Filme sobre Sérgio Vieira de Mello estreia hoje em canal norte-americano
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Filme sobre Sérgio Vieira de Mello estreia hoje em canal norte-americano
EUA: Filme sobre Sérgio Vieira de Mello estreia hoje em canal norte-americano
Nova Iorque, Estados Unidos (LUSA)
A ascensão do brasileiro Sérgio Vieira de Mello nas Nações Unidas e na diplomacia internacional, terminada pelo fatal ataque à bomba contra a ONU no Iraque em 2003, são tema de um filme documentário a emitir hoje nos Estados Unidos.
"Sérgio", que vai para o ar no canal HBO, baseia-se na biografia do diplomata brasileiro que valeu o prémio Pulitzer à jornalista Samantha Power: "À Procura da Chama: Sérgio Vieira de Mello e a Luta para Salvar o Mundo". A partir dos dramáticos instantes finais da sua vida, traça o percurso de um homem em que, após três décadas ao serviço da ONU, muitos apostavam para secretário geral da organização.
"Sérgio parecia diferente do resto das Nações Unidas, um herói complicado dos nossos tempos complicados", afirma o realizador Greg Baker, um ex-correspondente de guerra, na nota de apresentação do documentário da HBO.
"Para ser honesto, não tinha grande opinião das Nações Unidas. Vi demasiados funcionários das Nações Unidas a passarem arrogantemente nos seus jipes reluzentes por países minados pela pobreza, aparentemente indiferentes ao sofrimento mesmo à frente dos seus olhos. Quanto mais ouvi falar de Sérgio, mais intrigado fiquei".
O documentário inclui imagens dos desesperados esforços de dois soldados reservistas norte-americanos para resgatar Vieira de Mello e do académico norte-americano Gil Loescher, lembrando que logo após a explosão, à falta de utensílios apropriados, até malas foram usadas e tijolos foram retirados um a um.
Ambos estavam no gabinete de Vieira de Mello quando se deu a explosão na fachada do edifício de três andares em Bagdad. Ficaram presos de pernas para baixo e com os membros inferiores esmagados pelos escombros.
Vieira de Mello morreu na altura do resgate de Loescher, que conseguiu sobreviver, apesar de lhe terem sido amputadas ambas as pernas no local.
Um sargento do Exército norte-americano que prestou socorro, André Valentine, disse ao diplomata brasileiro, um ex-acólito no seu Rio de Janeiro natal, que pedisse a Deus pela sua vida.
"E ele disse `maldito seja Ele. Deus é que me fez isto", recorda Valentine no documentário.
Além de Loescher e de Valentine, talvez as últimas pessoas a comunicarem com o diplomata antes da morte, o documentário inclui depoimentos de Samantha Power, do ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, da ex-secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice e do ex-embaixador norte-americano na ONU Richard Holbrooke.
Também dão o seu contributo Peter Galbraith, com quem Sérgio Vieira de Mello trabalhou em Timor-Leste, Paul Bremer, ex-administrador norte-americano no Iraque, além de familiares, amigos e a noiva, Carolina Larriera, também ela funcionária das Nações Unidas.
Pouco tempo antes da explosão, um repórter iraquiano confrontou o diplomata brasileiro com a ameaça da Al Qaeda: a ONU e o seu chefe eram "instrumentos" da dominação dos Estados Unidos e tinham de ser eliminados. As imagens mostram Vieira de Mello tentando disfarçar a irritação enquanto responde.
"Meu amigo, é bom não sugerir nem por um segundo que estamos a apoiar os Estados Unidos ou as suas tropas. Está certo?".
Hesitante ao aceitar o cargo de representante do secretário geral da ONU no Iraque, o diplomata nunca escondeu as suas discordâncias em relação à invasão norte-americana.
O secretário geral Koffi Annan costumava dizer que Vieira de Mello era o "único alto funcionário das Nações Unidas conhecido por todos pelo primeiro nome".
Nova Iorque, Estados Unidos (LUSA)
A ascensão do brasileiro Sérgio Vieira de Mello nas Nações Unidas e na diplomacia internacional, terminada pelo fatal ataque à bomba contra a ONU no Iraque em 2003, são tema de um filme documentário a emitir hoje nos Estados Unidos.
"Sérgio", que vai para o ar no canal HBO, baseia-se na biografia do diplomata brasileiro que valeu o prémio Pulitzer à jornalista Samantha Power: "À Procura da Chama: Sérgio Vieira de Mello e a Luta para Salvar o Mundo". A partir dos dramáticos instantes finais da sua vida, traça o percurso de um homem em que, após três décadas ao serviço da ONU, muitos apostavam para secretário geral da organização.
"Sérgio parecia diferente do resto das Nações Unidas, um herói complicado dos nossos tempos complicados", afirma o realizador Greg Baker, um ex-correspondente de guerra, na nota de apresentação do documentário da HBO.
"Para ser honesto, não tinha grande opinião das Nações Unidas. Vi demasiados funcionários das Nações Unidas a passarem arrogantemente nos seus jipes reluzentes por países minados pela pobreza, aparentemente indiferentes ao sofrimento mesmo à frente dos seus olhos. Quanto mais ouvi falar de Sérgio, mais intrigado fiquei".
O documentário inclui imagens dos desesperados esforços de dois soldados reservistas norte-americanos para resgatar Vieira de Mello e do académico norte-americano Gil Loescher, lembrando que logo após a explosão, à falta de utensílios apropriados, até malas foram usadas e tijolos foram retirados um a um.
Ambos estavam no gabinete de Vieira de Mello quando se deu a explosão na fachada do edifício de três andares em Bagdad. Ficaram presos de pernas para baixo e com os membros inferiores esmagados pelos escombros.
Vieira de Mello morreu na altura do resgate de Loescher, que conseguiu sobreviver, apesar de lhe terem sido amputadas ambas as pernas no local.
Um sargento do Exército norte-americano que prestou socorro, André Valentine, disse ao diplomata brasileiro, um ex-acólito no seu Rio de Janeiro natal, que pedisse a Deus pela sua vida.
"E ele disse `maldito seja Ele. Deus é que me fez isto", recorda Valentine no documentário.
Além de Loescher e de Valentine, talvez as últimas pessoas a comunicarem com o diplomata antes da morte, o documentário inclui depoimentos de Samantha Power, do ex-primeiro ministro britânico Tony Blair, da ex-secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice e do ex-embaixador norte-americano na ONU Richard Holbrooke.
Também dão o seu contributo Peter Galbraith, com quem Sérgio Vieira de Mello trabalhou em Timor-Leste, Paul Bremer, ex-administrador norte-americano no Iraque, além de familiares, amigos e a noiva, Carolina Larriera, também ela funcionária das Nações Unidas.
Pouco tempo antes da explosão, um repórter iraquiano confrontou o diplomata brasileiro com a ameaça da Al Qaeda: a ONU e o seu chefe eram "instrumentos" da dominação dos Estados Unidos e tinham de ser eliminados. As imagens mostram Vieira de Mello tentando disfarçar a irritação enquanto responde.
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