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O MERCADO

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Mensagem por Viriato Qui Mar 25, 2010 12:40 pm

O MERCADO


A forma como a opinião pública lida com o estado da economia diz bem da confusão que pauta a política portuguesa. Quem ouvir os partidos da oposição, é levado a supor que o desemprego cai para níveis residuais com uma simples mudança de governo. Com Louçã ou Passos Coelho à frente do executivo, o desemprego já era. Disparate do mesmo quilate foi o PS ter prometido (na campanha de 2005) criar 150 mil novos postos de trabalho. A retórica de Paulo Portas vai no mesmo sentido. E assim sucessivamente. Ao mesmo tempo, quem ler jornais e blogues de dente afiado às remunerações de duas dúzias de gestores, fica sem perceber o sentido de voto dos portugueses: anda tudo com saudades da UDP mas, talvez por efeito dos opiáceos, votam Centrão. (Eu também, mas não pretendo que o Estado arranje empregos; nem me incomodam salários altos; preocupa-me, sim, que haja tanta gente no limiar da pobreza.) A que vem o intróito?

A direita liberalóide que anda sempre com a sociedade civil na boca, todos os dias se queixa da omissão do Estado: falta de incentivos fiscais, subsídios, juro bonificado, etc. A quase ninguém ocorre que a economia é risco. E que ao Estado apenas deve caber o papel de regulador.

Infelizmente, são muitos os casos em que o investimento parece obra do arbítrio. Há dois anos, o Grupo Lena — construção, hóteis e imprensa regional —, de Leiria, decidiu fazer um jornal em Lisboa. Assim nasceu, há 10 meses, o i. Com a crise que o sector atravessa, não lembrava ao diabo abrir outro jornal. Mas foi isso que fizeram. Agora, com uma dívida de 600 milhões de euros, o grupo que detém o jornal pôs o título à venda. A Impresa (Balsemão) descartou, a Ongoing (Nuno Vasconcelos) idem. Não tarda, o insucesso da coisa será creditado ao governo. A leviandade morre sempre solteira.

posted by Eduardo Pitta
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