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O Mistério do Sexo Parte 1

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O Mistério do Sexo Parte 1 Empty O Mistério do Sexo Parte 1

Mensagem por Vitor mango Seg Mar 01, 2010 10:11 am


O Mistério do Sexo Parte 1



1 - INTRODUÇÃO:

O Mistério do Sexo Parte 1 002950Muito
se apregoa entre os círculos criacionistas e adeptos do DI que o sexo
se trata de um tema inexplicável senão por intervenção sobrenatural.
Mas isso não é real, tratando-se mais de um argumento da ignorância pró
“Deus das lacunas”.

Os seres vivos pertencentes ao domínio Eucariota, em sua maioria, dividem-se em duas ou mais categorias denominadas como sexos.

Estas
categorias se referem a grupos complementares que podem combinar o
respectivo material genético (normalmente o DNA) por meio de conjugação
(troca de material genético entre duas células ou organismos). Este
processo é chamado de reprodução sexuada (envolve a fusão de dois
gametas).

O Mistério do Sexo Parte 1 Reproducao-sexuadaO
sexo feminino é aquele que produz geralmente o gameta maior e imóvel
que se denomina óvulo e o sexo masculino é aquele que produz os gametas
menores e móveis e em grande quantidade denominados espermatozoides,
sendo que tais gametas possui a metade do número de cromossomos daquela
espécie.


Há espécies com mais de
dois tipos de sexo e outras, como alguns fungos, que desenvolvem
estruturas aparentemente semelhantes onde se produzem células sexuais,
mas com capacidade para conjugar-se. Nestes casos, diz-se que o sexo é
indiferenciado.

Em 1859, Charles Darwin, um dos idealizadores da
teoria da evolução por seleção natural, publicou seu livro mais famoso,
A origem das espécies. Para esse naturalista inglês, explicar a
multiplicação das espécies – segundo ele, “o mistério dos mistérios” –
era um desafio.

Ao contrário do que o título possa sugerir, "A
origem das espécies" não resolveu de todo o problema da multiplicação
das espécies ou especiação (como uma população dá origem a duas ou mais
populações evolutivamente divergentes).

O melhor que Darwin fez
foi insinuar possibilidades, a partir das quais esse e outros aspectos
do darwinismo (corpo de conhecimento estruturado em torno da evolução
por seleção natural, teoria que vê as mudanças na composição de
populações como resultado de diferenças no sucesso reprodutivo de seus
integrantes) vêm sendo explorados por seus sucessores.

De
início, a teoria da evolução teve de se livrar dos resquícios do
lamarckismo (teoria evolutiva que levava em conta mecanismos – hoje,
desacreditados – como o uso e desuso dos órgãos e a transmissão de
caracteres adquiridos), surgindo daí o chamado neodarwinismo.

Entre
1910 e 1920, a Teoria da Evolução aproximou-se gradativamente da
genética. Nas duas décadas seguintes, com a chamada síntese evolutiva,
os padrões macroevolutivos, relacionados ao surgimento de grupos
taxonômicos acima do nível de espécie (gêneros, famílias, ordens etc.),
passaram a ser vistos como desdobramentos das mesmas forças
microevolutivas que atuam no interior de espécies e populações.

Na
década de 1950, as inovações da incipiente genética molecular começaram
a ser incorporadas à teoria da evolução. Em seguida, a abordagem
molecular encontrou os biólogos de campo (ecólogos, pesquisadores do
comportamento animal etc.), e dessa conjunção surgiram inovações
importantes, incluindo definições mais rigorosas para vários conceitos
da biologia.

Atualmente, a paleontologia, associada à geologia,
à bioquímica e à genética levam a uma síntese evolutiva expandida, onde
todas as idéias têm contribuído para uma expansão sobre a fundação
criada por Darwin, originando uma teoria evolutiva plural e multiforme.

No
curso deste estudo, um tanto que longo, tentaremos explicar as origens
do sexo e as diversas formas de reprodução, bem como refutar todas as
idéias referentes às mirabolâncias do criacionismo e de seu correlato o
design inteligente - DI no que concerne à origem do sexo, bem como a
outros temas.

