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E traduz melhor quer que o Google, ou temos a mesma pessegada?!?

lula defende que Hamas e o Hezbollah sejam chamados para negociar a paz no Oriente Médio

Plantão | Publicada em 31/03/2010 às 20h39m
Luiza Damé e Chico de Gois
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BRASÍLIA - Em plena posse dos novos ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou nesta quarta-feira à questão da paz no Oriente Médio e disse que a Organização das Nações Unidas (ONU), assim como criou o Estado de Israel, terá de instituir o Estado da Palestina. O presidente afirmou ainda que todos os setores envolvidos têm de ser chamados para a mesa de negociação, incluindo o Hamas e o Hezbollah.

- A ONU criou o Estado de Israel e ela tem que ter força para criar o Estado palestino, e para fazer com que haja a paz entre os dois. Ninguém mais, ninguém mais discute a supremacia de um sobre o outro. Ninguém mais discute porque tem que negar um para criar o outro. Todo mundo - judeus e palestinos - já sabe que precisa dos dois Estados. Agora, aquilo não é um clube de amigos - afirmou Lula, que esteve na região, neste mês.

Para Lula, se depender da ação dos Estados Unidos e da Europa não será construída a paz na região:

- Eu já vi tanto presidente americano apertando a mão de presidente judeu e palestino, e não fez. A Europa vai fazer também, não faz. Ali, é preciso saber o seguinte: a paz só vai acontecer quando os que estão em guerra quiserem. É preciso colocar todo mundo em uma mesa de negociação: quem está conversando com o Hamas, quem está conversando com o Hezbollah, quem está conversando com a Síria, quem está conversando com o Irã? Como é que você vai construir a paz, se tem pessoas envolvidas no conflito que estão de fora? Já são considerados como bandidos e não se conversam.

Lula disse que o Brasil, por ser "um país pacífico, tranquilo e amigo de todo mundo" vai trabalhar pela paz, embora alguns críticos afirmem que o assunto não diga respeito ao governo brasileiro. Lula abordou a polêmica em torno do convite para visitar o túmulo de Theodor Herzl, fundador do Movimento do Sionista, e disse que não vai se submeter à supremacia de nenhum país.

- Eu acho engraçado, porque eu fui a Israel, não estava nem na minha agenda, nem os israelenses pediram para eu visitar o túmulo do criador do sionismo. Alguns jornais aqui no Brasil ficaram incomodados porque eu não quis ir visitar uma coisa que nem Israel queria. E ainda diziam: "O que o Lula está se metendo, o que ele pensa que é? Discutir crise internacional... Se coloca no seu lugar, baixinho!" Eu sou baixinho, mas o povo brasileiro não é. O povo brasileiro é muito grande! E nós não aceitamos supremacia de uma nação sobre a outra. Não aceitamos supremacia dos que têm dinheiro contra os que não têm dinheiro. Não aceitamos a supremacia daqueles que acham, em uma outra geopolítica, daqueles que acham que eles são donos das decisões mundiais - afirmou, lembrando que há 15 anos o Brasil defende a reestruturação da ONU.
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