Tropas russas na Geórgia impedem refugiados de voltar às suas casas
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Tropas russas na Geórgia impedem refugiados de voltar às suas casas
Tropas russas na Geórgia impedem refugiados de voltar às suas casas
30.08.2008 - 18h58 PÚBLICO, com agências
As tropas russas que se encontram ainda na Geórgia estão a tentar impedir que milhares de refugiados voltem às suas casas, de acordo com uma autoridade georgiana. Segundo a mesma fonte, os russos continuam a controlar determinados pontos do país e a patrulhar o porto do Mar Negro, mesmo depois de Moscovo ter anunciado a retirada da maior parte do seu contingente.
O governador de Gori, Lado Vardzelashvili, uma cidade georgiana que foi ocupada pelas forças russas durante o breve conflito, garantiu que muitos militares continuam a ocupar os arredores da zona e a impedir os residentes de voltar a casa, deixando também que continuem a existir diversas irregularidades e assaltos. Vardzelashvili informou que são pelos menos 28 mil as pessoas da zona de Gori que não conseguem voltar para casa, um número que ainda não foi verificado pela organização humanitária Humam Rights Watch.
Entretanto, a Rússia e a Alemanha chegaram hoje a um acordo com o objectivo de reduzir o clima de tensão que se tem feito sentir na Europa na sequência do conflito entre Moscovo e Tbilissi, de acordo com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov.
Os ministros russo e alemão não descartam também a “possibilidade da participação de representantes da União Europeia” em zonas estratégicas da Ossétia do Sul e da Abkházia, os territórios separatistas georgianos aos quais a Rússia reconheceu a independência na passada terça-feira, apesar de todas as críticas ocidentais.
O responsável russo teve hoje uma conversa telefónica com o seu homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier, onde chegaram à conclusão que era necessário e urgente acalmar a tensão que a Europa está a viver por causa do conflito entre a Rússia e a Geórgia. Em comunicado, o alemão faz também alusão aos propósitos do ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kouchner, que considerou que Moscovo poderia ter, depois da Geórgia, “outros objectivos”, na “Crimeia, Ucrânia e Moldova”.
Putin denuncia interesses dos Estados Unidos
O primeiro-ministro russo Vladimir Putin rejeitou, igualmente, tal possibilidade, em entrevista ao canal alemão ARD. “Em Crimeia não há nenhum conflito étnico” e “nós reconhecemos há muito tempo as fronteiras ucranianas”, declarou. Estas declarações acontecem a apenas dois dias se uma reunião extraordinária em Bruxelas sobre a crise georgiana. Putin acusou também ontem os Estados Unidos de terem provocado o conflito caucasiano com o objectivo de ajudarem os republicanos a vencerem a eleição presidencial de Novembro.
O presidente russo Dmitri Medvedev apelou também aos europeus que envolvam mais observadores para assegurar uma “vigilância imparcial” das acções do Governo georgiano, durante uma conversa telefónica com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. De acordo com um comunicado do Kremlin, Moscovo defende um “diálogo construtivo com a União Europeia e com as outras organizações internacionais”.
Aquando da conversação telefónica, o presidente russo sublinhou, uma vez mais, que o seu país “preenche inteiramente os seis pontos” do plano de paz negociado pelo presidente francês Nicolas Sarkozy. Medvedev explicou ainda a Gordon Brown os motivos que o levaram a reconhecer a independência das duas zonas separatistas. O responsável disse que a “agressão” desencadeada pelo presidente da Geórgia Mikheil Saakachvili “mudou radicalmente as condições naquelas zonas” que durante 17 anos tentaram regular.
Os observadores militares da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) receberam um mandato internacional para agir na região, onde está desde 1992, dispondo de oito observadores desde o início do conflito, a 8 de Agosto. No entanto, mais tarde, o conselho da organização, decidiu a 19 de Agosto enviar mais 20 observadores suplementares.
Na passada terça-feira, Moscovo reconheceu a independência das regiões separatistas Ossétia do Sul e Abkházia, na origem do conflito, apesar das consequentes críticas ocidentais.
30.08.2008 - 18h58 PÚBLICO, com agências
As tropas russas que se encontram ainda na Geórgia estão a tentar impedir que milhares de refugiados voltem às suas casas, de acordo com uma autoridade georgiana. Segundo a mesma fonte, os russos continuam a controlar determinados pontos do país e a patrulhar o porto do Mar Negro, mesmo depois de Moscovo ter anunciado a retirada da maior parte do seu contingente.
O governador de Gori, Lado Vardzelashvili, uma cidade georgiana que foi ocupada pelas forças russas durante o breve conflito, garantiu que muitos militares continuam a ocupar os arredores da zona e a impedir os residentes de voltar a casa, deixando também que continuem a existir diversas irregularidades e assaltos. Vardzelashvili informou que são pelos menos 28 mil as pessoas da zona de Gori que não conseguem voltar para casa, um número que ainda não foi verificado pela organização humanitária Humam Rights Watch.
Entretanto, a Rússia e a Alemanha chegaram hoje a um acordo com o objectivo de reduzir o clima de tensão que se tem feito sentir na Europa na sequência do conflito entre Moscovo e Tbilissi, de acordo com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov.
Os ministros russo e alemão não descartam também a “possibilidade da participação de representantes da União Europeia” em zonas estratégicas da Ossétia do Sul e da Abkházia, os territórios separatistas georgianos aos quais a Rússia reconheceu a independência na passada terça-feira, apesar de todas as críticas ocidentais.
O responsável russo teve hoje uma conversa telefónica com o seu homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier, onde chegaram à conclusão que era necessário e urgente acalmar a tensão que a Europa está a viver por causa do conflito entre a Rússia e a Geórgia. Em comunicado, o alemão faz também alusão aos propósitos do ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kouchner, que considerou que Moscovo poderia ter, depois da Geórgia, “outros objectivos”, na “Crimeia, Ucrânia e Moldova”.
Putin denuncia interesses dos Estados Unidos
O primeiro-ministro russo Vladimir Putin rejeitou, igualmente, tal possibilidade, em entrevista ao canal alemão ARD. “Em Crimeia não há nenhum conflito étnico” e “nós reconhecemos há muito tempo as fronteiras ucranianas”, declarou. Estas declarações acontecem a apenas dois dias se uma reunião extraordinária em Bruxelas sobre a crise georgiana. Putin acusou também ontem os Estados Unidos de terem provocado o conflito caucasiano com o objectivo de ajudarem os republicanos a vencerem a eleição presidencial de Novembro.
O presidente russo Dmitri Medvedev apelou também aos europeus que envolvam mais observadores para assegurar uma “vigilância imparcial” das acções do Governo georgiano, durante uma conversa telefónica com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. De acordo com um comunicado do Kremlin, Moscovo defende um “diálogo construtivo com a União Europeia e com as outras organizações internacionais”.
Aquando da conversação telefónica, o presidente russo sublinhou, uma vez mais, que o seu país “preenche inteiramente os seis pontos” do plano de paz negociado pelo presidente francês Nicolas Sarkozy. Medvedev explicou ainda a Gordon Brown os motivos que o levaram a reconhecer a independência das duas zonas separatistas. O responsável disse que a “agressão” desencadeada pelo presidente da Geórgia Mikheil Saakachvili “mudou radicalmente as condições naquelas zonas” que durante 17 anos tentaram regular.
Os observadores militares da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) receberam um mandato internacional para agir na região, onde está desde 1992, dispondo de oito observadores desde o início do conflito, a 8 de Agosto. No entanto, mais tarde, o conselho da organização, decidiu a 19 de Agosto enviar mais 20 observadores suplementares.
Na passada terça-feira, Moscovo reconheceu a independência das regiões separatistas Ossétia do Sul e Abkházia, na origem do conflito, apesar das consequentes críticas ocidentais.
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