Tentaremos também responder perguntas com teores
um tanto tendenciosos e maliciosos, elaboradas por seguidores dessas
doutrinas religiosas pró-cristianismo, travestidas de ciência, mas, que
na verdade, se tratam de abordagens pseudocientíficas de temas
complexos como a evolução das espécies e a seleção sexual.

Toda
a informação aqui disponível se encontra em livros bem como em diversos
sites. Meu trabalho foi reunir toda essa informação a fim de poder
colaborar com a divulgação científica.

Pretendo também combater
a pregação religiosa que vem tentando se imiscuir à ciência, com o fito
de promover seitas fundamentalistas e seus preceitos descabidos, cujos
fanáticos, em sua compreensão literal dos seus livros sagrados,
pretendem estabelecer como única verdade acima de qualquer contestação.

Sem
dúvida, tal ação, se levada a cabo, dogmatizaria a ciência e a faria
perder seu caráter de estar sempre buscando as origens, causas e
efeitos dos fenômenos que nos cercam, os quais nada possuem de
intervenção divina, pois são meramente fenômenos cujas causas são
naturais.



Bem, lancemo-nos, a partir daqui, em nossa deliciosa aventura sexual em busca dos prazeres do conhecimento!!!



2 - O SEXO
A
reprodução assexuada parece ser uma ótima maneira de seres vivos
passarem seus genes para a próxima geração. Afinal, nesse caso, os
filhos são praticamente cópias genéticas dos pais.

Se isso é verdade, para que existiria o sexo?

Essa
pergunta já incomodou muita gente e obteve muitas respostas, cada uma
com sérias limitações, mas uma teoria lançada nos anos 80 parece
resolver o problema. Segundo essa teoria, o sexo permite que os
organismos equilibrem a constante luta evolutiva contra os seus
próprios parasitas.

A teoria apresentada possui um nome
peculiar: ‘A Rainha Vermelha e o Bobo da Corte: onde a diversidade de
espécies e o papel de fatores bióticos e abióticos influem na evolução
das espécies ao longo do tempo’.

O Mistério do Sexo Parte 1 Rainha-vermelha

O Mistério do Sexo Parte 1 Jester_72_large










Nele,
Michael J. Benton, da Universidade de Bristol (Inglaterra), examina até
que ponto fatores bióticos (modelo Rainha Vermelha) e fatores abióticos
(modelo Bobo da Corte) seriam responsáveis por moldar a diversidade de
espécies.

A reprodução assexuada parece
ser uma ótima maneira de um ser vivo passar seus genes para a próxima
geração. Afinal, nesse caso, os filhos são praticamente cópias
genéticas dos pais. Se isso é verdade, para que existiria o sexo? Essa
pergunta já incomodou muita gente e obteve muitas respostas, cada uma
com sérias limitações, mas uma teoria lançada nos anos 80 parece
resolver o problema. Segundo essa teoria, o sexo permite que os
organismos equilibrem a constante luta evolutiva contra os seus
próprios parasitas.

De início vamos entender quais são os tipos de sexos existentes:

2.1 - O SEXO DIFERENCIADO:

Nas espécies com sexo diferenciado os órgãos sexuais (genitálias) são diferentes e produzem gametas diferentes.

Estes
órgãos podem estar separados em indivíduos diferentes e então a espécie
chama-se dióica, como ocorre normalmente com aves e mamíferos, ou
encontrarem-se no mesmo indivíduo, como acontece na maior parte das
plantas verdes, denominadas monoicas.
Animais de espécies monóicas
são também denominados hermafroditas, em que os indivíduos possuem
órgãos sexuais masculinos e femininos.

Em muitas espécies
dióicas, para além da presença de órgãos sexuais diferentes, também
chamados "caracteres sexuais primários", pode haver outras diferenças
exteriores nos indivíduos, tais como diferentes cores da plumagem na
maior parte das aves, ou a presença de mamas esenvolvidas nas fêmeas e
sua ausência nos machos, como acontece nos mamíferos (os "caracteres
sexuais secundários"). Quando isto acontece, diz-se que a espécie exibe
dimorfismo sexual.

