Grands seigneurs
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A exclusão de Passos Coelho e Miguel Relvas do Parlamento levou a que Miguel Macedo tivesse sido escolhido para liderar a bancada. Acontece que esta é uma opção medíocre, pese a simpatia que a sua figura cavalheiresca possa suscitar. Macedo é limitado nos recursos oratórios e vago na argumentação. Acima de tudo, não representa com fidelidade o presidente do partido, é uma solução de recurso.
Ferreira Leite e Pacheco quiseram vingar-se de Passos e não se importaram nadinha de nada com as consequências; fosse na imagem do partido para as eleições ou na qualidade do grupo parlamentar. Importava era o castigo, humilhar quem tinha ousado fazer-lhes frente, quem se entregou à disputa do poder interno. O facto de Passos ter concorrido um ano antes para presidente não contava, ter sido indicado pela distrital de Vila Real também não. É este o código de conduta dos grands seigneurs: matam sem misericórdia os fidalgotes que os ameaçam. O vale tudo não é um espasmo de desespero, antes um automatismo cultivado com deleite – desde as promessas de vingança do Pacheco contra os anónimos dos blogues que ousavam ser críticos do PSD até à manipulação do Parlamento e da Justiça para fazer assassinatos de carácter. São muitos séculos de soberba terratenente, uma crença debochada na impunidade.
A ira persecutória deste PSD decadente acabou por nos prejudicar a todos, visto não termos o líder do maior partido da oposição na linha da frente do combate. Isso, curiosamente, acaba por o proteger, pois não está sujeito ao confronto com Sócrates. Passos tem a ganhar estando em silêncio, tal e qual o que Ângelo Correia queria que Menezes tivesse feito. Como sabemos, o visionário de Gaia fez tudo menos estar calado, com os esplendorosos resultados que rapidamente apareceram para exasperação do Ângelo. Passos não tem apenas o patrono, tem também um problema similar ao de Menezes, uma característica que se descreve com três letrinhas apenas: oco. Assim, a sua estratégia vai ser a de só começar a expor-se quando se moer Sócrates para lá da recuperação – fenómeno que não é garantido, porém, dependendo do que acontecer em duas frentes imprevistas, economia e Justiça.
Entretanto, Miguel Macedo, chega aqui. Vou dar-te o grande conselho da tua vida: sê tu próprio. Sim, já o conhecias, mas dito por mim é outra loiça. Não vás para os debates armar-te ao pingarelho, por favor, porque não tens estaleca para isso. Escolhe antes a via da suavidade, da calma, da classe. Marca a diferença recusando a retórica balofa e cretina do Rangel, do Portas, do Louçã, do Jerónimo. Sê tu próprio, respira. Respira fundo, homem. Os pensamentos profundos começam no diafragma, como bem sabiam os antigos.
Aspirina B
A exclusão de Passos Coelho e Miguel Relvas do Parlamento levou a que Miguel Macedo tivesse sido escolhido para liderar a bancada. Acontece que esta é uma opção medíocre, pese a simpatia que a sua figura cavalheiresca possa suscitar. Macedo é limitado nos recursos oratórios e vago na argumentação. Acima de tudo, não representa com fidelidade o presidente do partido, é uma solução de recurso.
Ferreira Leite e Pacheco quiseram vingar-se de Passos e não se importaram nadinha de nada com as consequências; fosse na imagem do partido para as eleições ou na qualidade do grupo parlamentar. Importava era o castigo, humilhar quem tinha ousado fazer-lhes frente, quem se entregou à disputa do poder interno. O facto de Passos ter concorrido um ano antes para presidente não contava, ter sido indicado pela distrital de Vila Real também não. É este o código de conduta dos grands seigneurs: matam sem misericórdia os fidalgotes que os ameaçam. O vale tudo não é um espasmo de desespero, antes um automatismo cultivado com deleite – desde as promessas de vingança do Pacheco contra os anónimos dos blogues que ousavam ser críticos do PSD até à manipulação do Parlamento e da Justiça para fazer assassinatos de carácter. São muitos séculos de soberba terratenente, uma crença debochada na impunidade.
A ira persecutória deste PSD decadente acabou por nos prejudicar a todos, visto não termos o líder do maior partido da oposição na linha da frente do combate. Isso, curiosamente, acaba por o proteger, pois não está sujeito ao confronto com Sócrates. Passos tem a ganhar estando em silêncio, tal e qual o que Ângelo Correia queria que Menezes tivesse feito. Como sabemos, o visionário de Gaia fez tudo menos estar calado, com os esplendorosos resultados que rapidamente apareceram para exasperação do Ângelo. Passos não tem apenas o patrono, tem também um problema similar ao de Menezes, uma característica que se descreve com três letrinhas apenas: oco. Assim, a sua estratégia vai ser a de só começar a expor-se quando se moer Sócrates para lá da recuperação – fenómeno que não é garantido, porém, dependendo do que acontecer em duas frentes imprevistas, economia e Justiça.
Entretanto, Miguel Macedo, chega aqui. Vou dar-te o grande conselho da tua vida: sê tu próprio. Sim, já o conhecias, mas dito por mim é outra loiça. Não vás para os debates armar-te ao pingarelho, por favor, porque não tens estaleca para isso. Escolhe antes a via da suavidade, da calma, da classe. Marca a diferença recusando a retórica balofa e cretina do Rangel, do Portas, do Louçã, do Jerónimo. Sê tu próprio, respira. Respira fundo, homem. Os pensamentos profundos começam no diafragma, como bem sabiam os antigos.
Aspirina B
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