Vagueando na Notícia


Participe do fórum, é rápido e fácil

Vagueando na Notícia
Vagueando na Notícia
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Armamentos estratégicos ofensivos

Ir para baixo

Armamentos estratégicos ofensivos Empty Armamentos estratégicos ofensivos

Mensagem por Joao Ruiz Qua Abr 14, 2010 4:44 pm

Novas dimensões da ameaça nuclear debatidas nos EUA

por Carlos Santos Pereira, para a agência Lusa
Hoje

Armamentos estratégicos ofensivos Ng1280041

O fim da guerra fria, a evolução das tecnologias militares e as novas doutrinas da guerra alteraram profundamente no último quarto de século o alcance estratégico do armamento nuclear.

Os grandes instrumentos da remodelação do equilíbrio de forças na arena internacional no pós-guerra fria e da hegemonia norte-americana no Mundo foram a capacidade de projecção de força e a sofisticação crescente do arsenal convencional, e não o potencial nuclear estratégico.

Ao mesmo tempo, as novas tecnologias bélicas e a pressão dos media e da opinião pública amadureciam uma cultura da guerra ("guerra limpa", paradigma dos "zero mortos") que repudia as destruições em larga escala e as baixas humanas maciças.

Hiroshima ou os cenários da guerra da Coreia, em que o general Mc Arthur chegou a conceber o recurso à arma nuclear, ou a iminência de um confronto atómico que pairou sobre o Mundo durante a crise dos mísseis de Cuba seriam hoje impensáveis.

Nenhum actor reconhecido da cena internacional se permitiria hoje recorrer à ameaça nuclear, em particular na sua dimensão estratégica.

"Nas actuais sociedades, o emprego da arma nuclear tornou-se desnecessário e contraproducente", diz o general Loureiro dos Santos, analista de questões estratégicas. "Hoje, o recurso à força acima de um determinado patamar pode voltar-se contra o autor desses actos".

A sofisticação crescente das armas convencionais em termos de precisão e letalidade permitem-lhes atingir objectivos que antes só seriam concebíveis com recurso ao nuclear.

A moderna geração de bombas de penetração, das GBU-28 utilizadas em 1991 na Desert Storm, às mais recentes BLU-109, 116 ou BLU-113 conseguem penetrar bunkers e centros de comando debaixo de camadas de betão de dezenas de metros de espessura ou nas entranhas de uma montanha.

E as bombas termo-báricas, em que russos e norte-americanos apostaram nos últimos anos, têm uma capacidade de destruição equivalente à da arma nuclear.

Na dimensão militar, "as armas nucleares perderam importância para as grandes potências", constata Loureiro dos Santos. "Hoje, têm sobretudo uma função de estatuto, de hierarquia das potências, e para impedir que as suas zonas de influência ou os estados sob a sua protecção sejam alvo de um ataque convencional".

Não se vislumbram sinais de que alguma potência nuclear esteja pronta a responder ao apelo a um Mundo sem armas nucleares lançado há um ano em Praga por Barack Obama. A Rússia e a China estão a modernizar os seus arsenais nucleares, a Grã-Bretanha projecta uma nova geração de submarinos equipados com mísseis Trident.

A questão coloca-se em termos diferentes noutras áreas do planeta. "As armas nucleares ganharam em contrapartida importância para países pequenos, como elemento dissuasor contra eventuais ataques convencionais de potências com maiores recursos", observa o general Loureiro dos Santos. "São os casos do Irão, da Coreia do Norte, talvez da Síria - mas poderá pegar-se a outros que não têm meios convencionais para se opor".

No caso do Paquistão e da Índia, o nuclear representa um elemento de dissuasão semelhante ao papel do armamento estratégico no duelo entre os EUA e a URSS. Em áreas como o Médio Oriente, a arma nuclear pode representar um dissuasor e uma ameaça potencial, assumindo aí uma dimensão militar específica.

Essa dimensão torna ainda mais problemático o combate à proliferação. "Essa função dissuasora do armamento nuclear poderá tentar outros países que não dispõem de meios convencionais para responder a um adversário superior", alerta ainda Loureiro dos Santos.

In DN

Embarassed Rolling Eyes

_________________
Amigos?Longe! Inimigos? O mais perto possível!
Joao Ruiz
Joao Ruiz

Pontos : 32035

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo


 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos