Finanças Regionais: Jaime Gama defende "sentido acrescido" de responsabilidade

Finanças Regionais: Jaime Gama defende "sentido acrescido" de responsabilidade




Lisboa, 04 fev (Lusa)

O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, defendeu hoje que os problemas do país são “de tal monta” que “quase obrigam” os intervenientes políticos a um “sentido acrescido” de responsabilidade.

“Face às dificuldades financeiras e económicas que o país atravessa, é necessário que as instituições se concentrem na resolução dos problemas. Os problemas são de tal monta que quase obrigam os intervenientes políticos a um sentido acrescido de responsabilidade", afirmou.

Jaime Gama falava aos jornalistas no Parlamento, após questionado sobre a atual situação política provocada pela questão da lei das Finanças Regionais.

Questionado se está preocupado com a possibilidade de ser criada uma crise política se for aprovada a lei das Finanças Regionais contra a vontade do Governo e do PS, Jaime Gama disse que está preocupado com a “situação financeira, com a situação económica, com a situação europeia e internacional”.

“E, naturalmente, também fazendo votos para que no país o decisor político, as instituições, tenham as bases necessárias para responder aos problemas e resolver as dificuldades e não transformar a política num fator adicional das graves crises que temos pela frente”, afirmou.

O presidente da Assembleia da República considerou que não lhe cabe “dizer uma palavra adicional que seja suscetível de ser interpretada como algo que propicie instabilidade”.

Enquanto segunda figura do Estado, Jaime Gama afirmou que as “instituições devem cooperar e porventura cooperar ainda mais”, afirmando acreditar que a mensagem do Conselho de Estado de quarta-feira encontrará eco nas forças políticas e no Governo.

“O Conselho de Estado ontem foi uma boa plataforma e gerou uma boa mensagem, avalizada pelo presidente do Conselho de Estado que é o Presidente da República. Essa mensagem seguramente encontrará eco nas forças parlamentares, nas forças políticas e no Governo”, disse.

Gama recusou dizer se considera possível ainda um entendimento entre as bancadas parlamentares e o Governo sobre a lei das Finanças Regionais, que vai a votos sexta-feira em plenário, considerando apenas que “o dever dos intervenientes políticos é agirem com essa finalidade e nesse pressuposto”.