Desemprego sobe até aos 10,5% em Portugal

Desemprego sobe até aos 10,5% em Portugal

por Lusa
Hoje


O desemprego na zona euro manteve-se nos 9,9 por cento, pelo terceiro mês consecutivo, com Portugal a sofrer uma nova subida até aos 10,5 por cento, segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.

De acordo com o gabinete de estatísticas da União Europeia, a taxa de desemprego na zona euro mantém-se nos 9,9 por cento desde novembro de 2009.

No conjunto dos 27, o desemprego também cresceu uma décima para os 9,5 por cento.

O Eurostat estima que em janeiro existiam 22.979 milhões de desempregados no total da União Europeia (UE), dos quais 15.683 milhões só nos países que utilizam a moeda única.

Face ao mês anterior, o número de desempregados aumentou em 136 mil pessoas na UE (38 mil na zona euro).

Segundo os dados hoje divulgados, no espaço de um ano, há mais 3,8 mil milhões de desempregados no conjunto dos 27, dos quais 2,2 mil milhões estão na zona euro.

Em janeiro, as taxas de desemprego mais elevadas entre os Estados membros da UE encontram-se na Letónia (22,9 por cento) e em Espanha (18,8 por cento).

As taxas mais baixas situam-se, por sua vez, na Holanda (4,2 por cento) e Áustria (5,3 por cento).

Portugal tem a sexta taxa de desemprego mais alta da UE, tendo chegado aos 10,5 por cento em janeiro, o que representa uma subida de 0,2 pontos percentuais face aos 10,3 por cento verificados em novembro e dezembro de 2009.

Em janeiro do ano passado, a taxa de desemprego em Portugal era de 8,5 por cento.

In DN

Subsídios de desemprego sobem 58% em Janeiro

por CARLA AGUIAR
Hoje


Requerimentos a pedir o subsídio clássico quase duplicaram de Dezembro para o primeiro mês do ano

Em Janeiro, o número de pessoas que pediram subsídio de desemprego inicial e tiverem deferimento, quase duplicou face a Dezembro, passando de 12 346 para 22 323, de acordo com os últimos dados, agora publicados pela Segurança Social. Este universo corresponde aos cidadãos que perderam emprego. Se forem tidos em conta também os pedidos de subsídio social de desemprego - que baixaram -, então o aumento registado foi de 58%. Aqueles dados estão em linha com o aumento da taxa de desemprego apurada naquele mês, tanto pelo INE (10,1%) como pelo Eurostat (10,5%).

A tendência de crescimento naquela prestação mantém-se na comparação homóloga, com mais 1656 novos subsídios registados face a Janeiro do ano passado, reflectindo, assim, o impacto de longo prazo da crise económica, que tem levado ao encerramento de muitas empresas e à redução de postos de trabalho noutras. E que deverá continuar a reflectir--se no emprego, mesmo após os primeiros sinais de recuperação económica.

Quanto ao subsídio social de desemprego inicial, também se verifica um aumento, se bem que muito ligeiro, entre Dezembro e Janeiro, de 4995 para 5061 beneficiários. Mas, ao contrário do que sucede na prestação directamente susbstitutiva da perda de trabalho, neste caso - referente às pessoas que esgotaram o prazo legal para receberem o subsídio e estão em situação de carência - houve menos 2948 pedidos deferidos de subsídio social de desemprego, num total de 5061, em termos homólogos.

Esta quebra específica no subsídio social de desemprego explica que, no conjunto das várias prestações de desemprego, o número de beneficiários tenha baixado cerca de 1% (272), quando comparado com a situação de Janeiro do ano passado.

A variação destes números de mês para mês também está umas vezes relacionada com a sazonalidade do emprego - que aumenta nos períodos de férias de Verão, Natal e fim de ano - e outras vezes com a maior ou menor rapidez com que são deferidos os requerimentos de acesso às prestações. Esta varia tanto em função do volume de pedidos como da disponibilidade de pessoal nos serviços.

Seja como for, é na região Norte que se concentra a maioria dos novos pedidos (7271), logo seguida por Lisboa e Vale do Tejo (7201), ao contrário do que sucedia em Dezembro. O Centro foi responsável por 4409 pedidos e o Algarve atingiu os 1492.

As estatísticas disponíveis dão ainda conta de um total de 359 369 beneficiários de prestações de desemprego em Janeiro. Destes 66 667 recebem o subsídio social inicial, 49 301 o subsídio social subsequente e 44 beneficiam de um prolongamento do subsídio social.

O valor médio auferido pelos beneficiários era, em Janeiro, de 462 euros mensais, sendo maior para o incial e menor para o social ou no subsídio subsequente.

De acordo com os dados disponíveis em relação aos beneficiários estrangeiros, é possível verificar que, apesar de terem subido substancialmente face a Janeiro do ano passado - de 13 395 para 24 417 -, numa tendência que se foi acentuando todos os meses, o seu número baixou face ao mês anterior. Ou seja, dos 25 631 estrangeiros que recebiam subsídio de desemprego em Dezembro de 2009, já só restavam, em Janeiro, 24 417. Saber até que ponto esta descida - que vai contra a tendência geral - é fruto de uma melhoria da sua situação no mercado de trabalho ou de um abandono de Portugal é algo que necessita de confirmação pelos dados dos próximos meses.

In DN

Portugal com 580 mil desempregados em Janeiro

por Duarte Ladeiras
Hoje


O desemprego já atinge 580 mil pessoas em Portugal, segundo os dados divulgados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), relativos a Janeiro, o que significa mais 11 mil desempregados num só mês.

Em Dezembro, havia 569 mil desempregados em Portugal, uma taxa de 10,3%. Em Janeiro, a taxa aumentou para 10,5%, mantendo a tendência de subida que se verifica pelo menos desde Agosto de 2009, altura em que era de 9,9%, atingindo 542 mil desempregados.

Na União Europeia, há 22,979 milhões de desempregados (9,5%), 15,683 milhões nos países da Zona Euro (9,9%).

No conjunto dos países da OCDE, já se verifica uma tendência de queda (46.439.810 para 46.230.090, 8,8 para 8,7%), graças a uma recuperação nos EUA (10,0 para 9,7%) e no Japão (5,2 para 5,9%).

In DN