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Adesão global da greve ronda os 80%

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Mensagem por Joao Ruiz Qui Mar 04, 2010 9:56 am

Adesão global da greve ronda os 80%

por Lusa
Hoje

Adesão global da greve ronda os 80% Ng1263000

A greve da Função Pública está a ter uma adesão global que ronda os 80 por cento, diz a Frente Comum, que estima que mais de 300 mil trabalhadores tenham hoje paralisado em todo o país.

De acordo com os primeiros números globais avançados pela coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, em conferência de imprensa, mais de 300 mil trabalhadores terão aderido à greve, "de um universo de cerca de 400 mil dado que as forças armadas não são abrangidas".

Ana Avoila adiantou que a paralisação levou já ao encerramento de centenas de escolas, 22 das quais em Lisboa.

Em Matosinhos, Amarante, Gaia e Marco de Canaveses as escolas não abriram, exemplificou, acrescentando que muitas escolas abriram sem condições de segurança para funcionar, "apenas com um ou dois funcionários".

Os serviços do sector da saúde, educação, segurança social, finanças, alfândegas e recolha de lixo são aqueles onde a paralisação está a ser mais sentida.

Segundo Ana Avoila, a adesão à greve no sector da educação rondou os 80 por cento, tal como na saúde, e chegou aos 90 na segurança social.

"Em muitos hospitais e centros de saúde apenas os serviços mínimos, levando ao encerramento das consultas externas e dos blocos operatórios", acrescentou.

"Nos serviços centrais dos Ministérios a adesão é habitualmente mais baixa mas desta vez subiu", disse a sindicalista referindo que no Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social a greve contou com um adesão de 55 por cento mas o serviço de contabilidade não funcionou.

Tendo em conta os dados recolhidos pelos sindicatos até ao final da manhã, a sindicalista considerou que a paralisação de hoje está a ter uma adesão e um impacto idênticos aos da greve feita em Novembro de 2007.

Admitiu, no entanto, que essa adesão venha a ser superior pois a Frente Comum continua a receber dados relativos à adesão.

"Vamos ver agora se o Governo altera sua postura negocial", disse acrescentando que "o Governo não deverá ficar indiferente" à greve concretizada.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), a Frente Sindical da Administração Pública (UGT) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado marcaram esta greve contra o congelamento salarial, o agravamento das penalizações das reformas antecipadas, questões relacionadas com as carreiras e com o sistema de avaliação.

Os sindicatos suspenderam a paralisação na região autónoma da Madeira para facilitar os esforços que estão a ser feitos para que a vida na ilha volte à normalidade, após o temporal de 20 de Fevereiro.

A última greve convocada pelas três estruturas sindicais realizou-se a 30 de Novembro de 2007 contra a imposição de um aumento salarial de 2,1 por cento.

In DN

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Mensagem por ricardonunes Qui Mar 04, 2010 11:06 am

Governo estima adesão à greve em 14,1 por cento, sindicatos em 80 por cento

Oitenta por cento para os sindicatos. Pelo menos 14,1 por cento, segundo estimativas do Governo. Os números foram avançados esta tarde pelo Executivo e pela Frente Comum para a adesão à greve nacional da função pública. Mais uma vez, há disparidade de valores, com as estruturas sindicais a contabilizarem mais de 300 mil funcionários em paralisação, uma contagem reduzida pelos ministérios para 12.600.

Em conferência de imprensa, que decorreu ao início da tarde, Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, garantiu que o nível de adesão atingia os 80 por cento, valor semelhante ao da última greve que juntou as três estruturas sindicais dos trabalhadores do Estado, em 2007. De acordo com a sindicalista, foi nas autarquias que os impactos mais se fizeram sentir, com uma adesão que chegou aos 90 por cento. Na saúde e na educação, 80 por cento dos trabalhadores fizeram greve. Nos serviços da segurança social, foi de 90 por cento.

Estes números são contrapostos pelo com Governo com outros bem mais reduzidos. No final do Conselho de Ministros, o secretário de Estado da Administração Pública, Gonçalo Castilho, disse que 10,8 por cento dos serviços estiveram encerrados devido à greve, num total de 12.600 funcionários ausentes no local de trabalho. Este valor acabaria por ser revisto durante a tarde para 14,1 por cento, sendo que o Governo deverá avançar com um balanço final da paralisação até ao início da noite.

A última greve convocada pela Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (afecta à CGTP), a Frente Sindical da Administração Pública (UGT) e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado realizou-se a 30 de Novembro de 2007 contra a imposição de um aumento salarial de 2,1 por cento. Nessa altura, os sindicatos contabilizaram uma adesão de 80 por cento, enquanto o Governo falava em 20 por cento.

A greve nacional de hoje será um dos primeiros protestos contra o congelamento de salários, o agravamento das penalizações das reformas antecipadas e questões relacionadas com as carreiras e o sistema de avaliação. Para Abril já estão marcadas “acções de grande impacto” em todas as capitais de distrito que vão receber, junto aos governos civis, manifestações organizadas pela Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, garantiu Ana Avoila. Para Maio está também agendada uma “grande manifestação”.

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