Raul Brandão – aprende-se sempre com a História
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Raul Brandão – aprende-se sempre com a História
Raul Brandão – aprende-se sempre com a História
Raul Brandão (1867-1930) não foi, nem nunca pretendeu ser, um historiador mas a verdade é que sem o seu livro «Vida e morte de Gomes Freire» não seria possível entender o estertor da monarquia absoluta em 1817. É nesse ano que Gomes Freire de Andrade (1757-1817) é enforcado e queimado em São Julião da Barra, sendo as cinzas lançadas ao mar. Mais tarde (1853) o governador da Praça de São Julião da Barra manda levantar um monumento em memória de Gomes Freire.
Relendo o livro «Vida e morte de Gomes Freire» com prefácio de Victor de Sá parei na página 111. Vejamos: «Vem então à tona, como sempre, a denúncia. Cartas anónimas para o intendente, cartas anónimas para D. Miguel Forjaz; mais cartas de gente que quer prestar serviços, mais papéis de gente que quer desfazer-se dum inimigo. É a vaza, é o costume secular, é a infâmia que sobe do fundo do charco e tolda tudo, suja tudo. Umas são reles, outras simplesmente ridículas. Um anónimo escreve que um Pedro Ferreira Mouro, morador defronte do Pátio das Vacas (Belém) «o combocou para ele com outros da sua fação combocase os meus amigos para fazer um lebantamento que nada lhes havia de faltar». Mouro não tinha nada em casa em Dezembro de 1816 morando na rua dos Cozinheiros e agora tem a casa bem movilhada, já puxa por peças». É «um fiel vassalo e portuguez verdadeiro» – a anónimo. Trata-se de uma carta anónima metida na caixa dos requerimentos de Francisco Leite, no Largo de S. Tomé em 29-5-1817.
Tudo isto que se passou em 1817 se repete melancolicamente quase duzentos anos depois: cartas anónimas, denúncias, infâmias, o lodo erigido como altar.
Aspirina B
O General Gomes Freire sempre foi uma figura que me impressionou. Militar exímio teria sido obrigado a obedecer a ordens superiores e colaborar com Napoleão. Sempre se destacou pela ética e pelo profissionalismo. Foi condenado e morto em condições que me impressionam, numa altura em que a idade média já tinha acabado e casos como os Távoras já eram arcaicos. Mas há sempre a inveja, as cartas anónimas, as denúncias cobardes. Gostei do comentário. Ao contrário do que muitos pensam, a barbárie está sempre por aí. Hitler, Staline, Pol Pot, Sindicatos de Justiça, etc mostram-nos que a civilização não avançou tanto como pensavamos...
Raul Brandão (1867-1930) não foi, nem nunca pretendeu ser, um historiador mas a verdade é que sem o seu livro «Vida e morte de Gomes Freire» não seria possível entender o estertor da monarquia absoluta em 1817. É nesse ano que Gomes Freire de Andrade (1757-1817) é enforcado e queimado em São Julião da Barra, sendo as cinzas lançadas ao mar. Mais tarde (1853) o governador da Praça de São Julião da Barra manda levantar um monumento em memória de Gomes Freire.
Relendo o livro «Vida e morte de Gomes Freire» com prefácio de Victor de Sá parei na página 111. Vejamos: «Vem então à tona, como sempre, a denúncia. Cartas anónimas para o intendente, cartas anónimas para D. Miguel Forjaz; mais cartas de gente que quer prestar serviços, mais papéis de gente que quer desfazer-se dum inimigo. É a vaza, é o costume secular, é a infâmia que sobe do fundo do charco e tolda tudo, suja tudo. Umas são reles, outras simplesmente ridículas. Um anónimo escreve que um Pedro Ferreira Mouro, morador defronte do Pátio das Vacas (Belém) «o combocou para ele com outros da sua fação combocase os meus amigos para fazer um lebantamento que nada lhes havia de faltar». Mouro não tinha nada em casa em Dezembro de 1816 morando na rua dos Cozinheiros e agora tem a casa bem movilhada, já puxa por peças». É «um fiel vassalo e portuguez verdadeiro» – a anónimo. Trata-se de uma carta anónima metida na caixa dos requerimentos de Francisco Leite, no Largo de S. Tomé em 29-5-1817.
Tudo isto que se passou em 1817 se repete melancolicamente quase duzentos anos depois: cartas anónimas, denúncias, infâmias, o lodo erigido como altar.
Aspirina B
O General Gomes Freire sempre foi uma figura que me impressionou. Militar exímio teria sido obrigado a obedecer a ordens superiores e colaborar com Napoleão. Sempre se destacou pela ética e pelo profissionalismo. Foi condenado e morto em condições que me impressionam, numa altura em que a idade média já tinha acabado e casos como os Távoras já eram arcaicos. Mas há sempre a inveja, as cartas anónimas, as denúncias cobardes. Gostei do comentário. Ao contrário do que muitos pensam, a barbárie está sempre por aí. Hitler, Staline, Pol Pot, Sindicatos de Justiça, etc mostram-nos que a civilização não avançou tanto como pensavamos...
Viriato- Pontos : 16657
Re: Raul Brandão – aprende-se sempre com a História
é um periodo de seguyir muito interessante quando tivemos que conviver com duas PUTen.cias
Os franceses e depois os bifes ...ku nosso king nos brasis em copacabana kapu.ta da Kinga a meter-se debaixo de quem tivesse calças para ...
Sabiamewnte foi o Povo povo que aguentou o pib e no fim ganhamos a liberdade de sermos novamente Portugal salvo Olivença que os cabroes dos espanos nos roubaram nas costas
Os franceses e depois os bifes ...ku nosso king nos brasis em copacabana kapu.ta da Kinga a meter-se debaixo de quem tivesse calças para ...
Sabiamewnte foi o Povo povo que aguentou o pib e no fim ganhamos a liberdade de sermos novamente Portugal salvo Olivença que os cabroes dos espanos nos roubaram nas costas
Vitor mango- Pontos : 118184
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