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Intervalo lúcido

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Mensagem por Viriato Seg Fev 08, 2010 3:00 am

Intervalo lúcido

António Correia de Campos

Em 29 de Janeiro, na sua coluna regular do Times de Nova Iorque, Paul Krugman distinguia os verdadeiros falcões da luta contra o défice, dos ridículos pavões que pensam acalmá-lo, atirando ao lado ou disparando para o ar. Nada mais verdadeiro, mesmo em Portugal.

Claro que já conhecíamos uma ‘vulgata' de argumentos do tipo: a solução para o défice e a dívida é mais despesa social e melhores salários; a economia de baixa produtividade e salários e ordenados impossíveis de sustentar cura-se com menos tempo de trabalho semanal e reformas antecipadas sem penalização; a mesa do orçamento é infinita e os lugares de topo devem formar um cilindro ou até uma pirâmide invertida. Sim já conhecemos este tipo de argumentos. Conduzem a inexoráveis desastres, mesmo que o "tarefismo" terapêutico ganhe batalhas nas ruas e na contagem dos manifestantes.

À medida que se agudizam as contradições do nosso pequeno mundo, quando chegamos ao fim de um modelo económico, sem termos ainda os projectos do novo, tendem a surgir novos desconchavos: os líderes esquerdistas, perdidos na demagogia, que acusam o Governo de despesismo e votam a favor de mais dinheiro para a Madeira; os que passaram a vida a criticar o Governo pela alta velocidade, aeroporto e auto-estradas e, salvo raras excepções, não têm uma palavra sobre o desbragamento despesista do dirigente madeirense; os que acham que Jardim é gastador compulsivo, mas entendem que se deve fechar os olhos a mais cinquenta milhões a crescerem anualmente, sobre uma dívida acumulada de 1200 milhões; os que enredados e paralisados pela pequena aranha partidária pretendem virar suprapartidários ou talvez mesmo independentes; os que se especializaram no tiro ao alvo ao governo e reduzidas as audiências por cansaço, inventam perseguições procurando os juros da vitimização; e até não faltam os gurus televisivos que nada sabendo, dão opinião magistral sobre tudo.

A doença não escolhe partidos nem ideologias. Também grassa entre os meus amigos: os que, dada a ordem para negociar, acham que tudo é negociável, sem limites de coerência nem decência; ou os que descobrem prazer em temas laterais obtusos, como o ‘strip-tease' fiscal.
Perante crescentes sinais de insanidade, sabe bem encontrar quem se não encante com cânticos de sereia e resista à incoerência e ao disparate. Mesmo quando vindos dos que devendo defender o Estado, arrasam a sua reputação, protegendo despesismos recorrentes com o falso argumento de que se trata de migalhas. Não será possível prolongar o intervalo lúcido que nos trouxe, ao menos, a esperança de um orçamento?
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António Correia de Campos, Deputado do PS ao Parlamento Europeu
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Mensagem por Joao Ruiz Seg Fev 08, 2010 9:58 am

Quanto mais olho para o arremedo de Oposição que temos, mais me convenço de que estamos entregues a uns quantos "olheiros" do próprio umbigo, que não sofrem na pele os resultados das suas péssimas resoluções.

Sejamos claros: o Governo quer governar mesmo, mas suas exas., em nome ainda não percebi bem de quê, tratam de esbanjar o pouco que há, a troco da satisfação partidária e clientelar. E com a benção do mal maior, PR.

Assim não vamos lá, nem com um gordo milagre da Senhora de Fátima!!!

No No

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