Jorge Costa também sabe desanimar o Dragão
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Jorge Costa também sabe desanimar o Dragão
Jorge Costa também sabe desanimar o Dragão
06.03.2010 - 18:57 Manuel Assunção
Nuno 06.03.2010 19:39, Lisboa
Foi
um jogo com horário à antiga (17h00) e ia tendo um resultado ainda mais
antigo: ao Olhanense, que não vence o FC Porto no Porto há 65 anos,
faltaram dez segundos para obter o primeiro triunfo como visitante na
Liga desde 1974. O clube algarvio desperdiçou dois pontos no Dragão, o
que diz bastante sobre a exibição do campeão, que terá perdido qualquer
hipótese credível de revalidar o título. O mal menor para os portistas
foi o empate (2-2) conseguido no último lance do encontro, que não
vale de muito face à distância para Benfica e Sporting de Braga.
O
jogo começou com o anúncio, na instalação sonora, do apuramento do FC
Porto para a final da Taça de basquetebol, mas isso seria praticamente
o único lucro que os adeptos do clube no Dragão tirariam da tarde.
Passados 16 minutos, só tinham uma perspectiva minimamente positiva do
surpreendente 0-2 que o Olhanense, treinado por Jorge Costa, oito vezes
campeão pelos “dragões”, tinha construído: ainda havia cerca de 75
minutos (mais os descontos) para recuperar.
E o FC Porto iria
necessitar até do último deles para minimizar as perdas. Falcao,
servido por Ruben Micael, foi o primeiro a criar perigo, mas Djalmir,
na outra baliza, não se limitou a ameaçar. Aos 12’ e aos 16’, primeiro
com o peito, depois com o pé, e sempre assistido por Paulo Sérgio, o
brasileiro mostrava que, afinal, o FC Porto podia descer mais baixo do
que a exibição de Alvalade.
Culpados? A eficácia de Djalmir, a
qualidade do Olhanense, sempre mais rápido, mais certo e mais
determinado com a bola e nos duelos, e exactamente o oposto do lado
contrário - dezenas de passes errados, lentidão, ineficácia (acertar em
Ventura e nos ferros não dá prémio), precipitação e uma defesa inédita
que não funcionou (Miguel Lopes e Maicon, especialmente, têm motivos
para lembrar este jogo como uma má recordação). Sem as poupanças para o
Arsenal talvez fosse parecido – nem a entrada de Varela reanimou o FC
Porto.
Depois do intervalo, a equipa dedicou-se a acertar no
poste (Falcao) e na barra (Belluschi, um inédito médio mais recuado por
força das circunstâncias), enquanto os visitantes, com Castro e Ukra a
mostrarem qualidade para deixarem de ser cedidos, ameaçaram o 0-3 num
par de ocasiões. Pagaram caro não o terem conseguido. A partir dos 80’,
alguém do FC Porto deve ter dito que era tempo de acordar e, depois de
carregar sem sentido o jogo quase todo (terminou com 21 remates contra
apenas seis do adversário), o campeão chegou finalmente aos golos,
primeiro pelo inevitável Falcao (17.º na Liga; o 10.º nos últimos sete
jogos no Dragão) e depois pelo suplente Guarín. A tempo de conseguir o
empate, mas provavelmente tarde de mais para manter-se na corrida pelo
título.
Notícia actualizada às 21h39
06.03.2010 - 18:57 Manuel Assunção
Foto: Reuters | |
Nuno 06.03.2010 19:39, Lisboa
- Olhanense
acabou com 5 jogadores do Porto em campo. Como pode haver verdade
desportiva? E ainda por cima, momentos antes do golo do empate, um
jogador...
Foi
um jogo com horário à antiga (17h00) e ia tendo um resultado ainda mais
antigo: ao Olhanense, que não vence o FC Porto no Porto há 65 anos,
faltaram dez segundos para obter o primeiro triunfo como visitante na
Liga desde 1974. O clube algarvio desperdiçou dois pontos no Dragão, o
que diz bastante sobre a exibição do campeão, que terá perdido qualquer
hipótese credível de revalidar o título. O mal menor para os portistas
foi o empate (2-2) conseguido no último lance do encontro, que não
vale de muito face à distância para Benfica e Sporting de Braga.
O
jogo começou com o anúncio, na instalação sonora, do apuramento do FC
Porto para a final da Taça de basquetebol, mas isso seria praticamente
o único lucro que os adeptos do clube no Dragão tirariam da tarde.
Passados 16 minutos, só tinham uma perspectiva minimamente positiva do
surpreendente 0-2 que o Olhanense, treinado por Jorge Costa, oito vezes
campeão pelos “dragões”, tinha construído: ainda havia cerca de 75
minutos (mais os descontos) para recuperar.
E o FC Porto iria
necessitar até do último deles para minimizar as perdas. Falcao,
servido por Ruben Micael, foi o primeiro a criar perigo, mas Djalmir,
na outra baliza, não se limitou a ameaçar. Aos 12’ e aos 16’, primeiro
com o peito, depois com o pé, e sempre assistido por Paulo Sérgio, o
brasileiro mostrava que, afinal, o FC Porto podia descer mais baixo do
que a exibição de Alvalade.
Culpados? A eficácia de Djalmir, a
qualidade do Olhanense, sempre mais rápido, mais certo e mais
determinado com a bola e nos duelos, e exactamente o oposto do lado
contrário - dezenas de passes errados, lentidão, ineficácia (acertar em
Ventura e nos ferros não dá prémio), precipitação e uma defesa inédita
que não funcionou (Miguel Lopes e Maicon, especialmente, têm motivos
para lembrar este jogo como uma má recordação). Sem as poupanças para o
Arsenal talvez fosse parecido – nem a entrada de Varela reanimou o FC
Porto.
Depois do intervalo, a equipa dedicou-se a acertar no
poste (Falcao) e na barra (Belluschi, um inédito médio mais recuado por
força das circunstâncias), enquanto os visitantes, com Castro e Ukra a
mostrarem qualidade para deixarem de ser cedidos, ameaçaram o 0-3 num
par de ocasiões. Pagaram caro não o terem conseguido. A partir dos 80’,
alguém do FC Porto deve ter dito que era tempo de acordar e, depois de
carregar sem sentido o jogo quase todo (terminou com 21 remates contra
apenas seis do adversário), o campeão chegou finalmente aos golos,
primeiro pelo inevitável Falcao (17.º na Liga; o 10.º nos últimos sete
jogos no Dragão) e depois pelo suplente Guarín. A tempo de conseguir o
empate, mas provavelmente tarde de mais para manter-se na corrida pelo
título.
Notícia actualizada às 21h39
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