Gaza. Israel admite uso de fósforo branco contra civis
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
Página 1 de 1
Gaza. Israel admite uso de fósforo branco contra civis
Gaza. Israel admite uso de fósforo branco contra civis
por Joana Azevedo Viana, Publicado em 02 de Fevereiro de 2010 | Actualizado há 13 horas
Dois oficiais foram "repreendidos" pelo bombardeamento de um edifício da ONU, no mesmo dia em que Berlusconi anunciou: "Quero Israel na União Europeia"
Opções
Uma reprimenda escrita e um possível congelamento de promoções. Foram estes os castigos aplicados ao brigadeiro-general Eyal Eisenberg e ao coronel Ilan Malka, considerados responsáveis pelo ataque a um edifício da ONU durante o conflito em Gaza, em Janeiro de 2009.
As Forças de Defesa Israelitas (FDI) reconheceram ontem que os oficiais são culpados de "exceder a sua autoridade de uma forma que pôs em risco vidas humanas" durante a incursão na Faixa de Gaza no início do ano passado, reprimenda que alguns oficiais seniores das FDI classificaram de imediato como "uma punição leve".
O anúncio surge como resposta às acusações feitas no Relatório Goldstone - encomendado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU ao juiz sul-africano Richard Goldstone -, que, em Setembro, acusou formalmente Israel de crimes de guerra e do uso imprudente de fósforo branco, uma arma química cuja utilização está prevista apenas em alguns cenários militares.
químico incendiário A 5 de Janeiro de 2009 surgiu o primeiro rumor da utilização de fósforo branco por Israel. O país nega o uso deste químico (denunciado pelo "The Times"), mas houve médicos estacionados na Faixa de Gaza a confirmar que estavam a tratar queimaduras graves em dezenas de pessoas depois de um único bombardeamento israelita.
O uso de fósforo branco, apesar de autorizado em cenários de guerra, é restrito e as zonas povoadas estão fora dos limites para estes ataques. Depois de atingirem o alvo, o químico agarra-se à pele e aos edifícios e queima durante horas. No primeiro ataque em que se registou a utilização de fósforo branco, as queimaduras deixaram mais de 50 pessoas gravemente feridas, entre elas uma criança que perdeu a visão 15 dias depois do ataque.
O bombardeamento do edifício da ONU, estrategicamente situado entre Israel e a Palestina e onde mais de 700 refugiados palestinianos estavam alojados entre toneladas de produtos de ajuda humanitária, aconteceu a 20 de Janeiro. Só no Verão de 2009 o país admitiu pela primeira vez o recurso - "justificado" - ao químico mortífero. Ontem as FDI deixaram claro: "Os dois oficiais foram punidos não por recorrerem a armas com fósforo branco, mas por as utilizarem numa área povoada."
Nas duas últimas semanas, Israel pagou 10,5 milhões de dólares (cerca de 7,5 milhões de euros) à ONU. A "compensação" pelos "danos" causados a um edifício da organização surgiu, estrategicamente, a uma semana do final do prazo imposto pela ONU a Israel e à Palestina, para que dêem início a investigações independentes sobre a acção das respectivas forças durante o conflito do ano passado.
Até sexta-feira, Benjamin Netanyahu tem de decidir se cria ou não uma comissão de inquérito sobre a guerra, medida que o ministro da Defesa, Ehud Barak, já chumbou. Até lá, mais soldados israelitas poderão ser sujeitos a acções disciplinares, já que estão em curso 150 investigações relativas ao conflito. Em 36 delas, avançou ontem a BBC, há provas suficientes para avançar com acusações criminais.
Berlusconi. A visita de um amigo Ontem também foi o dia em que Itália e Israel deram início a conversações diplomáticas para aumentarem apoios de parte a parte. Antes da partida para uma visita de três dias ao país, Silvio Berlusconi deixou claro que Israel é um "importante amigo" a manter. À chegada a Telavive, anunciou: "O meu sonho é que Israel possa fazer parte da União Europeia."
Em antecipação à visita de Berlusconi a Israel, o diário israelita "Maariv" escreveu ontem que "Berlusconi está convencido de que a viagem lhe trará sorte para as eleições de 28 de Março". Mas Netanyahu acredita nas boas intenções do líder italiano. O primeiro-ministro deixou sublinhado: "Precisamos de Berlusconi. É um verdadeiro amigo de Israel."
por Joana Azevedo Viana, Publicado em 02 de Fevereiro de 2010 | Actualizado há 13 horas
Dois oficiais foram "repreendidos" pelo bombardeamento de um edifício da ONU, no mesmo dia em que Berlusconi anunciou: "Quero Israel na União Europeia"
Opções
Uma reprimenda escrita e um possível congelamento de promoções. Foram estes os castigos aplicados ao brigadeiro-general Eyal Eisenberg e ao coronel Ilan Malka, considerados responsáveis pelo ataque a um edifício da ONU durante o conflito em Gaza, em Janeiro de 2009.
As Forças de Defesa Israelitas (FDI) reconheceram ontem que os oficiais são culpados de "exceder a sua autoridade de uma forma que pôs em risco vidas humanas" durante a incursão na Faixa de Gaza no início do ano passado, reprimenda que alguns oficiais seniores das FDI classificaram de imediato como "uma punição leve".
O anúncio surge como resposta às acusações feitas no Relatório Goldstone - encomendado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU ao juiz sul-africano Richard Goldstone -, que, em Setembro, acusou formalmente Israel de crimes de guerra e do uso imprudente de fósforo branco, uma arma química cuja utilização está prevista apenas em alguns cenários militares.
químico incendiário A 5 de Janeiro de 2009 surgiu o primeiro rumor da utilização de fósforo branco por Israel. O país nega o uso deste químico (denunciado pelo "The Times"), mas houve médicos estacionados na Faixa de Gaza a confirmar que estavam a tratar queimaduras graves em dezenas de pessoas depois de um único bombardeamento israelita.
O uso de fósforo branco, apesar de autorizado em cenários de guerra, é restrito e as zonas povoadas estão fora dos limites para estes ataques. Depois de atingirem o alvo, o químico agarra-se à pele e aos edifícios e queima durante horas. No primeiro ataque em que se registou a utilização de fósforo branco, as queimaduras deixaram mais de 50 pessoas gravemente feridas, entre elas uma criança que perdeu a visão 15 dias depois do ataque.
O bombardeamento do edifício da ONU, estrategicamente situado entre Israel e a Palestina e onde mais de 700 refugiados palestinianos estavam alojados entre toneladas de produtos de ajuda humanitária, aconteceu a 20 de Janeiro. Só no Verão de 2009 o país admitiu pela primeira vez o recurso - "justificado" - ao químico mortífero. Ontem as FDI deixaram claro: "Os dois oficiais foram punidos não por recorrerem a armas com fósforo branco, mas por as utilizarem numa área povoada."
Nas duas últimas semanas, Israel pagou 10,5 milhões de dólares (cerca de 7,5 milhões de euros) à ONU. A "compensação" pelos "danos" causados a um edifício da organização surgiu, estrategicamente, a uma semana do final do prazo imposto pela ONU a Israel e à Palestina, para que dêem início a investigações independentes sobre a acção das respectivas forças durante o conflito do ano passado.
Até sexta-feira, Benjamin Netanyahu tem de decidir se cria ou não uma comissão de inquérito sobre a guerra, medida que o ministro da Defesa, Ehud Barak, já chumbou. Até lá, mais soldados israelitas poderão ser sujeitos a acções disciplinares, já que estão em curso 150 investigações relativas ao conflito. Em 36 delas, avançou ontem a BBC, há provas suficientes para avançar com acusações criminais.
Berlusconi. A visita de um amigo Ontem também foi o dia em que Itália e Israel deram início a conversações diplomáticas para aumentarem apoios de parte a parte. Antes da partida para uma visita de três dias ao país, Silvio Berlusconi deixou claro que Israel é um "importante amigo" a manter. À chegada a Telavive, anunciou: "O meu sonho é que Israel possa fazer parte da União Europeia."
Em antecipação à visita de Berlusconi a Israel, o diário israelita "Maariv" escreveu ontem que "Berlusconi está convencido de que a viagem lhe trará sorte para as eleições de 28 de Março". Mas Netanyahu acredita nas boas intenções do líder italiano. O primeiro-ministro deixou sublinhado: "Precisamos de Berlusconi. É um verdadeiro amigo de Israel."
Vitor mango- Pontos : 118268
Re: Gaza. Israel admite uso de fósforo branco contra civis
Uma reprimenda escrita e um possível congelamento de promoções. Foram estes os castigos aplicados ao brigadeiro-general Eyal Eisenberg e ao coronel Ilan Malka, considerados responsáveis pelo ataque a um edifício da ONU durante o conflito em Gaza, em Janeiro de 2009.
Só a brincar
Que eu saiba criewms de guerra sao da jurisprudência do TPI ...
Vitor mango- Pontos : 118268
Tópicos semelhantes
» Israel admite lançar bombas de fósforo em Gaza
» Israel: 2 oficiais da IDF em perigo a vida humana na Faixa de Gaza com o uso de fósforo branco
» Soldados israelitas envolvidos na ofensiva de Gaza reconhecem os abusos aí cometidos contra civis
» AI: "Israel utilizó armas de fósforo blanco contra la población civil"
» Israel admite ter assassinado em GaZA
» Israel: 2 oficiais da IDF em perigo a vida humana na Faixa de Gaza com o uso de fósforo branco
» Soldados israelitas envolvidos na ofensiva de Gaza reconhecem os abusos aí cometidos contra civis
» AI: "Israel utilizó armas de fósforo blanco contra la población civil"
» Israel admite ter assassinado em GaZA
Vagueando na Notícia :: Salas das mesas de grandes debates de noticias :: Professor Dr e mister Mokas faz a analise do Mundo
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos