Hillary Clinton alerta contra "ditadura militar" no Irão
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Hillary Clinton alerta contra "ditadura militar" no Irão
Hillary Clinton alerta contra "ditadura militar" no Irão
por LUMENA RAPOSO
Hoje
Monarca saudita recebeu chefe da diplomacia de Obama, que procurou o apoio do Rei Abdullah para novas sanções contra Teerão.
Os vizinhos do Irão têm razões para se preocupar com as ambições nucleares de Teerão tanto mais quanto o regime se encaminha para uma "ditadura militar". A afirmação foi feita pela chefe da diplomacia de Washington, Hillary Clinton, num encontro com estudantes em Doha (Catar). Clinton sublinhou ainda que os EUA não tencionam usar a força contra o Irão mas sim aumentar a pressão internacional sobre o país dos ayatollahs através da ONU.
"Vemos o Governo do Irão, o líder supremo, o Presidente, o Parlamento, todos a serem suplantado [pelos Guardas da Revolução] e o Irão a orientar-se para uma ditadura militar", afirmou Hillary Clinton no encontro com universitários na capital do Catar, primeira etapa do seu périplo por países do Golfo.
Antes do encontro com os estudantes universitários, a chefe da diplomacia de Washington já tinha dado conta da sua preocupação face aos novos senhores do poder em Teerão. Fê-lo ao discursar no Fórum Mundial Islão-EUA, a decorrer na capital do Catar, país situado na margem do Golfo, em frente ao Irão.
"Temo o aumento da influência e do poder dos Guardas da Revolução que representam uma ameaça directa para todos", garantiu a chefe da diplomacia de Barack Obama.
O poder e influência dos Guardas da Revolução, força de elite do regime iraniano, registou um significativo aumento com a eleição de Mahmud Ahmadinejad - afinal, um dos seus - como presidente do Irão. Na opinião de analistas iranianos e internacionais, a reeleição de Ahmadinejad, em Junho último, e a contestação que se lhe seguiu tiveram como consequência o reforço do papel dos Guardas da Revolução que, há muito, deixaram de ser apenas uma força militar do regime ao controlarem uma série de serviços e de empresas do país. Tecnologia nuclear, desenvolvimento de mísseis, recursos petrolíferos, construção de barragens e estradas, telecomunicações, são sectores que passaram para as mãos de responsáveis dos Guardas da Revolução, transformando-os num quase estado dentro de um estado. Principalmente depois de terem absorvido nas suas fileiras as milícias muçulmanas Basij.
Hillary Clinton disse ainda que o seu país gostaria de chegar a uma solução pacífica com o Irão, algo impossível enquanto Teerão "construir a arma nuclear". Perante essa situação, Washington prepara "novas medidas" para forçar o Irão a rever a sua posição, disse a responsável americana numa alusão, por um lado, às sanções dos EUA contra os Guardas da Rveolução e, por outro, às que irão ser apresentadas no Conselho de Segurança da ONU.
Horas depois, a chefe da diplomacia de Obama era recebida em Riade pelo rei Abdullah, com quem analisou a possibilidade de novas sanções ao Irão em consequência do seu programa nuclear. Hillary não deverá ter dificuldade em conseguir o apoio da Arábia Saudita, país que não morre de amores pelo Irão e teme mesmo que este se dote da arma nuclear. Mas em Riade, Hillary deverá prometer mais empenho dos EUA para o processo de paz israelo-árabe.
In DN
por LUMENA RAPOSO
Hoje
Monarca saudita recebeu chefe da diplomacia de Obama, que procurou o apoio do Rei Abdullah para novas sanções contra Teerão.
Os vizinhos do Irão têm razões para se preocupar com as ambições nucleares de Teerão tanto mais quanto o regime se encaminha para uma "ditadura militar". A afirmação foi feita pela chefe da diplomacia de Washington, Hillary Clinton, num encontro com estudantes em Doha (Catar). Clinton sublinhou ainda que os EUA não tencionam usar a força contra o Irão mas sim aumentar a pressão internacional sobre o país dos ayatollahs através da ONU.
