldes até 2023. "Se nós queremos que continue sustentável para lá de 2023, é necessário fazer reformas", disse o ministro do Trabalho, Celestino Corbacho. Até agora, contudo, o ministro mostrava-se contra o aumento para os 67 anos, preferindo antes iniciativas para incentivar o adiar voluntário da idade da reforma. Actualmente, a idade real de abandono da vida activa é de 63,6 anos.
Em estudo está também passar a usar os últimos 20 anos de descontos e não apenas os últimos 15 para fazer o cálculo, o que a longo prazo significa pensões mais baixas. A proposta dos socialistas passa ainda por aumentar a idade mínima para a pré-reforma (hoje nos 52 anos).
A culpa para esta mudança, diz o Governo, é do aumento da esperança média de vida, que poderá por em causa o actual sistema de Segurança Social. Segundo o Instituto Nacional de Estatística espanhol, se nada mudar, em 2049, por cada dez pessoas potencialmente no activo (com idades entre os 16 e os 64 anos), haverá nove inactivos (crianças com menos de 16 anos, mas principalmente idosos com mais de 64 anos).
in DN
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