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A ciência do sexo

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Mensagem por Vitor mango Sex Mar 05, 2010 2:12 pm

A ciência do sexo



Denis Russo Burgierman / Bárbara Soalheiro





Pesquisadores de diversas áreas elegeram como prioridade dar ao
mundo um sexo melhor. Pênis erguidos por substâncias químicas, órGãos
sexuais mapeados milimetricamente, orgasmos planejados no laboratório.
Afinal, como a ciência pode melhorar a sua vida sexual?

O ano era 1954. Masturbação era pecado, homossexualismo era crime,
posições sexuais, que se soubesse, havia uma só. Impotência, ejaculação
precoce, anorgasmia, fetiche, sexo oral, sexo anal, prazer, orgasmos
múltiplos, clitóris não eram assuntos para serem discutidos à mesa.
Aliás, não eram assuntos para serem discutidos em lugar nenhum. Naquele
ano, um fisiologista da Universidade do Missouri iniciava seu projeto
de pesquisa.
Bill Masters era o nome dele. Parte de seu trabalho tinha a ver com
um objeto que ele criou: um pênis de plástico com uma câmera no seu
interior. O aparelho, instalado sobre uma cama, era acoplado a uma roda
de ferro. Quando a pessoa deitada na cama, uma mulher, girava a roda, o
pênis de plástico descia, entrando numa parte da anatomia feminina que
câmera nenhuma jamais havia filmado.
Masters fez mais. Recrutou homens e mulheres casados, ligou neles
sensores para medir seus batimentos cardíacos e sua transpiração e
colocou-os para transar. Aí chamou homens e mulheres que jamais haviam
se visto e fez o mesmo, para comparar. Completos desconhecidos passaram
semanas praticando intercurso, fazendo sexo oral e se masturbando numa
sala, na bucólica Universidade do Missouri, nos saudosos idos de 1954.
Para a maior parte do mundo, aquilo tudo não passava de safadeza mal
disfarçada de ciência. Para Masters, tratava-se de considerar o sexo um
ato natural, que portanto se prestava à investigação científica. Mais:
ele estudava sexo não apenas para entender a reprodução humana. Masters
estava interessado em algo que a ciência até então ignorava
redondamente: os mecanismos do prazer. E saiu por aí dizendo que as
pessoas – em especial as mulheres, as mais oprimidas na cama, e não
apenas pelo peso dos corpulentos maridos – têm direito a gozar.
Masters publicou seus achados com a co-autoria de Virginia Johnson,
com quem, depois de anos discutindo sexo, acabaria se casando. Junto
com um outro pioneiro, Alfred Kinsey, autor do famoso Relatório Kinsey,
uma monumental série de entrevistas que desvendou o que os americanos
faziam na cama, publicado entre 1948 e 1953, Masters e Johnson abriram
o caminho para o mundo de hoje.
Agora, sexo é um ato natural, está provado. Natural e faz bem,
provou-se também. Quem tem uma vida sexual saudável tem índices menores
de estresse, o que pode repercutir em vários aspectos da vida, desde
melhorando a pele até atrasando a morte, ao prevenir doenças sérias. Há
Viagra nas farmácias, terapeutas sexuais em cada esquina, livros em
profusão prometendo um caminho fácil e rápido ao nirvana orgásmico.
Milhares de pesquisadores se dedicam a aumentar o prazer da humanidade,
seja com mágicas bioquímicas, seja explorando os meandros da mente,
seja resgatando técnicas milenares e testando-as no laboratório.
Temos direito ao orgasmo. Temos direito ao prazer. Depois de meio
século de pesquisas, desenvolveu-se um arsenal variado para combater
todos os males que afligem as camas do planeta. Qualquer pessoa, se
quiser, pode melhorar a qualidade do seu sexo. Nas próximas páginas,
você vai conhecer esse arsenal. No final, está convidado a tomar parte
da discussão do momento: que mundo é esse que os seguidores de Masters
estão criando? Ou, em outras palavras, para que tudo isso?

Sexo na farmácia
Em 1998 a Pfizer exorcizou o fantasma da impotência – ou, na
linguagem politicamente correta mais em voga, "disfunção erétil". Foi
sem querer – o Viagra era um remédio para tratar pressão alta, a ereção
foi apenas um bem-vindo efeito colateral. Mas, depois disso, parecia
não haver limites para os recursos da indústria farmacêutica na luta
pelo prazer.
O Viagra, medicamento mais vendido do Brasil, vulgo "diamante azul",
apelido devido à forma e à cor do comprimido, acaba de ganhar dois
aliados nessa luta. Aliás, aliados coisa nenhuma. Eles são concorrentes
pesados no já imenso mercado de drogas contra a impotência – movimenta
100 milhões de dólares ao ano no país. O Levitra, a "pastilha rosa",
resultado de uma união entre as gigantes Bayer e Glaxo, chegou ao
Brasil no dia 5 de maio, anunciado numa coletiva de imprensa realizada
num motel, para o qual os jornalistas foram conduzidos de helicóptero,
uma não tão sutil referência ao movimento ascendente que o remédio
promete. Já o Cialis, ou "amêndoa amarela", do laboratório Eli Lilly,
também está à venda desde o mês passado. Os dois chegam com a intenção
anunciada de serem líderes do mercado hoje monopolizado pela Pfizer.
Viagra, Cialis e Levitra custarão todos mais ou menos o mesmo preço.
Que é alto. Quase 100 reais pelo pacote de quatro comprimidos.
O Levitra aposta nos menos favorecidos ao lançar uma embalagem de apenas um comprimido por quase 30 reais.
Todos agem de maneira parecida. Eles bloqueiam temporariamente a
PDE5, uma enzima que funciona como comporta na represa que é o pênis.
Explicando: uma ereção acontece porque a excitação masculina provoca o
relaxamento dos músculos nos corpos cavernosos do pênis. Relaxados,
eles viram uma esponja e encharcam-se de sangue. Aí o dito-cujo fica
duro. Se ficasse duro por duas ou três horas, o pinto caía. Sangue
parado, você sabe, gangrena. Para evitar essa tragédia, o corpo produz
a tal PDE5, que solta o sangue e o deixa voltar a circular. Os
princípios ativos do Viagra, do Levitra e do Cialis são sutilmente
diferentes um do outro. Mas todos fazem o mesmo: desligam a PDE5.
Os dois remédios novos chegam prometendo vantagens, embora não haja
ainda pesquisas comparativas. A Bayer e a Glaxo afirmam que o Levitra
age mais rápido – em 15 minutos, contra 40 do Viagra – e tem menos
efeitos colaterais – não causa alterações na visão, mas, assim como o
concorrente da Pfizer e o Cialis, pode dar dor de cabeça e entupir o
nariz.
Já o Cialis aposta na duração do efeito. Quem toma a amêndoa amarela
fica sujeito a ereções a qualquer estímulo por até 34 horas, contra
menos de oito horas para seus dois concorrentes. O pessoal da Eli Lilly
diz que isso dá mais naturalidade para a relação. O sujeito não precisa
tomar o remédio logo antes de transar, pode consumi-lo antes mesmo do
encontro e ficar preparado para o que der e vier. Já os concorrentes
falam que tanta duração é uma desvantagem. "Imagine o inconveniente se
o sujeito for andar num metrô lotado no dia seguinte", diz um médico da
Bayer, com um sorriso malicioso.
De qualquer forma, a longa duração pode ser um atrativo a mais do
Cialis para os "usuários recreacionais" desses remédios: aqueles que
tomam não porque têm disfunção erétil, mas porque querem turbinar o
sexo. Um efeito de 36 horas pode ser bem aproveitado numa "festinha" de
fim de semana, diminuindo o período refratário, aquele tempo que todo
homem precisa entre uma ejaculação e uma nova ereção – uns minutinhos
aos 18 anos, algumas semanas na velhice.
O uso recreacional preocupa os especialistas. "Existe a
possibilidade de que o Viagra cause dependência psicológica", diz o
médico Alfredo Romero, diretor do Instituto Brasileiro para Saúde
Sexual (Ibrasexo), em São Paulo. Noventa por cento dos diamantes azuis
da Pfizer são vendidos sem receita médica – apesar da tarja vermelha na
embalagem. O grande perigo da venda indiscriminada é o fato de que hoje
se sabe que raramente disfunção erétil é um problema isolado. Na
maioria dos casos, ela está ligada a alguma doença que pode ser séria:
hipertensão, diabetes, depressão, colesterol alto. Por isso é
fundamental que o paciente vá ao médico para obter a receita. Só assim
ele saberá do seu estado de saúde e se cuidará, em vez de tratar só a
disfunção erétil e maquiar sintomas de algo mais sério.
A indústria farmacêutica, otimista, acha que seus remédios não
melhorarão apenas o sexo. Melhorarão também a saúde, porque levarão os
homens aos médicos e os estimularão a tratar seus males de maneira
adequada. Hoje, um homem com problema de ereção demora em média 5,6
anos para procurar um especialista, segundo dados do Ibrasexo. E isso é
perigoso. Muitos diabéticos deixam de tomar as vitais doses de insulina
porque elas podem causar também uma dificuldade de ereção.
Outro espectro que apavora os homens é o câncer de próstata. Uma
conseqüência freqüente da operação de próstata é a disfunção erétil que
se segue à cirurgia. Pois, nos testes, o Levitra tem se mostrado
eficiente para reerguer até esses pacientes. A depressão é outra doença
que amolece muitos pênis pelo mundo. Pois os laboratórios afirmam que
seus remédios aumentarão a auto-estima de seus usuários, auxiliando no
tratamento da própria depressão. Ou seja, os laboratórios estão
alardeando que suasA ciência do sexo CopyA ciência do sexo FaviconA ciência do sexo Favicon
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Mensagem por Vitor mango Sáb Set 08, 2012 1:32 pm

amen

_________________
Só discuto o que nao sei ...O ke sei ensino ...POIZ
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