Pedofilia no coro do irmão do Papa
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Pedofilia no coro do irmão do Papa
Os escândalos sexuais envolvendo a Igreja Católica alemã não param de crescer. As últimas revelações dão conta de abusos sobre menores do coro da diocese de Ratisbona (ou Regensburg), dirigido durante trinta anos por Georg Ratzinger, irmão do Papa Bento XVI.
Três antigos membro desse coro afirmam ter sido abusados e espancados nos anos de 1960. Os casos de pedofilia foram confirmados por Clemens Neck, porta--voz da diocese da cidade onde o Papa ensinou teologia de 1969 a 1977. Neck frisou que não há queixas actuais, e ainda que todos os casos conhecidos tiveram lugar antes da entrada em funções do irmão do Papa como director musical da Catedral de Ratisbona, em 1964.
Mas esta informação contraria uma outra avançada pela diocese, quando confirmou ter contratado um advogado para fazer a "clarificação sistemática" das queixas de abusos sexuais entre 1958 e 1973.
Alegadamente, os responsáveis pelo assédio aos meninos do coro, entretanto falecidos, foram descobertos e afastados de funções. Um deles terá sido condenado a dois anos de cadeia em 1958, tendo o outro sacerdote passado 11 meses na prisão, em 1971.
Georg Ratzinger, de 86 anos, declarou ontem à rádio da Baviera que durante os seus anos de chefia do coro não teve conhecimento de quaisquer abusos. O Vaticano, por seu lado, recusou para já comentar o caso. Fonte da Santa Sé adiantou que os bispos alemães têm encontro marcado com o Papa Bento XVI no dia 12, em Roma.
CORISTA DESPEDIDO POR CHEFIAR REDE DE PROSTITUIÇÃO NO VATICANO
O Vaticano despediu o corista nigeriano Chinedu Thomas Ehim, de 40 anos, depois de descobrir que chefiava uma rede de prostituição masculina na Santa Sé envolvendo seminaristas e imigrantes clandestinos. Ehim foi apanhado em escutas a Angelo Balducci, responsável das Obras Públicas do Vaticano,já afastado por envolvimento num escândalo de corrupção.
Em algumas escutas, Ehim descreve a Balducci as características dos prostitutos. Numa delas, o cliente pergunta ao corista, a propósito de um deles: "A que horas tem de voltar para o seminário?"
MAIS DADOS
INVESTIGAÇÃO EM ETTAL
O colégio do Mosteiro beneditino de Ettal, na Baviera, anunciou que o Vaticano vai enviar um inspector para investigar denúncias de abusos feitas por vinte alunos da instituição.
PEDIDO DE DESCULPAS
A Conferência Episcopal alemã condenou os abusos nos anos60 e 70 em colégios católicose pediu perdão às vítimas.
Três antigos membro desse coro afirmam ter sido abusados e espancados nos anos de 1960. Os casos de pedofilia foram confirmados por Clemens Neck, porta--voz da diocese da cidade onde o Papa ensinou teologia de 1969 a 1977. Neck frisou que não há queixas actuais, e ainda que todos os casos conhecidos tiveram lugar antes da entrada em funções do irmão do Papa como director musical da Catedral de Ratisbona, em 1964.
Mas esta informação contraria uma outra avançada pela diocese, quando confirmou ter contratado um advogado para fazer a "clarificação sistemática" das queixas de abusos sexuais entre 1958 e 1973.
Alegadamente, os responsáveis pelo assédio aos meninos do coro, entretanto falecidos, foram descobertos e afastados de funções. Um deles terá sido condenado a dois anos de cadeia em 1958, tendo o outro sacerdote passado 11 meses na prisão, em 1971.
Georg Ratzinger, de 86 anos, declarou ontem à rádio da Baviera que durante os seus anos de chefia do coro não teve conhecimento de quaisquer abusos. O Vaticano, por seu lado, recusou para já comentar o caso. Fonte da Santa Sé adiantou que os bispos alemães têm encontro marcado com o Papa Bento XVI no dia 12, em Roma.
CORISTA DESPEDIDO POR CHEFIAR REDE DE PROSTITUIÇÃO NO VATICANO
O Vaticano despediu o corista nigeriano Chinedu Thomas Ehim, de 40 anos, depois de descobrir que chefiava uma rede de prostituição masculina na Santa Sé envolvendo seminaristas e imigrantes clandestinos. Ehim foi apanhado em escutas a Angelo Balducci, responsável das Obras Públicas do Vaticano,já afastado por envolvimento num escândalo de corrupção.
Em algumas escutas, Ehim descreve a Balducci as características dos prostitutos. Numa delas, o cliente pergunta ao corista, a propósito de um deles: "A que horas tem de voltar para o seminário?"
MAIS DADOS
INVESTIGAÇÃO EM ETTAL
O colégio do Mosteiro beneditino de Ettal, na Baviera, anunciou que o Vaticano vai enviar um inspector para investigar denúncias de abusos feitas por vinte alunos da instituição.
PEDIDO DE DESCULPAS
A Conferência Episcopal alemã condenou os abusos nos anos60 e 70 em colégios católicose pediu perdão às vítimas.
F.J. Gonçalves Com agências
ricardonunes- Pontos : 3302
Re: Pedofilia no coro do irmão do Papa
Nigeriano Ehiem surge em escutas a ex-presidente do Conselho das Obras Públicas.
"Ele a que horas tem de regressar ao seminário?" A pergunta não teria nada de mal se não tivesse sido feita por Angelo Balducci, o ex-presidente do Conselho das Obras Públicas italiano já preso por corrupção, ao homem que lhe fornecia prostitutos para encontros amorosos a troco de avultadas quantias. O destinatário da chamada - transcrita nas 72 páginas de escutas a Balducci agora divulgadas - era Chinedu Thomas Ehiem, nigeriano membro do selecto coral da Capela Giulia, entretanto afastado pelo Vaticano.
