O despesismo que todos calam
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O despesismo que todos calam
150 viagens de metro ficaram por 18 mil euros
por ILÍDIA PINTO
Hoje
Carregamento de três cartões Lisboa Viva foi feito pelo Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas
Gastar mais de 18 mil euros para carregar 150 viagens de ida e volta em três cartões Lisboa Viva é um valor perfeitamente astronómico. Mas foi precisamente 18 250 euros que o Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas contratou, por ajuste directo, ao Metropolitano de Lisboa. O procedimento foi o 3613 e pode ser consultado no portal www.base.gov.pt. Aí ficamos também a saber que a Câmara de Oeiras gastou 277 615 euros em consumíveis de secretaria e informática, leia--se tinteiros, toners e supõe-se que em papel para impressora, canetas e outro material de escritório, entre Outubro de 2009 e fim de Março deste ano, ou que os cortinados da biblioteca de Silves custaram 12 418 euros.
Os gastos insólitos na adminis- tração pública não ficam por aqui. A Câmara de Cascais pagou 24 702 euros em papel higiénico, toalhas e sabonete-creme para stock e a Câmara de Cantanhede renovou o mobiliário dos Paços do Concelho por 96 775 euros, dos quais 35 mil especificamente para o Salão Nobre.
José Manuel Marques, do Sindicato dos Trabalhadores da administração local, admite que, "à partida, parecem valores elevados, mas têm de ser analisados caso a caso". Claro que, "num momento em que se impõe contenção aos trabalhadores, o exemplo deveria vir de cima", diz, mas "também não podemos cair no miserabilismo, porque a vida continua".
O dirigente dá exemplos de "desperdícios" na administração como seja "a troca constante de viaturas, muitas vezes de luxo", e o "recurso à externalização de serviços, já para não falar dos altos salários dos administradores e assessores das empresas públicas".
Também Daniel Bessa não está em condições de dizer "se são compras bem ou mal feitas", considerando que "cabe às assembleias municipais verificar os gastos". O economista diz que "parece muito dinheiro", mas lembra que uma câmara "é um organismo grande, com gastos elevados". "Não sou capaz de dizer se as verbas são um exagero." Mesmo no caso dos 35 mil euros em mobiliário para o Salão Nobre, replica: "Não sei quantas cadeiras leva. Se levar 200, são 175 euros por cadeira." E insiste: "A responsabilidade dos conselhos fiscais das empresas está a crescer, nos municípios isso só pode caber às assembleias municipais. O que vi, numa pequena experiência autárquica, é que esta verificação não é muito apurada e pode ser melhorada."
Alguns exemplos
277 mil euros
Tinteiros e consumíveis de secretaria em Oeiras
35 mil euros
Mobiliário para o Salão Nobre de Cantanhede
24 mil euros
Papel higiénico e sabonete-creme em Cascais
In DN
por ILÍDIA PINTO
Hoje
Carregamento de três cartões Lisboa Viva foi feito pelo Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas
Gastar mais de 18 mil euros para carregar 150 viagens de ida e volta em três cartões Lisboa Viva é um valor perfeitamente astronómico. Mas foi precisamente 18 250 euros que o Instituto de Financiamento de Agricultura e Pescas contratou, por ajuste directo, ao Metropolitano de Lisboa. O procedimento foi o 3613 e pode ser consultado no portal www.base.gov.pt. Aí ficamos também a saber que a Câmara de Oeiras gastou 277 615 euros em consumíveis de secretaria e informática, leia--se tinteiros, toners e supõe-se que em papel para impressora, canetas e outro material de escritório, entre Outubro de 2009 e fim de Março deste ano, ou que os cortinados da biblioteca de Silves custaram 12 418 euros.
Os gastos insólitos na adminis- tração pública não ficam por aqui. A Câmara de Cascais pagou 24 702 euros em papel higiénico, toalhas e sabonete-creme para stock e a Câmara de Cantanhede renovou o mobiliário dos Paços do Concelho por 96 775 euros, dos quais 35 mil especificamente para o Salão Nobre.
José Manuel Marques, do Sindicato dos Trabalhadores da administração local, admite que, "à partida, parecem valores elevados, mas têm de ser analisados caso a caso". Claro que, "num momento em que se impõe contenção aos trabalhadores, o exemplo deveria vir de cima", diz, mas "também não podemos cair no miserabilismo, porque a vida continua".
O dirigente dá exemplos de "desperdícios" na administração como seja "a troca constante de viaturas, muitas vezes de luxo", e o "recurso à externalização de serviços, já para não falar dos altos salários dos administradores e assessores das empresas públicas".
Também Daniel Bessa não está em condições de dizer "se são compras bem ou mal feitas", considerando que "cabe às assembleias municipais verificar os gastos". O economista diz que "parece muito dinheiro", mas lembra que uma câmara "é um organismo grande, com gastos elevados". "Não sou capaz de dizer se as verbas são um exagero." Mesmo no caso dos 35 mil euros em mobiliário para o Salão Nobre, replica: "Não sei quantas cadeiras leva. Se levar 200, são 175 euros por cadeira." E insiste: "A responsabilidade dos conselhos fiscais das empresas está a crescer, nos municípios isso só pode caber às assembleias municipais. O que vi, numa pequena experiência autárquica, é que esta verificação não é muito apurada e pode ser melhorada."
Alguns exemplos
277 mil euros
Tinteiros e consumíveis de secretaria em Oeiras
35 mil euros
Mobiliário para o Salão Nobre de Cantanhede
24 mil euros
Papel higiénico e sabonete-creme em Cascais
In DN
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