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Mensagem por Joao Ruiz Qui Abr 15, 2010 5:00 am

Sindicato propõe compra do BPP

por PAULA CORDEIRO
Hoje

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Colaboradores e SNQTB financiam EBO, criando uma mútua ou caixa económica. Proposta já seguiu.

À beira de ser declarado falido, surge uma nova proposta para salvar o Banco Privado Português (BPP). Os seus funcionários e o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) querem comprar a licença bancária, através de uma operação que designam por Employees Buy-Out (EBO), ou seja, a compra da instituição pelos seus empregados.

O procedimento passa por transformar os créditos privilegiados dos trabalhadores em capital, acrescidos de financiamento do SNQTB. Colaboradores e sindicato vão entregar ao Banco de Portugal uma proposta de constituição de uma mútua (caixa económica, à semelhança do Montepio ) ou de uma cooperativa financeira (no modelo das caixas agrícolas), explicou ao DN o presidente deste sindicato, Afonso Diz. O modelo final ainda não está definido, dependendo da receptividade do banco central.

Depois de devidamente constituída, esta nova entidade candidata-se à compra da licença bancária, que entretanto será cassada pelo Banco de Portugal. Os dois parceiros nesta solução contam com o apoio da Privado Holding, a accionista do BPP, assegura ainda Afonso Diz. Este apoio consubstancia-se na posição que a Privado vai defender perante Constâncio.

Com efeito, o accionista do BPP prepara-se para não impugnar a decisão do Banco de Portugal, de retirar a licença bancária ao BPP, iniciando-se assim o processo de insolvência. No entanto, o presidente da Privado Holding, Diogo Vaz Guedes, vai apresentar esta sua não impugnação, ao mesmo tempo que apela às autoridades para que todos os mecanismos previstos na lei para estes casos sejam cumpridos, identificando todas as responsabilidades num processo de insolvência.

Em declarações à Lusa, o presidente da Privado diz-se "disponível para dialogar com qualquer entidade, agora é muito difícil que esteja disponível para vender aos empregados, na medida em que a Privado tentou encontrar soluções, onde mantinha uma posição significativa na instituição". Diz ainda não acreditar no sucesso da operação.

O conteúdo desta proposta dos trabalhadores e SNQTB já seguiu, por carta, para o Banco de Portugal e Secretaria de Estado do Tesouro e Finanças, como deram ontem conta os proponentes, em comunicado.

"O sindicato está disposto a financiar os colaboradores", disse ainda o presidente do SNQTB. Afonso Diz defende o recurso à figura jurídica da mútua ou caixa, porque apresenta a flexibilidade de o seu capital aumentar ou reduzir de acordo com o número de elementos associados.

O presidente adiantou que já receberam algum feedback do Banco de Portugal e que esperam uma resposta ainda hoje.

Também o representante dos colaboradores, Miguel Pereira da Trindade, afirmou ao DN que esta solução só poderia ser apresentada nesta altura, depois de se esgotarem outras possíveis alternativas (que nestes últimos tempos acabaram por não surgir). "Remámos sozinhos contra ventos e marés, ninguém se lembra de nós, a única preocupação eram os clientes", desabafa este funcionário do BPP.

Actualmente, o banco tem cerca de 100 efectivos, dos quais dois terços estão afectos ao SNQTB. A grande maioria está disposta a aderir a este projecto, o primeiro EBO em Portugal.

Hoje, sindicato e representantes dos trabalhadores do BPP vão ser recebidos por partidos com assento parlamentar, nomeadamente o PSD e o PCP, a quem vão expor esta iniciativa, para salvação dos seus postos de trabalho.

In DN

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