Identificado apenas como "Mike", Ehiem esteve em contacto com Balducci durante os últimos dois anos. Vinte e quatro meses durante os quais forneceu prostitutos ao engenheiro a um ritmo de dois a três por semana. Seminaristas da sua maioria, a escolha recaía por vezes também sobre imigrantes ilegais em busca de dinheiro e de uma autorização de residência em Itália.
Balducci terá chegado a usar a sua influência tanto junto do Vaticano como junto do Governo para ajudar alguns dos prostitutos que contratava por valores que chegavam aos dois mil euros por encontro. Cavalheiro de Sua Santidade desde 1995 - a maior honra conferida pelo Vaticano a um leigo - o ingegniere, casado e pai de dois filhos, trabalhou com a Santa Sé na preparação de eventos como a canonização do Padre Pio e do fundador da Opus Dei, Josemaría Escrivá de Balaguer ou a beatificação da madre Teresa de Calcutá.
Em Fevereiro, Balducci foi detido por suspeitas de corrupção, relacionada com a atribuição de contratos de obras públicas como a cimeira do G8, prevista para a Sardenha e depois transferida para L'Aquila, o Campeonato do Mundo de Natação 2009 ou as comemorações dos 150 anos da unificação de Itália em 2011.
Foi no âmbito da investigação por corrupção que a polícia italiana ficou a conhecer, através das escutas, que Balducci costumava contratar prostitutos através de Ehiem. Caso as revelações agora feitas pelos meios de comunicação italianos estejam correctas, esta pode ser apenas a ponta do icebergue de uma vasta rede de prostituição masculina que liga o Vaticano e os seminários de Roma. Além de ter afastado Ehiem, a Santa Sé garantiu que o corista (o coro da Capela Giulia actua na Basílica de São Pedro quando o Papa não está presente - nessas altura actua o coro da Capela Sistina) já foi afastado e que não era um seminarista, mas sim um laico.
Ehiem e o seu assistente, Lorenzo Renzi, de 33 anos, controlavam uma rede de aspirantes a padre e imigrantes cujos serviços iam oferecendo a Balducci. As escutas revelam que este não hesitava em atender os telefonemas dos prostitutos nos locais menos próprios, quer se tratasse da sede da presidência do Governo quer de uma audiência com um cardeal.
Nas chamadas para Balducci, Ehiem costumava descrever os prostitutos disponíveis. "Angelo, não estás a ver... Dois metros, 97 quilos, 33 anos e completamente activo", afirmou uma vez o corista numa escuta citada pelo diário italiano La Repubblica. Mas alguns telefonemas eram menos esclarecedores: "Tenho uma situação em Nápoles" ou "Já tenho o futebolista" eram algumas informações dadas pelo nigeriano ao ex-responsável pela protecção civil italiana.
Os prostitutos, por seu lado, recebiam instruções sobre como agir nos encontros com Balducci. "Vais ganhar dois mil euros. Precisas do dinheiro. Pões música, sacas da [parte da conversa imperceptível], tomas o Viagra e segue!", afirma Renzi numa escuta.
Inquirido sobre estas escutas, o advogado de Balducci, Franco Coppi, disse à Reuters que o seu cliente "tem coisas mais sérias em que pensar".
DN
"Ele a que horas tem de regressar ao seminário?" A pergunta não teria nada de mal se não tivesse sido feita por Angelo Balducci, o ex-presidente do Conselho das Obras Públicas italiano já preso por corrupção, ao homem que lhe fornecia prostitutos para encontros amorosos a troco de avultadas quantias. O destinatário da chamada - transcrita nas 72 páginas de escutas a Balducci agora divulgadas - era Chinedu Thomas Ehiem, nigeriano membro do selecto coral da Capela Giulia, entretanto afastado pelo Vaticano.
Identificado apenas como "Mike", Ehiem esteve em contacto com Balducci durante os últimos dois anos. Vinte e quatro meses durante os quais forneceu prostitutos ao engenheiro a um ritmo de dois a três por semana. Seminaristas da sua maioria, a escolha recaía por vezes também sobre imigrantes ilegais em busca de dinheiro e de uma autorização de residência em Itália.
Balducci terá chegado a usar a sua influência tanto junto do Vaticano como junto do Governo para ajudar alguns dos prostitutos que contratava por valores que chegavam aos dois mil euros por encontro. Cavalheiro de Sua Santidade desde 1995 - a maior honra conferida pelo Vaticano a um leigo - o ingegniere, casado e pai de dois filhos, trabalhou com a Santa Sé na preparação de eventos como a canonização do Padre Pio e do fundador da Opus Dei, Josemaría Escrivá de Balaguer ou a beatificação da madre Teresa de Calcutá.
Em Fevereiro, Balducci foi detido por suspeitas de corrupção, relacionada com a atribuição de contratos de obras públicas como a cimeira do G8, prevista para a Sardenha e depois transferida para L'Aquila, o Campeonato do Mundo de Natação 2009 ou as comemorações dos 150 anos da unificação de Itália em 2011.
Foi no âmbito da investigação por corrupção que a polícia italiana ficou a conhecer, através das escutas, que Balducci costumava contratar prostitutos através de Ehiem. Caso as revelações agora feitas pelos meios de comunicação italianos estejam correctas, esta pode ser apenas a ponta do icebergue de uma vasta rede de prostituição masculina que liga o Vaticano e os seminários de Roma. Além de ter afastado Ehiem, a Santa Sé garantiu que o corista (o coro da Capela Giulia actua na Basílica de São Pedro quando o Papa não está presente - nessas altura actua o coro da Capela Sistina) já foi afastado e que não era um seminarista, mas sim um laico.
Ehiem e o seu assistente, Lorenzo Renzi, de 33 anos, controlavam uma rede de aspirantes a padre e imigrantes cujos serviços iam oferecendo a Balducci. As escutas revelam que este não hesitava em atender os telefonemas dos prostitutos nos locais menos próprios, quer se tratasse da sede da presidência do Governo quer de uma audiência com um cardeal.