"Vemos o Governo do Irão, o líder supremo, o Presidente, o Parlamento, todos a serem suplantado [pelos Guardas da Revolução] e o Irão a orientar-se para uma ditadura militar", afirmou Hillary Clinton no encontro com universitários na capital do Catar, primeira etapa do seu périplo por países do Golfo.
Antes do encontro com os estudantes universitários, a chefe da diplomacia de Washington já tinha dado conta da sua preocupação face aos novos senhores do poder em Teerão. Fê-lo ao discursar no Fórum Mundial Islão-EUA, a decorrer na capital do Catar, país situado na margem do Golfo, em frente ao Irão.
"Temo o aumento da influência e do poder dos Guardas da Revolução que representam uma ameaça directa para todos", garantiu a chefe da diplomacia de Barack Obama.
O poder e influência dos Guardas da Revolução, força de elite do regime iraniano, registou um significativo aumento com a eleição de Mahmud Ahmadinejad - afinal, um dos seus - como presidente do Irão. Na opinião de analistas iranianos e internacionais, a reeleição de Ahmadinejad, em Junho último, e a contestação que se lhe seguiu tiveram como consequência o reforço do papel dos Guardas da Revolução que, há muito, deixaram de ser apenas uma força militar do regime ao controlarem uma série de serviços e de empresas do país. Tecnologia nuclear, desenvolvimento de mísseis, recursos petrolíferos, construção de barragens e estradas, telecomunicações, são sectores que passaram para as mãos de responsáveis dos Guardas da Revolução, transformando-os num quase estado dentro de um estado. Principalmente depois de terem absorvido nas suas fileiras as milícias muçulmanas Basij.
Hillary Clinton disse ainda que o seu país gostaria de chegar a uma solução pacífica com o Irão, algo impossível enquanto Teerão "construir a arma nuclear". Perante essa situação, Washington prepara "novas medidas" para forçar o Irão a rever a sua posição, disse a responsável americana numa alusão, por um lado, às sanções dos EUA contra os Guardas da Rveolução e, por outro, às que irão ser apresentadas no Conselho de Segurança da ONU.
Horas depois, a chefe da diplomacia de Obama era recebida em Riade pelo rei Abdullah, com quem analisou a possibilidade de novas sanções ao Irão em consequência do seu programa nuclear. Hillary não deverá ter dificuldade em conseguir o apoio da Arábia Saudita, país que não morre de amores pelo Irão e teme mesmo que este se dote da arma nuclear. Mas em Riade, Hillary deverá prometer mais empenho dos EUA para o processo de paz israelo-árabe.
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Hillary Clinton alerta contra "ditadura militar" no Irão
O poder e influência dos Guardas da Revolução, força de elite do regime iraniano, registou um significativo aumento com a eleição de Mahmud Ahmadinejad - afinal, um dos seus - como presidente do Irão. Na opinião de analistas iranianos e internacionais, a reeleição de Ahmadinejad, em Junho último, e a contestação que se lhe seguiu tiveram como consequência o reforço do papel dos Guardas da Revolução que, há muito, deixaram de ser apenas uma força militar do regime ao controlarem uma série de serviços e de empresas do país. Tecnologia nuclear, desenvolvimento de mísseis, recursos petrolíferos, construção de barragens e estradas, telecomunicações, são sectores que passaram para as mãos de responsáveis dos Guardas da Revolução, transformando-os num quase estado dentro de um estado. Principalmente depois de terem absorvido nas suas fileiras as milícias muçulmanas Basij.
Basta lembrar os acontecimentos da últimas eleições presidenciais iranianas, para se perceber o que é e como funciona uma República Islâmica e o que poderá o mundo esperar da possibilidadr de existência de armas nucleares, em tais mãos.
E se isso não fosse razão suficiente, bastaria a animosidade com que os vizinhos encaram o Irão dos ayatollahs, para obviar, de todas a sformas, a que o desiderato do nuclear seja alcançado.
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