Alteração radical das circunstâncias
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Alteração radical das circunstâncias
Alteração radical das circunstâncias
Aqueles que defendem que as condições se alteraram profundamente e que, por isso, não há condições para levar a cabo os grandes investimentos em obras públicas são os mesmos que fingem não saber que o esforço adicional que é agora exigido ao país não pode ser atingido apenas pelo lado da despesa.
Veja-se o que diz Vital Moreira:
‘É evidente que não era necessário subir impostos para alcançar uma redução do défice orçamental para 8,3% no corrente ano, como estava previsto no Programa de Estabilidade e Crescimento. Provavelmente, até era possível ir um pouco além dessa meta.
Todavia, quando a situação de ataque ao Euro e à dívida pública portuguesa exige de Portugal metas mais ambiciosas para a redução do défice orçamental -- menos 1% este ano e menos 1,5% em 2011 --, então é óbvio que isso não pode ser alcançado somente com cortes adicionais na despesa (incluindo investimentos públicos), implicando também um aumento da receita orçamental, incluindo previsivelmente aumento de impostos.
Por isso, só pode considerar-se desonesta a tentativa da comunicação social para sublinhar uma aparente contradição entre anteriores declarações oficiais sobre a desnecessidade de subida de impostos (quando a meta do défice era 8,3%) e as novas declarações admitindo uma subida de impostos, quando a meta passou a ser 7,3%, o que custa cerca de 1600 milhões de euros. Não existe portanto nenhuma contradição: quando se tem de ir mais rápido, a viagem fica mais cara...’
posted by Miguel Abrantes
Aqueles que defendem que as condições se alteraram profundamente e que, por isso, não há condições para levar a cabo os grandes investimentos em obras públicas são os mesmos que fingem não saber que o esforço adicional que é agora exigido ao país não pode ser atingido apenas pelo lado da despesa.
Veja-se o que diz Vital Moreira:
‘É evidente que não era necessário subir impostos para alcançar uma redução do défice orçamental para 8,3% no corrente ano, como estava previsto no Programa de Estabilidade e Crescimento. Provavelmente, até era possível ir um pouco além dessa meta.
Todavia, quando a situação de ataque ao Euro e à dívida pública portuguesa exige de Portugal metas mais ambiciosas para a redução do défice orçamental -- menos 1% este ano e menos 1,5% em 2011 --, então é óbvio que isso não pode ser alcançado somente com cortes adicionais na despesa (incluindo investimentos públicos), implicando também um aumento da receita orçamental, incluindo previsivelmente aumento de impostos.
Por isso, só pode considerar-se desonesta a tentativa da comunicação social para sublinhar uma aparente contradição entre anteriores declarações oficiais sobre a desnecessidade de subida de impostos (quando a meta do défice era 8,3%) e as novas declarações admitindo uma subida de impostos, quando a meta passou a ser 7,3%, o que custa cerca de 1600 milhões de euros. Não existe portanto nenhuma contradição: quando se tem de ir mais rápido, a viagem fica mais cara...’
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