Nas chamadas para Balducci, Ehiem costumava descrever os prostitutos disponíveis. "Angelo, não estás a ver... Dois metros, 97 quilos, 33 anos e completamente activo", afirmou uma vez o corista numa escuta citada pelo diário italiano La Repubblica. Mas alguns telefonemas eram menos esclarecedores: "Tenho uma situação em Nápoles" ou "Já tenho o futebolista" eram algumas informações dadas pelo nigeriano ao ex-responsável pela protecção civil italiana.
Os prostitutos, por seu lado, recebiam instruções sobre como agir nos encontros com Balducci. "Vais ganhar dois mil euros. Precisas do dinheiro. Pões música, sacas da [parte da conversa imperceptível], tomas o Viagra e segue!", afirma Renzi numa escuta.
Inquirido sobre estas escutas, o advogado de Balducci, Franco Coppi, disse à Reuters que o seu cliente "tem coisas mais sérias em que pensar".
DN
ricardonunes- Pontos : 3302
Três mil padres acusados de pedofilia na última década
Três mil padres acusados de pedofilia na última década
Hoje
Cerca de três mil acusações de pedofilia contra padres foram tratadas pela justiça do Vaticano entre 2001 e 2010 por casos ocorridos nos últimos 50 anos, indicou ontem um responsável do Vaticano.
"De 2001 a 2010", houve "cerca de três mil acusações contra padres diocesanos ou religiosos por crimes cometidos nos últimos 50 anos", declarou monsenhor Charles J. Scicluna do Ministério Público do Tribunal da Congregação para a Doutrina da Fé numa entrevista ao Avvenire, jornal da Conferência Episcopal italiana.
"Cerca de 60% dos casos referem-se a actos de 'efebofilia', ou seja, atracção física entre adolescentes do mesmo sexo, 30% a relações heterossexuais e os restantes 10% a verdadeira pedofilia, ou seja, uma atracção sexual por rapazes impúberes", referiu o mesmo prelado.
In DN
Hoje
Cerca de três mil acusações de pedofilia contra padres foram tratadas pela justiça do Vaticano entre 2001 e 2010 por casos ocorridos nos últimos 50 anos, indicou ontem um responsável do Vaticano.
"De 2001 a 2010", houve "cerca de três mil acusações contra padres diocesanos ou religiosos por crimes cometidos nos últimos 50 anos", declarou monsenhor Charles J. Scicluna do Ministério Público do Tribunal da Congregação para a Doutrina da Fé numa entrevista ao Avvenire, jornal da Conferência Episcopal italiana.
"Cerca de 60% dos casos referem-se a actos de 'efebofilia', ou seja, atracção física entre adolescentes do mesmo sexo, 30% a relações heterossexuais e os restantes 10% a verdadeira pedofilia, ou seja, uma atracção sexual por rapazes impúberes", referiu o mesmo prelado.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Re: Pedofilia no coro do irmão do Papa
Pois é. Como se costuma dizer. Quem não tem cão (mulher) caça com gato (miúdos).
Viriato- Pontos : 16657
Re: Pedofilia no coro do irmão do Papa
Viriato escreveu:Pois é. Como se costuma dizer. Quem não tem cão (mulher) caça com gato (miúdos).
Devemos ser mais exigentes na crítica.
Não é o problema de não ter mulher que está em causa. Como sabe, ninguém está em melhores condições de ter, não uma mas várias mulheres, do que um padre. É ao padre que as mulheres se confessam.
Se o problema fosse esse, não haveria pedófilos ou violadores na sociedade civil. Infelizmente há e muitos, como é do conhecimento público. O problema está em que os padres também são homens, com todas as virtudes e defeitos dos restantes.
Vagueante- Pontos : 1698
Re: Pedofilia no coro do irmão do Papa
que o padre Amaro faça os seus crimes isso nem crime é
mas...eu confesso que utilizar putos para ... nao me entra na pinha e ainda por cima quem do alto doasltar lanças chispas infernais para os pecados carnais
mas...eu confesso que utilizar putos para ... nao me entra na pinha e ainda por cima quem do alto doasltar lanças chispas infernais para os pecados carnais
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Pedofilia no coro do irmão do Papa
Vitor mango escreveu:que o padre Amaro faça os seus crimes isso nem crime é
mas...eu confesso que utilizar putos para ... nao me entra na pinha e ainda por cima quem do alto doasltar lanças chispas infernais para os pecados carnais
O problema só estará nos tribunais que julgarem estes casos, atendendo a que, como referi no meu comentário, os padres são, fisicamente, homens como quais outros, com tendências nem sempre naturais.
Já o pdre Amaro, cometeu o pior dos crimes. O assassinato de um recém nascido.
Vagueante- Pontos : 1698
Re: Pedofilia no coro do irmão do Papa
Vagueante escreveu:Vitor mango escreveu:que o padre Amaro faça os seus crimes isso nem crime é
mas...eu confesso que utilizar putos para ... nao me entra na pinha e ainda por cima quem do alto doasltar lanças chispas infernais para os pecados carnais
O problema só estará nos tribunais que julgarem estes casos, atendendo a que, como referi no meu comentário, os padres são, fisicamente, homens como quais outros, com tendências nem sempre naturais.
Já o pdre Amaro, cometeu o pior dos crimes. O assassinato de um recém nascido.
ja li o livro do Eça vai para seculos ...dessa parte ja nem me lembro ..mas da keka tomei nota
Vitor mango- Pontos : 118178
Re: Pedofilia no coro do irmão do Papa
Bispos de antiga diocese do Papa decidem comunicar suspeitas de abusos à justiça
Os bispos da antiga diocese do Papa Bento XVI, Munique-Freising, decidiram esta quinta-feira cooperar estreitamente com a Justiça e denunciar todas as suspeitas de abusos sexuais de menores ao ministério público.
«A decisão foi tomada por unanimidade pelos bispos», disse esta quinta-feira o arcebispo de Munique-Freising, Reinhard Marx, após a Assembleia Episcopal realizada em Vierzehnheiligen, um local de peregrinação na Baixa Baviera.
Na resolução aprovada os bispos bávaros recomendaram também que o dever de comunicar todas as suspeitas de abusos sexuais de menores à justiça seja incluído nas directivas da Conferência Episcopal Alemã.
As actuais directivas prevêem que a Igreja pode renunciar a comunicar tais casos à Justiça, se as vítimas não o exigirem, disposição que os prelados da Baviera querem ver abolida.
O arcebispo de Munique-Freising, diocese que foi dirigida pelo actual Papa, Joseph Ratzinger, entre 1977 e 1982, defendeu também Bento XVI contra acusações surgidas na Alemanha de não ter condenado abertamente o escândalo de centenas de abusos sexuais de menores na Igreja Católica alemã, que começou a ser relevado em Fevereiro.
«Os bispos da Baviera sabem que o Santo Padre apoia todos os seus esforços no combate aos abusos», sublinhou Reinhard Marx.
O Vaticano anunciou, entretanto, que o Papa divulgará no Sábado uma Carta Pastoral sobre os abusos sexuais de menores na Irlanda, em Inglês e Italiano.
Durante uma audiência com bispos irlandeses, na quarta feira, o Sumo Pontífice afirmou que a Carta Pastoral será um «sinal da sua profunda preocupação com os casos de abusos sexuais que abalaram gravemente» a Igreja irlandesa.
Não ficou claro, no entanto, se o documento abordará também os casos de abusos sexuais em instituições católicas alemãs e de outros países.
Os bispos da antiga diocese do Papa Bento XVI, Munique-Freising, decidiram esta quinta-feira cooperar estreitamente com a Justiça e denunciar todas as suspeitas de abusos sexuais de menores ao ministério público.
«A decisão foi tomada por unanimidade pelos bispos», disse esta quinta-feira o arcebispo de Munique-Freising, Reinhard Marx, após a Assembleia Episcopal realizada em Vierzehnheiligen, um local de peregrinação na Baixa Baviera.
Na resolução aprovada os bispos bávaros recomendaram também que o dever de comunicar todas as suspeitas de abusos sexuais de menores à justiça seja incluído nas directivas da Conferência Episcopal Alemã.
As actuais directivas prevêem que a Igreja pode renunciar a comunicar tais casos à Justiça, se as vítimas não o exigirem, disposição que os prelados da Baviera querem ver abolida.
O arcebispo de Munique-Freising, diocese que foi dirigida pelo actual Papa, Joseph Ratzinger, entre 1977 e 1982, defendeu também Bento XVI contra acusações surgidas na Alemanha de não ter condenado abertamente o escândalo de centenas de abusos sexuais de menores na Igreja Católica alemã, que começou a ser relevado em Fevereiro.
«Os bispos da Baviera sabem que o Santo Padre apoia todos os seus esforços no combate aos abusos», sublinhou Reinhard Marx.
O Vaticano anunciou, entretanto, que o Papa divulgará no Sábado uma Carta Pastoral sobre os abusos sexuais de menores na Irlanda, em Inglês e Italiano.
Durante uma audiência com bispos irlandeses, na quarta feira, o Sumo Pontífice afirmou que a Carta Pastoral será um «sinal da sua profunda preocupação com os casos de abusos sexuais que abalaram gravemente» a Igreja irlandesa.
Não ficou claro, no entanto, se o documento abordará também os casos de abusos sexuais em instituições católicas alemãs e de outros países.
TSF
ricardonunes- Pontos : 3302
Papa promete justiça para padres acusados de abusos
Papa promete justiça para padres acusados de abusos
por H.T.
Hoje
Numa carta às vítimas de religiosos pedófilos, Bento XVI afirmou-se "envergonhado".
"Traístes a confiança de jovens inocentes e dos seus pais e desonrado os vossos irmãos", escreveu Bento XVI numa carta em que garante lamentar os abusos sexuais praticados sobre menores por membros da Igreja Católica.
Numa missiva dirigida aos fiéis da Irlanda, país onde se multiplicaram nos últimos meses os casos de pedofilia praticada por religiosos, o Papa mostrou-se muito duro, sobretudo para com os responsáveis da Igreja Católica que não toleraram, mas encobriram estes abusos.
Na sua carta , Bento XVI exige que, além da "justiça de Deus", os responsáveis por estes abusos sejam sujeitos à "justiça do Homem". E o Papa alemão vai mesmo mais longe, ao acusar os arcebispos que durante décadas toleraram abusos nas suas dioceses de "graves erros de julgamento", além de falhas na "gestão de crimes".
Dirigindo-se directamente às vítimas, Bento XVI escreve: "Muitos de vós tiveram a coragem para falar do que vos aconteceu, mas ninguém vos ouviu". E em nome da Igreja Católica, o seu líder exprimiu a sua "vergonha e remorsos", numa mensagem de sete páginas lida hoje em todas as paróquias irlandesas.
E se a Igreja Católica irlandesa disse esperar que esta carta signifique um novo começo, as vítimas mostraram-se desiludidas. Para a directora do grupo de vítimas One in Four, Maeve Lewis, Bento XVI "perdeu uma oportunidade para explicar a política deliberada da Igreja Católica ao mais alto nível que protegeu os delinquentes sexuais".
In DN
por H.T.
Hoje
Numa carta às vítimas de religiosos pedófilos, Bento XVI afirmou-se "envergonhado".
"Traístes a confiança de jovens inocentes e dos seus pais e desonrado os vossos irmãos", escreveu Bento XVI numa carta em que garante lamentar os abusos sexuais praticados sobre menores por membros da Igreja Católica.
Numa missiva dirigida aos fiéis da Irlanda, país onde se multiplicaram nos últimos meses os casos de pedofilia praticada por religiosos, o Papa mostrou-se muito duro, sobretudo para com os responsáveis da Igreja Católica que não toleraram, mas encobriram estes abusos.
Na sua carta , Bento XVI exige que, além da "justiça de Deus", os responsáveis por estes abusos sejam sujeitos à "justiça do Homem". E o Papa alemão vai mesmo mais longe, ao acusar os arcebispos que durante décadas toleraram abusos nas suas dioceses de "graves erros de julgamento", além de falhas na "gestão de crimes".