Entre os mamíferos, aves e várias outras
espécies, o sexo é determinado pelos cromossomas sexuais, chamados X e
Y nos mamíferos e Z e W nas aves, em alguns peixes e insetos.
Normalmente, os machos apresentam um de cada (XY), enquanto fêmeas têm
dois cromossomos X (XX). Todos os indivíduos possuem pelo menos um
cromossoma X, e o cromossoma Y é geralmente mais curto que o cromossoma
X com o qual é emparelhado, e está ausente em algumas espécies, o que
acarreta algumas variações consideráveis.

Para além da
reprodução sexuada, existe ainda a reprodução assexuada, que não
envolve o processo de fecundação. Em seres nos quais não se distingue
fêmea e macho, existem outras formas de multiplicação do organismo,
através de processos como: gemulação, bipartição, fragmentação,
esporulação e outros.


2.2 - O SEXO INDIFERENCIADO:

Nas
espécies com "sexo indiferenciado", como é o caso das bactérias e na
maioria dos protistas (ou protozoários), dois indivíduos - duas células
aparentemente iguais, conjugam-se e juntam o material genético para dar
origem a novos indivíduos com uma herança genética partilhada dos dois
progenitores (normalmente depois da meiose).

Nos fungos, dois
indivíduos aparentemente iguais, mas com características sexuais
diferentes, geralmente denominados de positivo e negativo, numa
situação conhecida como heterotalismo, podem unir as suas hifas e
juntar vários núcleos na mesma célula. Dois destes núcleos podem
conjugar-se e o zigoto resultante sofrer meiose para dar origem a
esporos haplóides que darão origem a novos indivíduos.

A
reprodução assexuada não envolve trocas de gametas entre os indivíduos
e os organismos formados são geneticamente idênticos ao organismo que
os gerou. Caso ocorra uma mutação no DNA, estes organismos apresentarão
diferenças em relação ao progenitor. Existem vários tipos de reprodução
assexuada: divisão binária, brotamento, regeneração e esporulação.

A
reprodução assexuada ocorre quando se formam clones a partir de um ser
vivo, sem a intervenção de gametas. Os novos seres podem nascer a
partir de fragmentos do ser vivo.

Entre os animais, um dos
exemplos mais conhecidos é o da estrela-do-mar que, ao perder um dos
braços, pode regenerar os restantes, formando-se uma nova
estrela-do-mar do braço selecionado. O novo ser é geneticamente
idêntico ao "progenitor". É o que se chama um "clone".

Nas plantas a reprodução assexuada é também freqüente, utilizando-se esta capacidade reprodutiva na agricultura.

Por
exemplo, as laranjas da Bahia (sem sementes) provêm todas do mesmo
clone (considerando clone o conjunto de todos os seres geneticamente
idênticos, provenientes de um mesmo ser vivo), a partir de uma
laranjeira mutante aparecida na região da Bahia no Brasil.
Efetivamente, esta árvore, ao não produzir sementes só se pode
reproduzir por enxerto ou estaca.

Há vários tipos de clonagem assexuada. Os mais conhecidos são:

Fragmentação -
o organismo fragmenta-se espontaneamente ou por acidente e cada
fragmento desenvolve-se originando um novo ser vivo (ex: algas,
estrela-do-mar).

Divisão múltipla – O núcleo da
célula-mãe divide-se em vários núcleos. Cada núcleo rodeia-se de uma
porção de citoplasma e de uma membrana, dando origem às células-filhas
que são libertadas quando a membrana da célula-mãe se rompe. Este tipo
de reprodução é o processo em que uma célula se divide em duas, por
mitose, e origina duas células geneticamente idênticas. Encontramos
este tipo de reprodução em bactérias e protozoários.

