PELO SIM PELO NÃO

PELO SIM PELO NÃO



Não há fome que não dê em fartura: o PSD tem agora três candidatos à liderança. Paulo Rangel, testa-de-ferro da actual direcção (e, de certo modo, de Cavaco), formalizou ontem à noite a sua candidatura às directas do partido.

Começa, porém, com uma contradição de fundo. Admite renunciar ao mandato no Parlamento Europeu «por mera impossibilidade física, se eu vier a ser eleito» (cf. Público de hoje), o que diz tudo em matéria de princípios, depois de, na campanha para as eleições europeias, ter dito o que disse de Ana Gomes e Elisa Ferreira.

A verdade segundo Paulo Rangel


Paulo Rangel retomou o vocabulário utilizado pela da Dra. Manuela Ferreira Leite durante a campanha eleitoral.

Ele vai romper a economia, rasgar a escola e trucidar a justiça, depois de gritar bem alto que a a política que ele faz, é a Verdade, só a Verdade e nada mais do que a Verdade.

Depois da esforçada defesa que fez do regresso da democracia e da liberdade de expressão à sua amada pátria, com a ajuda dos nossos parceiros europeus, resolveu que, por muito que lhe custe, é dentro do país, enfrentando os perigos que se adivinham com o seu regresso, que se espera a sua actuação salvadora.


A rasgar, a romper a explodir, certamente nada será como dantes.


publicado por Sofia Loureiro dos Santos

Paulo Rangel, candidato a líder do PSD

Só o facto de Rangel se candidatar a líder do PSD mostra o estado a que chegou o PSD, quando este partido era digno desse nome Rangel seria na melhor das hipóteses candidato a líder da JSD, isso se fosse elegível em função da idade. mas depois de ter ganho umas eleições europeias sem saber muito bem como Rangel ou de confiar no espelho e julga-se mesmo um grande político.

Como era de esperar não se portou à altura do cargo a que se candidata, andou a fazer bluff, a desmentir uma candidatura e até usou de excessos oratórios no Parlamento Europeu só para ganhar tempo de antena no país. Não foi a primeira vez que o fez, quando o mau tempo se abateu sobre a região Oeste aproveitou-se da desgraça alheia para fazer propostas idealistas de que muitos já se esqueceram.

Quem quiser mal ao PSD deseja que Paulo Rangel seja eleito.

O Jumento

Tive o desprazer de o ouvir ontem, numa verborreia untuosa e falha de toda a credibilidade, já que nem sequer me detenho no que ao seu partido concerne, mas na triste figura que fez no Parlamento Europeu, ao rebaixar o país, que não parece ser o seu e que diz agora querer recuperar das malfeitorias, praticadas principalmente por José Sócrates.

Mas salvar de quê ou de quem, a não ser de traidores como ele?

Espero bem que o PSD faça outra escolha, que não ele, para presidir aos seus destinos, ou então será mesmo altura de pensar no próprio funeral...