Dirigindo-se directamente às vítimas, Bento XVI escreve: "Muitos de vós tiveram a coragem para falar do que vos aconteceu, mas ninguém vos ouviu". E em nome da Igreja Católica, o seu líder exprimiu a sua "vergonha e remorsos", numa mensagem de sete páginas lida hoje em todas as paróquias irlandesas.
E se a Igreja Católica irlandesa disse esperar que esta carta signifique um novo começo, as vítimas mostraram-se desiludidas. Para a directora do grupo de vítimas One in Four, Maeve Lewis, Bento XVI "perdeu uma oportunidade para explicar a política deliberada da Igreja Católica ao mais alto nível que protegeu os delinquentes sexuais".
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Pedófilos devem responder perante Deus e os tribunais
Pedófilos devem responder perante Deus e os tribunais
por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje
Vítimas de abusos sexuais consideram insuficientes as desculpas de Bento XVI.
A necessidade de os pedófilos e abusadores responderem perante a justiça civil e a canónica, uma investigação nas dioceses, congregações religiosas e seminários afectados, retiros espirituais orientados para a "redescoberta das raízes da fé" para "todos os bispos, padres e religiosos" da Irlanda, são algumas das iniciativas previstas na carta pastoral de Bento XVI aos católicos deste país, em que pede perdão pelos crimes de pedofilia cometidos por elementos da hierarquia e das ordens religiosas.
A carta será lida hoje em todas as paróquias irlandesas e nela o Papa recomenda, no plano espiritual, tempos "de penitência" desde agora até "à Páscoa de 2011", de "oração fervorosa" e de "adoração eucarística" com o objectivo de pedir perdão "pelos pecados que tanto mal causaram".
Igrejas e capelas devem ser "especificamente resevadas" para estes momentos de oração, observa Bento XVI naquele que é o primeiro documento da Igreja sobre a pedofilia a ser assinado por um Papa, como referiam ontem vaticanistas citados pelas agências.
As organizações representativas das vítimas reagiram friamente ao documento papal, considerando que este fica "muito àquem" das expectativas. A responsável do grupo One in For, Maewe Lewis, sublinhou a "penosa ausência de desculpas" às vítimas, "que esperavam o reconhecimento da forma ultrajante como foram tratadas", um facto "doloroso".
Para a responsável da One in For, Bento XVI não admitiu a existência de uma "política deliberada ao mais alto nível da Igreja para proteger os delinquentes sexuais".
O dirigente de uma segunda entidade, John Kelly, que representa a SOCA, afirmou que o Papa expressou "mais aspirações" do que posições "substantivas", realçando contudo "o reconhecimento de que houve sevícias e foram ocultados muitos crimes".
Uma vítima de abusos, Christine Buckley, declarou ser sua intenção encontrar-se com o Papa para lhe relatar os abusos de que fora vítima numa escola de Dublim. "E nessa altura quero que esteja presente a freira que abusou de mim e que ela ouça na presença do Papa aquilo que me fez e como quase destruiu a minha vida", disse Buckley.
A carta em 14 pontos, que conclui com uma Oração pela Igreja da Irlanda, foi saudada pela figura máxima da hierarquia, cardeal primaz Sean Brady como o "início de um momento alto de renascimento e esperança" para a Igreja deste país.
A publicação desta carta coincidiu ainda com a inauguração da presença do Vaticano no Twitter.
No documento, o Papa dirige-se, sucessivamente, aos "irmãos e irmãs da Igreja da Irlanda", às vítimas dos abusos e suas famílias, aos padres e religiosos que abusaram de crianças, aos pais em geral, às crianças e jovens irlandeses e, finalmente, aos padres, bispos, religiosos e católicos da Irlanda. O último ponto é consagrado ao anúncio das medidas já referidas.
Bento XVI admite "que esta dolorosa situação não será resolvida a curto prazo", escrevendo que, primeiro que tudo, devem ser admitidos "perante Deus e perante as pessoas os pesados pecados cometidos sobre crianças indefesas" - "crimes individuais" dos abusadores e "graves erros de julgamento e falhas de liderança" por parte da hierarquia.
Uma realidade que tornou "difícil para muitos voltar a transpor as portas" de um templo. Os crimes cometidos ao longo de mais de meio século, fizeram também mal à Igreja e "à percepção pública do que é a vida sacerdotal e religiosa". O resultado final "ensombrou a luz do Evangelho a um ponto que séculos e séculos de perseguição nunca o tinham conseguido", reflecte o Papa.
In DN
por ABEL COELHO DE MORAIS
Hoje
Vítimas de abusos sexuais consideram insuficientes as desculpas de Bento XVI.
A necessidade de os pedófilos e abusadores responderem perante a justiça civil e a canónica, uma investigação nas dioceses, congregações religiosas e seminários afectados, retiros espirituais orientados para a "redescoberta das raízes da fé" para "todos os bispos, padres e religiosos" da Irlanda, são algumas das iniciativas previstas na carta pastoral de Bento XVI aos católicos deste país, em que pede perdão pelos crimes de pedofilia cometidos por elementos da hierarquia e das ordens religiosas.
A carta será lida hoje em todas as paróquias irlandesas e nela o Papa recomenda, no plano espiritual, tempos "de penitência" desde agora até "à Páscoa de 2011", de "oração fervorosa" e de "adoração eucarística" com o objectivo de pedir perdão "pelos pecados que tanto mal causaram".
Igrejas e capelas devem ser "especificamente resevadas" para estes momentos de oração, observa Bento XVI naquele que é o primeiro documento da Igreja sobre a pedofilia a ser assinado por um Papa, como referiam ontem vaticanistas citados pelas agências.
As organizações representativas das vítimas reagiram friamente ao documento papal, considerando que este fica "muito àquem" das expectativas. A responsável do grupo One in For, Maewe Lewis, sublinhou a "penosa ausência de desculpas" às vítimas, "que esperavam o reconhecimento da forma ultrajante como foram tratadas", um facto "doloroso".
