Paulo Rangel

Paulo Rangel

O incidente com as assinaturas dos apoiantes de Aguiar-Branco é mais um episódio do espectáculo triste que as directas do PSD estão a dar ao país e que teve o seu momento mais alto com a atitude cobarde dos três candidatos na sequência da aprovação da lei da rolha, tiveram medo dos militantes e optaram pelo silêncio para depois, quando se aperceberam da asneira, protestarem contra a decisão.

O incidente com as assinaturas de Aguiar-Branco poderia e deveria ter sido resolvido com elegância, qualquer dos outros candidatos deveria ter manifestado a inteira disponibilidade em ajudar Aguiar-Branco a superar o problema assegurando o debate de ideias.

Lamentavelmente a postura da candidatura de Paulo Rangel apontou para a inviabilização da candidatura de Aguiar-Branco, depois das pressões sobre o candidato tentaram eliminá-lo pela via administrativa. É baixo nível a mais para quem quer ser primeiro-ministro.

Rangel não para de mostrar fragilidades de carácter, primeiro foi a tentativa de apagar a sua militância recente no CDS (porque terá sido, o que teria Rangel a esconder?), depois a pobreza intelectual revelada nos debates com os outros candidatos, a seguir a tentativa de se pôr em bicos de pés dizendo que foi o primeiro candidato a protestar contra a lei da rolha defendida e votada pelos seus apoiantes no congresso e, por fim, foi a tentativa de golpe baixo de eliminar Aguiar-Branco pela via administrativa.

Rangel é um mau candidato a líder do PSD mas é, sem qualquer dúvida, aquele que melhor representa a cultura de um cavaquismo moribundo que persiste em sobreviver.

O Jumento

A partir do momento em que passou a pavonear-se, após as europeias, com uma vitória mais parecida com uma derrota, disse de si e do seu carácter. E nem sequer seria preciso o triste episódio da sua faladura contra Portugal, no aereópago europeu, para se caracterizar o tipo de pessoa que pretende (acudam ao país) ser PM da mesma nação.

Pedro Passos Coelho disse, no Congresso, que qualquer pessoa ganhava de Vital Moreira, mas nem assim o pequenote desceu à Terra continuando a debitar tolices, como a ruptura (sabe-se lá com quê ou com quem), na linha de rasgação da sua mentora, já recusada pelo eleitorado.

Acho que o senhor, para bem e descanso do seu partido, deveria desistir da sua candidatura, antes da derrota que se vislumbra.