Em Abril greves mil: 19 nos próximos três dias
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Em Abril greves mil: 19 nos próximos três dias
Em Abril greves mil: 19 nos próximos três dias
por VÍTOR MARTINS
Hoje
A semana começa com os maquinistas parados. Amanhã juntam-se os trabalhadores de outras 16 empresas de transportes
A contestação social às políticas de austeridade do Governo e à degradação das condições de trabalho está a subir de tom. Hoje, os maquinistas da CP param os comboios; amanhã, juntam-se ao protesto trabalhadores de mais 16 empresas de transportes; na quarta-feira, é o plenário da própria Assembleia da República que é adiado por causa da greve dos funcionários parlamentares. Ao todo, só este mês foram marcadas 28 greves e 19 manifestações.
"Exigimos que a empresa prossiga as negociações do Acordo de Empresa. Há condições de trabalho, reforma e produtividade a resolver", explica António Medeiros, presidente do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ). A greve de três dias, entre as 05.30 e as 10.00 da manhã, deverá provocar perturbações nos comboios de passageiros e de mercadorias da CP. "Tudo indica que, em cada cinco comboios de passageiros, circulará apenas um", prevê.
Mas o ponto alto desta chuva de protestos contra o congelamento dos salários, o bloqueio das contratações colectivas e as intenções do Governo de privatizar mais um pacote de empresas públicas está marcado para amanhã. Os sindicatos dos transportes convocaram uma greve de 24 horas que abrange uma longa lista de empresas: CP, Refer, Emef, Fertagus, Metro do Porto e de Mirandela, CP Carga, Carris, STCP, Transportes Sul do Tejo, Rodoviária da Beira Litoral e D'Entre o Douro e Minho e ViaPorto. Estão ainda previstas paralisações parciais na Atlantic Ferries, Transtejo e Soflusa.
E até os trabalhadores dos CTT escolheram este dia para protestarem contra o congelamento salarial. "Uma empresa que dá lucro e distribui dividendos ao Estado não pode congelar os salários dos funcionários", defende o sindicalista Vítor Narciso. "Muitas estações de correios vão estar encerradas e parte da distribuição não vai ser feita", alerta. Paralelamente, os carteiros dos diversos centros de distribuição postal vão parar faseadamente até 7 de Maio. "Os CTT querem alterar o horário de trabalho e os carteiros vão ter uma perda de remuneração que, em alguns casos, pode atingir 270 euros por mês. Trabalhadores que ganham 900 euros por mês", explica Vítor Narciso. A administração desvaloriza e garante que a greve vai ter "impacto marginal".
Consequências já teve a paralisação de quarta-feira dos funcionários parlamentares. Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, foi obrigado a adiar o plenário para o dia seguinte devido "a uma previsível forte adesão à greve" dos funcionários, que contestam o actual regime de contratação, que substituiu o vínculo de nomeação.
A semana culminará com as manifestações do 1.º de Maio.
Mas a onda de contestação, que se iniciou no dia 12 com concentrações da função pública em todos os distritos, promete não ficar por aqui. "Um dia qualquer depois de 10 de Maio", paira já a ameaça de paralisação dos camionistas que, tal como em Junho de 2008, promete lançar o País no caos.
In DN
por VÍTOR MARTINS
Hoje
A semana começa com os maquinistas parados. Amanhã juntam-se os trabalhadores de outras 16 empresas de transportes
A contestação social às políticas de austeridade do Governo e à degradação das condições de trabalho está a subir de tom. Hoje, os maquinistas da CP param os comboios; amanhã, juntam-se ao protesto trabalhadores de mais 16 empresas de transportes; na quarta-feira, é o plenário da própria Assembleia da República que é adiado por causa da greve dos funcionários parlamentares. Ao todo, só este mês foram marcadas 28 greves e 19 manifestações.
"Exigimos que a empresa prossiga as negociações do Acordo de Empresa. Há condições de trabalho, reforma e produtividade a resolver", explica António Medeiros, presidente do Sindicato dos Maquinistas (SMAQ). A greve de três dias, entre as 05.30 e as 10.00 da manhã, deverá provocar perturbações nos comboios de passageiros e de mercadorias da CP. "Tudo indica que, em cada cinco comboios de passageiros, circulará apenas um", prevê.
Mas o ponto alto desta chuva de protestos contra o congelamento dos salários, o bloqueio das contratações colectivas e as intenções do Governo de privatizar mais um pacote de empresas públicas está marcado para amanhã. Os sindicatos dos transportes convocaram uma greve de 24 horas que abrange uma longa lista de empresas: CP, Refer, Emef, Fertagus, Metro do Porto e de Mirandela, CP Carga, Carris, STCP, Transportes Sul do Tejo, Rodoviária da Beira Litoral e D'Entre o Douro e Minho e ViaPorto. Estão ainda previstas paralisações parciais na Atlantic Ferries, Transtejo e Soflusa.
E até os trabalhadores dos CTT escolheram este dia para protestarem contra o congelamento salarial. "Uma empresa que dá lucro e distribui dividendos ao Estado não pode congelar os salários dos funcionários", defende o sindicalista Vítor Narciso. "Muitas estações de correios vão estar encerradas e parte da distribuição não vai ser feita", alerta. Paralelamente, os carteiros dos diversos centros de distribuição postal vão parar faseadamente até 7 de Maio. "Os CTT querem alterar o horário de trabalho e os carteiros vão ter uma perda de remuneração que, em alguns casos, pode atingir 270 euros por mês. Trabalhadores que ganham 900 euros por mês", explica Vítor Narciso. A administração desvaloriza e garante que a greve vai ter "impacto marginal".
Consequências já teve a paralisação de quarta-feira dos funcionários parlamentares. Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, foi obrigado a adiar o plenário para o dia seguinte devido "a uma previsível forte adesão à greve" dos funcionários, que contestam o actual regime de contratação, que substituiu o vínculo de nomeação.
A semana culminará com as manifestações do 1.º de Maio.
Mas a onda de contestação, que se iniciou no dia 12 com concentrações da função pública em todos os distritos, promete não ficar por aqui. "Um dia qualquer depois de 10 de Maio", paira já a ameaça de paralisação dos camionistas que, tal como em Junho de 2008, promete lançar o País no caos.
In DN
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