Para a responsável da One in For, Bento XVI não admitiu a existência de uma "política deliberada ao mais alto nível da Igreja para proteger os delinquentes sexuais".
O dirigente de uma segunda entidade, John Kelly, que representa a SOCA, afirmou que o Papa expressou "mais aspirações" do que posições "substantivas", realçando contudo "o reconhecimento de que houve sevícias e foram ocultados muitos crimes".
Uma vítima de abusos, Christine Buckley, declarou ser sua intenção encontrar-se com o Papa para lhe relatar os abusos de que fora vítima numa escola de Dublim. "E nessa altura quero que esteja presente a freira que abusou de mim e que ela ouça na presença do Papa aquilo que me fez e como quase destruiu a minha vida", disse Buckley.
A carta em 14 pontos, que conclui com uma Oração pela Igreja da Irlanda, foi saudada pela figura máxima da hierarquia, cardeal primaz Sean Brady como o "início de um momento alto de renascimento e esperança" para a Igreja deste país.
A publicação desta carta coincidiu ainda com a inauguração da presença do Vaticano no Twitter.
No documento, o Papa dirige-se, sucessivamente, aos "irmãos e irmãs da Igreja da Irlanda", às vítimas dos abusos e suas famílias, aos padres e religiosos que abusaram de crianças, aos pais em geral, às crianças e jovens irlandeses e, finalmente, aos padres, bispos, religiosos e católicos da Irlanda. O último ponto é consagrado ao anúncio das medidas já referidas.
Bento XVI admite "que esta dolorosa situação não será resolvida a curto prazo", escrevendo que, primeiro que tudo, devem ser admitidos "perante Deus e perante as pessoas os pesados pecados cometidos sobre crianças indefesas" - "crimes individuais" dos abusadores e "graves erros de julgamento e falhas de liderança" por parte da hierarquia.
Uma realidade que tornou "difícil para muitos voltar a transpor as portas" de um templo. Os crimes cometidos ao longo de mais de meio século, fizeram também mal à Igreja e "à percepção pública do que é a vida sacerdotal e religiosa". O resultado final "ensombrou a luz do Evangelho a um ponto que séculos e séculos de perseguição nunca o tinham conseguido", reflecte o Papa.
In DN
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Joao Ruiz- Pontos : 32035
Vaticano investiga em Espanha 14 casos
Vaticano investiga em Espanha 14 casos
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Depois das denúncias na Irlanda, Alemanha, Itália, Holanda e Áustria, surgem agora indicações de que os abusos sexuais dentro da Igreja ocorreram também em Espanha.
O monge José Ángel Arregui Eraña começa hoje a ser julgado, em Espanha, pela posse de material pornográfico em que figuram 15 menores de três colégios da ordem San Viator, em Madrid e Basauri, nos quais deu aulas de 1979 a 2007. Mas este caso de abuso sexual de menores na Igreja Católica espanhola não é o único. O Vaticano anunciou ontem que está a investigar outros 14 casos, que terão ocorrido nos últimos nove anos.
Mas a contabilidade pode não ficar por aqui, depois de terem sido revelados os escândalos na Irlanda, na Alemanha, em Itália, na Holanda e na Áustria. O Papa Bento XVI pediu desculpas pelos casos de abusos aos irlandeses, numa carta enviada aos fiéis e conhecida no último sábado. Desculpas referentes à Irlanda, mas que muitos dizem que podem ser alargadas aos outros países, e que tanto a chanceler alemã, Angela Merkel, como o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, veriam com bons olhos.
Segundo o reverendo Thomas Ressen, perito da Universidade de Georgetown que escreveu o livro Dentro do Vaticano, o problema vai intensificar-se. "Com base na nossa experiência nos EUA, a Igreja Católica vai ter de estar prepa-rada para mais denúncias de vítimas de abusos nos próximos três anos", disse ao jornal britânico The Daily Telegraph. "Cada vez que há uma nova história de abusos, encoraja as vítimas a dizer o que lhes aconteceu."
De acordo com Charles Scicluna, promotor de justiça na Congregação para a Doutrina da Fé, os 14 casos que estão a ser investigados em Espanha referem-se ao período de Janeiro de 2001 a Março de 2010. Desconhece-se contudo se, entre eles, está já o do padre de duas paróquias catalãs que foi detido, a 24 de Fevereiro, por exibicionismo numa praia de Gerona. "Espanha é um dos países com menos casos denunciados", disse Sciluna, lembrando que os casos investigados representam menos de dois por ano.
O episcopado espanhol mantém o silêncio em relação a estes escândalos, mas a organização Igreja sem Abusos louva o início da investigação. O seu porta-voz, Carlos Sánchez, disse ao jornal espanhol Público que esta confirma que Espanha "não é um oásis onde nunca houve um caso". O mesmo diário lembra que já houve dez condenações em tribunais civis, com base em factos anteriores a 2001, e que há ainda outros quatro processos em aberto.
Na Alemanha, o número de casos investigados na diocese de Regensburg (onde o Papa estudou) ascende já a 300. As últimas denúncias prendem-se com duas freiras e quatro padres, cujos crimes já terão prescrito segundo a lei alemã, mas que foram suspensos de funções. "O trabalho das últimas duas semanas mostrou-nos as graves injustiças cometidas pelos membros do clero. A nossa simpatia vai para as vítimas destes crimes e as suas famílias. Lamentamos profundamente o que o clero e os trabalhadores da Igreja fizeram a estas crianças e jovens, e pedimos perdão", indicou a diocese, num comunicado.
In DN
por SUSANA SALVADOR
Hoje
Depois das denúncias na Irlanda, Alemanha, Itália, Holanda e Áustria, surgem agora indicações de que os abusos sexuais dentro da Igreja ocorreram também em Espanha.