Partenogénese -
processo através do qual um óvulo se desenvolve originando um novo
organismo, sem ter havido fecundação. (ex: abelha, formiga, alguns
peixes, alguns répteis, alguns anfíbios).

Bipartição ou fissão binária ou cissiparidade - um indivíduo divide-se em dois com dimensões sensivelmente iguais. (ex: ameba, planária, paramécias).

Gemulação -
num organismo formam-se uma ou mais dilatações - gomos ou gemas - que
crescem e desenvolvem-se originando novos organismos. (ex: hidra de
água doce, levedura) Neste tipo de reprodução um broto se desenvolve no
indivíduo e após um tempo se desprende, passando a ter uma vida
independente. Podemos citar como exemplos de organismos que se
reproduzem por brotamento os fungos, as hidras, as esponjas e até
certas plantas.

Esporulação - formação de
células reprodutoras - os esporos - que, ao germinarem, originam novos
indivíduos. (ex: fungos) A esporulação é o processo de reprodução onde
os organismos produzem esporos que são liberados no ambiente e quando
encontram condições favoráveis, germinam. Encontramos este tipo de
reprodução em fungos e algas.

Multiplicação vegetativa -
nas plantas, as estruturas vegetativas, raízes, caules ou folhas, por
vezes modificadas, originam, por diferenciação, novos indivíduos.(ex:
cenouras (raízes), batateira (tubérculo), fetos (rizoma), Bryophyllum
(folha).

Apomixia - produção de sementes sem fecundação dos óvulos.

Regeneração -
Alguns organismos possuem uma capacidade de regeneração muito grande.
Quando algum fragmento é retirado, ao encontrar condições ideais de
sobrevivência, pode se regenerar e dar origem a um novo indivíduo.

Isto
pode acontecer nas planárias, esponjas e algumas plantas. Algumas
partes de certas plantas, ao serem destacadas e implantadas no solo, ou
imersas em água, desenvolvem raízes e dão origem à novas plantas. Esta
prática e chamada de estaquia e é muito utilizada em jardinagem.


2.3 - HERMAFRODITISMO:

O
hermafroditismo é uma anomalia sexual ainda pouco conhecida,
configurando um distúrbio morfológico e fisiológico das gônadas sexuais
de um indivíduo, que simultaneamente manifesta estrutura tecidual
testicular e ovariana.

Por análise do cariótipo é sabido que não
se trata de uma síndrome genética (mono ou trissomia halossômica),
relacionada aos cromossomos sexuais X ou Y. No entanto, pode estar
associado a uma ocorrência de dispermia, havendo fecundação normal
(espermatozóide e ovócito de segunda ordem - óvulo) e outra fecundação
paralela anômala (espermatozóide e um glóbulo polar – óvulo não
diferenciado, em tese, inativo).

Contudo, na maioria dos casos é
observada a presença de duas gônadas mistas, denominadas de ovotetis,
ou seja, uma fusão do testículo e do ovário, existindo outras duas
situações: a primeira onde há desenvolvimento de um testículo e de um
ovário, cada qual disposto lateralmente no corpo, contrariando a
simetria bilateral normal dos órgãos reprodutores; e a segunda com o
desenvolvimento de uma ovotetis de um lado e uma das gônadas (testículo
ou ovário) do outro.

A tendência do hermafroditismo é o aparente
aspecto externo da genitália masculina, quando coexistentes testículo e
ovário. Nas demais situações, com duas ovotetis ou ovotetis e gônada, a
genitália possui aspecto feminino.

Em muitas espécies de peixes,
como as garoupas, verifica-se um tipo de hermafroditismo insuficiente,
ou seja, os indivíduos possuem órgãos sexuais masculinos e femininos,
mas apenas um dos tipos se encontra ativo num determinado momento.
Normalmente, o animal atinge a maturidade sexual com um determinado
sexo e, no processo de crescimento, as gônadas convertem-se no outro
sexo e tornam-se ativas mais tarde.







Postado por
Elyson Scafati


às
05:04






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Mensagem por Vitor mango Seg Mar 01, 2010 10:11 am

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