O monge José Ángel Arregui Eraña começa hoje a ser julgado, em Espanha, pela posse de material pornográfico em que figuram 15 menores de três colégios da ordem San Viator, em Madrid e Basauri, nos quais deu aulas de 1979 a 2007. Mas este caso de abuso sexual de menores na Igreja Católica espanhola não é o único. O Vaticano anunciou ontem que está a investigar outros 14 casos, que terão ocorrido nos últimos nove anos.
Mas a contabilidade pode não ficar por aqui, depois de terem sido revelados os escândalos na Irlanda, na Alemanha, em Itália, na Holanda e na Áustria. O Papa Bento XVI pediu desculpas pelos casos de abusos aos irlandeses, numa carta enviada aos fiéis e conhecida no último sábado. Desculpas referentes à Irlanda, mas que muitos dizem que podem ser alargadas aos outros países, e que tanto a chanceler alemã, Angela Merkel, como o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, veriam com bons olhos.
Segundo o reverendo Thomas Ressen, perito da Universidade de Georgetown que escreveu o livro Dentro do Vaticano, o problema vai intensificar-se. "Com base na nossa experiência nos EUA, a Igreja Católica vai ter de estar prepa-rada para mais denúncias de vítimas de abusos nos próximos três anos", disse ao jornal britânico The Daily Telegraph. "Cada vez que há uma nova história de abusos, encoraja as vítimas a dizer o que lhes aconteceu."
De acordo com Charles Scicluna, promotor de justiça na Congregação para a Doutrina da Fé, os 14 casos que estão a ser investigados em Espanha referem-se ao período de Janeiro de 2001 a Março de 2010. Desconhece-se contudo se, entre eles, está já o do padre de duas paróquias catalãs que foi detido, a 24 de Fevereiro, por exibicionismo numa praia de Gerona. "Espanha é um dos países com menos casos denunciados", disse Sciluna, lembrando que os casos investigados representam menos de dois por ano.
O episcopado espanhol mantém o silêncio em relação a estes escândalos, mas a organização Igreja sem Abusos louva o início da investigação. O seu porta-voz, Carlos Sánchez, disse ao jornal espanhol Público que esta confirma que Espanha "não é um oásis onde nunca houve um caso". O mesmo diário lembra que já houve dez condenações em tribunais civis, com base em factos anteriores a 2001, e que há ainda outros quatro processos em aberto.
Na Alemanha, o número de casos investigados na diocese de Regensburg (onde o Papa estudou) ascende já a 300. As últimas denúncias prendem-se com duas freiras e quatro padres, cujos crimes já terão prescrito segundo a lei alemã, mas que foram suspensos de funções. "O trabalho das últimas duas semanas mostrou-nos as graves injustiças cometidas pelos membros do clero. A nossa simpatia vai para as vítimas destes crimes e as suas famílias. Lamentamos profundamente o que o clero e os trabalhadores da Igreja fizeram a estas crianças e jovens, e pedimos perdão", indicou a diocese, num comunicado.
In DN
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Papa acusado de perdoar padre pedófilo americano
Papa acusado de perdoar padre pedófilo americano
por LUMENA RAPOSO
Hoje
Sacerdote terá abusado de 200 alunos deficientes numa escola para surdos no Wisconsin.
Uma semana após a sua carta aos católicos irlandeses, na qual condenava a pedofilia por parte de elementos do clero, Bento XVI viu--se, ontem, no centro de novo escândalo. Desta vez, está em causa a sua eventual decisão de impedir o julgamento canónico de um padre americano que abusou sexualmente de 200 crianças de uma escola para surdos no Wisconsin. O silêncio do então cardeal Joseph Ratzinger possibilitou que o padre Lawrence C. Murphy morresse sem ser objecto de sanção maior e sem pedir perdão às suas vítimas
O diário The New York Times publicou ontem documentos que lhe foram cedidos pelos advogados das vítimas no mesmo dia em que quatro activistas americanos denunciavam, em conferência de imprensa junto ao Vaticano, a forma como Ratzinger lidou com o caso do padre Murphy.
Em viagem por países europeus, estes quatro membros de uma associação de defesa das vítimas de abuso sexual por elementos do clero, sediada em Chicago, foram detidos pela polícia de Roma por fazerem uma manifestação "não autorizada". Pelo menos, um deles foi vítima de pedofilia.
Entretanto, e confrontado com os documentos revelados pelo NYT, o Vaticano assumiu a defesa do Papa, afirmando que este soube "pela primeira vez" do caso "no fim dos anos 90, mais de duas décadas" após a ocorrência dos factos. Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, reconheceu o carácter "trágico" do caso tendo em conta as crianças "particularmente vulneráveis", mas não se coibiu de recordar que as próprias autoridades civis americanas abandonaram, nos anos 70, uma investigação sobre o padre Murphy.
E Lombardi justifica que quando o Vaticano foi informado do caso, "o padre Murphy estava velho, doente, vivia em reclusão e não havia informações sobre eventuais abusos nos últimos 20 anos".
De acordo com os documentos revelados pelo NYT, o padre Murphy terá abusado de 200 crianças durante os 25 anos (1950--1975) que trabalhou na Escola de S. João para Surdos. Segundo os advogados das vítimas, que estão a processar a arquidiocese de Milwaukee, Murphy até no confessionário molestou as crianças.
Em Julho de 1996, o então arcebispo de Milwaukee, Rembert G. Weakland, pediu conselho por escrito a Ratzinger sobre como agir face a Murphy. Face ao silêncio do cardeal alemão e presidente da Congregação para a Doutrina da Fé, Weakland convocou um tribunal canónico para ouvir o caso.
No início de 1997 e perante uma segunda carta de Weakland, o cardeal Tarcisio Bertone, então adjunto de Ratzinger e hoje secretário de Estado do Vaticano, aconselha os bispos do Wisconsin a iniciar um processo disciplinar secreto contra Murphy. Mas, pouco depois, o mesmo Bertone ordenava o congelamento do processo contra Murphy. Uma decisão tomada após este ter enviado uma carta a Ratzinger onde se dizia arrependido, doente e desejando "morrer como padre". Weakland não gostou, mas aceitou e Murphy morreu em 1998 sem ter pedido perdão às suas vítimas.
In DN
por LUMENA RAPOSO
Hoje
Sacerdote terá abusado de 200 alunos deficientes numa escola para surdos no Wisconsin.
Uma semana após a sua carta aos católicos irlandeses, na qual condenava a pedofilia por parte de elementos do clero, Bento XVI viu--se, ontem, no centro de novo escândalo. Desta vez, está em causa a sua eventual decisão de impedir o julgamento canónico de um padre americano que abusou sexualmente de 200 crianças de uma escola para surdos no Wisconsin. O silêncio do então cardeal Joseph Ratzinger possibilitou que o padre Lawrence C. Murphy morresse sem ser objecto de sanção maior e sem pedir perdão às suas vítimas
O diário The New York Times publicou ontem documentos que lhe foram cedidos pelos advogados das vítimas no mesmo dia em que quatro activistas americanos denunciavam, em conferência de imprensa junto ao Vaticano, a forma como Ratzinger lidou com o caso do padre Murphy.
Em viagem por países europeus, estes quatro membros de uma associação de defesa das vítimas de abuso sexual por elementos do clero, sediada em Chicago, foram detidos pela polícia de Roma por fazerem uma manifestação "não autorizada". Pelo menos, um deles foi vítima de pedofilia.
Entretanto, e confrontado com os documentos revelados pelo NYT, o Vaticano assumiu a defesa do Papa, afirmando que este soube "pela primeira vez" do caso "no fim dos anos 90, mais de duas décadas" após a ocorrência dos factos. Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, reconheceu o carácter "trágico" do caso tendo em conta as crianças "particularmente vulneráveis", mas não se coibiu de recordar que as próprias autoridades civis americanas abandonaram, nos anos 70, uma investigação sobre o padre Murphy.
E Lombardi justifica que quando o Vaticano foi informado do caso, "o padre Murphy estava velho, doente, vivia em reclusão e não havia informações sobre eventuais abusos nos últimos 20 anos".
De acordo com os documentos revelados pelo NYT, o padre Murphy terá abusado de 200 crianças durante os 25 anos (1950--1975) que trabalhou na Escola de S. João para Surdos. Segundo os advogados das vítimas, que estão a processar a arquidiocese de Milwaukee, Murphy até no confessionário molestou as crianças.
Em Julho de 1996, o então arcebispo de Milwaukee, Rembert G. Weakland, pediu conselho por escrito a Ratzinger sobre como agir face a Murphy. Face ao silêncio do cardeal alemão e presidente da Congregação para a Doutrina da Fé, Weakland convocou um tribunal canónico para ouvir o caso.
No início de 1997 e perante uma segunda carta de Weakland, o cardeal Tarcisio Bertone, então adjunto de Ratzinger e hoje secretário de Estado do Vaticano, aconselha os bispos do Wisconsin a iniciar um processo disciplinar secreto contra Murphy. Mas, pouco depois, o mesmo Bertone ordenava o congelamento do processo contra Murphy. Uma decisão tomada após este ter enviado uma carta a Ratzinger onde se dizia arrependido, doente e desejando "morrer como padre". Weakland não gostou, mas aceitou e Murphy morreu em 1998 sem ter pedido perdão às suas vítimas.
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Re: Pedofilia no coro do irmão do Papa
Legionários pedem perdão
Numa altura em que se sucedem as denúncias de casos de pedofilia praticados por padres, a congregação católica Legionários de Cristo pediu ontem perdão às vítimas de abusos sexuais cometidos pelo seu fundador, o padre mexicano Marcial Maciel.
"Queremos dirigir-nos a todos os que foram afectados, feridos ou escandalizados pelos actos reprováveis do nosso fundador. Pedimos perdão a todas as pessoas que o acusaram no passado e em quem não acreditámos ou que não soubemos ouvir", lê-se num comunicado emitido por esta congregação ultraconservadora, que reconhece que o padre Maciel abusou de vários seminaristas, teve uma filha com uma mulher e outros dois filhos com outra. Os Legionários de Cristo já haviam pedido perdão aos filhos do fundador, que afirmaram ter sido vítimas do sacerdote, afastado em 2006 por Bento XVI, após ter sido figura de relevo no Vaticano durante o pontificado de João Paulo II.
Entretanto, o Vaticano desmentiu a notícia avançada na semana passada por jornais alemães, e ontem sublinhada pelo ‘The New York Times’, dando conta de que o actual Papa Bento XVI permitiu, em 1980 – quando era apenas arcebispo de Munique – que o sacerdote alemão Peter Hullerman, acusado de abusos sexuais, permanecesse em funções.
Numa altura em que se sucedem as denúncias de casos de pedofilia praticados por padres, a congregação católica Legionários de Cristo pediu ontem perdão às vítimas de abusos sexuais cometidos pelo seu fundador, o padre mexicano Marcial Maciel.
"Queremos dirigir-nos a todos os que foram afectados, feridos ou escandalizados pelos actos reprováveis do nosso fundador. Pedimos perdão a todas as pessoas que o acusaram no passado e em quem não acreditámos ou que não soubemos ouvir", lê-se num comunicado emitido por esta congregação ultraconservadora, que reconhece que o padre Maciel abusou de vários seminaristas, teve uma filha com uma mulher e outros dois filhos com outra. Os Legionários de Cristo já haviam pedido perdão aos filhos do fundador, que afirmaram ter sido vítimas do sacerdote, afastado em 2006 por Bento XVI, após ter sido figura de relevo no Vaticano durante o pontificado de João Paulo II.
Entretanto, o Vaticano desmentiu a notícia avançada na semana passada por jornais alemães, e ontem sublinhada pelo ‘The New York Times’, dando conta de que o actual Papa Bento XVI permitiu, em 1980 – quando era apenas arcebispo de Munique – que o sacerdote alemão Peter Hullerman, acusado de abusos sexuais, permanecesse em funções.
Paulo Madeira com agências
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